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LETRA A:
Resposta no próprio texto: “Não vos parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido nesses livros?"
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Não entendi o porquê de ser a alternativa A. No trecho "se for criminosa, o autor será punido", diz-se que há a possibilidade de incriminar um autor pela sua obra, mesmo sem ser uma razão de Estado. Alguém pode me explicar?
Bons estudos!
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Imagino que quando Voltaire falou "se for criminosa, o autor será punido" estaria englobando essa situação dentro do grupo "Estado comprometido". Acho que a segunda referência ao "Estado" são as leis em si, e primeiro seria o Governo, conduzido pelos tribunais e soberanos.
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A expressão Razão de Estado surge na linguagem política do renascimento tardio. Num primeiro momento podemos dizer que o termo é utilizado por alguns teóricos para se referir à força, ou melhor, a um instrumento excepcional daqueles que estão à frente do governo com a finalidade de conservar e garantir a ordem de determinado principado ou sociedade.
Afora: Com exclusão de; a exceção de; exceto, salvo, salvante, fora; além;
Ou seja, Afora (Exceto) alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela divulgação de suas ideias. Se baseia quando o autor cita: Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou mais tarde.”
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Não consigo entender que o item a seja o correto....quando se diz que "se a obra for criminosa , o autor será punido" não ficou claro que o autor seria punido pelo crime exclusivo de ferir os interesses do Estado ....Por exemplo, uma biografia não autorizada que ferisse o interesse privado e não os interesses do Estado, também seria um crime e deveria ser punido pela lei e justiça local...dessa forma entendo que outros crimes, além de alguma razão de Estado, também seriam passíveis de punição e incriminação do autor....questão mal formulada..não possui resposta no meu entendimento... Alguém poderia comentar? Abraço a todos...
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Natália, assim como você também errei a questão.. Se a gente pensa demais acaba cometendo este equívoco.
Perceba a frase: Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou mais tarde.
Agora a alternativa e) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo.
O problema reside na expressão "única", pois desde o início do texto ele comenta isto: “Não vos parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido nesses livros?".
Ou seja, não somente ao estado, estando por tanto condizente com o gabarito da questão:
a) fora alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela divulgação de suas ideias.
Espero ter ajudado.
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(Letra ( A)
só se deve recorrer aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estadoestiver sendo comprometido nesses livros ?
.. Caso contrario ...não se deve incriminar um autor...
A segunda parte fica um pouco dúbia, realmente, isso fez-me errar anotando a letra (e) ,mas verifique que não é a unica consequência admissível, haja vista que temos a consequência de Estado !
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"Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou mais tarde.” Gente, o trecho acima grifado não contraria a alternativa "A" ?
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Salvo letra "a", todas as questões se contrapõem ao texto. Vejamos por quê:
a) Afora alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela divulgação de suas ideias. = é justamente o que o texto de Voltaire procura defender (portanto, certo). E quando haverá "razão de Estado"? Resposta: Quando o Estado estiver sendo comprometido nesses livros, ou seja, quando a obra "for criminosa". Assim, o Estado "entra" para punir o autor.
b) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso constituir manifesta exigência do público. = errado, não adianta a exigência do público, caso não seja questão de crime.
c) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na instância do Estado deve ser administrada. = errado, a publicação de livros, para Voltaire, não deve ser administrada na instância do Estado (salvo caso de crime), mas na instância dos próprios cidadãos, de modo que, se o leitor achar a obra ruim, é só desprezá-la; se achar provocante, ele pode replicá-la, e assim por diante.
d) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opiniões, devem permanecer à margem das sanções dos tribunais. = errado, os autores não são soberanos para emitir suas opiniões, pois, há obras que são consideradas como crime (por exemplo: livros cujos autores propagam uma ideologia de insurreição contra o Estado), de sorte que o autor será julgado pelo Estado.
e) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo. = errado, pois em caso de "crime" não compete ao público o juízo definitivo, mas ao Estado.
Boa sorte a todos!!!
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"se for criminosa o autor será punido" logo existem hiteses que não são questões de estado nas quais o autor será sim incriminado