Letra C.
Um grande número de pesquisas indica que os tomadores de
decisões também permitem que erros e vieses sistemáticos atrapalhem seus
julgamentos.Isso acontece por causa da tentativa de agilizar o
processo decisório.
Viés de Ancoragem:
Tendência de nos fixarmos em uma informação como ponto de
partida. Uma vez fixado este ponto, temos dificuldade de ajuste diante de
informações posteriores.
Este viés ocorre porque nossa mente tende a dar uma ênfase
desproporcional à primeira informação que recebemos. Assim, as primeiras
impressões, ideias, estimativas ou preços têm um peso descomunal em relação às
as informações que são obtidas depois.
Viés da Disponibilidade:
Tendência de as pessoas julgarem as coisas com base nas
informações mais disponíveis para elas.
Muito mais gente tem medo de voar de avião do que de dirigir
um carro. O motivo é que a maioria das pessoas acredita que voar é mais
perigoso. Mas, evidentemente, isto não é verdade.
Eventos que despertam nossas emoções, que são particularmente vívidos ou
que ocorreram mais recentemente tendem a estar mais disponíveis em nossa
memória
O viés da
disponibilidade também pode explicar por que os executivos, quando fazem suas
avaliações anuais, costumam dar mais peso aos comportamentos mais recentes de
seus funcionários do que àqueles de vários meses atrás.
Erro de Aleatoriedade:
Os seres humanos têm uma séria dificuldade para lidar com o
acaso. A maioria de nós prefere acreditar que tem algum controle sobre o mundo
e sobre o próprio destino.
Embora, sem dúvida, nós possamos controlar boa parte do que
nos acontece por meio de decisões racionais, é fato que sempre acontecem
eventos aleatórios.
O processo de tomada de decisões fica prejudicado quando
tentamos captar sentido em eventos aleatórios. O principal prejuízo ocorre
quando transformamos padrões imaginários em superstições:
"eu nunca
tomo decisões importantes em sextas-feiras 13"
"sempre
uso minha gravata da sorte em reuniões importantes"
Embora todos nós
tenhamos algum comportamento supersticioso, eles podem ser nocivos quando
atrapalham nossos julgamentos cotidianos ou distorcem uma decisão importante.
Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 171-175),
Erros e vieses mais comuns na tomada de decisão
- Excesso de confiança
- Ancoragem: tendência de ancorar o julgamento em uma informação inicial, o que dificulta o ajuste diante de informações posteriores.
- Evidência confirmadora: tendência a buscar informações que corroborem escolhas anteriores e descartar as que contestem julgamentos prévios.
- Viés de disponibilidade: tendência de julgar as coisas com base nas informações mais facilmente disponíveis.
- Escalada do comprometimento: apego a uma decisão anterior, a despeito de informações negativas.
- Erro de aleatoriedade: tendência individual de acreditar que se pode prever o resultado de eventos aleatórios.
- Aversão ao risco: tendência a preferir um ganho certo de uma quantidade moderada a um resultado mais arriscado, mesmo que este tenha uma compensação mais alta.
- Viés da compreensão tardia: tendência a achar que sabíamos antecipadamente o resultado de um evento depois de ele ter ocorrido.
ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.