Uma mulher com 19 anos de idade, primigesta, no sétimo mês de gestação, relata ser portadora de febre reumática (FR) desde a infância. Diz ter sido dispensada da educação física no ensino médio por apresentar dispneia durante as atividades que exigiam corridas. Refere há uma semana piora progressiva da dispneia, tendo inclusive apresentado um episódio de dispneia que a despertou do sono esta noite. No momento, queixa-se de importante dispneia. O exame físico mostrou paciente dispneica, acianótica, normocorada, com frequência respiratória de 26 irpm, saturação de O2 de 90%, pressão arterial de 110 mmHg × 60 mmHg, frequência cardíaca de 102 bpm, ritmo cardíaco em dois tempos, além de ictus palpável no quinto espaço intercostal à esquerda, na linha hemiclavicular. A paciente apresenta estalido de abertura da primeira bulha, hiperfonese da segunda bulha e sopro diastólico 3+/4, no quinto espaço intercostal, na linha hemiclavicular à esquerda. A ausculta pulmonar revelou estertores crepitantes bilateralmente até o terço médio. Os demais dados do exame físico não apresentam alterações significativas. A radiografia de tórax mostrou infiltrados pulmonares bilaterais, sinal do duplo contorno na área cardíaca e desvio do brônquio fonte esquerdo para cima.
Considerando o quadro clínico acima descrito, julgue os próximos itens.
É importante relatar ao obstetra da paciente em questão sobre sua condição de baixo débito cardíaco, orientando-o a utilizar, no momento do parto, noradrenalina e maior quantidade de fluidos, visando aumentar a frequência cardíaca e o volume sistólico, corrigindo, assim, o baixo débito cardíaco durante o perioperatório.