SóProvas


ID
1051948
Banca
FCC
Órgão
TRT - 5ª Região (BA)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Explicar não é justificar

Os gregos e os romanos aceitavam a escravidão porque não imaginavam que uma sociedade pudesse funcionar sem
escravos. Como o filósofo Sêneca, insistiam apenas em que se reconhecessem alguns direitos aos escravos: que fosse,
por exemplo, proibido utilizá-los com finalidades sexuais. Estamos na mesma posição quando se trata da pobreza. Estamos
convencidos de que uma sociedade justa deve procurar erradicá-la.
Mas, como não conseguimos conceber os meios que permitem atingir esse objetivo, aceitamos que uma sociedade comporte
grandes bolsões de pobreza. Em contrapartida, não hesitamos em condenar a prática da escravidão.

(Raymond Boudon, O relativismo. Trad. de Edson Bini. São Paulo: Loyola, 2010. p. 41)

Está plenamente adequado o emprego de ambos os segmentos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Letra "e" está correta porque:


    - encaramos ----> algo -----> "injustiça" -----> "COM" ----> indica o modo, exigindo a preposição (1º sublinhado = correto!)


    - tomados ----> exige preposição também ---> que é o  "de" antes do "que" ----> está tomado de algo (ex: ele está tomado de raiva.) [correto!]


    Bons estudos!

  •  Ao encontro de é uma expressão usada para indicar concordância, enquanto De encontro a, é uma expressão usada para indicar discordância, ou seja, as locuções tem significado totalmente opostos.

  • A letra C está errada devido ao DE CUJA. pois isso n existe!!

    O "cujo" já é uma flexão do "de" com o "que". Trocando em miúdos, "cujo" é o resultado de: de que, dos quais, das quais...

  • GABARITO: e)

    Quando a frase tem PRONOME RELATIVO: que,qual,quem,quanto,onde e cujo.


    Devemos sempre olhar a regência do verbo(REGÊNCIA VERBAL) ou do nome(REGÊNCIA NOMINAL) que vem depois de tal pronome,SE PEDIR PREPOSIÇÃO,COLOCA-SE ANTES DO PRONOME RELATIVO!


    Ex:."e) O texto não deixa dúvida quanto à naturalidade com que encaramos injustiças presentes e quanto à indignação de que somos tomados diante de injustiças passadas."


    No item acima temos dois PRONOMES RELATIVOS : "QUE", logo olhamos a REGÊNCIA DO VERBO OU DO NOME QUE VEM DEPOIS.


    "à naturalidade que encaramos injustiças..."   Regência do verbo ENCARAR: OD (injustiças) e OI (COM naturalidade).


    Observem que o verbo ENCARAR pede a PREPOSIÇÃO "COM", logo tal preposição deve ficar antes do pronome QUE:

    "à naturalidade com que encaramos injustiças..."


    No outro caso:


    "à indignação que somos tomados diante de injustiças passadas."   Regência do nome TOMADOS - no sentido de Apoderar:   

    C.N  (DE indignação)


    Observem que o nome TOMADOS pede a PREPOSIÇÃO DE, logo tal preposição deve ficar antes do pronome QUE:

    "à indignação de que somos tomados diante de injustiças passadas."



    OBS:. ESSA REGRA SERVE TAMBÉM PARA OS PRONOMES INTERROGATIVOS (que,qual,quem,quanto,onde,cujo)!


    Ex:. Qual filme vocês assistiram ontem? ERRADO


    Quem assiste - no sentido de ver- assiste alguma coisa(filme)


    Ex:.A qual filme vocês assistiram ontem? CORRETO


  • OBS em relação ao comentário da barbi.uni:

    de cuja existe sim.

    EX: Aquela é a família de cujo a casa todos gostam.

    Verbo gostar é transitivo indireto e requer o uso de preposição, quem gosta, gosta de alguma coisa.

    A letra C está errada, porque o uso do de cuja nada tem haver com o período antecedente, e não porque ele não existe.

  • No caso da letra A, está errado pela preposição NA, que deveria ser uma crase "...exceção à regra..."  correto?

  • Com todo respeito, só uma pequena correção em relação ao comentário da Nataly:

    Depois de "cujo", NUNCA HAVERÁ ARTIGO.

    Ex.: Ela é a mulher cujo sorriso me encantou.

    Ela é a mulher cujas mãos me encantaram.


    Prof. Aguinaldo Martino - LFG

  • Macetinho do pronome relativo "CUJO":

    O cujo não se possibilita a ser trocado por outro pronome relativo e nem admite artigo , pois já é variável. Sendo assim gravemos a seguinte frase:

    Não troque seu CUjo por nada!
    Não enfie artigo no CUjo!

    Pode ser idiota , mas tenho certeza que nunca esquecerei , espero que seja assim com mais alguém!

    Fé , força e bora estudar cambada.

  • e) O texto não deixa dúvida quanto à naturalidade com que encaramos injustiças presentes e quanto à indignação de que somos tomados diante de injustiças passadas.


    Encarar normalmente é VTD, mas encarar no sentido de deparar exige a preposição "COM" VTI.


    "Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão."  Isaías 40:31


    Renove suas forças em Deus depositando n'Ele sua fé! 

  • comentario meramente opinativo:

     a- incorreto. Os antigos gregos e romanos consideravam que a escravidão não representava uma exceção na (1)regra dos direitos democráticos, a cujos (2)só tinham acesso os homens livres.

     (1): EXCEÇÃO A ALGO, caberia até uma CRASE ai.

     (2): ''A QUE'', não pode cujo pois não há ideia de posse, e ESSA PREPOSIÇÃO ''A'' vem do nome ''acesso''.

     

    b- incorreto. Uma das práticas que vão ao encontro (1)dos valores democráticos é a discriminação dos pobres, que seus direitos tantas vezes são desrespeitados.

    (1): AO ENCONTRO: mesma ideias, concorda com aquilo.

           DE ENCONTRO: ideia contrarias, incompativeis

     

     c- incorreto. Volta e meia deparamo-nos, em pleno século XXI, diante de (1)casos de trabalho forçado, uma abomina- ção desumana, de cuja violência nada fica a dever à da escravidão.

    (1): QUEM SE DEPARA, DEPARA ''COM ALGO'',e não com DIANTE DE algo.

     

     d- incorreto. As leis em cujas (1) os legisladores primam pela equida- de e justiça são as mesmas a que (2)invocam os advogados espertos para contornar esses mesmos princípios.

    (1): O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais".

    (2): QUEM INVOCA, INVOCA ALGO, ou seja, NÃO PEDE PREPOSIÇÃO ''A''

     

     e- certo O texto não deixa dúvida quanto à naturalidade com que encaramos injustiças presentes e quanto à indignação de que somos tomados diante de injustiças passadas.

     

    erros, avise-me.