As DCNT são multifatoriais, ou seja, determinadas por diversos fatores, sejam eles sociais ou individuais. Elas se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração.
As principais DCNT (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes mellitus e neoplasias) possuem quatro fatores de risco em comum.
Vale salientar que esses fatores de risco são modificáveis:
Tabagismo
O tabagismo é um importante fator de risco para o desenvolvimento de uma série de doenças crônicas, como câncer, doenças pulmonares e doenças cardiovasculares. Desse modo, o hábito de fumar permanece como líder global entre as causas de mortes evitáveis ¹. Outros estudos associam, também, o fumo passivo a esse mesmo grupo de doenças ².
Consumo Nocivo de álcool
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o consumo nocivo do álcool foi responsável por 3,3 milhões de mortes em 2012, ou seja, 5,9% do total de óbitos no mundo. Além de relacionado à mortalidade, o consumo de bebidas alcoólicas também é classificado entre os cinco principais fatores de risco para incapacidades, principalmente entre jovens, e está relacionado como fator causal de mais de 200 doenças e lesões como cirrose hepática, câncer, distúrbios neurológicos e maior exposição a acidentes e violências 1,2.
Inatividade física
A prática de atividade física de forma regular é considerada um fator de proteção à saúde das pessoas, enquanto que o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade global. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 3,2 milhões de mortes por ano em todo o mundo são atribuídas à atividade física insuficiente 1. A OMS recomenda a prática de, no mínimo, 150 minutos de atividade física semanal de intensidade leve a moderada ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa, entre adultos 1. No caso de adolescentes o tempo recomendado sobe para 300 minutos de atividade de intensidade leve a moderada por semana, ou 150 minutos de atividade de intensidade vigorosa 2.
Alimentação não saudável:
No Brasil, houve uma redução na compra de alimentos tradicionais básicos, como arroz, feijão e hortaliças, e aumentos notáveis na compra de alimentos processados, entre meados da década de 1970 e meados da década de 2000, acarretando aumento no consumo de gorduras saturadas, sódio e açúcares livres1. No outro lado, dentre os marcadores de padrão alimentar saudável, está o consumo de frutas e hortaliças. A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão diária de pelo menos 400 gramas de frutas e hortaliças 2, o que equivale, aproximadamente, ao consumo diário de cinco porções desses alimentos. Segundo dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico conjunto das 26 capitais e Distrito Federal) 2016, 75,6% da população com 18 anos não atingiram o consumo recomendado de frutas e hortaliças (cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias da semana).
Fonte: Ministério da Saúde