Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Deixando de lado nosso medo da solidão, a verdade é
que nossa mente é única. Isso significa que todo empenho
de comunicação entre duas mentes esbarrará com obstá-
culos intransponíveis. Não é assim que sentimos, pois temos
a impressão de nos comunicarmos uns com os
outros o tempo todo. Mas ela é falsa e deriva apenas de
usarmos os mesmos símbolos − as palavras, ordenadas
de uma mesma forma e regidas pela gramática de cada
língua. O cérebro é geneticamente diferente, a não ser no
raro caso de gêmeos idênticos, e nossas experiências de
vida também o são; as formas como registramos e decodificamos
tais experiências são absolutamente pessoais,
não são sequer influenciadas de forma direta pela família
que tivemos ou pelo meio social em que crescemos.
Mesmo que as famílias queiram influenciar ao máximo
seus descendentes, cada criança conclui de modo próprio
sobre os fatos que observa e sobre tudo que ocorre a ela.
Suas conclusões, algumas equivocadas, determinarão
suas futuras ações e influirão em seus pensamentos
subsequentes. Somos seres únicos e deveríamos nos
orgulhar disso. Porém, ao contrário, nos sentimos profundamente
solitários em virtude dessa verdade que, em
certo sentido, nos faz menos insignificantes justamente
por sermos únicos.
(Adaptado de: Flavio Gikovate, Ensaios sobre o a amor e a solidão.
São Paulo, MG Editores, 2006, 6. ed.)
Estão flexionados nos mesmos tempo e modo os verbos em: