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Prova CESGRANRIO - 2014 - Petrobras - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior - Inspeção


ID
1387309
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Ferro apresenta uma transição de fase de ferrita para austenita a 912 ° C. A dilatação térmica é uma técnica muito empregada para estudar essa transição de fase. Um corpo de prova, com o formato de pequeno cilindro feito de ferro, é colocado em um forno, e seu comprimento é medido em função de um aumento linear da temperatura.

Durante um aquecimento da temperatura ambiente até 1.200 ° C, constata-se que o comprimento do corpo de prova

Alternativas
Comentários
  • Na temperatura de transição, ocorre a mudança do sistema cristalino CCC para o CFC. Como o sistema CFC é mais compacto que o CCC, ocorre uma redução do tamanho devido ao rearranjo atômico. Uma vez que a transforção se completa, o aumento de temperatura implica na dilatação.


ID
1387312
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um operário comprou uma barra metálica feita de uma liga de cobre com 15% em massa de zinco em solução sólida. A única fase presente nesse metal é cúbica de face centrada, sendo que a barra foi adquirida na condição recristalizada. O operário precisou dobrar a barra para ajustá-la num determinado equipamento. Como o procedimento não foi bem sucedido, ele precisou desdobrá-la, descobrindo, então, que precisava fazer um esforço muito maior que o utilizado no primeiro dobramento.
O engenheiro responsável pela área compreendeu rapidamente o que tinha ocorrido e explicou que, nesse caso, a barra sofreu um endurecimento durante o dobramento, causado pela

Alternativas
Comentários
  • Correto é a letra A. Pois ocorre o encruamento, que é o endurecimento por aumento de densidade de discordancias.

  • Alternativa A. Ocorre um aculo de discordância na região que está sendo dobrada. Essas discordâncias se movimentam e podem serem anuladas, caso seja discordâncias de sinais opostos, ou podem ser repelidas, caso seja discordância de mesmo sinais. A a repulsão das discordâncias de mesmo sinal que produz um aumento da dificuldade de dobramento da barra.


ID
1387315
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um engenheiro precisava de chapas de alumínio comercialmente puro de 2 mm de espessura. O estoque da empresa carregava chapas de 2,5 mm e 4 mm de espessura de alumínio recristalizado. Como a empresa tinha um bom laminador, o engenheiro resolveu laminar a frio uma chapa de cada espessura e, depois, recristalizar as duas chapas laminadas na mesma temperatura e pelo mesmo tempo.
Após o tratamento térmico de recristalização, amostras foram retiradas de cada peça para caracterização metalográfica, e o engenheiro observou que a(s) chapa(s) com espessura inicial de

Alternativas
Comentários
  • Correta é a B. A chapa de 4mm encruou mais do que a de 2,5mm; então ficou com maior resistencia mecanica. Como estão sendo recristalizadas na mesma temperatura e tempo, a de 2,5mm recupera e recristaliza primeiro, então seus grãos começam a crescer primeiro.

  • 4mm sofreu maior deformação até atingir a espessura de 2mm, logo sofreu um maior encruamento e tornou-se mais duro.

    2,5mm sofreu uma deformação menor até atingir a espessura de 2mm, logo ficou menos duro do que a outra chapa, por sofrer menor encruamento.

    Ao serem colocados em mesma temperatura de recristalização pelo mesmo tempo, o material com menor encruamento (chapa de 2,5mm) precisa de um tempo menor para recristalizar completamente e como fica exposto àquela temperatura após recristalização total, incia-se o aumento dos grãos. O material com maior quantidade de encruamento precisa de mais tempo para recristalizar completamente e consequentemente acaba mantendo grãos menores e consequentemente é mais duro.

  • Podemos analisar esta questão também, pelo uso da Equação de Hall-Petch, que relaciona a Dureza e Tensão de Escoamento com o tamanho médio do grão.

    A chapa de 4mm encruou mais do que a de 2,5mm; então ficou com maior dureza - como já dito. 

    Então, sabemos que Dur(4mm) > Dur(2,5mm);  (i)

    A equação de Hall Petch, nos diz que:

    => Dur ~ 1\d, onde d é o diametro médio do grão. [~ significa proporcional];

    De (i) temos que d(2,5mm) > d(4mm), ou seja, o grão da chapa de 2,5mm tem um tamanho médio maior.

    Da mesma maneira, a equação de Hall Petch relaciona a Tensão de Escoamento(TEsc) com o tamanho médio do grão:

    => TEsc ~ 1\d.

    Como d(2,5mm) > d(4mm), isso implica que TEsc(2,5mm) < TEsc(4mm);

     

  • Eu acertei com esse raciocínio:

    Chapa de 4 mm para atingir 2 mm sofreu mais trabalho a frio (quando comparada a chapa de 2,5 mm) , sendo que no processo de laminação teve seus grãos mais "comprimidos", reduzindo ainda mais o tamanho dos grão, como os grãos são menores a tensão escoamento deve ser maior

    Temos como resposta correta a letra B:

    2,5 mm apresentava um tamanho médio de grãos maior e um limite de escoamento menor que a chapa com espessura inicial de 4 mm.

  • Ambas as chapas deveriam ser reduzidas à espessura de 2 mm logo a chapa de 4 mm sofreu a maior redução e, portanto, o maior encruamento.

    Visto que as chapas foram tratadas com a mesma temperatura e pelo mesmo tempo, a chapa original de 2,5 mm conseguiu liberar mais energia contida na estrutura encuada que a chapa original de 4 mm. Portanto, a chapa de 2,5 possuia um tamanho de grão maior e menor limite de escoamento que a chapa de 4mm.

  • Quanto maior a deformação prévia, menor será o tamanho de grão resultante (pois será maior o número de núcleos a partir dos quais crescerão os novos grãos).


ID
1387324
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Aços inoxidáveis possuem grande quantidade de cromo como elemento de liga, podendo ser produzidos como aços austeníticos, ferríticos e martensíticos. Sob determinadas condições de tratamentos térmicos, o cromo causa a formação de fases indesejáveis que reduzem a resistência à corrosão ou deterioram as propriedades mecânicas do aço.
Um tratamento térmico NÃO poderá formar as seguintes fases nos aços inoxidáveis ricos em cromo:

Alternativas
Comentários
  • A fase sigma tem em média 50% de cromo reduzindo a resistência à corrosão e fragilizam os materiais. Os carbonetos de cromo, nos aços inoxidáveis austenísticos, causam redução da resistência à corrosão.

  • Não entendi, pois a fase sigma pode ser formada em tratamento térmico de revenimento

  • A questão está um pouco confusa de se entender. Ela pode gerar austenita sigma através de um revenimento. O correto, ao invés de “NÃO poderá” seria “NÃO deverá” , pois a formação da fase sigma, e carbonetos de cromo são prejudiciais à liga.


ID
1387333
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um aço com 0,4% em massa de carbono é aquecido na região bifásica e resfriado muito rapidamente em água com sal.
A microestrutura observada no microscópio ótico é constituída de duas fases, a saber:

Alternativas
Comentários
  • O resfriamento rápido induz a formação da martensita; pois não há tempo para que os átomos de carbono, presentes na estrutura cristalina CFC da austenita, se difundam na matriz ferrítica do aço resfriado. Ferrítica pois o baixo teor de carbono (0,4%pC) do aço, então hipoeutetóide, tende a formar a matriz ferrítica e não totalmente martensítica.Tem-se, portanto, ferríta e martensita na estrutura.

  • Athur, uma correção: A austenita (fase gama) tem estrutura cristalina "CFC", a ferrita (fase alfa) que tem a estrutura "CCC".

  • Obrigado, M Silva. Já corrigi meu comentário.

  • Tem bancas que confundem os conceitos de fase e microestrutura e isso induz o candidato ao erro. As fases seriam ferrita e cementita mas as microestruturas seriam ferrita + martensita.


ID
1387336
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um aço ao carbono foi tratado termicamente num forno com atmosfera descarbonetante por 1 hora a 600 ° C. Após o tratamento térmico, observou-se uma profundidade de descarbonetação de 0,223 mm. Sabe-se que a profundidade de descarbonetação – x – pode ser aproximada por x2 = α D t , em que t é o tempo de permanência na temperatura de tratamento, D é o coeficiente de difusão do carbono, e α é uma constante associada à geometria da peça de aço.
Sabendo-se que a energia de ativação para a difusão do carbono na ferrita é de 99.500 J/mol, e que a constante dos gases R = 8,314 J/mol.K, qual é a profundidade de descarbonetação se o tratamento desse aço for realizado a 700 °C, por uma hora?

Alternativas
Comentários
  • Acreditem, a resolução é do jeito que vai estar aqui, esse absurdo de contas para uma prova de concurso.

    (I) D = D0.exp(-Q/RT)

    Obs: As temperaturas devem ser em Kelvins.

    Para o estado 1, substituindo (I) na equação dada na questão:

    x^2 = a.D.t => x^2 = a.t.D0.exp(-Q/RT) => a.t.D0 = x^2/exp(-Q/RT) => a.t.D0 = x^2.exp(Q/RT)=> a.t.D0 = 0,223^2.exp[99500/(8,314.(600+273)] = 44694,84

    Para o estado 2, a temperatura será elevada: 2,57x10^44

    x^2 = a.t.D0.exp(-Q/RT) => x^2 = 44694,84/exp[99500/(700+273)] => x = √(44694,84/219665,55) = 0,45mm

    Sinceramente, me questiono o que os caras queriam cobrando tanta conta assim. O tipo de questão para chutar e não perder tempo com cálculos abusivos.

  • Humanamente impossível sem calculadora!! 

  • Da para tentar por eliminação. Se tu aumentar a temperatura, terá uma maior difusão, então a profundidade será maior(elimina as alternativas D e E), mas não tão profunda, então elimina a alternativa A. Fica entre as alternativas B e a C.

  • Eu concordo com o Tarcisio, vai pela lógica. Não dá pra perder tempo com uma questao dessa.
  • Eu fiz o que o Tarcisio disso, mas chutei na C e a resposta é B. :)

  • Justamente, fica entre B e C. Você pode usar a lógica de que aparece mais 45 do que 35 pra eliminação, isso pode ser uma indução ao erro? Pode, mas vale a tentativa rs.

  • E não é que esta questão caiu na prova de 2018. Putz! Que absurdo! Só que desta vez pediram a temperatura, o que fica ainda mais absurdo rsrsrs

  • Engenheiro bom calcula isso aí na folha de pão rsrsrsrs. Convenhamos, é um "esculacho" com o candidato colocar isso em um concurso...


ID
1387339
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A curva TTT representa uma transformação de fase, ou mais de uma, em função da temperatura e do tempo. Essa curva é obtida através de tratamentos isotérmicos. No caso dos aços, o tratamento corresponde a uma austenitização em temperaturas elevadas, seguida de um resfriamento muito rápido para uma temperatura intermediária e manutenção nessa temperatura por um tempo suficientemente longo para que a transformação ocorra. A transformação da austenita em perlita costuma apresentar uma forma em C, demorando para ocorrer em temperaturas muito elevadas e muito baixas.
Essa forma em C é resultado de um processo de nucleação e crescimento em que a

Alternativas

ID
1387342
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Aços de construção mecânica são ligas de ferro e carbono com adição de elementos de liga capazes de aumentar a resistência mecânica pela precipitação de carbonetos ou pelo aumento da temperabilidade.
Nesses aços, os elementos que favorecem a precipitação de carbonetos são os seguintes:

Alternativas
Comentários
  • Cr e N

  • Edson, esta não é a resposta correta. A correta é a fornecida por Rafael Oliveira.

  • Elementos de liga que têm a tendência de formar carbonetos: Cromo, Molibdênio, Vanádio e outros, os quais não só elevam a temperatura de revenido como também provocam um retardamento no amolecimento do aço pelo revenido, podendo-se verificar até mesmo o fenômeno de “endurecimento secundário” ou “dureza secundária”.


ID
1387348
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A transformação martensítica gera uma fase metaestável nos aços, a qual apresenta propriedades mecânicas muito especiais. Em relação às características presentes nas transformações martensíticas, considere as afirmativas a seguir.

I - A transformação martensítica em aços faz com que eles fiquem mais maleáveis porque o carbono se precipita na forma de carbonetos durante a transformação.
II - A transformação martensítica em aços faz com que eles fiquem mais duros porque o carbono permanece em solução.
III - Aços que sofrem a transformação martensítica ficam mais dúcteis porque o carbono permanece em solução.
IV- A transformação martensítica em aços faz a estrutura cúbica de face centrada da austenita se transformar em tetragonal de corpo centrado.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • ll e lV


ID
1387351
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Os tratamentos térmicos dos aços dependem fortemente da adição de solutos capazes de aumentar o campo austenítico ou o campo ferrítico e de precipitar carbonetos.
Para aumentar o campo austenítico e favorecer a temperabilidade, o aço poderá ter os seguintes elementos de liga estabilizadores da austenita:

Alternativas
Comentários
  • Ferritizantes – Também denominados alfágenos, favorecem a formação/estabilizam a ferrita (fase alfa: a): Cr, Si, Al, Mo, W, Ti, Nb.

    Austenitizantes – Também denominados gamágenos, favorecem a formação/estabilizam a austenita (fase gama: γ): Ni, Mn, N, C, Cu, Co. 

  • Jonathan, o cobalto não favorece a temperabilidade. Pois, este elemento aumenta a taxa de nucleação e crescimento da perlita. Os únicos elementos que entram no que é pedido são: C, Mn e Ni.


ID
1387354
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A temperatura de austenitização de aços hipo-eutetoides está diretamente associada à linha A3 (ou Ae3) do diagrama de equilíbrio de fases do aço.
O aço que apresentará a menor temperatura de austenitização será o

Alternativas
Comentários
  • O aço que apresentará a menor temperatura de austenitização será o que mais se aproximar do ponto eutético (de mais fácil fusão).

  • Corrigindo, Felipe, mais próximo do ponto eutetóide.

  • Quanto maior o teor de carbono ,menor será a temperatura de austenitização, logo dentre as opções o que apresenta maior teor de carbono é o aço 1050 =) 0,5% de Carbono.


ID
1387357
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Aços inoxidáveis duplex são uma categoria muito especial de aços inoxidáveis de grande aplicação na indústria do petróleo por apresentarem excelente resistência à corrosão.
A microestrutura desses aços é constituída de maneira preponderante pelas seguintes fases:

Alternativas
Comentários
  • Aço inoxidável dúplex ou aço inoxidável ferrítico-austenítico

  • Aço duplex é um tipo de aço inoxidável composto pela combinação de dois tipos de microestrutura: Ferrítica e austenítica. Sua principal característica é a excelente resistência à corrosão em meios agressivos devido à sua habilidade em se passivar,ou seja acionar a camada superficial que é responsável pela proteção do aço em meios agressivos (esta camada é extremamente fina 3 a 50A) e permanecer no estado passivo em diversos meios aos quais é submetido; Devido ao efeito do refino de grão obtido pela estrutura austenítica-ferrítica e ao endurecimento por solução sólida, estes aços apresentam resistência mecânica superior aos aços inoxidáveis austeníticos e ferríticos. Suas aplicações se dão principalmente no ramo da indústria petroquímica (em unidades de dessalinização, dessulfuração e equipamentos para destilação) e papel e celulose (em digestores, plantas de sulfito e sulfato e sistemas de branqueamento).

    A microestrutura dos aços inox duplex é constituída por ilhas de austenita distribuídas em uma matriz ferrítica.


ID
1387360
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Diversos compósitos têm sido empregados pela indústria na construção de plataformas marítimas e nos sistemas de extração de petróleo.
O compósito que envolve a participação de uma matriz polimérica e uma fibra cerâmica é o

Alternativas
Comentários
  • Kevlar é a marca registada da DuPont para uma fibra sintética de aramida muito resistente e leve. Trata-se de um polímero resistente ao calor e cinco vezes mais resistente que o aço por unidade de peso. O kevlar é usado no fabrico de cintos de segurança, cordas, construções aeronáuticas, velas, coletes à prova de bala, linhas de pesca, de alguns modelos de raquetes de ténis, na composição de alguns pneus, para fitas de alguns modelos de pedal de bumbo e telemóveis, como o Motorola RAZR i. O tanque de combustível dos carros de Fórmula 1 é composto deste material, para evitar que objectos pontiagudos perfurem os tanques no momento da colisão.

    Existem vários tipos de Kevlar; o que é produzido pela polimerização de p-fenilenodiamina com cloreto de tereftaloila tem fórmula básica (-CO-C6H4-CO-NH-C6H4-NH-)n

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Kevlar


ID
1387363
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Ensaios de tração são relativamente simples de serem realizados e permitem uma avaliação extremamente interessante das propriedades de um material. Os resultados de um ensaio de tração para três materiais distintos estão apresentados na Tabela abaixo.

                                       Limite de               Limite de                      Módulo de
                                       Escoamento           Resistência                   Youn(GPa)
                                       (MPa)                    Mecânica (MPa)
                  Material P           540                           900                         211
                  Material Q          540                           605                           26
                  Material R           900                           970                         116

O material que apresenta a maior capacidade de absorver energia elástica e o material que mais se deforma para uma dada tensão aplicada são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    Quanto menor o módulo de elasticidade (módulo de Young), maior a capacidade de absorção de energia pelo material. Isso se dá porque o módulo de elasticidade é inversamente proporcional à deformação, ou seja, o material conseguirá suportar por mais tempo, na região elástica, o carregamento aplicado. Por outro lado, o material que mais deforma é o que possui menor limite de resistência mecânica.

  • Na verdade isso não ocorre sempre. A resiliência é dada como a área abaixo da curva elastica no grafico tensao x deformação.

    Resiliencia = 0.5 * ( Tensao * deformacao) 

    Pela lei de Hooke, Tensao = E* deformacao

    Resiliencia = 0.5*Tensao^2 / E

    Q = 5.67 ; R = 3.49 ; P = 0,69 - sendo o Q o de maior resiliencia portanto.

    Quanto ao que mais se deforma, dada uma mesma tensão, temos pela lei de Hooke que 

    Deformacão = Tensao (constante) / E , Portanto quanto menor o E maior a deformação.

  • Mais rigido, maior o modulo de elasticidade, deforma menos.

    Resiliencia é a area da grafico tensãoxdeformação na parte elastica, ou seja, area do triangulo.


ID
1387366
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A fabricação de fornos para temperaturas acima de 800 °C requer o uso de metais resistentes na região quente do forno.
A seguinte liga de metais pode ser empregada nessa região:

Alternativas
Comentários
  • Elementos de Liga nos Aços Refratários( Cr, Ni, Si,Al)

    aços-cromo - Cr 5-6%, 12-15%, 25 -30%

    aços-cromo-níquel - AISI 302, 304, 3 10,347 peças de recuperadores de calor, ventaneiras, tubos de caldeiras e vapor, escapamento


ID
1387369
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Aços de baixa liga (quantidade total de solutos menor que 5% em massa) contendo teores mais elevados de fósforo ou antimônio são particularmente suscetíveis a um tipo de falha resultante de um tratamento térmico inapropriado.
Esse tratamento térmico ocorre na faixa de temperatura de

Alternativas
Comentários
  • Fragilidade no Revenido

  • Diversos aços, principalmente aço-liga de baixo teor em liga, caracterizam-se por adquirirem fragilidade, quando são aquecidos na faixa de temperaturas entre 375 a575 ºC, ou quando são resfriados lentamente através dessa faixa. Este fenômeno éconhecido com o nome de “FRAGILIDADE DO REVENIDO”. A fragilidade ocorre mais rapidamente na faixa de 450 a 475 ºC. Os aços-carbono comuns contendomanganês abaixo de 0,30% não apresentam o fenômeno. Contudo, aços contendo apreciáveis quantidades de manganês, níquel e cromo, além de uma ou mais impurezas tais como antimônio, fósforo, estanho ou arsênio, são suscetíveis ao fenômeno. Obviamente, quanto menor a concentração destas impurezas menores são os efeitos na tenacidade. Aços submetidos a fragilização pelo revenido podem ter sua tenacidade restaurada pelo aquecimento até aproximadamente 600ºC, manutenção por alguns minutos e resfriamento rápido. O tempo para a restauração da tenacidade depende do teor de elementos de liga e da temperatura do reaquecimento. Alguns textos denominam este fenômeno como fragilidade pelo revenido reversível (Heat Treater´s Guide 2ndedition ASM International).


ID
1387372
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Fluência é um fenômeno extremamente importante para equipamentos mantidos em temperaturas elevadas, tais como, por exemplo, caldeiras e turbinas a gás. O principal parâmetro de engenharia obtido de um ensaio de fluência é a taxa de deformação em regime estacionário que corresponde à região linear da curva de fluência em função do tempo.
O que ocorre com essa taxa de fluência?

Alternativas
Comentários
  • Tanto o aumento da temperatura como o aumento da tensão aplicada levam a um aumento da taxa de fluência em função da piora das condições de trabalho. A fluência pode ser atenuada a altas temperaturas se o material possuir granulação gorsseira.

  • B e C se anulam mutuamente.


ID
1387375
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A temperatura de transição dúctil-frágil pode ser obtida experimentalmente através de vários ensaios mecânicos, como, por exemplo, o ensaio Charpy. O ensaio Charpy e a temperatura de transição obtida, no entanto, apresentam limitações bastante importantes para um emprego mais generalizado.
Dentre essas limitações, destaca-se a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • A temperatura de transição é sensível a vários fators como:

    1. Teor de carbono (↓ teor de carbono ↓ temperatura de transição);

    2. Tamanho de grão ( ↓ tamanho de grão ↓ temperatura de transição)

    3. A estrutura cristalina e composição química também interferem. Aços com estrutura CFC não possuem transição dúctil-frágil

  • Quanto maior o corpo de prova maior a temperatura de transição D-F.

  • Gabarito: letra C.

    A energia absorvida depende das dimensões do corpo de prova e é justamente por isso que os corpos de prova possuem dimensões normatizadas.

    Outros fatores de influência nos resultados do ensaio são:

    • quantidade de carbono: quanto maior, mais frágil o material;
    • tamanho de grão: quanto mais grosseiro for o material, mais fragil ele é e isso significa maior temperatura de transição;
    • composição química: fósforo e enxofre são elementos de liga que fragilizam os metais;
    • microestrutura: materiais CFC possuem alta tenacidade ao entalhe, ao contrário dos materiais CCC.


ID
1387378
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um determinado material empregado na fabricação de dutos para o transporte de água industrial apresentou corrosão por pites quando os dutos começaram a operar. Para solucionar o problema, os engenheiros responsáveis pela operação deverão propor a seguinte solução:

Alternativas
Comentários
  • Não estudei sobre corrosão, porém segue o raciocínio que usei:

    O cloro na água vai atacar o duto, assim como o NaCl (dever saber esse hein kk). Reduzir a presença de agentes oxidantes (óbvio) e aplicar proteção catódica, já que vão oxidar o material.

  • Íons cloreto são agressivos aos aços, pois eles quebram a camada passivadora. Sendo assim, a sua redução de concentração é uma das alternativas de solução do problema. Além disso, a redução de agentes oxidantes e a proteção catódica são as outras possíveis soluções para o problema apresentado.

    Gabarito: letra B.


ID
1387384
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A fratura intergranular é caracterizada pela propagação

Alternativas
Comentários
  • fratura intergranular é um modo de fratura de baixa energia. A trinca propaga-se nos contornos de grãos, dando à fratura uma aparência de frágil e refletividade em escala macroscópica


ID
1387390
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A sensitização de aços inoxidáveis austeníticos é um fenômeno que ocorre durante a soldagem ou o tratamento térmico desses aços.
Esse fenômeno está associado à

Alternativas

ID
1387396
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um aço inoxidável austenítico foi empregado para a fabricação de um reator contendo uma solução aquosa com concentração apreciável de NaCl. Após alguns meses de produção, o reator apresentou corrosão em pontos localizados espalhados por toda a superfície do aço. Uma análise metalográfica constatou que os pontos de corrosão não estavam associados aos contornos dos grãos austeníticos.
Essa corrosão é classificada como

Alternativas
Comentários
  • A corrosão por pites pode ser iniciada por um pequeno defeito de superfície, como um arranhão ou uma alteração local na composição, ou um dano à camada protetora. Superfícies polidas mostram maior resistência à esta corrosão.[4]

     

    Para um material livre de defeitos, ”perfeito”, a corrosão por pite é causada predominantemente pela química do ambiente em que este se encontra, o qual podem conter espécies químicas agressivas como o íon cloreto. Cloreto é especialmente prejudicial para o filme passivo (óxido), com o que a corrosão por pites pode iniciar o ataque ao óxido.[5][6]

     

    Fonte: https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/corrosao/corrosao-por-pites


ID
1387399
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A corrosão por pites é responsável por um quarto de todas as perdas industriais por corrosão.
Dentre as características desse tipo de corrosão, encontra-se a de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    A corrosão por pites é caracterizada por cavidades localizadas que apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade geralmente maior do que o seu diâmetro.

  • Achei que a corrosão por pites era lenta!

    Essa afirmativa da B procede?

  • A corrosão por pites é uma das formas mais agressivas de corrosão, pelo fato de ela gerar cavidades com fundo pontiagudo, o que gera pontos de concentração de tensão. Além disso, ela se dá de forma rápida mas possui difícil quantificação.


ID
1387405
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Uma viga de 2 m de comprimento e 500 ton está apoiada pelas extremidades em duas pilastras. Essas pilastras são de um material metálico com seção reta quadrada, e o material que as compõe possui as seguintes propriedades: módulo de Young de 70 GPa, limite de escoamento de 250 MPa e limite de resistência mecânica de 360 MPa.

Qual é o menor lado da seção quadrada, em mm, para que a pilastra não sofra uma deformação plástica permanente?

Dado
força de aceleração da gravidade = 10 m/s2

Alternativas
Comentários
  • P = p.g/L^2

    250x10^6 = 250x10^4/L^2

    L = 0,1m = 100mm

  • Não entendi sua resolução Danilo Souza. Pode me ajudar? please

  • p.g é a força peso

    O material deve ser dimensionado para não escoar, por isso 250MPa

    L^2 é a área.

    Daí a tração máxima é a que calculei.

  • Caro Danilo, se vc puder me ajudar a entender pq L^2 será a área eu ficaria muito grato.

    Desde já o brigado!

  • Área da seção quadrada do apoio. Lado x Lado. L^2. 

    Carga máxima que pode sofrer é o limite de escoamento. E a força é a metade do peso da barra. 

    Tensão= força/ área.

    Substitui e acha L!

  • 500 toneladas = 500 000 kg

    Carga em cada pilastra = 250 000 kg . 10 m/s^2 = 250 . 10^4 N

    Tensão máxima a ser aplicada é a de escoamento = 250 MPa

    Tensão = Força/Área

    250 . 10^6 = (250 . 10^4) / A

    A = 10 ^-2 m2 = 10^4 mm2

    Lado^2 = Área

    Lado = 100 mm

    A questão informou que a seção da viga é quadrada


ID
1387408
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Um eixo metálico que possui um limite de fadiga de 200 MPa é empregado num sistema mecânico sob um esforço de tensão que varia, segundo uma senoide, com o tempo.
Sabendo-se que esforços trativos são positivos e esforços compressivos são negativos, a condição de esforço, em MPa, que não causará fadiga no material é a tensão dada pela expressão

Alternativas
Comentários
  • Respondi corretamente a questão, porém avaliando direito acredito que a letra D também está correta. Se o sen(2000t) = 1 implicaria numa tensão de tração máxima de 50MPa, o que não causaria a falha no material. Para o sen(2000t) = -1 implicaria numa carga máxima de compressão de 250MPa, sendo que na fadiga a carga que preocupa é a de tração por causar deformação plástica localizada em pontos de concentração de tensão.

  • A- Tmáx=250MPa Tmín=-50MPa

    B- Tmáx=250MPa Tmín=50MPa

    C- Tmáx=250MPa Tmín=-250MPa

    D- Tmáx=50MPa Tmín=-250MPa

    E- Tmáx=-50MPa Tmín=-250MPa

    As letras D e E são respostas.
     

  • A letra E é a resposta, pois a carga máxima é de compressão e compressão não propaga trincas, sendo assim não causa fadiga.

  • A- Tmáx=250MPa Tmín=-50MPa. Variação de 300MPa

    B- Tmáx=250MPa Tmín=50MPa. Variação de 200MPa.

    C- Tmáx=250MPa Tmín=-250MPa. variação de 500MPa.

    D- Tmáx=50MPa Tmín=-250MPa. Variação de 300MPa.

    E- Tmáx=-50MPa Tmín=-250MPa. Variação de 200MPa.

    As letras B e E variaram 200MPa. 

    Aí fiquei na dúvida de qual seria a correta. Poderiam me ajudar?

  • Roberta, a letra B está errada pois a tensão máxima ultrapassa o limite de fadiga, de 200 MPa. Além disso, as tensões são trativas, e tensões trativas podem provocar fadiga.

    A letra E está certa pois tanto a tensão máxima quanto a tensão mínima são negativas, isto é, compressivas, e tensões compressivas não geram fadiga.

  • Eu não entendi foi nada!!

    Alguém poderia explicar?

    Mesmo com os comentários dos colegas, eu não consegui entender.

  • A questão está confusa mesmo. A curva de Wohler é construída com tensão vs número de ciclos, sendo que a tensão pode ser tensão máxima ou amplitude de tensão, e a questão não especificou isso.

    As menores amplitudes de tensão são B e E, com 100 MPa, porém em E a tensão é sempre negativa, de compressão, não haverá propagação de trincas. Acredito que por isso que a E está correta.


ID
1387411
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A fragilização por hidrogênio é um dos problemas mais importantes no emprego de diversos materiais metálicos, mas alguns procedimentos podem ser desenvolvidos para evitar essa fragilização.
O que se deve fazer para reduzir a fragilização por hidrogênio?

Alternativas
Comentários
  • Processos que usam elevada energia de soldagem (arco submerso e eletroescória) apresentam menor risco de fissuração pelo hidrogênio (presente na umidade do ar).


ID
1387417
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A soldagem é considerada como o mais importante processo de união metálica, apresentando aplicações varia- das, que vão desde fabricações simples até estruturas e componentes sofisticados. Em muitas aplicações, a soldagem pode complementar outros processos de união e de fabricação ou competir com eles, o que significa que a escolha do processo a ser adotado tem influência sobre a qualidade final do produto.

Ao se escolher adequadamente um processo de soldagem, deve-se considerar que

Alternativas
Comentários
  • Por que a A está errada?

  • Renato, na soldagem por TIG há formação de arco elétrico, a questão afirma que não, por isso a alternativa está incorreta.

  • GABARITO: E

    a) ERRADA -  o eletrodo de tungstênio estabelece, sim, arco elétrico com o metal de base (a alternativa estaria errada se afrimasse que o arco elétrico é formado entre a vareta de meta de enchimento e o metal de base);

    b) ERRADA - O eletrodo é consumido no processo MAG

    c) ERRADA - O diâmetro influencia uma vez que parâmetros como corrente e tensão estão diretamente ligados ao tipo e diâmetro do eletrodo;

    d) ERRADA - Os eletrodos revestidos apresentam materiais na sua constituição com vários objetivos e um deles é auxiliarna estabilização do arco elétrico;

    e) CORRETA

  • A letra E pra mim tb nao esta correta, pois quanto maior é a corrente eletrica maior é a taxa de deposição do metal de adição, fato que implica diretamente na constituição do cordão de solda.

  • Jorlan, a corrente influencia diretamente na penetração e não na largura.

  • Concordo com o Jorlan sobre a alternativa E. Se aumentarmos a corrente, maior será a taxa de fusão do eletrodo e consequentemente maior a taxa de deposição, este fato implica sim na largura do cordão de solda. Acredito que a mais correta seria a C, pois a qualidade do cordão é controlada pela habilidade do soldador. Se eu soldar, por exemplo, com eletrodo 2 mm ou 2,5 mm isso não influenciaria na qualidade do cordão de solda. E sim a habildade do soldador e o correto ajuste dos parâmetros de soldagem.

  • Bruno, quanto maior o diâmetro, mais energia é necessária para fundir o eletrodo. Logo, se eu mantenho o mesmo nível de energia na soldagem para o um eletrodo com diâmetro maior, terei sim influência na qualidade do meu cordão de solda. Sem falar que a abertura do chanfro também tem que estar alinhada com o diâmetro do eletrodo. Com relação a largura, acredito eu que está mais associado com a distância do eletrodo ao ponto de solda, uma vez que o arco elétrico para eletrodo revestido é cônico, tendo raio maior próximo à peça.

  • A letra E está errada também. De acordo com o livro do EMILIO WAINER, a corrente de soldagem influencia diretamente na geometria do cordão, proporcionalmente inclusive em sua largura

  • De acordo com o livro “soldagem fundamentos e tecnologia” a letra E está incorreta. Nele tem o texto: “A corrente de soldagem é o principal parâmetro que controla o volume da poça de fusão e a penetração da solda no metal base, que tendem a aumentar com o aumento da corrente, assim como a largura do cordão.

  • No material do estratégia tá dizendo que a alternativa correta é a relativa ao arco elétrico da TIG. Lá fala que na soldagem TIG o arco elétrico é estabelecido entre o eletrodo e a poça de fusão, não entre o eletrodo e o metal de base. Ainda assim para mim parece bem esquisito afirmar isso.


ID
1387420
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Devido às características básicas do ensaio, líquidos penetrantes possuem grande aplicação em produtos metálicos e não metálicos.
Líquidos que contenham enxofre em sua composição química, porém, NÃO devem ser adotados na inspeção de produtos de

Alternativas
Comentários
  • Quando aplicados em materiais inoxidáveis austeníticos, titânio e ligas à base de níquel, os líquidos penetrantes devem ser analisados quanto aos teores de contaminantes, tais como enxofre, flúor e cloro. O procedimento e os limites aceitáveis para essas análises devem estar de acordo com a norma aplicável de inspeção do material ensaiado.

     

    Fonte: http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-mecanicos/217-ensaio-nao-destrutivo-liquidos-penetrantes.html

     

  • Como há grande quantidade de níquel no aço inoxidável austenítico, e o níquel reage com o enxofre, neste caso o LP não poderia ser aplicado neste material.

  • Segundo o apêndice II (MANDATORY APPENDIX II CONTROL OF CONTAMINANTS FOR LIQUID PENETRANT EXAMINATION) do ASME V, o controle de contaminante para o enxofre só é necessário para ligas a base de Níquel. Já para aços inoxidáveis austeníticos e duplex, o controle dos contaminantes só é necessário para o cloro e o flúor. Tudo bem que o aço inoxidável austenítico possui na sua composição o níquel, porém não é uma liga a base de níquel e sim a base de cromo.


ID
1387423
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Zona termicamente afetada (ZTA) é a região da junta soldada que não se fundiu, mas que teve sua microestrutura e propriedades alteradas pelos ciclos térmicos de aquecimento e resfriamento durante a operação de soldagem.
Em relação à ZTA, considere as afirmativas a seguir.

I - Na soldagem do alumínio, a mudança microestrutural mais marcante é o crescimento de grão.
II - Nas ligas ferrosas, há um aquecimento acima da temperatura de transformação eutetoide.
III - Nos aços inoxidáveis, grãos grosseiros estão localizados junto ao metal de base, enquanto grãos finos estão localizados junto ao metal de solda.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I - Certo.

    II - Errado, atingir tal temperatura implica em fusão do material, saindo da ZTA e entrando na zona fundida.

    III - Errado, quanto maior a temperatura a qual o grão está exposto, maior ele será.

  • Felipe, só uma observação:

    No  item II, atingir temperaturas maiores que a eutetóide não implica na fusão do material necessariamente. Superar a temperatura eutetóide implica em austenitização e não em fusão. A partir da região intercrítica e da de grãos grosseiros a temperatura é sim maior que a eutetóide. Porém, a região subcrítica não supera a temperatura eutetóide.

    http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAc3MAH-4.jpg

  •  

    Pelo que eu li e entendi, a constiuição e temperatura da zta vai depender do tipo de solda, multiplo ou simples passe, caso que não é dito na questão. conforme tem no link

  • Alguém poderia explicar melhor o item I?

  • Arthur, a elevada temperatura por um determinado tempo aumenta o tamanho do grão do alumínio.

  • Pq a II ta errada? a Zona da ZTA proxima da zona de fusão pode ultrapassar a a temeratura eutetiide.
  • Também não entendi o motivo da afirmativa II está errada.

  • Olhando a princípio a alternativa II me parece correta. Mas se pensarmos em ligas FERROSAS, o ferro fundido também é considerada uma liga ferrosa. Só se imaginarmos que a banca está considerando que a reação eutetóide é para aços e não ferros fundidos. Embora no meu ponto de vista ferros fundidos ainda apresentem reação eutetóide para formação de perlita.

  • A alternativa II não está correta. Se pararmos e pensarmos que o aço inoxidável austenítico não passa por tal processo, chegamos a conclusão que quando se fala em liga ferrosa o universo de possibilidades contrárias é muito grande.

  • A ZTA é formada em ordem decrescente de T: Região de crescimento de grão> Região de refino de grão>Região intercrítica> Região subcrítica.

    A região subcritica não chega a atingir a temperatura eutetoide. Por esse motivo a II está incorreta.

  • Continuo achando que a afirmativa II está correta. O examinador não fala nada sobre a região subcrítica, ele apenas cita que "Nas ligas ferrosas, há um aquecimento acima da temperatura de transformação eutetoide", o que de fato ocorre na região próxima à zona de fusão. Ao meu ver a questão está com o gabarito incorreto e caberia recurso.


ID
1387426
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Descontinuidades de soldagem podem ser definidas como falta de homogeneidades física, mecânica ou metalúrgica na junta soldada, não sendo, porém, consideradas necessariamente defeitos.
A descontinuidade metalúrgica que apresenta a definição apropriada encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • a) Errado, tal aprosionamento se dá na zona fundida

    b) Certo.

    c) Errado, a falta de penetração acontece quando a solda não atinge a profundidade adequada.

    d) Errado, tal descontinuidade se dá na interface entre o metal de adição e o metal de base.

    e) Errado, as trincas por hidrogênio ocorrem após a solidificação, a frio.

     

  • e) só para complementar, as trincas por hidrogênio são também conhecidas como trincas atrasadas, pois ocorrem depois da solidificação.

     

  • Falta de penetração
    É uma descontinuidade que ocorre na raiz de uma junta soldada. Isto em decorrência da impossibilidade de fundir e preencher completamente a raiz da junta.
    A falta de penetração atua como um grande concentrador de tensão, podendo facilitar a nucleação e propagação de trincas. Além disso, pode reduzir a seção efetiva da junta
     


ID
1387429
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A principal finalidade do ensaio por ultrassom (US) é a detecção de descontinuidades internas através da introdução de um feixe ultrassônico que, introduzido numa direção favorável e refletido pela descontinuidade, será mostrado na tela do aparelho como um pico (eco).
O objetivo de se aplicar US phased array em vez do US convencional é

Alternativas
Comentários
  • As vantagens principais dos transdutores Phased Array são:
    • Variedade de pontos focais para um mesmo transdutor;
    • Variedade de ângulos de incidência para um mesmo transdutor;
    • Varredura do material de forma eletrônica do feixe sônico;
    • Inspeção em juntas soldadas de metais dissimilares;
    • Variedade dos modos de inspeção;
    • Maior flexibilidade para inspeção de juntas complexas;

     

     


ID
1387432
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Aços carbono são utilizados em muitas aplicações industriais, em operações de soldagem, em função de suas variadas propriedades.
Como características de soldagem, tem-se a(o)

Alternativas
Comentários
  •  a) quanto maior o teor de carbono menor é a soldabilidade.

     b) as trincas de solidificação (contração) não ocorrem somente sob condições de resfriamento brusco.

     c) dificuldade (relativa) na soldagem dos aços de ALTO carbono por qualquer processo a arco elétrico.

     d) CORRETO

     e) podem ocorrer trincas na zona fundida independente do material, mas têm uma tendência maior quanto maior o teor de liga e/ou carbono.


ID
1387438
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Ensaios radiográficos têm larga aplicação na indústria, permitindo a detecção de descontinuidades através de modificações na radiação ocasionadas por absorção pela matéria e passagens por descontinuidades.
Tal técnica, porém, NÃO é recomendada para indicar

Alternativas
Comentários
  • Facilmente verifica-se que se trata de uma trinca por fadiga

  • Alguém sabe explicar porque a técnica é adequada para trincas de corrosão e trincas em tubulações mas não trincas de fadiga?

  • As trincas de fadiga, são geradas através de esforços de tração, torção, processos de união de materiais (soldagem),  fluência (envolve pressão e temperatura).. nas trincas de corrosão, podemos executar o ensaio visual, líquidos penetrantes, estas estão abertas à superfície...

  • Prezados, bom dia!

    Não fui convencido que a alternativa "B" é o gabarito. Alguém teria argumentação para justificar o gabarito e dizer porque o ensaio radiográfico é utilizado em tubos (como e aonde é posicionado o filme revelador neste caso?)?


ID
1387441
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Apesar de todos os modernos métodos de ensaios não destrutivos, o ensaio visual continua sendo muito utilizado, devido à sua simplicidade.
No ensaio visual, destaca-se que a(o)

Alternativas
Comentários
  • Ao se realizar um ensaio visual de soldagem, o inspetor deverá certificar e verificar o acabamento da junta soldada; o ensaio e feito sob a vista desarmada; instrumentos devem ser calibrados; é desejável que o inspetor seja qualificado para executar tal ensaio, uma vez que sua experiência e de extrema importância; O SUCESSO DA INSPEÇÃO DEPENDE DA POSIÇÃO DO DEFEITO.


ID
1387444
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

A microestrutura da região de uma solda a arco de duas placas laminadas de aço de baixa liga, na condição normalizada, contendo 0,3% de carbono, apresenta regiões com morfologias e propriedades bem distintas.
A zona termicamente afetada é caracterizada por

Alternativas
Comentários
  • Alguém saberia explicar, por gentileza?

  • A introdução ao problema traa as seguintes informações: Aço de baixa liga e condição NORMALIZADA.

    Essa situação expõe baixas velocidades de transformação. No diagrama TTT para baixas velocidades e um tempo grande de resfriamento temos a formação da ferrita + Bainita. após isso a curva gera a martensita.

  • Entendi o seguinte:

    A: errada pois a composição é alterada na zona fundida

    B: grãos colunares ocorrem na zona fundida

    C: correta

    D: 0,3% de carbono não será ferrita pura

    E: 0,3% de carbono não será perlita pura


ID
1387447
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

As leis do magnetismo estão presentes no ensaio não destrutivo de partículas magnéticas, o que permite a indicação de descontinuidades em equipamentos.
Nesse contexto, verifica-se que esse ensaio

Alternativas
Comentários
  •  a) se aplica com as partículas em suspensão no ar, na água ou num destilado leve de petróleo(via umida).

     b) indica NÃO somente descontinuidades superficiais, COMO TAMBÉM SUBSUPERFICIAIS.

     c) indica marcas da usinagem do equipamento.

     d) detecta inclusões não metálicas em juntas soldadas.

     e) é influenciado pela orientação da descontinuidade.


ID
1387450
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Ensaios não destrutivos são técnicas aplicadas a materiais, equipamentos e estruturas com o objetivo de avaliar propriedades, desempenho e integridade sem comprometer suas futuras aplicações.
A sequência das etapas associadas com ensaios não destrutivos inicia-se com aplicação e prossegue com

Alternativas
Comentários
  • Ao realizarmos um END, e detectarmos uma possível descontinuidade/defeito, devemos identificar, interpretar descontinuidade ou defeito, laudar, executar o reparo se houver a necessidade de modificação da peça ou equipamento...

  • Alisson, eu não entendi esta questão desta forma, eu entendi que são os estágios do processo. Por exemplo em líquidos penetrantes:

    - Aplicação;

    - Modificação das condições do fluido no processo de penetração nas trincas;

    - Detecção das trincas após completa penetração;

    - Você aplica o revelador que será a sua conversão; e

    - Com a conversão realizada, agora resta a interpretação dos dados.


ID
1387453
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2014
Provas
Disciplina
Metalurgia

Lingotes fundidos no estado bruto possuem variações microestruturais que estão associadas a zonas distintas conhecidas como zonas equiaxial central, colunar e equiaxial superficial.
Em relação a essas três zonas distintas, considere as afirmativas abaixo.

I - A zona colunar apresenta crescimento dendrítico, o qual ocorre de maneira contrária ao fluxo térmico.
II - A zona equiaxial central somente ocorre se o líquido no interior do lingote apresentar um super-resfriamento.
III - A zona equiaxial superficial apresenta a maior ductibilidade entre as três.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Na minha opinião todas as alternativas estão corretas.

  • II - Ocorrerá justamente pelo inverso proposto;

    III - Os grãos são mais finos e ocorre sobre alta velocidade de resfriamento devido ao contato metal fundido com parede fria do molde. Logo, é a região mais dura.

  • o estranho de tudo é que no gabarito a resposta correta é a letra B. 

    aqui no site a resposta é A. 

  • O super-resfriamento ocorre na zona Coquilhada, próximo à parede, pois a taxa de extração de calor é maior. Então a B (II) está errada.

    I - Correta. Na afirmativa diz que é de maneira contrária ao fluxo de calor, então não especificou direção e sentido:

    Os grãos são alongados, orientados na direção de extração de calor, porém no sentido contrário, pois os grão crescem para dentro e a extração de calor é para fora.

  • Questão bem complexa na minha opinião.

    I - A zona colunar apresenta crescimento dendrítico, o qual ocorre de maneira contrária ao fluxo térmico. CORRETA 
    II - A zona equiaxial central somente ocorre se o líquido no interior do lingote apresentar um super-resfriamento. CORRETA - Na minha opinião tá certa essa aí, tem que ter o super-resfriamento pra te a região equiaxial central, caso contrário a zona colunar aumentaria. A galera que manja de fundição poderia dar uma ajuda nessa. kkk
    III - A zona equiaxial superficial apresenta a maior ductibilidade entre as três. ERRADA - Concordo com o raciocício do Danilo na III, embora não tenha visto em nenhum lugar essa comprovação, sei que os grãos equiaxiais centrais são mais grosseiros que os superficiais, logo a maior ductilidade estaria na região central.

  • Gabarito alterado para alternativa A.

  • Acho que a II também poderia estar correta, pois de acordo com o livro do Colpaert revisado pelo Costa e Silva:

    "Zona equiaxial central - se o líquido no interior do molde chegar a ficar superesfriado, pode ocorrer o crescimento equiaxial central"

  • Finalmente o gabarito é A ou B? No oficial da banca ta B.