SóProvas



Prova UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1


ID
3808729
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I.
Ó poente que te vais em sombras mortas,
Para voltar depois,
Suavidade que desconfortas,
Como somos iguais os dois!

Envolto em nuvens cor de sangue, choras
Todos os dias o dia findo...
E como rosas, depois, auroras
No teu seio vão-se abrindo.

E de novo te desabrochas,
Cheio de vida, para depois
Bruxulear num clarão de tochas
Seguindo o enterro de nós dois...

E no outro dia as mesmas rosas
No teu seio vão-se abrindo...
E voltam lágrimas chorosas
Depois, chorando o dia findo.

GUIMARAENS, Alphonsus de. Cantos de amor, soluços de preces. Rio de Janeiro: Cia José de Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972. p. 140.


II.

Poente. Calcando vidro úmido da tarde,
lentos, caminho dos currais, os bois
historiam campesino silêncio de fazenda.
No olhar de melancolia e trabalho vespertino
passeia desnudo entre folhas cegas
um sacrifício comum de agrícola fadiga,
paisagem desesperada nutrindo-se
de sombras, de canção despedaçada
entre cedros e riacho.

MATTOS, Florisvaldo. Poente aos bois. A caligrafia do soluço & poesia anterior. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado; COPENE, 1996. p. 80

No texto I, sugere-se

Alternativas

ID
3808732
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I.
Ó poente que te vais em sombras mortas,
Para voltar depois,
Suavidade que desconfortas,
Como somos iguais os dois!

Envolto em nuvens cor de sangue, choras
Todos os dias o dia findo...
E como rosas, depois, auroras
No teu seio vão-se abrindo.

E de novo te desabrochas,
Cheio de vida, para depois
Bruxulear num clarão de tochas
Seguindo o enterro de nós dois...

E no outro dia as mesmas rosas
No teu seio vão-se abrindo...
E voltam lágrimas chorosas
Depois, chorando o dia findo.

GUIMARAENS, Alphonsus de. Cantos de amor, soluços de preces. Rio de Janeiro: Cia José de Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972. p. 140.


II.

Poente. Calcando vidro úmido da tarde,
lentos, caminho dos currais, os bois
historiam campesino silêncio de fazenda.
No olhar de melancolia e trabalho vespertino
passeia desnudo entre folhas cegas
um sacrifício comum de agrícola fadiga,
paisagem desesperada nutrindo-se
de sombras, de canção despedaçada
entre cedros e riacho.

MATTOS, Florisvaldo. Poente aos bois. A caligrafia do soluço & poesia anterior. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado; COPENE, 1996. p. 80

Na primeira e na terceira estrofe do texto I, as imagens poéticas traduzem um pensamento construído através de

Alternativas

ID
3808735
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I.
Ó poente que te vais em sombras mortas,
Para voltar depois,
Suavidade que desconfortas,
Como somos iguais os dois!

Envolto em nuvens cor de sangue, choras
Todos os dias o dia findo...
E como rosas, depois, auroras
No teu seio vão-se abrindo.

E de novo te desabrochas,
Cheio de vida, para depois
Bruxulear num clarão de tochas
Seguindo o enterro de nós dois...

E no outro dia as mesmas rosas
No teu seio vão-se abrindo...
E voltam lágrimas chorosas
Depois, chorando o dia findo.

GUIMARAENS, Alphonsus de. Cantos de amor, soluços de preces. Rio de Janeiro: Cia José de Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972. p. 140.


II.

Poente. Calcando vidro úmido da tarde,
lentos, caminho dos currais, os bois
historiam campesino silêncio de fazenda.
No olhar de melancolia e trabalho vespertino
passeia desnudo entre folhas cegas
um sacrifício comum de agrícola fadiga,
paisagem desesperada nutrindo-se
de sombras, de canção despedaçada
entre cedros e riacho.

MATTOS, Florisvaldo. Poente aos bois. A caligrafia do soluço & poesia anterior. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado; COPENE, 1996. p. 80

Os textos I e II possuem em comum

Alternativas

ID
3808738
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Eugênia desataviou-se nesse dia por minha causa. Creio que foi por minha causa, — se é que não andava muita vez assim. Nem as bichas de ouro, que trazia na véspera, lhe pendiam agora das orelhas, duas orelhas finamente recortadas numa cabeça de ninfa. Um simples vestido branco, de cassa, sem enfeites, tendo ao colo, em vez de broche, um botão de madrepérola, e outro botão nos punhos, fechando as mangas, e nem sombra de pulseira.
    Era isso no corpo, não era outra coisa no espírito.

ASSIS, Machado de. Coxa de nascença. In: Memórias Póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 64. (Série Bom Livro).

O narrador, ao avaliar a atitude de Eugênia, mostra-se

Alternativas

ID
3808741
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Eugênia desataviou-se nesse dia por minha causa. Creio que foi por minha causa, — se é que não andava muita vez assim. Nem as bichas de ouro, que trazia na véspera, lhe pendiam agora das orelhas, duas orelhas finamente recortadas numa cabeça de ninfa. Um simples vestido branco, de cassa, sem enfeites, tendo ao colo, em vez de broche, um botão de madrepérola, e outro botão nos punhos, fechando as mangas, e nem sombra de pulseira.
    Era isso no corpo, não era outra coisa no espírito.

ASSIS, Machado de. Coxa de nascença. In: Memórias Póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 64. (Série Bom Livro).

O narrador, no último período do texto, sintetiza e ressalta, como traço característico de Eugênia, a

Alternativas

ID
3808744
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O escritor Jorge Amado, em parte de suas obras, utiliza uma linguagem em que se faz presente boa dose de lirismo, o que tem comprovação no fragmento da alternativa

Alternativas

ID
3808747
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No caderno: A vida é servidão, descubro olhando meus sapatos. Tenho pertences: o relógio, a bota, o argumento terrível. Deus não tem nada. Já fui lépida e límpida, tinha o dente ridente, ia arranjar um marido. Eu não me engano mais. Mesmo o canto de liberdade está preso a seu ritmo. O Senhor é meu Pastor e tudo me falta, tenho onde cair morto, certamente terei quem com um olho me chore e outro me ria. Bom é ser como a pedra que é vazia de si. M. G. Fraga.

PRADO, Adélia. Cacos para um vitral. 4. ed. São Paulo: Siciliano, 1991. p. 64-65.

Indique V ou F, conforme sejam as afirmativas verdadeiras ou falsas.

O texto apresenta

( ) uma voz enunciadora consciente da plenitude de sua vida.
( ) uma dimensão simbólica dos objetos para configurar um estado de espírito.
( ) a subversão de ideias expressas por lugares-comuns, o que lhes confere valor poético.
( ) um ser apegado ao religioso, daí a humildade com que aceita as restrições que a vida lhe impõe.
( ) a figura feminina em busca da recuperação do tempo vivido.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

Alternativas

ID
3808750
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cheguei aqui nuns outubros de um ano que não sei, não estava velha nem estou, talvez jamais ficarei porque faz-se há muito tempo nos adentros importante saber e sentimento. Amei de maneira escura porque pertenço à Terra, Matamoros me sei desde menina, nome de luta que com prazer carrego e cuja origem longínqua desconheço, Matamoros talvez porque mato-me a mim mesma desde pequenina, não sei, toquei os meninos da aldeia, me tocavam, deitava-me nos ramos e era afagada por meninos tantos, o suor que era o deles se entranhava no meu, acariciávamo-nos junto às vacas, eu espremia os ubres, deleitávamo-nos em suor e leite e quando a mãe chamava o prazer se fazia violento e isso me encantava, desde sempre tudo toquei, só assim é que conheço o que vejo [...].

HILST, Hilda. Tu não te moves de ti. São Paulo: Globo, 2004, p. 61.

A enunciadora

Alternativas

ID
3808753
Banca
UEFS
Órgão
UEFS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No texto, o fluir do tempo é visto como

Alternativas