O toxoplasma pode apresentar três formas de evolução:
1) Os taquizoítos (ou trofozoítos) são formas de reprodução rápida, encontrados nos tecidos durante a infecção aguda. São capazes de invadir qualquer tipo de célula (exceto hemácias) onde se reproduzem por endodigenia (brotamento interno de dois organismos) até que a célula hospedeira morra, liberando centenas de novos taquizoítos que invadem outras células. Com o aparecimento da resposta imune, os taquizoítos virtualmente desaparecem, mas persistem no interior de certas células na forma de cistos.
2) Os microrganismos contidos nos cistos são chamados bradizoítos (ou merozoítos) por serem formas de multiplicação lenta ou de repouso. Admite-se que a cápsula do cisto se desenvolva a partir da própria célula hospedeira, daí o cisto ser referido como pseudocisto. Os pseudocistos medem entre 10 e 100 mm, podem conter centenas de parasitas compactamente agrupados e persistir indefinidamente em qualquer tecido. Têm importante papel na transmissão, quando ingeridos pelo homem ou carnívoros.
3) Oocistos são formas produzidas exclusivamente nas células da mucosa intestinal do gato e eliminados nas fezes. Os gatos podem adquirir a infecção por ingestão de carne contaminada por pseudocistos ou de oocistos eliminados por outros gatos e presentes no solo. Quando se infectam pela primeira vez podem eliminar milhões de oocistos, que têm grande importância na disseminação da parasitose. Cerca de 1% dos gatos excretam oocistos nas fezes. No solo, em condições favoráveis de umidade e temperatura, os oocistos sofrem esporulação e tornam-se infectantes, permanecendo viáveis por até cerca de um ano e meio.