Após pesquisa, encontrei o seguinte trecho de um trabalho científico:
Em relação à saliva, sabe-se que ela desempenha um papel fundamental na homeostasia oral e que as alterações quantitativas na secreção salivar podem levar a efeitos adversos locais, tais como infecções orais e cárie (Ship et al., 2003). Diante de tantos fatores relacionados à dinâmica do processo carioso, outro fator importante a ser citado é a capacidade dos fluídos orais tamponarem os ácidos presentes no meio bucal, sendo o sistema de tamponamento do bicarbonato/fosfato o mais relevante na cavidade bucal. Este
sistema é diretamente influenciado por uma proteína salivar, a isoenzima anidrase carbônica VI (ACVI), que penetra no biofilme dental e facilita a neutralização ácida pelo bicarbonato salivar. A ACVI catalisa a reação reversível do dióxido de carbono na reação [...]. Acredita-se que pela catalisação dessa reação, essa enzima seja capaz de prover uma maior neutralização dos ácidos do biofilme dental (Kimoto, 2006). Assim, um biofilme com maior capacidade tampão poderia ter um efeito protetor contra a cárie dental. No que diz respeito à saliva, foi demonstrado que em crianças livres de cárie, a expressão da ACVI foi maior do que naquelas com lesões de cárie ativa (Szabó,1974). Posteriormente, foi observada uma relação negativa entre a concentração salivar de anidrase carbônica VI e o CPOD (índice de dentes cariados, perdidos e obturados) em adultos com higiene bucal deficiente (Kivelä et al., 1999). No entanto, a evidência de que existe uma alta concentração da ACVI na saliva pode não necessariamente significar que toda a isoenzima esteja ativa e dessa forma, seja capaz de neutralizar os ácidos após um desafio cariogênico.
Frasseto, Fernanda. Relação entre a atividade da isoenzima anidrase carbônica VI, o fluxo salivar e o pH do biofilme dental de pré-escolares com cárie na infância / Fernanda Frasseto. -- Piracicaba, SP: [s.n.], 2011.
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