SóProvas


ID
983773
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IBAMA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Considerando as abordagens da administração, a evolução da administração pública no Brasil e a nova gestão pública, julgue os itens a seguir.


De modo geral, a nova administração pública tem caráter descentralizador, pois, por meio do gerencialismo, equilibraram-se as questões relativas à complexidade da gestão, como, por exemplo, a integração entre os aspectos técnicos e políticos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    Porque segundo o art. 37, § 8º da Constituição: "A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)"

  • Apesar do discurso participativo, o esquematismo gerencialista da Nova Gestão Pública dificulta o tratamento da interação dos aspectos técnicos e políticos, não se mostrando capaz de lidar com a complexidade da vida política, principalmente com relação aos anseios sociais de ponderação e racionalização das ações governamentais.
    http://revista.tce.mg.gov.br/Content/Upload/Materia/1767.pdf
  • "De um modo geral, nossa analise revela que a nova administração pública tem caráter centralizador e que os dilemas da dinâmica política continuam intocados, pois o gerencialismo não se volta para questões que envolvem a complexidade da gestão, como por exemplo a integração entre os aspectos técnicos e políticos."  

     

    Fonte:

               Livro: POR UMA NOVA GESTÃO PÚBLICA, pág. 81


  • Errado

    De modo geral, a nova administração pública tem caráter descentralizador, pois, por meio do gerencialismo, equilibraram-se as questões relativas à complexidade da gestão, como, por exemplo, a integração entre os aspectos técnicos e políticos.

    Segundo Paula (2006)1, o gerencialismo experimentado pela Nova Gestão Pública apresenta as seguintes limitações:

    - formação de uma nova elite burocrática e centralização do poder dos novos técnicos gerencialistas formuladores de políticas públicas;

    - inadequação do gerencialismo no setor público com a dimensão sociopolítica do Estado, qual seja, da participação cidadã;

    - incompatibilidade entre a lógica gerencialista e o interesse público, já que o gerencialismo se preza pela ampla liberdade de decisão e por um nível de discricionariedade incompatível com o exercício de atos da Administração Pública e com o interesse público, este descrito em um quadro legal previamente estabelecido.

    A autora ainda destaca que o modelo gerencialista da Nova Gestão Pública dificulta o tratamento da interação dos aspectos técnicos e políticos, não se mostrando capaz de lidar com a complexidade da vida política, principalmente com relação aos anseios sociais de ponderação e racionalização das ações governamentais.

    1PAULA, Ana Paula Paes de. Por uma nova gestão pública: limites e potencialidades da experiência contemporânea. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2005.

    Comentário do Professor

    Adriel Sá


  • GABARITO: ERRADO

     

    Esta integração entre os aspectos técnicos e os políticos é visto como um dos problemas da Nova Gestão Pública. Para alguns autores, o gerencialismo não conseguiria “resolver” este dilema.

     

    Prof. Rodrigo Rennó - Estratégia Concursos

  • ERRADO 

     

    CARACTÉRISTICAS DO GERENCIALISMO

    • Separação entre a esfera política e administrativa (ASPECTOS TÉCNICOS);
    • Visão meramente econômica, baseada na relação custo/benefício;
    • Incorporação da administração e avaliação por objetivos;
    • Implantação da eficiência operacional, produtividade (neotaylorista) e competição de mercado;
    • Foco no contribuinte como público-alvo.

  • Esta integração entre os aspectos técnicos e os políticos é visto como um dos problemas da Nova

    Gestão Pública. Para alguns autores, o gerencialismo não conseguiria “resolver” este dilema. De

    acordo com Paula33,

    “o gerencialismo experimentado pela Nova Gestão Pública apresenta as seguintes limitações: (i) formação de uma novaelite burocrática e centralização do poder dos novos técnicos gerencialistas formuladores de políticas públicas; (ii)

    inadequação do gerencialismo no setor público com a dimensão sociopolítica do Estado, qual seja, da participação cidadã;

    (iii) incompatibilidade entre a lógica gerencialista e o interesse público, já que o gerencialismo se preza pela ampla liberdade

    de decisão — rule based — e por um nível de discricionariedade incompatível com o exercício de atos da Administração

    Pública e com o interesse público, este descrito em um quadro legal previamente estabelecido.”

    Assim sendo, os críticos do gerencialismo dizem que o modelo gerencial teria somente um “discurso

    participativo”, mas sua premissa de conceder maior autonomia ao gestor público anularia esta

    “participação”, ou seja, o aspecto técnico ganharia espaço frente o aspecto político.

    Gabarito: errada

    FONTE: ESTRATÉGIA- PROF RODRIGO RENNÓ