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Questões de Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.


ID
757
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

Alternativas
Comentários
  • (A) temos duas palavras: diminui e prevaleçam que estão erradas na alternativa.
    (C)o certo é: canalhas audaciosos
    (D)inextricável (que não se pode deslindar,delimitar)
    (E)depreende-se
  • Grafias: INcorretas + (Corretas):

    a) diminuE (diminuI), prevaleSçam (prevalEÇam);

    c) audaSes (audaZes);

    d) ineStricável (ineXtricável);

    e) depre_nde-se (depreEnde-se)
  • Significado de Inextricável adj. Que não se pode desenredar ou desemaranhar: meada inextricável.De que não é possível desembaraçar: labirinto inextricável.Sinônimos de InextricávelInextricável: emaranhado e enredadoDefinição de InextricávelClasse gramatical de inextricável: AdjetivoPlural de inextricável: inextricáveisFrase na imprensa com inextricávelFOLHA - Como ela alterou a sensibilidade e o estilo da narração cinematográfica e ajudou a definir o gênero do terror? SKERRY - Pela inextricável mistura de sexo e violência e pela sua combinação com temas tabus, como necrofilia e incesto. "Psicose" transgrediu tabus e, ao mesmo tempo, fez disso algo excitante.
  • a) A corrupção só se extingue ou diminue quando os justos intervêm para que as boas causas prevalesçam. (E) "... quando os justos INTERVINHEREM para que ...";

    b) Os homens que usufruem de vantagens a que não fazem jus cultivam a hipocrisia de propalar discursos moralizantes. (C);

    c) Contra tantos canalhas audases há que haver a reação dos que têm a probidade como um valor inerente ao exercício da cidadania. (E) AUDAZES, vem de AUDAZ;

    d) Há uma inestricável correlação entre a apatia dos bons cidadãos e a desenvoltura com que agem os foras-da-lei. (E), inextricavel - um nó que não dá para desatar;

     e) Deprende-se que houve êxito das iniciativas dos homens de bem quando os prevaricadores sentiram cerceada sua área de atuação. (E), quando SENTIREM

  • Comentado por Fernandes Marinho Jr" há aproximadamente 1 mês.
    a) A corrupção só se extingue ou diminue quando os justos intervêm para que as boas causas prevalesçam. (E) "... quando os justos INTERVINHEREM para que ...";
    e) Deprende-se que houve êxito das iniciativas dos homens de bem quando os prevaricadores sentiram cerceada sua área de atuação. (E), quando SENTIREM

    intervinherem ????? isso não existe...
    a palavra INTERVÊM está correta...
    o erro está em DIMINUE... correto é diminui e em PREVALESÇAM... correto é prevaleçam

    sentirem ??? sentirem está no futuro e a frase claramente está no passado (... houve êxito ...)
    a conjugação sentiram está correta... [pretérito perfeito]
    o erro está na palavra deprende-se... o correto é depreende-se

  • a) prevaleÇam

    b) CORRETO

    c) audaZes

    d) ineXtricável (adj. Que não se desemaranha)

    e) depreEnde-se (Depreender: v.t.d. Obter entendimento intelectual acerca de; perceber claramente alguma coisa; compreender: depreender um sentido metafórico. v.t.d. e v.bit. Alcançar a resposta; chegar à compreensão ou à conclusão de; deduzir: ela depreendeu das circunstâncias que a filha poderia estar com problemas.)

  • a) A corrupção só se extingue ou "diminue" (diminui) quando os justos intervêm para que as boas causas "prevalesçam" (prevaleçam).

    b) Os homens que usufruem de vantagens a que não fazem jus cultivam a hipocrisia de propalar discursos moralizantes.

    c) Contra tantos canalhas "audases" (audazes) há que haver a reação dos que têm a probidade como um valor inerente ao exercício da cidadania.

    d) Há uma "inestricável" (inextricável) correlação entre a apatia dos bons cidadãos e a desenvoltura com que agem os foras-da-lei.

    e) "Deprende-se" (Depreende-se) que houve êxito das iniciativas dos homens de bem quando os prevaricadores sentiram cerceada sua área de atuação.

    GABARITO: LETRA B

  • a)A corrupção só se extingue ou diminue quando os justos intervêm para que as boas causas prevalesçam. Errado, diminUI e prevaleÇAM

     b)Os homens que usufruem de vantagens a que não fazem jus cultivam a hipocrisia de propalar discursos moralizantes.Correta.

     c)Contra tantos canalhas audases há que haver a reação dos que têm a probidade como um valor inerente ao exercício da cidadania.Errado, audaZes

     d)Há uma inestricável correlação entre a apatia dos bons cidadãos e a desenvoltura com que agem os foras-da-lei.Errado, iNEXtricável.

     e)Deprende-se que houve êxito das iniciativas dos homens de bem quando os prevaricadores sentiram cerceada sua área de atuação. Errado, DEPREENDE.

  • Pessoal, segundo o professor Zambeli, o verbo USUFRUIR é VTD, sendo que usufrui-se algo, e não DE algo. Como fica essa questão? Quem puder sanar a dúvida, obrigado.

  • O verbo USUFRUIR pode ser VTD ou VTI, ou seja, tanto pode falar "usurfrui algo" como "usurfruir de algo"

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Significado de Inextricável

    adj. Que se não póde desembaraçar; enredado; emmaranhado. (Lat. inextricabilis)

    FONTE: https://www.lexico.pt/inextricavel/

  • Essa letra b não teria uma vírgula após jus?

  • PROPALAR

    verbo

    transitivo direto e pronominal

    tornar(-se) público; divulgar(-se), espalhar(-se).

    "p. fatos íntimos"

    2.

    transitivo direto e pronominal

    espalhar(-se), propagar(-se).

    "p. um vírus"

  • a) prevalesçam. --> prevaleçam.

    b) Correta.

    c) audases --> audazes.

    d) (os) foras-da-lei. --> (os) fora-da-lei.

    e) Deprende-se --> depreende-se.


ID
961
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

Considerando-se o contexto, a palavra sublinhada em Como não concordar com a oportunidade da frase? tem sentido equivalente ao da expressão sublinhada em:

Alternativas
Comentários
  • Belíssima questão. Explora ortografia e semântica ao mesmo tempo. Digas,aliás, uma tendência irrefutável nas provas das bancas mais modernas e organizadas.

    Quanto à resposta, retirei as acepções do dicionário eletrônico HOUAISS:
    1 que é conveniente; oportuno, propício
    Ex.: o momento não é azado para tal
    2 que é próprio para algo
    Ex.: poesia a. para nossas tertúlias
  • Gente! O que é AZADO? Nunca ouvi falar, tive que procurar no dicionário:
    azado:
    jeitoso, cômodo, conveniente, propício, oportuno
  • GABARITO: LETRA A

    Azado

    adjetivo

    1.que é conveniente; oportuno, propício.

    2.que é próprio para algo.

    FONTE: GOOGLE

  • Significado de Azado. adjetivo Ágil, jeitoso. Oportuno; próprio para alguma coisa.

    Gab A

  • E eu que li "azarado" kkkkk

  • Azado= oportuno


ID
2059
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder às questões de números 5 a 9, assinale,
na folha de respostas, a letra da alternativa
que preenche corretamente as lacunas da frase
apresentada.

O município de Bonito é exemplo de preservação de suas belezas naturais, com ...... de visão magnífica, verdadeiros ...... .

Alternativas
Comentários
  • QUEDAS DE ÁGUA( SOMENTE O PRIMEIRO ELEMENTO VARIA( PREPOSIÇÃO ABREVIADA).cartões-postais; VARIA SUBSTANTIVOS.
  • Resposta Letra B

    quedas d'água - cartões-postais é o certo

    Bons Estudos !!

     

    Paulo.

  • Desenho Industrial não é Design. Por definição, design é projetar buscando a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais do produto, de modo a atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários.

  • Voce esqueceu de falar da marca tridimensional. ;)


  • Letra B. Quando o substantivo composto for formado por substantivo + preposição + substantivo, só o primeiro elemento variará, logo quedas d’água é a forma certa.Já quando um substantivo composto é formado por um substantivo + um adjetivo,ambos variam, logo cartões-postais.

    Espero ter ajudado , abraços !

  • Uma dúvida! 

    Cartões-postais é um substantivo + adjetivo ou substantivo + substantivo ?

    No caso de ser um substantivo + substantivo pode-se colocar os dois no plural ou apenas o primeiro correto ?

    Felicidades a todos.

  • Augusto César¹ 

    cartão-postal = substantivo + adjetivo

    Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no plural:

          palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves
          couve-flor = couves-flor ou couves-flores
          bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios

    Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf28.php


ID
2419
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

Cada uma das séries abaixo se inicia com uma palavra extraída do texto. As demais se relacionam com ela semanticamente, NÃO havendo erro ortográfico apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Olá

    Receçsão correto Recepção
    Longínqüo correto Longínquo
    Engrandescer correto Engrandecer
    Fácilmente correto Facilmente

    Bom estudo
  • SINTÔNICO; PROPAROXÍTONA (TODAS SÃO ACENTUADAS).sintonizar,( FORMA IFINITIVA VERBAL).sintonia( SUBS ).
  • Melhor professor de informática que já tive!

  • Banca maldosa essa...


ID
2428
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

No segundo parágrafo, o autor emprega a expressão "demos de cara" (l. 13), forma popular que transmite a idéia de que a ação descrita ocorreu:

Alternativas
Comentários
  • * a) subitamente; INESPERADAMENTE

    * b) furtivamente;  FEITO ÀS OCULTAS; SECRETO

    * c) favoravelmente; QUE AJUDA; FAVORECE

    * d) efemeramente; DE CURTA DURAÇÃO

    * e) mormente. PRINCIPALMENTE
     

  • http://www.dicio.com.br/subitamente/

ID
2443
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

Para fazer as pesquisas com o registro das aves, serpentes, répteis e batráquios, as equipes teriam o "curto prazo de dois dias" (l. 36). A locução adjetiva usada aqui em "o registro das aves" tem como sinônimo erudito:

Alternativas
Comentários
  • Ornitologia : aves
    Ofiológico : serpentes
    Entomologia : insectos
    Ictiologia : peixes
    Saurologia : répteis sauros

    Correta letra A
    Bons Estudos !!!!

  • Ornitologia - aves
    Ofiológico - serpentes
    Entomologia - insectos
    Ictiologia - peixes
    Saurologia - répteis sauros
     

     

    Resposta Letra A

    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.

  • a) ornitologia: estudo das aves;
    b) ofiologia: estudo das serpentes;
    c) entomologia: estudo dos insetos;
    d) ictiologia: estudo dos peixes;
    e) saurologia: estudo dos répteis sáurios (lagartos).

    Boa sorte!!

     

  • Ô banca ridícula essa!!
  • questão rídicula, pelo amor...
  • A prova de analista ta mais facil que a de técnico...que incongruência!!
  • essa questão é para testar o conhecimento de Língua Portuguêsa ou para pesquisador na área de ciências...........................

  • Ah, sem noção isso! Fala sério! 
  • Professor o senhor é fera demais!! Com o senhor eu fico muito mais calmo, pois o senhor transmite uma energia muito bacana alem de uma tranquilidade. O senhor sempre nos acalma dizendo q a materia eh tranquila, que o conteudo eh simples e as questoes sao simples se estudar. Obrigado fessor!!! Preciso estudar muito ainda, quero ser Analista Tributário!!!! :D

  • Letra A. Questão maldosa! A pessoa da banca que fez isso foi meio sem coração, não? Como você vai saber que “ornitologia” é o ramo da zoologia que trata das aves? Você é zoólogo? Resumindo, a banca não titubeou e lascou um adjetivo erudito da locução
    adjetiva “das aves”. Brincadeira, não? E só de curiosidade (vai que...):

    ofiológico (estudo das serpentes)


    entomológico (estudo dos insetos)


    ictiológico (estudo dos peixes)


    saurológico (estudo dos lagartos – dinossauros).

    Uma questão como essa é pra eliminar candidato de alto nível. Quem vai esperar uma dessas na prova ? Questão lixo !!  :( :(

  • Cargo: biólogo


ID
3607
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 31 a 41 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

O governo inglês divulgou recentemente o que é até
agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos
do aquecimento global e sobre medidas que poderiam reduzir
as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de
evitar algumas de suas piores conseqüências. Ele deixa claro
que o problema não é mais se podemos nos dar ao luxo de
fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos
nos dar ao luxo de não fazer nada.

Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o
equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais. Os custos são mais altos do que
em estudos anteriores porque levam em conta que o processo
de aquecimento é bastante complexo e não-linear, com a possibilidade
de que possa ganhar ritmo muito mais alto do que se
imaginava, além de ser muito maior do que o previsto anteriormente.
O estudo talvez esteja subestimando significativamente
os custos: por exemplo, a mudança do clima pode fazer desaparecer
a Corrente do Golfo - de particular interesse para a
Europa - e provocar doenças.

Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração
de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado
acentuadamente desde o início da era industrial, de que a
atividade humana contribuíra significativamente para esse
aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o
nível dos mares. Mas poucos previram a rapidez com que a calota
de gelo do Ártico parece derreter. Mesmo assim, alguns
sugerem que, já que não estamos seguros da extensão do problema,
pouco ou nada devemos fazer. A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos.

Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança
tributária globalmente consensual. Isso não quer dizer aumento
geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada
país de algum imposto comum por outro, específico, sobre
atividades poluidoras. Faz mais sentido tributar coisas más do
que coisas boas, como a poupança e o trabalho. A boa notícia é
que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam
reduzir as emissões. Mudanças de preços que mostrem os
verdadeiros custos sociais da energia extraída de combustíveis
fósseis devem estimular inovação e conservação. Pequenas
alterações práticas, multiplicadas por centenas de milhares de
pessoas podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo,
plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados
em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir
uma grande economia na energia consumida pelo ar
condicionado.

Só temos um planeta e devemos cuidar dele. O aquecimento
global é um risco que simplesmente não podemos mais
ignorar.

(Adaptado de Joseph E. Stiglitz. O Globo, Opinião, 19 de novembro de
2006)

... porque levam em conta que o processo de aquecimento é bastante complexo e não-linear ...

Considere o que consta no Dicionário Houaiss a respeito do verbete linear.

1
que segue a direção de uma linha, que se estende em linha;

2
elementos que se sucedem à maneira de linha;

3
o que é claro, simples, direto;

4
que se caracteriza por usar formas definidas com precisão pela linha;

5
o que só tem uma dimensão.

O uso da forma negativa do adjetivo indica, no texto, maior proximidade com o sentido oposto ao de número

Alternativas

ID
3709
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

Em perpetuei e transmiti o respeito de meus pais pelas ficções, não haverá necessidade de se alterar ou introduzir qualquer outro elemento nessa frase caso se substitua perpetuei e transmiti por

Alternativas
Comentários
  • Os verbos perpetuei e transmiti são transitivos diretos, portanto a única alternativa que encaixaria na frase sem qualquer alteração é a alternativa B. A frase seria reescrita da seguinte maneira: "herdei e difundi o respeito de meus pais pelas ficções".
  • Perpetuar - nesse contexto é um Verbo Transitivo Direto;
    Transmitir - nesse contexto é um Verbo Transitivo Direto;

    a) honrar - VTD e conviver - VTI (E);
    b) herdei - VTD e difundi - VTD (C);
    c) habituei-me - VTI e aprendi VTD (E);
    d) orgulhei-me - VTI e admirei - VTD (E);
    e) rendi-me - VTI e louvei VTD (E).

    Bons Estudos!
    Espero ter ajudado ....



  • Em perpetuei e transmiti o respeito de meus pais pelas ficções, não haverá necessidade de se alterar ou introduzir qualquer outro elemento nessa frase caso se substitua perpetuei transmiti por:

    .
    Veja o comando da questão: "...não haverá necessidade de se alterar ou introduzir qualquer outro elemento nessa frase caso se substitua perpetuei transmiti por.
    .
    Com isso, alternativas c), d) e e) serão descartadas. Pois, o conectivo "se" atrai próclise.

ID
4156
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de
Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada:
"insubordinação mental". O fato: o jovem ganhara uma nota
muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe
devolver o texto avaliado, disse-lhe que ele talvez não a
merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída
uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao
diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o
poeta que esse incidente da juventude levou-o a desacreditar
por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.
Está evidente que a tal da "insubordinação mental" do
rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à
restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este
mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a
pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar
em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.
Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem
discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo
que era o mais justo. Em vez de envergonhar-se, o professor
respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da
falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência
corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.
A "insubordinação mental", nesse caso, bem poderia ter
sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio,
que não pode e não deve subordinar-se à
agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela
expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa
"subordinação mental", ou seja, na completa rendição de uma
consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege
pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não
foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele
deixar-se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?
Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma
enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações
supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça.
A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser
tão-somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduzse
nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta
ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada
vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

(Saulo de Albuquerque)

Considerando-se o contexto do segundo parágrafo, traduz- se corretamente o sentido de uma frase ou expressão em:

Alternativas
Comentários
  • Atenção para a diferença entre dissentimento e ressentimento:

    Dissentimento: Discórdia, divergência de opiniões ou sentimentos. É a antonímia de Consentimento.

    Ressentimento: De ressentir. Sentir-se mal com relação a alguém repetidamente. Ter queixa contra alguém.
  • Veja também:

    Contumaz:adjetivo e substantivo de dois gêneros
    que ou o que é obstinado, insistente . Um ébrio contumaz: um bêbado reincidente, insistente.

    contumaz

    1. • adj m+f (lat contumace) Que tem contumácia.
    2. Afincado ao seu parecer; teimoso.
    3. Dir Que se recusa a comparecer em juízo.
    4. Reincidente. Sup abs sint: contumacíssimo. sm
    5. Aquele que, sendo citado, não aparece em juízo a responder pelo crime de que é acusado.
    6. Dir Reincidente no desprezo das leis da Igreja.


  • Restringência: Qualidade de restringente.
    Disparatado: Que faz ou diz disparates; contrário ao bom senso, absurdo.

    Por sua vez, estapafúrdia: algo estranho, esquisito, absurdo.

    Exílio: expulsão, mudança forçada, afastamento, ausência.
    Reduto: ponto de concentração. Sinônimos: abrigo, asilo, refúgio.
  • restringente
      
    1. Que tem a propriedade de apertar as partes relaxadas.
     
    2. Medicamento que restringe.
     
    restringência
     
    1. Qualidade de restringente.
    2. Aperto.

ID
4159
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de
Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada:
"insubordinação mental". O fato: o jovem ganhara uma nota
muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe
devolver o texto avaliado, disse-lhe que ele talvez não a
merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída
uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao
diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o
poeta que esse incidente da juventude levou-o a desacreditar
por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.
Está evidente que a tal da "insubordinação mental" do
rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à
restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este
mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a
pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar
em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.
Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem
discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo
que era o mais justo. Em vez de envergonhar-se, o professor
respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da
falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência
corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.
A "insubordinação mental", nesse caso, bem poderia ter
sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio,
que não pode e não deve subordinar-se à
agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela
expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa
"subordinação mental", ou seja, na completa rendição de uma
consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege
pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não
foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele
deixar-se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?
Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma
enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações
supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça.
A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser
tão-somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduzse
nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta
ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada
vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

(Saulo de Albuquerque)

No contexto do terceiro parágrafo, a expressão

Alternativas
Comentários
  • Ir AO encontro de algo ou alguém exprime concordância, seguir na mesma direção, no mesmo sentido, estar a favor.

    Ir DE encontro a quer expressar confronto e não concordância, traz sentido de oposição, contra, e até de choque.


ID
4651
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

Ensino que ensine

Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar
o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe
unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas
como soluções e o inesperado como caminho
? são traços da
cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por
que não também manancial de grandes feitos, tanto na prática
como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma
ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: dogmas
confundidos com idéias, informações sobrepostas a
capacitações, insistência em métodos "corretos" e em respostas
"certas", ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos
talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa contradição
nunca foi tema do nosso debate nacional.

Entre nós, educação é assunto para economistas e
engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse
construir escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução
na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de
rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado
formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa
libertadora.

Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas
soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as
soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas,
tão importante quanto o encontro de soluções. Em leitura e
escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar,
não de suprimir possibilidades de interpretação; defesa, crítica e
revisão de idéias; obrigação de escrever todos os dias,
formulando e reformulando sem fim. Em ciência, o despertar
para a dialética entre explicações e experimentos e para os
mistérios da relação entre os nexos de causa e efeito e sua
representação matemática. Em história, e em todas as
disciplinas, as transformações analisadas de pontos de vista
contrastantes.

Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem
lutará para que a educação no Brasil se eduque?

(Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo, 09/01/2007)

Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas soluções únicas, atenção para as formulações alternativas (...).

Quanto à forma, a frase acima não precisará sofrer qualquer alteração caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • Não há nenhum elemento sublinhado.
  • Deve ser 'enfoque' e 'atenção'.
  • Não apareceu o sublinhado na questão quando fui resolvê-la.
  • o sublinhado da FCC frequentemente é o itálico, que aqui fica apagado...
    Enfoque - Atençao

ID
5476
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE É... DECISÃO


No mundo corporativo, há algo vagamente conhecido
como "processo decisório", que são aqueles insondáveis
critérios adotados pela alta direção da empresa
para chegar a decisões que o funcionário não consegue
entender. Tudo começa com a própria origem da palavra
"decisão", que se formou a partir do verbo latino caedere
(cortar). Dependendo do prefixo que se utiliza, a palavra
assume um significado diferente: "incisão" é cortar para
dentro, "rescisão" é cortar de novo, "concisão" é o que já
foi cortado, e assim por diante. E dis caedere, de onde
veio "decisão", significa "cortar fora". Decidir é, portanto,
extirpar de uma situação tudo o que está atrapalhando e
ficar só com o que interessa.
E, por falar em cortar, todo mundo já deve ter
ouvido a célebre história do não menos célebre rei
Salomão, mas permitam-me recontá-la, transportando
os acontecimentos para uma empresa moderna. Então,
está um dia o rei Salomão em seu palácio, quando duas
mulheres são introduzidas na sala do trono. Aos berros
e puxões de cabelo, as duas disputam a maternidade
de uma criança recém-nascida. Ambas possuem
argumentos sólidos: testemunhos da gravidez recente,
depoimentos das parteiras, certidões de nascimento.
Mas, obviamente, uma das duas está mentindo: havia
perdido o seu bebê e, para compensar a dor, surrupiara
o filho da outra. Como os testes de DNA só seriam
inventados dali a milênios, nenhuma das autoridades
imperiais consultadas pelas litigantes havia conseguido
dar uma solução satisfatória ao impasse.
Então Salomão, em sua sabedoria, chama um
guarda, manda-o cortar a criança ao meio e dar metade
para cada uma das reclamantes. Diante da catástrofe
iminente, a verdadeira mãe suplica: "Não! Se for assim, ó
meu Senhor, dê a criança inteira e viva à outra!", enquanto
a falsa mãe faz aquela cara de "tudo bem, corta aí". Pronto.
Salomão manda entregar o bebê à mãe em pânico, e a
história se encerra com essa salomônica demonstração
de conhecimento da natureza humana.
Mas isso aconteceu antigamente. Se fosse hoje,
com certeza as duas mulheres optariam pela primeira
alternativa (porque ambas teriam feito um curso de Tomada
de Decisões). Aí é que entram os processos decisórios
dos salomões corporativos. Um gerente salomão
perguntaria à mãe putativa A: "Se eu lhe der esse menino,
ó mulher, o que dele esperas no futuro?" E ela diria:
"Quero que ele cresça com liberdade, que aprenda a cantar
com os pássaros e que possa viver 100 anos de felicidade".
E a mesma pergunta seria feita à mãe putativa B, que de
pronto responderia: "Que o menino cresça forte e obediente
e que possa um dia, por Vossa glória e pela glória
de Vosso reino, morrer no campo de batalha". Então, sem
piscar, o gerente salomão ordenaria que o bebê fosse
entregue à mãe putativa B.
Por quê? Porque na salomônica lógica das
empresas, a decisão dificilmente favorece o funcionário
que tem o argumento mais racional, mais sensato, mais
justo ou mais humano. A balança sempre pende para os
putativos que trazem mais benefício para o sistema.

GEHRINGER, Max. Revista Você S/A, jan. 2002.

As palavras "salomônica" em "salomônica demonstração" (l. 37) e "salomão", em "Um gerente salomão" (l. 43), respectivamente, significam:

Alternativas

ID
5806
Banca
CESGRANRIO
Órgão
MPE-RO
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo do desenvolvimento

        Levei minha moto para ser consertada em uma
pequena oficina no centro de Genebra. O mecânico abriu
uma agenda (como as de médico) e me instruiu para
que em oito dias voltasse com a moto às 2h e que fos-
se buscá-la às 3h15min. E assim foi. Ainda naquela re-
gião, procurei um carpinteiro. Sem olhar a agenda, ele
foi logo dizendo que estava ocupado pelos próximos três
meses. Contudo, havia uma chance no fim de sema-
na seguinte. Se chovesse, nada feito, não se abre telha-
do com chuva. Se fizesse sol, ele ia escalar um pico
próximo. Mas, se o tempo estivesse nublado, aí talvez
fosse possível. As cartas estavam na mesa, com toda a
sinceridade.
        Um professor chinês em Yale, segurando a xícara
de café, ficava olhando o ponteiro de segundos do
relógio da sala de aula. Quando marcava 8h em ponto,
começava a aula.[...]
        Nos Estados Unidos, é prática corrente lojas e
oficinas darem um prazo máximo para a entrega dos
serviços. Em geral, terminam antes. Mas o cliente
planeja sua vida para o prazo máximo.
        Aqui em Pindorama vivemos numa sociedade que
mescla o melhor e o pior do respeito pelo tempo. Eu tinha
um amigo radicado nos Estados Unidos. Na época em
que morou no Rio, ele costumava marcar com seus
colegas de tênis partidas para o dia seguinte.
Não apareciam ou chegavam atrasados. Voltando a
Washington, passou a marcar partidas com mais de três
meses de antecedência. Na hora aprazada, estavam
todos lá.
        Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a
conferência marcada para as 10h começará em
horas diferentes, dependendo do ministério.
N o Itamaraty, começa na hora. Na área econômica,
cabem alguns minutos de tolerância. Na área social,
estão todos muito ocupados, e meia hora de atraso não
é incomum. Curioso, os ministérios mais eficazes são
aqueles em que as reuniões começam na hora.
        Quem marca com o consertador do computador,
da televisão, da pia ou da máquina de lavar terá uma
surpresa se a criatura vier – e mais ainda se chegar na
hora marcada. Já nas empresas modernas, a chance
de andar no horário é bem maior.[...]
        Tais exemplos dizem o que todos já sabem, pelo
menos na teoria: tempo é dinheiro. A riqueza é resultante
do trabalho. O trabalho é a aplicação do tempo em
atividades produtivas. Quanto mais tempo se perde por
desorganização ou esperando pelos outros, menos
tempo se utiliza produzindo e menos riqueza é gerada.
E isso sem ganhar em lazer.[...]
       O respeito pelo tempo dos outros aumenta a
produtividade social, pois o tempo de todos não é
desperdiçado pelas esperas. Aliás, fazer com antece-
dência é mais rápido e mais barato. Planejamento é
isso. O tempo do desenvolvimento é o aprendizado
social de estruturar o tempo de cada um e cada um não
atrapalhar o tempo dos outros.

CASTRO, Claudio de Moura, Revista Veja, 24 mar. 2004 (adaptado).

Indique a única opção em que NÃO se encontra uma acepção possível para a palavra tempo, de acordo com seus usos no texto.

Alternativas
Comentários
  • "Quem marca com o consertador do computador,
    da televisão, da pia ou da máquina de lavar terá uma
    surpresa se a criatura vier – e mais ainda se chegar na
    hora marcada. Já nas empresas modernas, a chance
    de andar no horário é bem maior.[...]
    "

    "Aqui em Pindorama vivemos numa sociedade que
    mescla o melhor e o pior do respeito pelo tempo. Eu tinha
    um amigo radicado nos Estados Unidos. Na época em
    que morou no Rio, ele costumava
    marcar com seus
    colegas de tênis partidas para o dia seguinte.
    Não apareciam ou chegavam atrasados. Voltando a
    Washington, passou a marcar partidas com mais de três
    meses de antecedência.
    Na hora aprazada, estavam
    todos lá".

    época
    é.po.ca
    sf (gr epokhé) 1 Largo lapso de tempo assinalado por algum acontecimento notável ou feição constante.


    De acordo com o gabarito a resposta é letra B,porém como ficam as palavras grifadas acima? Se o que está grifado não for presente, passado e futuro, o que pode ser ?

    Vamos compartilhar nossos conhecimentos para um futuro melhor...
  • Questão confusa. Também não entendi o motivo da B não indicar tempo.

  • Questão má intencionada, acredito que a resposta seja a letra B pelo fato de não se colocar expressamente "No passado..." Mas achei de extremo mau caratismo!

  • O texto em momento algum fala de futuro, e ao meu ver fala de passado apenas no trecho:

    "Eu tinha um amigo radicado nos Estados Unidos.

    Na época em que morou no Rio, ele costumava marcar

    com seus colegas de tênis partidas para o dia seguinte."

    Inclusive essa passagem condiz mais com a letra e, logo a alternativa da questão é a letra B.


ID
6151
Banca
CESGRANRIO
Órgão
AL-TO
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Conta-se que, certa vez, ligaram para Brasília
uns cientistas americanos intrigados com o que viram
em algumas fotos de satélite. Eles queriam saber o
que havia na região ao norte do Distrito Federal, porque
as imagens mostravam um brilho intenso naquelas
coordenadas, algo muito incomum. Bem, esse
telefonema pode nem ter ocorrido, mas o certo é que a
Chapada dos Veadeiros, a 230 quilômetros de Brasília,
está sobre uma das mais generosas jazidas de cristal
de que se tem notícia.
Os tais cientistas americanos, caso tenham
ligado mesmo, não estavam descobrindo nenhuma
América, pois durante longo tempo a garimpagem do
cristal movimentou a Chapada e seus arredores. Esse
minério translúcido servia como matéria-prima para
fabricação de componentes eletrônicos e de
computador, em vista de sua altíssima condutividade.
Com o tempo, os pesquisadores desenvolveram outros
materiais em laboratório e o cava-cava acabou.
Os místicos falam que há uma gigantesca placa
de cristal sob toda a região. E sobre ela, como você
pode imaginar, uma gigantesca massa de místicos.
Atraídos pela inegável atmosfera divinal da Chapada,
que é um manancial de água e luz (a solar, ok?) e com
visuais que chamam à contemplação, milhares de
terapeutas, psicólogos, massagistas e líderes
espirituais se mudaram para lá, o que faz de Alto
Paraíso e da vizinha vila de São Jorge um "território
alto-astral" de fama internacional.

RODRIGUES, Otávio. Viagem, Edição Especial (Ecoturismo)
Ed. Abril - Edição 108-A.

A abundância de cristal está configurada na expressão:

Alternativas
Comentários
  • Generosa quer dizer em abundância,portanto letra b.

  • Significado de generoso: Abundante; em quantidade excessiva.


ID
7123
Banca
ESAF
Órgão
CGU
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas questões 14 e 15 assinale a opção que corresponde
a palavra ou expressão do texto que contraria
a prescrição gramatical.

No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade( 2). Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. No filme, o olhar da câmara e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).

(Adaptado de Frei Betto)

Alternativas
Comentários
  • A grafia correta é perpassa.
  • Espectador - espetáculo
    Expectador - expectativa
  • perpassa.

  • Item 1 errado, como falado pelos outros companheiros, a grafia correta é perpassa.

    Item 2 correto, grafia certa.

    Item 3 correto, Suprimem-se = VTD ou VTDI, nesse caso, suprime-se algo, VTD, se é VTD então temos uma partícula apassivadora. Quando é partícula apassivadora verbo concorda com o sujeito, nesse caso (as barreiras entre tempo e espaço) plural, então ====> SUPRIMEM-SE.

    Item 4 correto, como explicado no comentário da colega Erica Neves, Espectador - espetáculo, Expectador - expectativa.

    Item 5 correto, grafia correta.

  • GABARITO: ALTERNATIVA ''A''

    A grafia correta é perpassa, que vem do verbo ''perpassar'', cujo significado é o mesmo que decorre, passa e etc.


ID
8602
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fragmentos abaixo foram adaptados do texto O
sentido do som, de Leonardo Sá, para compor três
itens. Julgue-os quanto ao respeito às regras gramaticais
do padrão culto da língua portuguesa para assinalar a
opção correta a seguir.

I. A ausência de discurso é silêncio. O silêncio enquanto
formador do discurso expressivo e entendido em
sua forma dinâmica, em contraposição aquele que
corresponde à ausência de discurso, ganha amplitude a
gravidade quando passa a ser o perfi l de comportamento,
isto é, quando passa a ser uma atitude assumida por (e
imposta a) segmentos sociais que não “discursam”, mas
que apenas silenciam, que exercem a expressão em
dimensão mínima e deixam projetarem-se no discurso
de outrem como sendo o seu discurso.


II. Em um contexto como o do Brasil, no qual há uma
perversa concentração de privilégios, e no qual o acesso
aos meios disponíveis é restrito, outra vez coloca-se a
questão que abordamos ao falar dos silêncios: apenas
alguns segmentos sociais “emitem”, enquanto amplas
maiorias tornam-se “silenciosas”, resultando daí que as
imagens acústicas encontram suporte em meios que,
por razões tecnológicas e culturais, são inacessíveis às
massas.

III. Por conseguinte, esse monólogo passa a gerar imagens
sobre si mesmo, imagens de imagens, sem diálogo,
produtos fortuitos que a indústria da cultura massifi ca,
difunde, impõe, substitui, esquece, retoma, redimensiona,
rejeita e reinventa.... As razões do “silêncio”, portanto, são
também razões sociais e econômicas. Neste silêncio, o
que se absorve não são apenas imagens, mas também
o imaginário em seu conjunto pré-delimitado, um
imaginário que não identifi ca as fontes de suas imagens,
que nem sequer se preocupa em identifi cá-las, que aos
poucos as esquece.

Estão respeitadas as regras gramaticais apenas

Alternativas
Comentários
  • No item I: "em contraposição aquele que corresponde à ausência de discurso". Em contraposição a (preposição) algo... Em contraposição a + aquele.

    Correto: "em contraposição ÀQUELE que corresponde à ausência de discurso"
  • Na última assertiva, não estaria errado utilizar "nem sequer"??? Acredito que sim.
  • No Item II, "amplas maiorias tornam-se silenciosas"... Esta palavra, maiorias, existe? Procurei e não encontrei.

  • Prof Claudia Kozlowski - Português
    http://cursos.pontodosconcursos.com.br/artigos3.asp?prof=100&art=2534&idpag=15

    Não há dúvidas de que o item I desrespeita as regras gramaticais. Os diversos problemas observados são:
    - erro de regência nominal: o vocábulo “contraposição” exige a preposição a, que, associada ao pronome demonstrativo subseqüente, forma àquele (“em contraposição aquele que corresponde à ausência de discurso”);
    - incoerência textual: a expressão “a gravidade” não apresenta nexo em relação ao restante da estrutura oracional, cujo sujeito é silêncio (“O silêncio enquanto formador do discurso expressivo e entendido em sua forma dinâmica, em contraposição aquele que corresponde à ausência de discurso, ganha amplitude...”).
    - pontuação: a estrutura adverbial que vai de “enquanto formador” até “ausência de discurso” deveria estar isolada por um par de vírgulas, mas apresenta apenas uma, antes de “ganha”, pontuação essa inadequada por separar o núcleo do sujeito de seu verbo correspondente;
    - construção verbal: em “deixam projetarem-se”, a forma verbal apropriada seria “se deixam projetar”, ocorrendo a próclise por força da forma oracional subordinada, ou “deixam projetar-se”, com a ênclise no infinitivo, que está sempre certa, todas elas com o verbo projetar no singular.

    O gabarito apontou para a letra d – estão respeitadas as regras gramaticais apenas nos itens II e III.

    Ocorre que o item III apresenta, à linha 5, o emprego de quatro pontos, em vez de três (reticências) e isso suscitou muitas dúvidas sobre o emprego correto da pontuação, inclusive com pedidos de elaboração de recurso.
    Pode ser que isso tenha sido um mero erro de digitação (o que, por si só, ensejaria a troca do gabarito de D para C - somente estaria correto o item II). Mas existe, na Gramática, respaldo para o emprego de quatro pontinhos. Celso Cunha, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, indica a possibilidade do uso de reticências como modo de demonstrar a supressão de alguma(s) palavra(s), no meio ou no fim de uma citação. Afirma, na seqüência, que:
    "Modernamente, para evitar qualquer dúvida, tende a generalizar-se o uso de quatro pontos para marcar tais supressões, ficando os três pontos como sinal exclusivo de reticências."
    Sinceramente, não acredito que o examinador possa ter sido tão detalhista. Dado o contexto, acreditamos que essa não seria uma boa justificativa para o emprego de quatro pontos, por não se tratar de citação, mas de uma enumeração (“produtos fortuitos que a indústria da cultura massifica, difunde, impõe, substitui, esquece, retoma, redimensiona, rejeita e reinventa....”).
  • No item II, a oração" outra vez coloca-se a questão que abordamos ao falar dos silêncios" não possui erro de colocação pronominal, já que o termo "outra vez" é locução adverbial e exigiria próclise?

  • Concordo com o Luan. Neste caso, seria obrigatória a próclise: equivale a advérbio que é palavra atrativa.

  • Na III "sobre si mesmo" não é pleonasmo ?

  • texto massa

  • No item III, há o trecho "Neste silêncio" que faz referência a algo que já foi dito. O correto, nesse caso, não seria utilizar a expressão "Nesse silêncio"? Anáfora em vez de catáfora?

    Se algum colega puder me explicar, eu agradeço. 


ID
8605
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que preenche corretamente a seqüência
de lacunas do texto, mantendo sua coerência textual e sua
correção gramatical.

Tendo _____ unidade de análise o gênero humano no
tempo, Morgan dispõe ______ sociedades humanas
na história segundo graus de complexidade crescente
_________ se aproximam da civilização. Diferentes
organizações sociais sucedem-se porque se superam
______ desenvolvimento de sua capacidade de ______ e
de dominar a natureza, identifi cando vantagens biológicas
e econômicas em certas formas de comportamento que
são, então, instituídas ________ modos de organização
social.

(Sylvia G. Garcia, Antropologia, modernidade, identidade. In:
Tempo Social, vol. 5, no. 1 – 2, com adaptações)

Alternativas
Comentários
  • É pelo fato de estar no infinitivo, assim com o verbo "dominar". Não sei muito bem as regras dos verbos infinitivos, mas deve haver alguma faculdade de concordância com o sujeito da frase nesse caso.
  • Teríamos, portanto, caso optássemos pela concordância do verbo "adaptar" com o sujeito da frase (ficando "adaptarem-se"), também modificar o verbo "dominar" para "dominarem", o que não se pode fazer. Pelo princípio da simetria, ficaria mesmo "adaptar-se".
  • Regras de Concordância.
    Casos de NÃO flexão do INFINITIVO:

    4) Quando complemento de adjetivo ou substantivo, precedidos, respectivamente, de preposição DE ou PARA.
    Exemplos:
    Eles têm aptidão PARA APRENDER línguas estrangeiras.

    São casos difíceis DE SOLUCIONAR.

    Gramática para concursos - Fernando Pestana

  • Tendo (POR, COMO) unidade de análise o gênero humano no tempo, Morgan dispõe (AS) sociedades humanas na história segundo graus de complexidade crescente (CONFORME, À MEDIDA QUE) se aproximam da civilização.

    Diferentes organizações sociais sucedem-se porque se superam (PELO, NO) desenvolvimento de sua capacidade de (ADAPTAR-SE) e de dominar a natureza, identificando vantagens biológicas e econômicas em certas formas de comportamento que são, então, instituídas (COMO) modos de organização social.

    Dica: comece eliminando as mais fáceis: 2, 3 ou 5. Mas explicando em ordem:

    1) Para dar coerência pode-se usar por ou como. (a, b, c, d)

    2) DISPOR: (TI) 1. resolver, decidir: preposição “a”; 2. possuir; ter disponível; utilizar: preposição “de”; (TD) colocar em ordem (a, c).

    3) Conforme: conformativa. Pode ser (a, d).

    À medida que: locução proporcional (à proporção que). Pode ser (b, e).

    Na medida em que: locução causal (tendo em vista que, porque). Não pode ser.

    4) O verbo superar pode ser empregado como transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto, regendo as preposição “em” e “por”. Assim, seriam possíveis as opções: pelo e no (a, b).

    5) O verbo fica no singular pois completa o sentido de capacidade. Confirma-se pelo verbo dominar no singular. (a, c, e)

    6) O termo “instituídas” pode ser acompanhado pelas preposições “por”, “como” e “em”, dependendo do sentido da frase. Nesse caso, os “modos de organização social” são a forma como essas “formas de comportamento” são instituídas. Podemos perceber que a preposição “como” é a correta (a, d).


ID
9115
Banca
ESAF
Órgão
TJ-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No texto abaixo, a expressão "inescrupulosa" pode ser interpretada com o significado de

Já foram registradas na floresta amazônica brasileira 2.500 espécies de árvores. Em apenas um hectare são encontradas trezentas espécies de vegetais diferentes. _____________________ , o consumo e a miséria são faces da mesma moeda.
Alguns recursos naturais, renováveis ou não, são explorados de forma inescrupulosa e consumidos em ritmo superior à capacidade de renovação da natureza.

Alternativas
Comentários
  • resposta correta é a letra " E " desonesta e irresponsavel
  • Está faltando o texto da questão...

    Mas mesmo assim, por dedução lógica, letra E

ID
10621
Banca
ESAF
Órgão
ANEEL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder às questões 01 e 02.

As hidrelétricas podem ser uma boa opção de
energia barata e renovável, desde que não inundem
florestas primárias e nações indígenas nem desalojem
compulsoriamente milhares de agricultores. Pequenas e
médias hidrelétricas e também algumas muito grandes,
como a Xingó, no Nordeste, têm um impacto
socioambiental positivo. A combinação dos princípios de
reciclagem, descentralização e conservação de energia
com os mecanismos de democratização, avaliação dos
impactos ambientais e opções energéticas menos
agressivas promoverá mudanças substanciais na matriz
energética e na economia global. Em decorrência,
haverá amplo acesso de energia às populações e
menor impacto nas florestas e no efeito estufa, bem
como maior benefício na redução do lixo atômico e na
conservação dos recursos hídricos.

(Carlos Minc, Ecologia e Cidadania, Rio de Janeiro, Editora
Moderna, p.120)

Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Esta questão tava de graça.
  • Poderiam por gentileza incluir o texto da questão ? Está faltando...

  • Eu não consegui perceber o erro, alguém pode me ajudar por favor?

  • O erro está na alternativa dizer que só as usinas pequenas têm impacto positivo, sendo que o texto diz:

    "Pequenas e médias hidrelétricas e também algumas muito grandes,
    como a Xingó, no Nordeste, têm um impacto
    socioambiental positivo."


    Força!
  • Acho que o erro está em afirmar que as usinas pequenas ao contrário das médias e grandes tem impacto positivo no meio ambiente.

    Pois na realidade ambas têm, um impacto socioambiental positivo, tal como diz o texto:

    " Pequenas e
    médias hidrelétricas e também algumas muito grandes,
    como a Xingó, no Nordeste, têm um impacto
    socioambiental positivo.

  • essa questão está equivocada pois na alternativa (E) a um erro quanto ao novo acordo ortográfico pois a expressão (consequentemente) na questão está com o sinal de trema que foi abolido da nossa língua portuguesa com exceção de nomes próprios e palavras estrangeiras

ID
10792
Banca
ESAF
Órgão
ANEEL
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção gramaticalmente incorreta.

Alternativas
Comentários
  • "se concentram" deve concondar com a PARCELA DA POPULAÇÃO que está no singular!

    O certo seria "a parcela da população que se concentra no decimo..."

    LETRA C
  • Keyth alves: sim, voce deve ter confundido com absolvida, mas nada a ver hehe
    absorver = sugar, no caso a riqueza
    absolver = inocentar
  • "se concentram" deve concordar com a PARCELA DA POPULAÇÃO que está no singular!


    O certo seria "a parcela da população que se concentra no decimo..."

    absorver = sugar, no caso a riqueza

    absolver = inocentar



    LETRA C


ID
10960
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANATEL
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 9 a 15

1 Foi "entrevistado" aquele que é apontado pelas
autoridades como o principal responsável pelos ataques do
PCC. O Celular "falou" ao repórter com o compromisso de não
4 ter sua identidade e sua marca reveladas.
O senhor admite ter desempenhado um papel
fundamental na organização dos ataques do PCC?
Não se
7 pode dispensar todo o barril por causa de algumas maçãs
podres. Eu ajudo mais de 90 milhões de brasileiros a se
comunicarem diariamente. Sou um aparelho democrático.
10 É possível ou não bloquear os seus serviços?
Eu sempre me esforço para ser o melhor naquilo que faço. Esta
é a minha receita de sucesso. Para bloquear, é preciso
13 acompanhar o meu ritmo de avanço tecnológico. Alguns
bloqueadores instalados já estavam obsoletos quando foram
instalados.
16 Afinal, existe alguma forma de bloquear o seu
sinal?
Tem uma tal de gaiola de Faraday. Apesar de o nome
parecer complicado, é bem simples. Basta instalar uma tela de
19 metal em volta das celas ou dos presídios. A gaiola de metal
impede que minhas ondas eletromagnéticas entrem ou saiam.
Aí, não tem comunicação.

Veja, 31/5/2006 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue os próximos itens.

As expressões "todo o barril" (l.7) e qualquer barril têm o mesmo sentido.

Alternativas
Comentários
  • Se fosse assim: Não se pode dispensar todo barril... poderia haver a troca, mas Não se pode dispensar todo O barril... não cabe a troca, porque nesse caso barril tem um determinante que é o artigo O, ou seja ele não é qualquer barril.
  • Todo o = inteiro 

    Ex: Todo o carro = o carro inteiro 

    O lavador lavou todo o carro. = O lavador lavou o carro inteiro.

     

    Todo = Qualquer , várias 

    Ex: Toda casa daquele bairro tem piscina. = Qualquer casa daquele bairro tem piscina.

     

  • Todo o Barril -> inteiro

    Qualquer Barril -> Pode ser qualquer um


ID
10966
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANATEL
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 9 a 15

1 Foi "entrevistado" aquele que é apontado pelas
autoridades como o principal responsável pelos ataques do
PCC. O Celular "falou" ao repórter com o compromisso de não
4 ter sua identidade e sua marca reveladas.
O senhor admite ter desempenhado um papel
fundamental na organização dos ataques do PCC?
Não se
7 pode dispensar todo o barril por causa de algumas maçãs
podres. Eu ajudo mais de 90 milhões de brasileiros a se
comunicarem diariamente. Sou um aparelho democrático.
10 É possível ou não bloquear os seus serviços?
Eu sempre me esforço para ser o melhor naquilo que faço. Esta
é a minha receita de sucesso. Para bloquear, é preciso
13 acompanhar o meu ritmo de avanço tecnológico. Alguns
bloqueadores instalados já estavam obsoletos quando foram
instalados.
16 Afinal, existe alguma forma de bloquear o seu
sinal?
Tem uma tal de gaiola de Faraday. Apesar de o nome
parecer complicado, é bem simples. Basta instalar uma tela de
19 metal em volta das celas ou dos presídios. A gaiola de metal
impede que minhas ondas eletromagnéticas entrem ou saiam.
Aí, não tem comunicação.

Veja, 31/5/2006 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue os próximos itens.

No período "Tem uma tal de gaiola de Faraday" (l.17), a forma verbal corresponde a existe ou , assim como em "Aí, não tem comunicação" (l.21).

Alternativas
Comentários
  • CORRETO!

    Aí, não há comunicação..., Aí não tem comunicação.

    Pegadinha.
  • Sim, a forma verbal corresponde a existe ou há. Mas não pode ser usada na norma culta da língua portuguesa.
  • Não entendi o que a questão quis dizer! :(

  • Aí= nesse lugar, em posição próxima da pessoa a quem se fala.

    Aí= (em seu uso coloquial, por exemplo, "a professora já chegou gritando, aí os alunos calaram-se"), está como conjunção conclusiva. O que difere um do outro, é a vírgula. Quanto ao "tem", está correto.

  • questão fuleira. professor que criou essa defecação tava era drogado só pode.

  • O verbo ter deve ser usado no sentido de possuir: " eu tenho um relógio". Existir e haver, no sentido de ter existência real, ter presença física ou imaginária: " há muitas casas com piscina nesse bairro", "existem duas maneiras de resolver isso".

  • No período "Tem uma tal de gaiola de Faraday" (l.17), a forma verbal corresponde a existe ou , assim como em "Aí, não tem comunicação" (l.21).

    A afirmação é pode trocar o TEM por EXISTE ou HÁ. e mesmo ficar correto?

  • No começo eu não tinha entendido a perguntar,depois que eu vi que o fim me deixou igual no começo.

  • Entendi foi nada! kkkk

  • "Tem uma tal de gaiola de Faraday" (l.17), a forma verbal corresponde a existe ou , assim como em "Aí, não tem comunicação" (l.21).

    Acredito que o você "ter" algo é diferente de "existe ou há" algo, pois no caso em questão existe o sinal, porem não tem devido a gaiola faraday que o bloqueia. O mesmo acontece com a frase "Aí, não tem comunicação" dá a ideia de algo passageiro ao passo que não existe comunicação dá ideia de permanente.

  • discordo craque

  • No começo eu não tinha entendido a pergunta, depois parece que tava no começo.

  • Está correta, pois a segunda frase quer dizer que ele QUER BLOQUEAR A COMUNICAÇÃO, então, como há uma opção, fica-se sem comunicação. Uma interpretação subliminar mesmo, mas entendi. LOUCO!

  • "Há" e "existe" são sinônimos. A troca mantém a correção gramatical, mas modifica a relação sintática. Logo, é perfeitamente possível a troca, tornando a questão correta.

  • não entendi essa questão --'

  • GABARITO: CERTO

    Vamos por partes:

    "No período "Tem uma tal de gaiola de Faraday" (l.17), a forma verbal corresponde a existe ou há, (...)"Correto. Vamos lá, senhores. Duas perguntas:

    1. Quem é essa forma verbal? "Tem uma tal de gaiola...", ok?
    2. Ela possui o sentido de existir? Sim! Veja o quê o autor disse antes: "Afinal, existe alguma forma de bloquear o seu sinal? Tem (existe/há) uma tal de gaiola de Faraday."

    Lembre-se que o verbo "há" possui também, neste caso, sentido de existir, então ele pode ser colocado no lugar de "tem"dois amigos na sala (existem dois amigos na sala).

    Certinho! Analisamos a primeira pergunta. Até aqui tudo bem. Vamos à próxima:

    "(...) a forma verbal corresponde a existe ou há, assim como em "Aí, não tem comunicação". → Correto. Veja o trecho:

    "A gaiola de metal impede que minhas ondas eletromagnéticas entrem ou saiam. Aí, não tem comunicação."

    1. Perceba que aqui o tem também foi utilizado com sentido de existir. "Aí, não existe comunicação" / "Aí, não comunicação"

    Percebeu que as duas aplicações do verbo ter foram utilizadas com sentido de existir? Então, é isso o quê o examinador quis dizer. ;)

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • O verbo TER no sentido do verbo haver + existir = é de uso da linguagem coloquial.


ID
11257
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
apresentado abaixo.

1. Coerente com a noção de que o pecado marca
fundamentalmente a condição humana, como estigma
degradante, e que este mundo material é apenas lugar de
perdição ou, na melhor das hipóteses, lugar de penas re-
5. generadoras, o pensamento católico medieval insistiu no
tema da miséria e da indignidade do homem. Indignidade
resultante da Queda, indignidade tornada visceral e que,
sozinho, apenas por si mesmo, apenas com suas parcas
forças o homem não conseguiria superar, necessitando da
10. ação mediadora da Igreja, de seus clérigos, seus sacramentos.
É bem verdade que essa visão pessimista em
relação ao homem e à natureza, que lhe propicia ocasiões
de pecado ou de esquecimento da necessidade de
salvação, encontra seu reverso, na própria Idade Média,
15. no cristianismo de São Francisco de Assis, baseado em
pobreza, alegria e amor à natureza enquanto obra
belíssima de Deus. Essa é justamente uma das
contradições mais fecundas apresentadas pelo universo
religioso medieval (contradição muito bem exposta, em for-
20 ma romanceada, por Umberto Eco, em O nome da rosa).
(...) Mas, franciscanismo à parte, a tese que prevalece na
Idade Média como concepção "oficial" da Igreja é aquela
da degradação do homem em decorrência do pecado
original e da natureza como reino da perigosa e tentadora
25. materialidade.

(PESSANHA, José Américo Motta. Humanismo e pintura.
Artepensamento. Org. Adauto Novaes. São Paulo:
Companhia das Letras, 1994, p. 30-31)

Considerada a norma culta da Língua Portuguesa, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • O correto seria:

    a) coerência

    b) es-tig-ma

    c) docente

    d) papeizinhos
  • nao entendi a alternativa E, alguem pode me explicar?
  • A letra E está correta!Pois "pequenez" é a qualidade de algo pequeno. "Pequeno" é adjetivo, "pequenez" é substantivo abstrato. Portanto, com "z". A raça do cachorro chama-se "pequinês" porque é originária da cidade de Pequim, na China.
  • Significado de Pequenez
    s.f. Estado do que tem pouca extensão, pouco volume.
    Modicidade.
    Fig. Mesquinharia, estreiteza, baixeza.
     
    Significado de Indignidade
    s.f. Ação indigna, vil.
    Baixeza, vileza: cometer uma indignidade.
    Injúria, afronta.
  • Apenas uma simples observação:

    Se, na letra (C), a banca tivesse colocado a palavra DISCENTE (referente a aluno), no lugar de DOCENTE (referente a professor). Teríamos, sim, um encontro consonantal imperfeito, como ocorre com o vocábulo VISCERAL.

    VISCERAL - VIS - CE - RAL;
    DISCENTE - DIS - CEN - TE.

    :-)
  • Questão safadinha, só consegui entender com os comentários.
  • Não sei se meu raciocínio está correto, porém pelo que entendi, a alternativa E) é a correta, porém a questão não consiste em ortografia, ou seja, a banca não quer saber se a palavra está grafada corretamente (apesar de estar), mas sim trata-se de uma questão de "carga semântica", ou seja, quando a flexão em grau de uma palavra apresenta carga semântica (sentido) diverso do que está grafado, em função do contexto da oração. Desta forma, ao pé da letra, PEQUENEZ significa "algo pequeno", porém, de acordo com o contexto, tem valor semântico de "indignidade, pessoa indigna".... bom, foi o que entendi, me desculpem se meu raciocínio estiver errado..... 

  • EDUARDO CARVALHO entendi justamente como vc! O.o

  • Foi perfeita a explicação do Eduardo Hara. Parabéns!

  • Eu errei por que entendi que papeizinhos se escreve com "z", mas a questão C) indica que se escreve com “s”. (ou entendi errado? Se alguém puder me ajudar...). 1. Papeizinhos  - PorDicionário inFormal (SP) em 22-10-2013

    Diminutivo do substantivo papel. Papéis pequenos.

    Os papeizinhos espelhados serão explodidos na festa de aniversário, na hora do parabéns.

  • Suedilson, não entendi sua dúvida. A questão quer a alternativa CORRETA.
    O diminutivo no plural de papéis é "papeizinhos", por quê? Quando ficar em dúvida, primeiro passe a palavra para o plural:

    Papel > Papéis ( lembrando que por regra, substantivos terminados em EL, no plural tira o EL e coloca IS. E a acentuação ali é devido a regra dos ditongos abertos no final da palavra,correto?) 

    Adiante, passemos para o diminutivo....

    Papéis > Aqui, você retira apenas o -S e coloca o sufixo -ZINHO (Sim, não é o sufixo -INHO é -ZINHO, com Z, esse sufixo existe,por isso não é com -S. Lembre-se que o -S do plural ele sai para dar lugar ao sufixo.)

    Logo, temos papeizinhos. A alternativa grafa o termo com -s e está errada, assim como podemos constatar com a explicação acima.

    Espero ter ajudado,se não era essa a dúvida, me envie uma mensagem,bons estudos!

  • Sinônimos de Indignidade

    Indignidade é sinônimo de: rebaixamento, infâmia, abjeção, aviltamento, baixeza, vileza

     

    Sinônimos de Pequenez

    Pequenez é sinônimo de: exiguidade, parvidade, mesquinhez, infantilidade, baixeza, miséria,servilismo, meninice

     

    Fonte: http://www.dicio.com.br/

  • Essa aqui foi por eliminação.

    a) Coerência.

    b) es-tig-ma.

    c) docente.

    d) papeizinhos.

    e) não tinha a menor idéia, essa foi pelo critério de exclusão.

  • pequenez - pequeno / pequinês = que veio de Pequim ou raça de cachorro

  • Questão ótima! 

  • Reescrevendo a oração e ao mesmo tempo aplicando as explicações:

     

    o vocábulo sozinho está convenientemente (corretamente) grafado com a letra "-z-"mas (só que ao contrário do vocábulo sozinhoessa letra ("z") não ocorre na grafia adequada (correta) de "papeisinhos".

     

    A proposição está querendo dizer o seguinte:
    a) Que a palavra sozinho está escrita corretamente (com a letra "z").
    — Certo.


    b) E que ao contrário da palavra sozinho, a palavra papeisinhos está escrita com a letra "s".
    — Certo também. 


    c) E que mesmo escrita com a letra "s", papeisinhos está correta.
    — Não está certo.

     

    Logo, a opção "d" está INCORRETA. 

     

    Eis uma questão multitemática abrangendo interpretação, ortografia, sinonímia, cenectivos e oração subordinada em apenas uma única proposição.

  • Pequei no "doscente"... falta de atenção.

  • a) o substantivo correspondente ao adjetivo coerente está grafado adequadamente assim: "coerênsia".  (coerência)

     

    b) o vocábulo estigma está adequadamente separado em sílabas assim: "es- ti- gma". (es-tig-ma)

     

    c) o encontro destacado em visceral está também presente no vocábulo adequadamente grafado assim: "doscente". (DOCENTE)

     

     

    d) o vocábulo sozinho está convenientemente grafado com a letra "-z-", mas essa letra não ocorre na grafia adequada de "papeisinhos". (papeizinhos)

     

    e) um sinônimo de indignidade está adequadamente grafado assim: "pequenez".  (desdouro, fealdade rebaixamento, infâmia, abjeção, aviltamento, baixeza, vileza)

  • As palavras pequenez e pequinês existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. Pequinês se refere a algo ou alguém natural de Pequim. Significa também uma raça de cães. Pequenez é a qualidade de alguém pequeno. Significa também infância. 

    A palavra pequinês indica alguém ou alguma coisa que pertence, é proveniente ou natural de Pequim, capital da China. Refere-se ao seu habitante e à sua língua. Também se refere a uma raça de cães de pequeno porte com nariz achatado provenientes da China. 

    Pequinês é uma palavra formada a partir de derivação sufixal, ou seja, é acrescentado um sufixo a uma palavra já existente, alterando o sentido da mesma. Neste caso temos a palavra Pequim mais o sufixo -ês. Este sufixo nominal indica proveniência, origem, relação. 

    Exemplos: 
    O cão de infância de minha mãe foi um pequinês. 
    Quando você estiver em Pequim, prove a receita tradicional do pato pequinês. 
    Este amigo que conheci na China é pequinês e agora mora no Brasil. 

    Pequenez se refere à qualidade de alguma coisa ou de alguém que é pequeno. Significa também a infância, meninice. Esta palavra pode ser utilizada com sentido de baixeza, mesquinhez, humildade e acanhamento. 

    Pequenez é também uma palavra formada a partir de derivação sufixal. Neste caso temos a palavra pequeno mais o sufixo -ez. Este sufixo nominal indica qualidade, estado, modo de ser. 

    Exemplos: 
    Ele não gosta que se comente sua pequenez. 
    A pequenez deste espaço está me deixando claustrofóbica. 
    Por mais que tente, não consigo combater sua desagradável pequenez. 

    As palavras pequinês e pequenez apresentam a mesma fonética, ou seja, são pronunciadas de forma igual, mas seus significados e escritas são diferentes. A este tipo de palavras chamamos palavras homófonas. 

    Na língua portuguesa, existem diversas palavras homófonas: pequinês/pequenez, tachar/taxar, acento/assento, conserto/concerto, cela/sela, sinto/cinto, cozer/coser,…

    Palavras relacionadas: pequenez, pequinês.

     

    https://duvidas.dicio.com.br/pequines-ou-pequenez/

  • Fui mais por eliminação mesmo,pois as demais quetões 

    não tem coerência nenhuma ....

  • POSTEM  O GABARITO, NAMORAL! 

  • Para os não assinantes...

    Gab.: E

  • Muito boa a explicação do Eduardo Carvalho! 

       

      Eu errei a questão por não me atentar a grafia da palavra "docente". Perceba que, como já citado nos comentários anteriores, a banca escolheu a palavra "docente" pela semelhança com a palavra "discente", induzindo o candidato ao erro. Fiquei em dúvida na semparação da palavra "estigma". Assim, é preciso prestar muita atenção quando vamos separar as silabas de uma palavra, pois, nem sempre o modo como falamos corresponde a separação correta da escrita. Por exemplo, a palavra "advogado" se tentarmos separar com base no modo como falamos, muitos de nós a separaremos como "A - D - VO - GA- DO" ou ainda "A - DE- VO - GA- DO", quando a forma correta é "AD - VO - GA- DO". Essa separação incorreta geralmente se dá porque pronuniamos acrescentando um "e" ou "i".

     

    gabarito "e"

     

    Fonte: http://gramaticasimples.blogspot.com/2008/11/separao-silbica.html

     

    Espero ter ajudado de alguma forma ; )   

  • Aí é por eliminação... mais do que ser por eliminação é acreditar que você eliminou outras erradas, porque marcar uma que você não faz a mínima ideia é ir contra o psicológico que fica falando '' vai estar errada, vai estar errada''... kkkkkkkkkkkk

  • Esse professor hilário kkkkkkk top!

  • Gabarito letra E

    -> A palavra CoerênCia é grafada com C;

    -> A separação silábica de Estigma é es- tig - ma;

    -> Não existe S na palavra docente. Obs.: Cuidado com a palavra DISCENTE. Professor é docente; aluno, discente;

    -> Grafia correta do diminutivo: papeizinhos;

    -> Por fim, a palavra PEQUENEZ pode ser entendida como sinônimo de indignidade e é grafada com Z.

    x

    Educação transforma vidas,

    transformou a minha,

    pode transformar a sua.

    Bons estudos. :)


ID
11284
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase que está totalmente em conformidade com a norma padrão da Língua Portuguesa é:

Alternativas
Comentários
  • Leonilda, a C está incorreta porque o verbo "pode" não está no passado. Para concordar com a frase ele deveria levar acento circunflexo: pôde.
  • Maicon, além disso, na alternativa C, deve haver crase em "posta à prova",não é mesmo?
  • a) se estaráSb) "trabalhos de quem?" ambiguidadec) não pôde - pretérito.d) quiSe) CORRETA
  • Advinha é o pretérito imperfeito do verbo ADVIR = acontecer, sobrevir.
    Adivinha é referente a adivinhações ou o presente do indicativo do verbo ADIVINHAR = decifrar, descobrir.
  • A) Pronome de tratamento Vossa Excelência, o verbo ficará na 3ª pessoa do singular. "...em vosso gabinete..." (E). O certo seria: "...em seu gabinete...".
  • Na alternativa B o que está errado é a grafia da da palavra Reivindicação, escrita erroneamente como Reinvidicações.

  • a) seu gabinete
    b) reivindicações / nada a ver com ....
    c) posta à prova / pôde
    d) quis
  • a) Gostaria de saber de Vossa Excelência, Senhor Ministro, se estará amanhã em vosso gabinete para que possamos marcar a prometida entrevista com a imprensa.( SEU gabinete [...] );

    b) O assessor não para de reclamar das reinvindicações daqueles três artistas, pois entende que seus trabalhos não têm nada haver com o projeto anunciado. ( REIVIDICAÇÕES) ( NADA A VER ). Obs.:   termo "nada haver" está errado, NÂO pela falta do "a", mas sim pelo emprego errôneo da palavra HAVER. O correto é: "nada a ver". Quando quiser dizer que algo não tem relação a outro usa-se " a ver ";  Use " nada a haver" quando alguém precisa receber dinheiro, por exemplo, de alguém;

    c) Sua eficiência para coordenar grupos de trabalho era conhecida e já tinha sido posta a prova muitas vezes, mas na semana passada não pode ser ratificada: não houve reunião. ( POSTA Á PROVA ) ( PÔDE )

    d) Sempre disponível em ajudar a quem precisa, começou a levantar fundos de auxílio aos flagelados, mas sua intensão não bastou: quase ninguém quiz colaborar. ( INTENÇÃO, POIS INTENSÃO VEM DE INTENSIDADE ) ( QUIS )

    e) Ninguém poderia adivinhar que aquele adolescente conhecido por sua timidez, e por vezes mal entendido, fosse capaz de atingir aquele nível de compreensão da pesquisa.   \O/
  • acrescento mais um item que faz da alternativa d errada, a regência do verbo ajudar.
    Correto seria mencionar, ajudar quem precisa, e não a quem precisa, pois ajudar é VTD.

  • Giovanii 

    Na letra b o correto seria: reivindicações.
  • a) Gostaria de saber de Vossa Excelência, Senhor Ministro, se estará amanhã em "vosso" (seu) gabinete para que possamos marcar a prometida entrevista com a imprensa.

    b) O assessor não para de reclamar das "reinvindicações" (reivindicações) daqueles três artistas, pois entende que seus trabalhos não têm nada haver com o projeto anunciado.

    c) Sua eficiência para coordenar grupos de trabalho era conhecida e já tinha sido posta "a" (à) prova muitas vezes, mas na semana passada não "pode" (pôde) ser ratificada: não houve reunião.

    d) Sempre disponível em ajudar a quem precisa, começou a levantar fundos de auxílio aos flagelados, mas sua intensão não bastou: quase ninguém "quiz" (quis) colaborar.

    e) Ninguém poderia adivinhar que aquele adolescente conhecido por sua timidez, e por vezes mal entendido, fosse capaz de atingir aquele nível de compreensão da pesquisa.

    GABARITO: LETRA E

  • O verbo querer é sempre escrito com S: quis, quisesse, quisessem, quiseram, quisera, quiser...

  • a) Gostaria de saber de Vossa Excelência, Senhor Ministro, se estará amanhã em seu gabinete para que possamos marcar a prometida entrevista com a imprensa.

    b) O assessor não para de reclamar das reivindicações daqueles três artistas, pois entende que seus trabalhos não têm nada a ver com o projeto anunciado.

    c) Sua eficiência para coordenar grupos de trabalho era conhecida e já tinha sido posta à prova muitas vezes, mas na semana passada não pôde ser ratificada: não houve reunião.

    d) Sempre disponível em ajudar a quem precisa, começou a levantar fundos de auxílio aos flagelados, mas sua intenção não bastou: quase ninguém quis colaborar.

    e) Ninguém poderia adivinhar que aquele adolescente conhecido por sua timidez, e por vezes mal entendido, fosse capaz de atingir aquele nível de compreensão da pesquisa. (A partir de 2016 é obrigatória a utilização de hífen quando o advérbio MAL constituir um termo composto em que o segundo termo começa por H, L ou por uma vogal. Nesse caso, escrever-se-ia mal-entendido. No entanto a obrigatoriedade é só a partir de 2016, sendo utilizado optativamente nos anos de 2009 a 2015). 

  • Sobre a letra A:

     

    Do ponto de vista da concordância verbal, importa lembrar que todos os pronomes de tratamento pertencem à terceira pessoa gramatical, do singular ou do plural ("Vossa Senhoria fez boa viagem?", "Vossas Senhorias fizeram boa viagem?"). Consequentemente, os pronomes que se relacionam com essas formas também serão de terceira pessoa: "Vossa Excelência, tenho muito apreço pelo seu país!". Os pronomes possessivos "vosso" e "vossa" são da segunda pessoa do plural (vós), portanto não se empregam com as formas de tratamento em nenhuma situação.

    Para facilitar o raciocínio, convém lembrar que o pronome "você" também é uma forma de tratamento (que um dia foi Vossa Mercê). Certamente ninguém emprega os pronomes "vosso" ou "vos" para se referir a "você": "Você trouxe seu casaco?". Todos os pronomes de tratamento podem mentalmente ser substituídos por "você", o que facilita o raciocínio na hora de escolher os pronomes e de conjugar os verbos.

     

    Sobre a letra B:

     

    O acento da forma de passado do verbo “poder” (“ontem ele pôde”), que a diferencia da forma do presente (“hoje ele pode”).

    Então: “pôde” no passado e “pode” no presente. 

     

    Fonte: http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/pronomes-de-tratamento-sao-de-terceira-pessoa.jhtm

  • a)Gostaria de saber de Vossa Excelência, Senhor Ministro, se estará amanhã em vosso gabinete para que possamos marcar a prometida entrevista com a imprensa.Errado, o correto seria no SEU gabinete.

     b)O assessor não para de reclamar das reinvindicações daqueles três artistas, pois entende que seus trabalhos não têm nada haver com o projeto anunciado.Errado, reIvindicações.

     c)Sua eficiência para coordenar grupos de trabalho era conhecida e já tinha sido posta a prova muitas vezes, mas na semana passada não pode ser ratificada: não houve reunião.Errado, pÔde.

     d)Sempre disponível em ajudar a quem precisa, começou a levantar fundos de auxílio aos flagelados, mas sua intensão não bastou: quase ninguém quiz colaborar.Errado, quiS

     e)

    Ninguém poderia adivinhar que aquele adolescente conhecido por sua timidez, e por vezes mal entendido, fosse capaz de atingir aquele nível de compreensão da pesquisa.

  •  a) Gostaria de saber de Vossa Excelência, Senhor Ministro, se ESTARÁS amanhã em vosso gabinete para que possamos marcar a prometida entrevista com a imprensa.
      b) O assessor não para de reclamar das REIVINDICAÇÕES daqueles três artistas, pois entende que seus trabalhos não têm nada haver com o projeto anunciado.
      c) Sua eficiência para coordenar grupos de trabalho era conhecida e já tinha sido posta a prova muitas vezes, mas na semana passada não PÔDE ser ratificada: não houve reunião.
      d) Sempre disponível em ajudar a quem precisa, começou a levantar fundos de auxílio aos flagelados, mas sua INTENÇÃO não bastou: quase ninguém QUIS colaborar.
      e) Ninguém poderia adivinhar que aquele adolescente conhecido por sua timidez, e por vezes mal entendido, fosse capaz de atingir aquele nível de compreensão da pesquisa.

  • Sobre a alternativa A:

    "Vossa Excelência (você), ..., se (você) estará em seu gabinete,..."

    Lembrando que você e os pronomes de tratamento do singular ( e vocês = pron tratam no plural) conjugam-se como se fosse DA TERCEIRA PESSOAL (SING OU PLURAL). NADA DE CONJUGAR COMO TU!!

  • Pós-reforma:

    O verbo “pôr” continua com acento para diferenciá-lo da preposição “por” (de “por isso”, “por aí”, “por mim”).

    Já “pôde”, no passado, continua a ter acento, para diferenciá-lo do presente do mesmo verbo: “ele não pode” (pronunciado “póde”: presente); “ele não pôde” (passado).

    Além desses dois verbos (em que o acento diferencial é obrigatório), o novo Acordo Ortográfico também estabeleceu que é permitido usar, opcionalmente, o acento diferencial no substantivo “fôrma” (uma “fôrma” de pão, de bolo), para diferenciá-lo do substantivo “forma” (“forma de dizer”, “forma de pensar”, “fora de forma”, “bela forma”, etc).


ID
12463
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

A eterna juventude

Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da
Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenescimento a
quem delas bebesse. A tal fonte nunca foi encontrada, mas os
homens estão dando um jeito de promover a expansão dos
anos de "juventude" para limites jamais vistos. A adolescência
começa mais cedo - veja-se o comportamento de "mocinhos" e
"mocinhas" de dez ou onze anos - e promete não terminar
nunca. Num comercial de TV, uma vovó fala com desenvoltura
a gíria de um surfista. As academias e as clínicas de cirurgia
plástica nunca fizeram tanto sucesso. Muitos velhos fazem
questão de se proclamar jovens, e uma tintura de cabelo é
indicada aos homens encanecidos como um meio de fazer
voltar a "cor natural".
Esse obsessivo culto da juventude não se explica por
uma razão única, mas tem nas leis do mercado um sólido
esteio. Tornou-se um produto rentável, que se multiplica
incalculavelmente e vai da moda à indústria química, dos
hábitos de consumo à cultura de entretenimento, dos salões de
beleza à lipoaspiração, das editoras às farmácias. Resulta daí
uma espécie de código comportamental, uma ética subliminar,
um jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista, torna-se
extraordinariamente amplo, quando os consumidores das mais
diferentes idades são abrangidos pelo denominador comum do
"ser jovem". A juventude não é mais uma fase da vida: é um
tempo que se imagina poder prolongar indefinidamente.
São várias as conseqüências dessa idolatria: a
decantada "experiência dos mais velhos" vai para o baú de
inutilidades, os que se recusam a aderir ao padrão triunfante da
mocidade são estigmatizados e excluídos, a velhice se torna
sinônimo de improdutividade e objeto de caricatura. Prefere-se
a máscara grotesca do botox às rugas que os anos trouxeram, o
motociclista sessentão se faz passar por jovem, metido no
capacete espetacular e na roupa de couro com tachas de metal.
É natural que se tenha medo de envelhecer, de adoecer,
de definhar, de morrer. Mas não é natural que reajamos à lei da
natureza com tamanha carga de artifícios. Diziam os antigos
gregos que uma forma sábia de vida está na permanente preparação
para a morte, pois só assim se valoriza de fato o presente
que se vive. Pode-se perguntar se, vivendo nesta ilusão da
eterna juventude, os homens não estão se esquecendo de
experimentar a plenitude própria de cada momento de sua
existência, a dinâmica natural de sua vida interior.

(Bráulio Canuto)

Quanto ao emprego e à forma ortográfica das palavras, a frase inteiramente correta é:

Alternativas
Comentários
  • O correto seria:

    a) obCecado

    b)anseia

    c) propiciam

    d) extemporânEo, usufRuir

  • Corrigindo...

    A) obcecado, constitui
    B) atribui, anseia
    C) propiciam
    D) extemporâneo, usufruir
  • A palavra extemporâneo não está errada, como citado pelos colegas.

    extemporâneo | adj.

    extemporâneo (eis)
    1. Que vem fora de tempo; inoportuno.
    2. Inesperado.
  • Amilton. O erro é a forma como a palavra está escrita no item. Observa que contém a letra I (extemporânIo).
  • DICAPalavras terminadas em EO, IOUsa-se a terminação:EO – adjetivos. Ex: idôneo, extemporâneoIO – substantivos. Ex: ozônio
  • Uma dica para a palavra "OBCECADO" se escreve com C é porque deriva da palavra "CEGO".
  • Por curiosidade...

    Significado de Apraz

    v.i. Causar prazer, ser aprazível. Agradar. Deleitar. Convir.
    v. Apreciar, contentar-se com, gostar de.
    (Da palavra aprazer)

  • ACHO QUE A ALTERNATIVA E) TB ESTÁ ERRADA.
    O SURFISTA (ELE) SE APRAZ DE VALER-SE DA LINGUAGEM...... (PRESENTE DO INDICATIVO)
    APRAZA A UM SURFISTA VALER-SE  DA LINGUAGEM... (PRESENTE DO SUBJUNTIVO)                                 
     
    NÃO SEI SE ESTOU CERTO.
    DÊEM UMA OLHADA NO SITE CONJUGA-ME.NET
  • a) "Obsecado" (Obcecado) pelo mito da eterna juventude, o homem contemporâneo não deixaria de viver as experiências de que cada fase da vida se "constitue" (constitui) naturalmente?

    b) Na expressão sólido esteio indica-se o papel que se "atribue" (atribui) o mercado junto a quem "ansia" (anseia) pelo desfrute eterno da juventude.

    c) Quem idolatriza a juventude acaba por não viver plenamente os encantos que nos "propisciam" (propiciam) as outras fases da nossa vida.

    d) Quando se vive o que é extemporânio (extemporâneo) em relação às experiências determinadas pela natureza, deixa-se de "usufluir" (usufruir) os encantos de cada idade.

    e) Se apraz a um surfista valer-se da linguagem que compartilha com outros jovens, por que haveriam as velhinhas de dissimular a que lhes é própria?
    GABARITO: LETRA E
  • Aprazer 


    v.t.i. v.i. e v.pron. Provocar ou sentir contentamento e prazer; causar deleite; tornar-se aprazível; agradar-se: apraz-me seu carinho; muitas críticas não aprazem; apraz-se em permanecer o dia inteiro na Internet.



    Fonte: Dicio online. 

  • c) Quem idolatriza a juventude acaba por não viver plenamente os encantos que nos "propisciam" (propiciam) as outras fases da nossa vida.

    Olá,

    Apesar de paracer claro o sentido não encontrei definição para a palavra IDOLATRIZA na questão acima. 

    O correto não seria : Quem idolatra a juventude acaba por não ...

  • a)Obsecado pelo mito da eterna juventude, o homem contemporâneo não deixaria de viver as experiências de que cada fase da vida seconstitue naturalmente? OBCECADO, CONSTITUI

     

     b)Na expressão sólido esteio indica-se o papel que se atribue o mercado junto a quem ansia pelo desfrute eterno da juventude. ATRIBUI

     

     c)Quem idolatriza a juventude acaba por não viver plenamente os encantos que nos propisciam as outras fases da nossa vida. PROPOCIAM

     

     d)Quando se vive o que é extemporânio em relação às experiências determinadas pela natureza, deixa-se de usufluir os encantos de cada idade. USUFRUIR, EXTEMPORÂNEO

     

     e)Se apraz a um surfista valer-se da linguagem que compartilha com outros jovens, por que haveriam as velhinhas de dissimular a que lhes é própria?

  • A colega inverteu os conceitos da 2FN e 3FN

    2FN:

    não possuir dependências funcionais parciais (Só ocorre com chaves primárias compostas), ou seja, todos os atributos não-chave devem depender somente de toda a chave primária

    3FN:

    não possuir dependências transitivas (quando um atributo não-chave depende de outro que não é chave primária) entre os atributos


ID
12475
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

A eterna juventude

Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da
Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenescimento a
quem delas bebesse. A tal fonte nunca foi encontrada, mas os
homens estão dando um jeito de promover a expansão dos
anos de "juventude" para limites jamais vistos. A adolescência
começa mais cedo - veja-se o comportamento de "mocinhos" e
"mocinhas" de dez ou onze anos - e promete não terminar
nunca. Num comercial de TV, uma vovó fala com desenvoltura
a gíria de um surfista. As academias e as clínicas de cirurgia
plástica nunca fizeram tanto sucesso. Muitos velhos fazem
questão de se proclamar jovens, e uma tintura de cabelo é
indicada aos homens encanecidos como um meio de fazer
voltar a "cor natural".
Esse obsessivo culto da juventude não se explica por
uma razão única, mas tem nas leis do mercado um sólido
esteio. Tornou-se um produto rentável, que se multiplica
incalculavelmente e vai da moda à indústria química, dos
hábitos de consumo à cultura de entretenimento, dos salões de
beleza à lipoaspiração, das editoras às farmácias. Resulta daí
uma espécie de código comportamental, uma ética subliminar,
um jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista, torna-se
extraordinariamente amplo, quando os consumidores das mais
diferentes idades são abrangidos pelo denominador comum do
"ser jovem". A juventude não é mais uma fase da vida: é um
tempo que se imagina poder prolongar indefinidamente.
São várias as conseqüências dessa idolatria: a
decantada "experiência dos mais velhos" vai para o baú de
inutilidades, os que se recusam a aderir ao padrão triunfante da
mocidade são estigmatizados e excluídos, a velhice se torna
sinônimo de improdutividade e objeto de caricatura. Prefere-se
a máscara grotesca do botox às rugas que os anos trouxeram, o
motociclista sessentão se faz passar por jovem, metido no
capacete espetacular e na roupa de couro com tachas de metal.
É natural que se tenha medo de envelhecer, de adoecer,
de definhar, de morrer. Mas não é natural que reajamos à lei da
natureza com tamanha carga de artifícios. Diziam os antigos
gregos que uma forma sábia de vida está na permanente preparação
para a morte, pois só assim se valoriza de fato o presente
que se vive. Pode-se perguntar se, vivendo nesta ilusão da
eterna juventude, os homens não estão se esquecendo de
experimentar a plenitude própria de cada momento de sua
existência, a dinâmica natural de sua vida interior.

(Bráulio Canuto)

Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • POR QUÊ - usado no final da frase.
    PORQUE - usado em respostas, em frases afirmativas.
    POR QUE - USADO PARA INICIAR PERGUNTAS.
    PORQUÊ - usado sempre que houver o artigo "o" antes dele, tem função de substantivo.
  • POR QUÊ - usado no final da frases interogativas.
  • Por que o uso do porquê é complicado? Por quê? Porque não faz sentido algum!
  • Diferenças entre:
    1) Por que (= por que razão, por qual razão, por que motivo, pelo qual)

    Ex:  Este é o ideal por que luto. (= pelo qual)
    2) Por quê (fim de frase recebe o acento, e quando expressa dúvida mais a pontuação)
    Ex: Não sei por quê, mas já o vi antes.
    Ex: Você não veio à aula ontem por quê?
    3) Porque (=conjunção). Trocar por outra conjunção explicativa, causal ou final equivalente: pois, já que, visto que, para que, como.
    Ex: Não fui à escola porque estava doente. (=pois)
    Ex: Orai, porque não entreis em tentação. (= para que)
    4) Porquê (= funciona como substantivo) Trocar pela palavra razão ou motivo. Geralmente antes do porquê vem um artigo, pronome, numeral, adjetivo que são determinantes.
    Ex: Não aceito mais os seus falsos porquês.
    Ex: Diga-me qual o porquê (=razão) de tanta dúvida.
    Ex: Dê-me alguns porquês para tal atitude.
    Comentário de cada alternativa:
    a) Não há uma razão única porque se explique essa idolatria. (ERRADO)
    Não há uma razão única por que se explique essa idolatria. Confesso que fiquei em dúvida nessa na substituição pela conjunção para que, mas qdo vi a letra c) tive certeza.
    b) Muitos se perguntam porquê ocorre esse culto obsessivo. (ERRADO)
    Muitos se perguntam por que ocorre esse culto obsessivo.
    c) E esse culto obsessivo da juventude, ocorre por quê? (CORRETO) Está no final da frase.
    d) Diga-me porque ocorre tamanha idolatria dos jovens. (ERRADO)
    Diga-me por que ocorre tamanha idolatria dos jovens.
    e) O por que desse culto obstinado deve ser buscado nas leis do mercado. (ERRADO)
    O porquê desse culto obstinado deve ser buscado nas leis do mercado.
    Pessoal é isso! Se não estiver correto alguém me corrige ai por favor. Espero ter ajudado.

    • a) Não há uma razão única porque se explique essa idolatria. (por que)-na qual
    •  
    • b) Muitos se perguntam porquê ocorre esse culto obsessivo.(por que)- por qual motivo
    •  
    • c) E esse culto obsessivo da juventude, ocorre por quê? CORRETA -final de frase, separado com acento 
    •  
    • d) Diga-me porque ocorre tamanha idolatria dos jovens. (por que)- por qual motivo


    • e) O por que desse culto obstinado deve ser buscado nas leis do mercado. (porquê)-acompanhado de artigo "O", usa o acento "^" e é junto
  • Uso de porque, por que, porquê e por quê sem falha

    Porque - use sempre que puder substi-lo por pois

    Por que - use sempre que puder substi-lo por  por qual, pelo(s) qual(is), por qual razão, por qual motivo

    Porquê - Sempre representa um substantivo e é seguido sempre de artigo definido o ou indefinido um - o porquê / um porquê

    Por quê - Sempre aparece no final da frase.

    01. Quero saber por que estou assim. (por qual motivo - pergunta indireta)
    02. Foi reprovado e não sabe por quê. (por qual motivo)
    03. Por que você está tão aborrecida? (por qual motivo - pergunta direta)
    04. Não vais à aula por quê? (final da frase - pergunta direta)
    05. Reagi à ofensa porque (pois) não sou covarde.
    06. Ignora-se porquê (substantivo) da sua renúncia.
    07. São ásperos os caminhos por que (pelo quais) passei.
    08. Não saí de casa, porque (pois) estava doente.
    09. Quero saber por que não me disse a verdade. (por que motivo - pergunta indireta)
    10. Não sei por que (por qual) motivo ele deixou o emprego.

    Tire todas as dúvidas respondendo 65 questões com gabarito no site: http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1059997

     
  • a) por que.
    b) por que.
    c) CORRETO.
    d) por que.
    e) porquê.

  • Porque = conjunção explicativa (usa-se quando se quer introduzir uma explicação, óbvio, rsrs). 

    Ex: Por que devemos estudar muito para concurso? Porque a concorrência está cada vez maior. 



    Por que = usa-se para iniciar uma oração interrogativa, bem como quando se tratar de pergunta indireta. 
    Ex: Por que estudar vale a pena? / Não sei por que, até agora, não fui nomeado.




    Ex: Porquê = usa-se como sinônimo de motivo.
    Ex: É preciso saber o porquê de tantas pessoas quererem o mesmo cargo.




    Por quê = usa-se ao final de uma oração interrogativa (última expressão antes do sinal de interrogação).
    Ex: Estudar todo o edital, por quê?
  • Garanto,nunca mais irão errar o uso correto do porque!!

    https://www.youtube.com/watch?v=w3Zd5NSDT6w

  • POR QUÊ  usa em final de frase.

  • a) Não há uma razão única porque se explique essa idolatria.

        Não há uma razão única por que (em pergunta indireta ou no início) se explique essa idolatria.

     

    b) Muitos se perguntam porquê ocorre esse culto obsessivo.

        Muitos se perguntam por que (em pergunta indireta ou no início) ocorre esse culto obsessivo

     

     

    c) E esse culto obsessivo da juventude, ocorre por quê?

     

     

    d) Diga-me porque ocorre tamanha idolatria dos jovens.

        Diga-me por que (em pergunta indireta ou no início) ocorre tamanha idolatria dos jovens.

     

    e) O por que desse culto obstinado deve ser buscado nas leis do mercado.

        O motivo desse culto obstinado deve ser buscado nas leis do mercado  (Porquê - motivo, razão)

     

    "Por que é separado?

    Porque não é junto!

    Mas por quê?

    O porquê eu não sei!"

  • https://www.youtube.com/watch?v=AQfHQP-JLcA

    Assista e nunca mais erre! rs

  • GABARITO: LETRA C

    PORQUE - Já que, visto que, uma vez que

    PORQUÊ - substantivo, o motivo, a razão.

    POR QUÊ - seguido de pontuação.

    POR QUE - por que motivo/razão, pelos quais, pela qual

    FONTE: QC

  • Li em outros comentários: O "pq" resolve tudo, menos em provas...kkkk


ID
12478
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

A eterna juventude

Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da
Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenescimento a
quem delas bebesse. A tal fonte nunca foi encontrada, mas os
homens estão dando um jeito de promover a expansão dos
anos de "juventude" para limites jamais vistos. A adolescência
começa mais cedo - veja-se o comportamento de "mocinhos" e
"mocinhas" de dez ou onze anos - e promete não terminar
nunca. Num comercial de TV, uma vovó fala com desenvoltura
a gíria de um surfista. As academias e as clínicas de cirurgia
plástica nunca fizeram tanto sucesso. Muitos velhos fazem
questão de se proclamar jovens, e uma tintura de cabelo é
indicada aos homens encanecidos como um meio de fazer
voltar a "cor natural".
Esse obsessivo culto da juventude não se explica por
uma razão única, mas tem nas leis do mercado um sólido
esteio. Tornou-se um produto rentável, que se multiplica
incalculavelmente e vai da moda à indústria química, dos
hábitos de consumo à cultura de entretenimento, dos salões de
beleza à lipoaspiração, das editoras às farmácias. Resulta daí
uma espécie de código comportamental, uma ética subliminar,
um jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista, torna-se
extraordinariamente amplo, quando os consumidores das mais
diferentes idades são abrangidos pelo denominador comum do
"ser jovem". A juventude não é mais uma fase da vida: é um
tempo que se imagina poder prolongar indefinidamente.
São várias as conseqüências dessa idolatria: a
decantada "experiência dos mais velhos" vai para o baú de
inutilidades, os que se recusam a aderir ao padrão triunfante da
mocidade são estigmatizados e excluídos, a velhice se torna
sinônimo de improdutividade e objeto de caricatura. Prefere-se
a máscara grotesca do botox às rugas que os anos trouxeram, o
motociclista sessentão se faz passar por jovem, metido no
capacete espetacular e na roupa de couro com tachas de metal.
É natural que se tenha medo de envelhecer, de adoecer,
de definhar, de morrer. Mas não é natural que reajamos à lei da
natureza com tamanha carga de artifícios. Diziam os antigos
gregos que uma forma sábia de vida está na permanente preparação
para a morte, pois só assim se valoriza de fato o presente
que se vive. Pode-se perguntar se, vivendo nesta ilusão da
eterna juventude, os homens não estão se esquecendo de
experimentar a plenitude própria de cada momento de sua
existência, a dinâmica natural de sua vida interior.

(Bráulio Canuto)

No segundo parágrafo, a expressão vai da moda à indústria química tem, no contexto, o sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Expressa ideia de conjunto. Começa na moda, passando pela indústria química. Um bom exemplo desta afirmação é a propaganda do Grecin 5, onde o senhor passa o produto  e vira jovem. União entre moda, estado de espírito, com produto químico.


ID
12829
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em novo compasso

1         Neste momento, em várias partes do
      mundo, algum pesquisador está tentando descobrir
      um detalhe no funcionamento do músculo cardíaco
4    ainda não percebido pela ciência, enquanto outro
      se esforça para aprimorar um tratamento já
      reconhecido, e um terceiro se lança em um
7    experimento que pode resultar em mais uma opção 
      de terapia. Eles integram um imenso batalhão de 
      investigadores que têm como único objetivo tornar
10   o coração mais forte. Trata-se de um sonho nobre e 
      também de uma urgência. Afinal, o órgão precisará
      bater em um compasso afinadíssimo para dar conta
13  de bombear o sangue em seres humanos cada vez
      mais longevos.
           É de olho nas exigências do futuro que estão
16  sendo desenhadas mudanças nos tratamentos do
      presente. Algumas das mais significativas ocuparam
      as principais discussões de evento que reuniu
19  cerca de 11 mil médicos de todo o planeta em
     Orlando - EUA, na semana passada, e que é
     considerado um dos mais importantes encontros
22  mundiais de cardiologistas. Estudo divulgado no
     encontro, por exemplo, fez que a comunidade
     médica passasse a discutir com mais ênfase uma
25  alteração no limite permitido de colesterol ruim
     (LDL) em pacientes de alto risco (portadores de
     alguma doença cardíaca ou que acumulam pelo
28  menos dois fatores de risco - hipertensão,
     obesidade, diabete, sedentarismo, fumo, entre os
     mais importantes). Hoje, segundo a Sociedade
31  Brasileira de Cardiologia, essas pessoas devem
     manter o LDL abaixo de 100 mg/dL.

Eduardo Holanda, Greice Rodrigues e Mônica Tarantino. Istoé, 16/3/2005, p. 45 (com adaptações).

Com relação às idéias do texto ao lado e às palavras e expressões nele empregadas, julgue os itens a seguir.

O verbo "aprimorar" (R.5) pode ser considerado sinônimo de aperfeiçoar.

Alternativas
Comentários
  • a alternativa correta é a letra A

    Bons Estudos !!!!

  • aprimorar -Significado de Aprimorar

    v.t. Aperfeiçoar, esmerar: aprimorar o estilo.

  • Aperfeiçoar - Tornar Perfeito

    Tornar Perfeito é a mesma coisa que Aprimorar

    Aprimorar -

    1. Fazer com primor.
    2. Tornar primoroso.
     
     
    Resposta Certa
    Bons Estudos Pessoal
     
    Paulo.
  • aprimorar é sinônimo de aperfeiçoar. certa

  • Questão Correta

    Sinônimos:São voocábulos que apresentam sentido igual ou semelhante;relação semântica de sinonímia quer dizer  
    aproximação de sentido

    EX: aprimorar é o mesmo que aperfeiçoar

    Bons estudos galera!
    Eeee ...
     eex


ID
12835
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em novo compasso

1         Neste momento, em várias partes do
      mundo, algum pesquisador está tentando descobrir
      um detalhe no funcionamento do músculo cardíaco
4    ainda não percebido pela ciência, enquanto outro
      se esforça para aprimorar um tratamento já
      reconhecido, e um terceiro se lança em um
7    experimento que pode resultar em mais uma opção 
      de terapia. Eles integram um imenso batalhão de 
      investigadores que têm como único objetivo tornar
10   o coração mais forte. Trata-se de um sonho nobre e 
      também de uma urgência. Afinal, o órgão precisará
      bater em um compasso afinadíssimo para dar conta
13  de bombear o sangue em seres humanos cada vez
      mais longevos.
           É de olho nas exigências do futuro que estão
16  sendo desenhadas mudanças nos tratamentos do
      presente. Algumas das mais significativas ocuparam
      as principais discussões de evento que reuniu
19  cerca de 11 mil médicos de todo o planeta em
     Orlando - EUA, na semana passada, e que é
     considerado um dos mais importantes encontros
22  mundiais de cardiologistas. Estudo divulgado no
     encontro, por exemplo, fez que a comunidade
     médica passasse a discutir com mais ênfase uma
25  alteração no limite permitido de colesterol ruim
     (LDL) em pacientes de alto risco (portadores de
     alguma doença cardíaca ou que acumulam pelo
28  menos dois fatores de risco - hipertensão,
     obesidade, diabete, sedentarismo, fumo, entre os
     mais importantes). Hoje, segundo a Sociedade
31  Brasileira de Cardiologia, essas pessoas devem
     manter o LDL abaixo de 100 mg/dL.

Eduardo Holanda, Greice Rodrigues e Mônica Tarantino. Istoé, 16/3/2005, p. 45 (com adaptações).

Com relação às idéias do texto ao lado e às palavras e expressões nele empregadas, julgue os itens a seguir.

A forma verbal "têm" (R.9) concorda com "batalhão" (R.8), palavra que denota pluralidade.

Alternativas
Comentários
  • Errado. O verbo concorda com "investigadores" e por isso está no plural.

  • Concordância verbal.

    quando aparecer o pronome QUE, o verbo deve concordar com o termo anterior ao QUE;

    Exemplos:

    Fui eu que trouxe  (  EU trouxe)

    Foram eles que trouxeram ( ELES trouxeram )


    batalhão de  investigadores que têm como único objetivo ( INVESTIGADORES QUE TÊM )

  • ERRADO

    Obs: Apesar de denotar pluralidade, caso a forma verbal "têm" concorda-se com esse termo "batalhão" teria que ser no singular, no caso "tem".
  • a forma verbal têm é plural, pois o plural de batalhão é Plural: batalhões

  • Eles integram um imenso batalhão de investigadores que tem/têm.

    A oração acima compara-se com:

    Eles integram uma maioria de investigadores  que foi/foram.

    Negrito concorda com negrito.
    Sublinhado concorda com sublinhado.

  • Ele : detem, convem, obtem, tem.

    Eles: detêm, convêm, obtêm, têm.

  • Quem têm? ELES - > investigadores

  • Errado . batalhão não denota pluralidade , mas sim singularidade . A concordância do verbo '' têm'' está sendo feita com investigadores

  • O verbo concorda com "investigadores"

  • Texto: "Eles integram um imenso batalhão de investigadores que têm como único objetivo tornar

    o coração mais forte."

    Assertiva: A forma verbal "têm" (R.9) concorda com "batalhão" (R.8), palavra que denota pluralidade. Errado.

    Na verdade concorda com investidores.

  • ERRADA!

    O termo "TÊM" esta acompanhando o sujeito "ELES". O termo "QUE" é pronome relativo, logo, retoma "ELES" E NÃO "DE INVESTIGADOES'. Existe também essa POSSIBILIDADE por especificar o coletivo "BATALHÃO". Porém, no questionamento de quem têm como único objetivo...? ELES

  • O batalhão têm por objetivo?

    Não, nem concorda em número... os investigadores têm por objetivo!

  • ELES =TÊM


ID
12844
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em novo compasso

1         Neste momento, em várias partes do
      mundo, algum pesquisador está tentando descobrir
      um detalhe no funcionamento do músculo cardíaco
4    ainda não percebido pela ciência, enquanto outro
      se esforça para aprimorar um tratamento já
      reconhecido, e um terceiro se lança em um
7    experimento que pode resultar em mais uma opção 
      de terapia. Eles integram um imenso batalhão de 
      investigadores que têm como único objetivo tornar
10   o coração mais forte. Trata-se de um sonho nobre e 
      também de uma urgência. Afinal, o órgão precisará
      bater em um compasso afinadíssimo para dar conta
13  de bombear o sangue em seres humanos cada vez
      mais longevos.
           É de olho nas exigências do futuro que estão
16  sendo desenhadas mudanças nos tratamentos do
      presente. Algumas das mais significativas ocuparam
      as principais discussões de evento que reuniu
19  cerca de 11 mil médicos de todo o planeta em
     Orlando - EUA, na semana passada, e que é
     considerado um dos mais importantes encontros
22  mundiais de cardiologistas. Estudo divulgado no
     encontro, por exemplo, fez que a comunidade
     médica passasse a discutir com mais ênfase uma
25  alteração no limite permitido de colesterol ruim
     (LDL) em pacientes de alto risco (portadores de
     alguma doença cardíaca ou que acumulam pelo
28  menos dois fatores de risco - hipertensão,
     obesidade, diabete, sedentarismo, fumo, entre os
     mais importantes). Hoje, segundo a Sociedade
31  Brasileira de Cardiologia, essas pessoas devem
     manter o LDL abaixo de 100 mg/dL.

Eduardo Holanda, Greice Rodrigues e Mônica Tarantino. Istoé, 16/3/2005, p. 45 (com adaptações).

Com relação às idéias do texto ao lado e às palavras e expressões nele empregadas, julgue os itens a seguir.

A expressão "longevos" (R.14) significa pessoas que percorrem com freqüência longas distâncias.

Alternativas
Comentários
  • Longevo significa pessoas de vida longa.
  • Longevos - Pessoas de vida longa, pessoas velhas

    Resposta Errada

    Bons Estudos Pessoal !!

     

    Paulo.

  • quer dizer pessoas de vida longa. resposta errada.

  • Errado

    Longevos são pessoas com duração de vida maior que o normal
    mas para alcançarmos a  longevidade ou seja
    longa duração de vida é necessário    
    cuidados diarios com a saúde.

    bons estudos galera!
  • Relacionado a longevidade.

  • Gabarito. Errado.

    significa o distancia percorrida pelo sangue.

  • RINDO ATÉ 2050 COM A RESPOSTA DO PS MACHADO KKKKKKKKKKKKKKK

  • LONGEVO: Que dura muito. Muito velho.

    Palavras relacionadas: matusalênico, macróbia.


ID
13507
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao
texto seguinte.

A família na Copa do Mundo

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida
numa Copa do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter
novos hábitos, prolonga seu tempo diante da televisão, disputaa
com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente
para o vazio de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara,
nem o homem nem a mulher se deixam tocar pela sucessão
interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da
vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria
está em jogo nos gramados estrangeiros.
É preciso também reconhecer que são muito distintas as
atuações dos membros da família, nessa época de gols. Cabe
aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o
drama de uma derrota, exaltar a glória máxima da conquista da
Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la. Quando
solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com
intensidade muito menor, essas alegrias ou dores dos homens.
Entre as crianças menores, a modificação de comportamento é
mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus
próprios jogos e brinquedos. Já os meninos e as meninas
maiores tendem a reproduzir, respectivamente, algo da atuação
do pai ou da mãe.
Claro, está-se falando aqui de uma "família brasileira
padrão", seja lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente
ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa do
Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas
pessoas não resistem à alteração dos horários de refeição, à
alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às
tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo
? e
disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma
vingança que afetam o companheiro, a companheira ou os
filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo
pode abrir feridas que demoram a fechar. Sim, costumam
cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem, por
força dos diferentes papéis que os familiares desempenham
durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis
tradicionais
? até que chegue uma outra Copa.
(Itamar Rodrigo de Valença)

Está correto o emprego de ambas as formas sublinhadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • A questão lida com o conhecimento do candidato sobre o uso dos "porquês" e o uso e colocação dos pronomes pessoais oblíquos. A letra C é a correta, por apresentar a forma "porquê", que é substantivo (o que se prova pelo uso do artigo definido "o"), e por usar o pronome oblíquo "os" após a forma verbal "ignora" (pois trata-se de verbo transitivo direto, tendo o pronome a função de objeto direto, retomando o termo "jogos da Copa do Mundo". Por isso, é o único pronome oblíquo adequado).
  • correta letra c.Vou apontar alguns erros que nos ajudam a solucionar a questão.a) Assisti ao jogo, mas não o dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar-lhe.o verbo dar é transitivo direto e indireto. O objeto direto é o termo "toda a atenção" e o indireto teria que ser o pronome lhe ou um termo apropriado para esse caso.Porém, foi utilizado o pronome "o" que nunca pode ser utilizado para substituir objeto indireto.b) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhes representa numa Copa do Mundo.Temos uma interrogação indireta nesse caso. O certo seria utilizar o porquê separado.c) Sem explicar o porquê de tanta indiferença, muita gente, enquanto transcorrem os jogos da Copa do Mundo, ignora-os por completo.Totalmente correta.Esse porquê da questão é substantivo e o verbo ignorar pede como complemento um objeto direto, sendo perfeita a substituição pelo pronome "os".d) Os laços familiares são importantes, não há porque relegar-lhes a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa. Esse porquê tem que ser separado.e) Os homens ligam a televisão, mantêm-lhe o olhar nela sem piscar, nada lhes afasta de seu posto, durante uma Copa.verbo afastar é transitivo direto.o uso do pronome lhes esta incorreto.
  • aPENAS FORMATANDO O COMENTÁRIO DO COLEGA:correta letra c.Vou apontar alguns erros que nos ajudam a solucionar a questão.a) Assisti ao jogo, mas não o dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar-lhe.o verbo dar é transitivo direto e indireto. O objeto direto é o termo "toda a atenção" e o indireto teria que ser o pronome lhe ou um termo apropriado para esse caso.Porém, foi utilizado o pronome "o" que nunca pode ser utilizado para substituir objeto indireto.b) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhes representa numa Copa do Mundo. Temos uma interrogação indireta nesse caso. O certo seria utilizar o porquê separado.c) Sem explicar o porquê de tanta indiferença, muita gente, enquanto transcorrem os jogos da Copa do Mundo, ignora-os por completo.Totalmente correta. Esse porquê da questão é substantivo e o verbo ignorar pede como complemento um objeto direto, sendo perfeita a substituição pelo pronome "os".d) Os laços familiares são importantes, não há porque relegar-lhes a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa. Esse porquê tem que ser separado.e) Os homens ligam a televisão, mantêm-lhe o olhar nela sem piscar, nada lhes afasta de seu posto, durante uma Copa. verbo afastar é transitivo direto.o uso do pronome lhes esta incorreto.
  • GABARITO: LETRA "C".

    a) Assisti ao jogo, mas não o dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar-lhe. INCORRETO.

    "Ao jogo" é o objeto indireto, que não pode ser substituído pelo pronome "o". Já o erro em concentrar, acredito que dispensa comentários.

     b) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhes representa numa Copa do Mundo. INCORRETO.

    Quando há uma interrogação indireta, o correto é utilizar o "porquê" separado.

    c) Sem explicar o porquê de tanta indiferença, muita gente, enquanto transcorrem os jogos da Copa do Mundo, ignora-os por completo.CORRETO.

    PORQUÊ: É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral. O pronome "os" substitui o objeto direto: "os jogos". 

    d) Os laços familiares são importantes, não há porque relegar-lhes a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa. INCORRETO.

    POR QUE: Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”. Relegar, que significa: afastar, banir etc, é VTD e não pode ser complementado com o pronome "lhe". 

    e) Os homens ligam a televisão, mantêm-lhe o olhar nela sem piscar, nada lhes afasta de seu posto, durante uma Copa. INCORRETO.  Manter, no sentido aqui empregado, é VTD. Da mesma forma o verbo Afastar: VTD , significando: 
    Tirar de perto, impedir, arredar, desviar (Michaelis)


  • _FB_ O COMENTÁRIO DA LETRA B ESTÁ EQUIVOCADO

     b) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhes representa numa Copa do Mundo. INCORRETO.

    O porque da oração deve ser separado e sem acento pois significa por que motivo, por quê separado e com acento é usado no final de orações

  • O correto não seria na letra C : ignora-los. ?????

  • Gabarito: C


    Caro Julio Aguiar, não há razão para ser "ignorá-los", tendo em vista que o verbo "ignorar", na assertiva, foi empregado no presente do indicativo, de sorte que a sua terminação em vogal (ignorA) não permite a utilização da ênclise acompanhado de "L", mas tão somente a vogal correspondente ao termo que quer fazer referência em anáfase (ignora-a), que, no presente caso, é a expressão "jogos da Copa".


    Por outro lado, se a alternativa tivesse trazido algo no sentido "Devemos ignoraR esse fato"; nesse caso, poderíamos substituir por "Devemos ignorá-LO" pois, quando o verbo termina em R, S ou Z, o  pronome "o" ou "a" deverá vir acompanhado de "L". 



    Outras regras importantes:

    - Verbos cujas terminações sejam em ditongo nasal, usa-se o pronome "o" ou "a" acompanhado de "N". 

    Ex: Compraram os ingressos. => Compraram-no.  

    - Verbos que terminem em vogal, usa-se apenas a vogal "a" ou "o" na colocação pronominal (no singular ou no plural, conforme o caso).

    Ex: Estudei todo o conteúdo da prova. => Estudei-o



    OBS: faz-se necessário, antes de tudo, observar a transitividade do verbo, pois de nada adianta saber dessas informações acima, e o verbo não ser transitivo direto. 




    Bons estudos! 



  • Mesma dúvida do Julio Aguiar...ser alguém puder nos ajudar

  • Usos do porquê


    Há quatro maneiras de se escrever o porquê: porquê, porque, por que e por quê. Vejamo-las:


    Porquê

    É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, três, quatro)
    Ex.

    • Ninguém entende o porquê de tanta confusão.

    • Este porquê é um substantivo.

    • Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?

    • Existem quatro porquês.

     

    Por quê

    Sempre que a palavra que estiver em final de frase, deverá receber acento, não importando qual seja o elemento que surja antes dela.
    Ex.

    • Ela não me ligou e nem disse por quê.

    • Você está rindo de quê?

    • Você veio aqui para quê?

     

    Por que

    Usa-se por que, quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substituí- lo por por qual razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual.
    Ex.

    • Por que não me disse a verdade? = por qual razão

    • Gostaria de saber por que não me disse a verdade. = por qual razão

    • As causas por que discuti com ele são particulares. = pelas quais

    • Ester é a mulher por que vivo. = pela qual

     

    Porque

    É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção coordenativa explicativa, portanto estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por já que, pois ou a fim de que.
    Ex.

    • Não saí de casa, porque estava doente. = já que

    • É uma conjunção, porque liga duas orações. = pois

    • Estudem, porque aprendam. = a fim de que

     

  • Pronomes pessoais oblíquos átonos

     

    Os pronomes pessoais oblíquos átonos não são precedidos de uma preposição. Podem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto direto (o, a, os, as) ou de objeto indireto (lhe, lhes).

    Exemplos de pronomes pessoais oblíquos átonos:
    1.ª pessoa do singular - me
    2.ª pessoa do singular - te
    3.ª pessoa do singular - o, a, se, lhe
    1.ª pessoa do plural - nos
    2.ª pessoa do plural - vos
    3.ª pessoa do plural - os, as, se, lhes

    Exemplos:

    Eu comprei-o numa loja no centro da cidade. (objeto direto)

    O diretor ligou-lhe, mas ele não atendeu o telefone. (objeto indireto)

    A ligação dos pronomes pessoais oblíquos átonos aos verbos pode ser feita através de próclise (antes do verbo), mesóclise (intercalado no meio do verbo) ou ênclise (depois do verbo).

    Exemplos:

    não me deram (próclise);

    oferecer-nos-ão (mesóclise);

    ofereceram-me (ênclise).

    Além disso, conforme o verbo a que estão ligados, os pronomes pessoais oblíquos átonos sofrem alterações para: no, na, nos, nas, lo, la, los, las.

    Exemplos:

    Fizeram-nos esperar muito!

    Ela vai seduzi-lo rapidamente.

     

    Fonte: http://www.normaculta.com.br/pronomes-pessoais-obliquos/

  • a) Assisti ao jogo, mas não o dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar-lhe. INCORRETA AO JOGO = OBJETO INDIRETO, LOGO NÃO PODE SER SUBSTITUÍDO POR "O"

     b) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhesrepresenta numa Copa do Mundo.  INCORRETA POR QUE = POR QUE 

     c) Sem explicar o(DETERMINANTE) porquê de tanta indiferença, muita gente, enquanto transcorrem os jogos da Copa do Mundo, ignora-os (VTD)por completo.

     d) Os laços familiares são importantes, não há porque relegar-lhes a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa. REGAR = VTD 

     e)Os homens ligam a televisão, mantêm-lhe o olhar nela sem piscar, nada lhes afasta de seu posto, durante uma Copa.  MANTÊM= VTD; 

  • Primeiro gostaria de destacar algumas regras sobre colocação pronominal:

    1) Se o verbo termina  em  R , S ou  Z , retiram-se essas letras e usam-se LO , LA , LOS , LAS. 

    2) Se o verbo termina em ditongo nasal AM , EM , ÃO , ÕE(m), usam-se as formas NO(S) , NA(S) 

    3) PARTICÍPIO  NÃO ACEITA  ÊNCLISE! 

    4) objeto direto (o, a, os, as) ou de objeto indireto (lhe, lhes).

     

    Já com relação ao uso dos porquês:

    1) porquê: deve vir acompanhado de um artigo, pois é substantivo

    2) por que: significa "motivo"

    3) por quê: também significa "motivo", porém é usado perto de pontuação (incluindo vírgula)

    4) porque: significa "pois"

     

    Agora, analisando as alternativas: 

    a) Assisti ao jogo, mas não o dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar-lhe.

    O correto seria: Assisti ao jogo, mas não lhe dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar.

    O verbo DAR é VTDI, logo: dei a atenção ao jogo. O lhe está substituindo jogo que é objeto indireto.

    O NÃO é particula atrativa. Logo atrai o ME da locução "permitiu concentrar". 

    b) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhes representa numa Copa do Mundo.

    O correto seria: Queria saber por que (motivo) pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, os representa em uma Copa do Mundo.

    O porque é "pois" e por que é "motivo", sendo que a frase pede aquele com o sentido de motivo.

    O verbo representar é VTD, logo pessoas é objeto direto e deve-se usar OS e não LHES.

    c) Sem explicar o porquê de tanta indiferença, muita gente, enquanto transcorrem os jogos da Copa do Mundo, ignora-os por completo.

    A frase está correta!

    O porquê está com artigo, portanto é substantivo e deve ser usado porquê.

    O verbo ignorar é VTD no caso (pois quem ignora, ignora alguma coisa ou alguém). Portanto, jogos é objeto direto e deve ser usado o OS.

    d) Os laços familiares são importantes, não há porque relegar-lhes a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa.

    A frase correta seria: Os laços familiares são importantes, não há por que (motivo) relegá-los a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa.

    e) Os homens ligam a televisão, mantêm-lhe o olhar nela sem piscar, nada lhes afasta de seu posto, durante uma Copa.

    A frase correta seria: Os homens ligam a televisão, mantêm o olhar nela sem piscar, nada os afasta de seu posto, durante uma Copa.

  • POR QUE= PELO QUAL MOTIVO, POR QUAL RAZÃO , PELO QUAL E PELA QUAL

    PORQUE= POIS (EXPLICAÇÃO)

    POR QUÊ= SEMPRE NO FINAL DE FRASE

    PORQUÊ= SEMPRE ANTECEDIDO DE ARTIGO


ID
13879
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1             Em Atenas, a base da democracia era a igualdade de
     todos os cidadãos. Igualdade perante a lei (isonomia) e
     igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria),
4   quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades eram os
     pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e
     plebeus. Na democracia ateniense, o sistema de sorteio
7   evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos
     profissionais que atuassem de uma maneira separada do
     povo, procurando fazer que qualquer um se sentisse apto a
10 manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação
     política dos indivíduos.
              Procurava-se, com o exercício direto da
13 participação, tornar o público coisa privada. Sob o ponto de
     vista grego, o cidadão que se negasse a participar dos
     assuntos públicos, em nome da sua privacidade, era
16 moralmente condenado.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.

Na argumentação do texto, liberdade pode ser entendida como sinônimo de "igualdade" (R.2 e 3).

Alternativas
Comentários
  • liberdade dar idéia de igualdade para todos.
  • Não esqueça de ler o texto por inteiro!

  • Para responder esta questão com mais segurança, analise bem o que diz no 1º parágrafo:

    (...) "Igualdade perante a lei (isonomia) e igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria), quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades eram os pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e plebeus". (...)

  • haverá uma paralelelismo obtigatório nas orações que se seguem

  • igualdade perante a lei (isonomia) e igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria), quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades

  • Para perguntas mais complexas se faz necessário ler o texto inteiro, pois, a resposta está no seguinte trecho: Essas duas liberdades eram os

        pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e

        plebeus.


ID
13888
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1             Em Atenas, a base da democracia era a igualdade de
     todos os cidadãos. Igualdade perante a lei (isonomia) e
     igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria),
4   quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades eram os
     pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e
     plebeus. Na democracia ateniense, o sistema de sorteio
7   evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos
     profissionais que atuassem de uma maneira separada do
     povo, procurando fazer que qualquer um se sentisse apto a
10 manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação
     política dos indivíduos.
              Procurava-se, com o exercício direto da
13 participação, tornar o público coisa privada. Sob o ponto de
     vista grego, o cidadão que se negasse a participar dos
     assuntos públicos, em nome da sua privacidade, era
16 moralmente condenado.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.

A substituição do adjetivo "apto" (R.9) por seu sinônimo capaz mantém a correção gramatical e a coerência do texto.

Alternativas
Comentários
  • Qualquer um que se sentisse apto a...
    Qualquer um que se sentisse capaz de...
    São palavras sinônimas,mas pedem preposições diferentes.
  • VALEU DENIZE GOMES.

     

  • capaz de, para

  • Capaz DE!!!!!!

  • APTO PARA ESTÁ ERRADO?

  • tendo em vista que a preposição correta para a substituição do termo não seria " a", mas sim " de":

    • CAPAZ DE
    • APTO A / PARA

  • Errado

    Capaz rege a preposição "de"


ID
13918
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1    Para a direita a noção de cidadania procura
      expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
      A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4    limite, o reconhecimento da igualdade jurídica, que 
     discrimina e escamoteia o fato de que os direitos, para serem
     gozados, necessitam de uma certa homogeneidade social e
7   econômica. Assim, ao absolutizar o nivelamento jurídico dos
     indivíduos, este raciocínio opera um escamoteamento das
     desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais que
10 permeiam uma sociedade onde as classes sociais, os gêneros,
     as etnias e os grupos têm acesso diferenciado e desigual aos
     bens materiais e simbólicos.

João B. A. da Costa.
Democracia, cidadania e atores políticos de esquerda.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue os itens que se seguem.

A substituição do verbo "expurgar" (R.2) por apagar preserva a correção gramatical e as relações semânticas do texto.

Alternativas
Comentários
  • Expurgar é retirar ou separar do que é nocivo ou prejudicial. Se trocarmos por apagar não faz diferença.
  •  Questão repetida no site.

  • Expurgar - Retirar,Separar,Apagar

    Resposta CORRETA
     

    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.

  • Expurgar - Limpar, ou seja, é o mesmo de apagar.

    QUESTÃO CORRETA

    Bons Estudos !!!
    Pedro.
  • Expurgar = separar , apagar , afastar ...

  • Realmente só deus , quem acerta defende o subjetivismo da questão.

    Expurgar: Afastar seria um direito limitado

    Apagar: Esquece você não possui qualquer direito.


ID
17023
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões 1 e 2

1
Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem
eliminar. Vários processos foram experimentados, todos
deixados ao cabo de alguns anos. É curioso que alguns deles
10 coincidissem com os nossos de um e de outro mundo. Os
males não eram gerais, mas eram grandes. Havia eleições
boas e pacíficas, mas a violência, a corrupção e a fraude
13 inutilizavam em algumas partes as leis e os esforços leais dos
governos. Votos vendidos, votos inventados, votos destruídos,
era difícil alcançar que todas as eleições fossem puras e
16 seguras. Para a violência havia aqui uma classe de homens,
felizmente extinta, a que chamam pela língua do país,
kapangas ou kapengas. Eram esbirros particulares,
19 assalariados para amedrontar os eleitores e, quando fosse
preciso, quebrar as urnas e as cabeças. Às vezes quebravam
só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas
22 cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão
especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram
25 dados pela vontade soberana do país. A corrupção era menor
que a fraude; mas a fraude tinha todas as formas. Enfim,
muitos eleitores, tomados de susto ou de descrença, não
28 acudiam às urnas.

Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.

Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • n entendi o gabarito dessa questao!

    a letra B como incorreta, a meu ver, está correto, pois passa-se da voz passiva  sintetica para a analitica. Já a letra C q está incorreta, pois esbarra-se tem como sujeito O POVO..

    POr  favor, corrijam-mse se estiver errada.

  • COLEGA MARIA

    Vc esta certa, a troca de expressões esta corretísssima, porém a alternativa AFIRMA O CONTRÁRIO, por isso  é a certa.

    Forte abraço, espero ter ajudado!!!

  • Maria, não prejudica a correção gramatical do texto, está corretíssimo o que se afirma como prejudicial na alternativa B, por isso, a acertiva é incorreta.
    Já na questão C, não há sujeito determinado, não se sabe quem esbarra, alguém esbarra, mas não temos como saber quem é. As demais, como é óbvio, estão corretas.
  • Letra B - ERRADA - "aqui se fez" equivale a Voz passiva sintática e "aqui foi feita" Voz passiva analíca" - esses casos podem substituituir um ao outro sem problemas gramaticais. Caso estivesse sido substituido uma voz passiva por uma voz ativa, ai sim prejudicaria gramaticalmente a questão.

  • Exatamento Alberto, sua explicação está certa... 
  • não entendi por que a "C" esta errada?  

  • Acredito que a letra A esteja errada, porque se trata de "Zeugma" e não "Elipse".

  • GALERA, PELO AMOR DE DEUS, É PARA MARCAR A ALTERNATIVA ERRADA!

  • Gabarito: B  (Lembrando é a INCORRETA que é para marcar)

     

    "Caso a expressão "aqui se fez" (L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção gramatical do período."

    Não gera prejuízo a troca sugerida pela banca examinadora.Por isso a resposta é essa.

     

    Originalmente, tem-se voz passiva sintética; posteriormente, voz passiva analítica. Mas o que deve chamar nossa atenção aqui é a concordância estabelecida entre o verbo e o sujeito. Nas duas estruturas, o verbo "fazer" mantém-se em terceira pessoa do singular para concordar com "eleição", antecedente do pronome relativo "que" e pelo qual se faz representar na função de sujeito. Caso o termo estivesse pluralizado (eleições), o verbo deveria ser empregado também no plural.

     

    Fonte: Prof Albert Iglésia - Pontos dos Concursos

  • Uma dica...

     

    Preste atenção quando no comando da questão a banca coloca incorreta.

     

    Sim, estava lá, em negrito, passei batido e errei!!

  • Errei,pq como a maioria não li a assertiva...e fui na A de cara pq estava correta...kkkkk

  • A - Correta - Falei de esquisitices. Aqui está uma (ESQUISITICE), que prova ao mesmo tempo a capacidade política deste povo.

    Elipse - Omissão de um termo. Ex: Vamos acertar a questão. Há omissão do pronome "nós" subentendido pela flexibilização do verbo.

    Zeugma - É uma ESPÉCIE DE ELIPSE ou CASO ESPECIAL DE ELIPSE em que há omissão de um termo já dito anteriormente. (CASO DA QUESTÃO).

    B - INCORRETA!

    NÃO HAVERÁ INCORREÇÃO GRAMATICAL!

    Aqui se fez = Voz passiva sintética formada pelo pronome apassivador (se) + VTD (fazer).

    Aqui foi feita = Voz passiva analítica formada pelo verbo ser(foi) + particípio (feita).

    C - Correto - VTI/VL/VI + SE = Suj. Indeterminado.

    D - Correto - Há um pronome relativo (Que) introduzindo uma oração subordinada adjetiva explicativa.

  • Comentário de CAD:

    A - Correta - Falei de esquisitices. Aqui está uma (ESQUISITICE), que prova ao mesmo tempo a capacidade política deste povo.

    Elipse - Omissão de um termo. Ex: Vamos acertar a questão. Há omissão do pronome "nós" subentendido pela flexibilização do verbo.

    Zeugma - É uma ESPÉCIE DE ELIPSE ou CASO ESPECIAL DE ELIPSE em que há omissão de um termo já dito anteriormente. (CASO DA QUESTÃO).

    B - INCORRETA!

    NÃO HAVERÁ INCORREÇÃO GRAMATICAL!

    Aqui se fez = Voz passiva sintética formada pelo pronome apassivador (se) + VTD (fazer).

    Aqui foi feita = Voz passiva analítica formada pelo verbo ser(foi) + particípio (feita).

    C - Correto - VTI/VL/VI + SE = Suj. Indeterminado.

    D - Correto - Há um pronome relativo (Que) introduzindo uma oração subordinada adjetiva explicativa.

  • Assertiva:Caso a expressão "aqui se fez" (L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção gramatical do período. Errado.

    Justificativas:

    NÃO HAVERÁ INCORREÇÃO GRAMATICAL!

    Aqui se fez = Voz passiva sintética formada pelo pronome apassivador (se) + VTD (fazer).

    Aqui foi feita = Voz passiva analítica formada pelo verbo ser(foi) + particípio (feita).

    "aqui se fez" equivale a Voz passiva sintática e "aqui foi feita" Voz passiva analíca" - esses casos podem substituituir um ao outro sem problemas gramaticais. Caso estivesse sido substituído uma voz passiva por uma voz ativa, ai sim prejudicaria gramaticalmente a questão.”

    Fonte: Colegas do QC. (SEM VOCÊS, COM CERTEZA, TUDO SERIA MAIS DIFÍCIL)

  • LETRA B


ID
17035
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões 5 e 6

Caro eleitor,

1  Nos últimos meses, a campanha política mobilizou
    vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram alcançadas
    marcas extraordinárias: além do alto índice de comparecimento às
urnas e de uma irrepreensível votação, em que tudo aconteceu de
    forma tranqüila e organizada, a apuração dos resultados foi rápida
    e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área.
Amanhã serão definidos os nomes do presidente da
    República e dos governadores de alguns estados. O país, mais do
    que nunca, conta com você.
10 Democracia é algo que lhe diz respeito e que se aperfeiçoa
    no dia-a-dia. É como uma construção bem-preparada, erguida sobre
    fortes alicerces. Esses alicerces são exatamente os votos de todos
13 os cidadãos. Quanto mais fiel você for no exercício do direito de
    definir os representantes, mais sólidas serão as bases da nossa
    democracia. Por isso, é essencial que você valorize essa escolha,
16 elegendo, de modo consciente, o candidato que julgar com mais
    condições para conduzir os destinos do país e de seu estado.
    Você estará determinando o Brasil que teremos nos
19 próximos quatro anos. Estará definindo o amanhã, o seu próprio
    bem-estar e de sua família, o crescimento geral, a melhoria do
    emprego, da habitação, da saúde e segurança públicas, do
22 transporte, o preço dos alimentos. O momento é decisivo e em suas
    mãos - entenda bem, em suas mãos - está depositada a confiança
    em dias felizes.
25 Compareça, participe. Não se omita, não transfira a outros
    uma escolha que é sua. Pense e vote com a firmeza de quem sabe
    o que está fazendo, com a responsabilidade de quem realmente
28 compreende a importância de sua atitude para o progresso da nação
    brasileira. Esta é a melhor contribuição que você poderá dar a sua
    Pátria.

Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento
oficial
. Internet: (com adaptações).

Em relação ao texto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Nessa área, pelo processo endofórico anafórico está referindo-se ao processo eleitoral.
  • Macete de concurso

    "A substituição da expressão "serão definidos" (L.7) por definir-se-ão garante a correção gramatical do período."

    No dia que uma prova de tribunal, qualquer deles, falar mal de algum de seus órgãos, eu mudo de nome. Essa questão de cara está errado pelo fato de dizer que o ministro falou de maneira errônea.
  • Caro Dorderf, compreendo sua dica, mas ela não se adequa a este caso. Dizer que alterar a redação "garante" a correção do período não significa necessariamente corrigir um período defeituoso, pode significar - como me parece ter sido o caso - alterar a redação mantendo a correção gramatical.

    "Amanhã serão definidos" por "Amanhã definir-se-ão" não garantiria a correção gramatical porque "Amanhã", sendo advérbio, é partícula atratora do pronome oblíquo átono "se". A construção "Amanhã se definirão" caberia.
  • Alguém pode me explicar a letra b ?  Seria algo semantico aos invés de sintático?
  • Também gostaria que alguém explicasse a letra B.
  • A "B" está errada pois não ocorre um truncamento sintático. Isto ocorre, geralmente, entre orações principais e subordinadas e é muito fácil de percebê-lo, pois uma delas fica absolutamente sem sentido.
    Exemplificando: 

    É uma importante contribuição para o país uma vez que tais índices.

    Tais índices o quê??? Isso mesmo! Truncamento sintático.
  • procurei, procurei mas não achei o erro de se substituir "serão definidos" por "definir-se-ão". se alguém puder mencionar algum fundamento, eu ficaria muito agradecido.

  •   Alan - o advérbio amanhã atrai o pronome, exigindo dessa forma a próclise. A substituição acarretaria erro com relação a colocação pronominal (letra "e") .

  • O erro da letra D é o seguinte:

    Se vc olhar o termo no texto, verá que é precedido pelo advérbio "amanhã" (sem vírgula após).

    Advérbio é fator de atração. Portanto, a próclise prevalece.

    Amanhã (adv - fator de atração) serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados.

    Logo, fica errado: fator atrativo + verbo no futuro + mesóclise

    Amanhã definir-se-ão os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados.

    Ficaria certo se tivesse uma vírgula após "amanhã:

    Amanhã, definir-se-ão os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados.

    (em regra, não se usa próclise depois de pausa/vírgula)

  • Letra C.

    d) Errado. Amanhã DEFINIR-SE-ÃO (...).

    AMANHÃ (advérbio) é fator de atração que continua atraindo com verbos no futuro.

    AMANHÃ SE DEFINIRÃO (...) 

    Questão comentada pelo Prof. Claiton Natal.

  • Comentário da letra D:

    Como temos um fator de atração (advérbio- "amanhã"), não poderemos usar a mesóclise.

    Mesmo o verbo estando no futuro, por ter o fator de atração, não podemos falar em mesóclise. Fator de atração atrai com verbo no futuro SIM.

    @mapeandoodireito__

  • Letra D) Amanhã é palavra atrativa, por ser advérbio e exige a próclise.


ID
17038
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões 5 e 6

Caro eleitor,

1  Nos últimos meses, a campanha política mobilizou
    vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram alcançadas
    marcas extraordinárias: além do alto índice de comparecimento às
urnas e de uma irrepreensível votação, em que tudo aconteceu de
    forma tranqüila e organizada, a apuração dos resultados foi rápida
    e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área.
Amanhã serão definidos os nomes do presidente da
    República e dos governadores de alguns estados. O país, mais do
    que nunca, conta com você.
10 Democracia é algo que lhe diz respeito e que se aperfeiçoa
    no dia-a-dia. É como uma construção bem-preparada, erguida sobre
    fortes alicerces. Esses alicerces são exatamente os votos de todos
13 os cidadãos. Quanto mais fiel você for no exercício do direito de
    definir os representantes, mais sólidas serão as bases da nossa
    democracia. Por isso, é essencial que você valorize essa escolha,
16 elegendo, de modo consciente, o candidato que julgar com mais
    condições para conduzir os destinos do país e de seu estado.
    Você estará determinando o Brasil que teremos nos
19 próximos quatro anos. Estará definindo o amanhã, o seu próprio
    bem-estar e de sua família, o crescimento geral, a melhoria do
    emprego, da habitação, da saúde e segurança públicas, do
22 transporte, o preço dos alimentos. O momento é decisivo e em suas
    mãos - entenda bem, em suas mãos - está depositada a confiança
    em dias felizes.
25 Compareça, participe. Não se omita, não transfira a outros
    uma escolha que é sua. Pense e vote com a firmeza de quem sabe
    o que está fazendo, com a responsabilidade de quem realmente
28 compreende a importância de sua atitude para o progresso da nação
    brasileira. Esta é a melhor contribuição que você poderá dar a sua
    Pátria.

Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento
oficial
. Internet: (com adaptações).

Assinale a opção em que a substituição sugerida prejudica a correção gramatical do texto.

Alternativas
Comentários
  • * c) "no exercício do" (R.13) por ao exercitarem o (INCORRETO)A substituição correta seria:Quanto mais fiel você for AO EXERCITAR o direito de definir os representantes, mais sólidas serão as bases da nossa democracia.
  • No caso da B não teria que ser "é aperfeiçoada" por se tratar da "Democracia"?
    Posso estar errada, mas se alguém puder me esclarecer, pois a B ao meu ver está incorreta assim como a C.
    Nesse caso o "é aperfeiçoado" prejudica a correção gramatical, ou não?
    Grata,
    Bons estudos!
  • Concordo com a Carolina Moura a meu ver a B também está errada pois seria APERFEIÇOADA POIS TRATA-SE DE DEMOCRACIA,
     
    Alguèm discorda?
     

  • Caros colegas Carolina e José, a alternativa B está correta porque é perfeita a substituição de "se aperfeiçoa" por "é aperfeiçoado", uma vez que a expressão "aperfeiçoado" concorda com a palavra "algo" e não com "democracia". Assim: "democracia é algo que lhe diz respeito e que é aperfeiçoado no dia a dia."
    Espero ter ajudado.
  • No caso da letra B é um caso de passiva sintética passada para a passiva analítica.

  • Boa noite!

    O erro da questão está na concordância nominal e na verbal também.

    Observem...

    (...) quanto mais fiel você for no exercício do direito de (...)

    Para uma substituição sem erro de gramática, o correto seria: vocês forem

  • na B não deveria ser "é aperfeiçoadA"? pois se refere À democracia


ID
17044
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado.

O Globo
, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).

Acerca das relações lógico-sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima.

Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta.

             Período - Conjunção - Período

Alternativas
Comentários
  • Conquanto é conjunção e significa: se bem que, posto que, embora e não obstante.
  • Conquanto é conjunção e significa: se bem que, posto que, embora e não obstante.
  • Conquanto é conjunção concessiva que concede ou admite uma condição OPOSTA em relação à principal, o que não é o caso entre a quarta e a quinta oração.
  • A alternativa A traz conjunção coordenativa aditiva cujo valor semântico, como o próprio nome já indica, é de adição. O vínculo estabelecido por essa conjunção entre os dois primeiros períodos mantém o enunciado correto, coeso e coerente, como podemos constatar: "O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e essa construção é feita todos os dias".

    A conjunção "entretanto", em B, confere ao enunciado que introduz valor semântico de oposição, adversidade. Notem a presença do vocábulo "imaterial" no terceiro período, contribuindo para o nexo adversativo em relação ao quarto período.

    Na alternativa C surge o problema: "conquanto" é conjunção subordinativa concessiva. A informação introduzida por ela deve servir de obstáaculo para a realização de algo, muito embora não seja suficiente para que esse algo se concretize. Entre o quarto e o quinto período não é observada tal relação semântica: "Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público". Estaria sem prejuízo gramatical a associação dos dois períodos por meio de uma conjunção conclusiva (portanto, por isso, logo)

    Na alternativa D não há problema algum usar o conector "já que", geralmente com valor semântico de causa.

    Resposta - C
  • Questão criativa: uma nova maneira de perguntar sobre conjunções.

  • Não entendi a lógica dessa questão.

  • Alguém me explica se minha interpretação foi correta:

    Alternativa:

    (A) o texto proposto seria: O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e Essa construção é feita todos os dias (essa conjunção e nos remete a ideia de adição, com isso se mantém o sentido original do texto);

    (B) Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos entretanto Eles não estão aí por obra divina (já essa conjunção remete uma ideia de contraste e isso faz sentido já que apesar de imaterial não é obro divina);

    (C) Eles não estão aí por obra divina conquanto Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público (conjunção de concessão utilizada para relacionar pensamentos que se opõem esse não faz muito sentido já que esses pensamentos não se opõem);

    (D)  Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público já que É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial (essa é uma conjunção causal e o segundo período é causa do primeiro o que faz sentido).

    Abraço e sucesso a todos que lerem meu comentário!


ID
17671
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR
     Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard
     faz contraria dez entre dez livros de negócios. Dono de
     fábrica de roupas e artigos esportivos, ele pergunta a
     seus clientes, numa etiqueta estampada em cada roupa:
5   você realmente precisa disto? Alpinista de renome,
     surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua mesa
     e incita os 350 funcionários da sede da empresa, na
     cidade de Ventura, na Califórnia, a deixar seus postos
     e pegar suas pranchas de surfe tão logo as ondas
10 sobem. Aos 67 anos de idade, ele vai junto. Resultado:
     a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006, foi
     considerada pela revista Fortune a mais cool do mundo,
     em uma reportagem de capa.
     Isso não quer dizer que seus funcionários sejam
15  preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é
     motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono
     exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe
     cerca de 900 currículos - como o do jovem Scott
     Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e
20  passagens por outras empresas, implorou para ser
     aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o
     posto). Robinson justificou: "Queria trabalhar numa
     companhia conduzida por valores". Que valores são
     esses? "Negócios podem ser lucrativos sem perder a
25  alma", diz Chouinard.
     Essa alma está no parque de Yosemite, onde, nos
     anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo
     para escalar paredões de granito. Foi quando começou
     a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis,
30 uma novidade. Vendia-os a US$ 1,50. Em 1972, nascia
     a empresa, com o objetivo de criar roupas para esportes
     mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente.
     A filosofia do alpinismo - não importa só aonde você
     chega, mas como você chega - foi adotada nos
35  negócios. O lucro não seria uma meta, mas a
     conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi
     pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado
     por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas
     plásticas usadas e passou a utilizar poliéster reciclado.
40  Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos,
     desenvolve pranchas de surfe sem materiais tóxicos
     que diz serem mais leves e resistentes que as atuais.
     Chouinard, que se define como um antiempresário, virou
     tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá
45  palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar.
     Nem de pé.

Revista Época Negócios. jun. 2007. (Adaptado)

Em " 'Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma' " (l. 24-25), o sentido da expressão destacada é

Alternativas
Comentários
  • e-

    suprimir pode ser entendido como eliminar, apagar. a alma indica virtudes, valores. suprimir os conceitos implica trair seus principios, essencialmente perder a alma

  • Gabarito Letra E


ID
17995
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1     Em Atenas, a base da democracia era a igualdade de
todos os cidadãos.
Igualdade perante a lei (isonomia) e igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria),
4 quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades eram os
pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e
plebeus. Na democracia ateniense, o sistema de sorteio
7 evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos
profissionais que atuassem de uma maneira separada do
povo, procurando fazer que qualquer um se sentisse apto a
10 manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação
política dos indivíduos.
    Procurava-se, com o exercício direto da
13 participação, tornar o público coisa privada. Sob o ponto de
vista grego, o cidadão que se negasse a participar dos
assuntos públicos, em nome da sua privacidade, era
16 moralmente condenado.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.

A substituição do adjetivo "apto" (L.9) por seu sinônimo capaz mantém a correção gramatical e a coerência do texto.

Alternativas
Comentários
  • a regencia do adjetivo capaz exige a preposicao de para o complemento nominal, no caso.
    questao incorreta
  • a regencia do adjetivo capaz exige a preposicao de para o complemento nominal, no caso.questao incorreta
  • Neste tipo de questão há uma tendência psicológica de analisar contextualmente a proposta de substituição dos termos, assim, nosso subconsciente nos leva a a trocar os termos sem verificar seus complementos. Muita calma nesta hora, nunca considerem termos isoladamente.
  • Quem é capaz é capaz "de" ou capaz "a".
    ....ciclano é capaz a fazer tal coisa..
    ....ciclano é capaz de fazer tal coisa.
  • Errado, colega. O adjetivo CAPAZ rege APENAS as preposições "de" e "para".Gramática Objetiva, Filemon Félix.
  • Para substituir "apto" por "capaz" sem causar alteração no significado ou correção gramatical do texto, seria também necessário excluir a preposição "a" exigida pela regência de "apto" (apto a).
  • olha a REGÊNCIA AE GENTEEEE...

  • Capaz DE que? ... capaz de manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação
    política dos indivíduos.

  • Errado . Incorreria em erro de regência '' apto'' pede a regência da preposição ''a'' , já '' capaz'' pediria a regência com a prep '' de'' . Semanticamente é possível a subtituição 


ID
18010
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1     Para a direita a noção de cidadania procura
expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4 limite, o reconhecimento da igualdade jurídica, que
discrimina e escamoteia o fato de que os direitos, para serem
gozados, necessitam de uma certa homogeneidade social e
7 econômica. Assim, ao absolutizar o nivelamento jurídico dos
indivíduos, este raciocínio opera um escamoteamento das
desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais que
10 permeiam uma sociedade onde as classes sociais, os gêneros,
as etnias e os grupos têm acesso diferenciado e desigual aos
bens materiais e simbólicos.

João B. A. da Costa. Democracia,
cidadania e atores políticos de esquerda.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue os itens que se seguem.

A substituição do verbo "expurgar" (L.2) por apagar preserva a correção gramatical e as relações semânticas do texto.

Alternativas
Comentários
  • O verbo expurgar significa "limpar". No texto, é possível interpretar que, segundo o autor, a intenção da direita é "anular" ou "retirar" a expressão de igualdade da palavra cidadania = extinguir/anular
  • Significado de Expurgar
    verbo transitivo direto
    Limpar; purgar por completo: expurgou a ferida com água.
    Retirar a sujeira, a imundice: a água é usada para expurgar sujeiras.
    verbo transitivo direto e bitransitivo
    [Figurado] Libertar do que é prejudicial, imoral: expurgou o bairro; expurgou a cidade contra os bandidos.
    verbo transitivo direto, bitransitivo e pronominal
    Corrigir; livrar-se das falhas, dos erros: expurgou os pecados; expurgou as falhas do funcionário; expurgou-se na igreja.
    verbo transitivo direto
    Polir; transformar em mais apurado: expurgou o texto.
    Descascar; retirar a casca de: expurgava a videira.
    Agricultura. Tornar imune; imunizar as plantas, sementes.
    Etimologia (origem da palavra expurgar): do latim expurgare.

    Sinônimos de Expurgar
    Expurgar é sinônimo de: purgar, purificar, limpar, mondar, acrisolar


ID
19831
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Quando uma empresa — ou um instituto ou
fundação empresarial — decide incentivar a formação de
uma rede social para contribuir com o desenvolvimento de
4 determinada comunidade, ela está assumindo o papel de
“produtor social” do processo, isso é, aquele que tem
condições econômicas, organizacionais, técnicas e
7 profissionais para viabilizar uma iniciativa de
desenvolvimento social, nesse caso, uma rede. As empresas
que pretendem fazer um investimento social mais eficaz
10 tendem a não ser as executoras dos projetos, contratando
consultores ou organizações especializadas para
desenvolvê-los. Ao adotar essa estratégia, a empresa
13 compartilha o papel de produtora social com a organização
executora. Sem dúvida, a decisão de incentivar a formação de
uma rede comunitária está sempre associada à missão de
16 contribuir para o desenvolvimento social local. Essa missão
é particularmente coerente no caso de empresas com
unidades industriais em pequenas cidades, onde sua posição
19 (muitas vezes, hegemônica) lhes confere capilaridade e poder
de convocatória, que podem ser colocados a serviço da
comunidade que vive na cidade.

Idem, ibidem.

Com base no texto acima, julgue os itens que se seguem.

A palavra "hegemônica" (l.19) está sendo empregada com o sentido de posição de superioridade, de liderança.

Alternativas
Comentários
  • Hegemônica, ou seja, de poder supremo no comércio.
  • Hegemônica - Poder supremo

    Resposta Correta

     

    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.

  • Segundo o dicionário Aulete:

    Hegemonia:


    sf.
      1  Supremacia, preeminência de um povo nas federações da Grécia antiga.

    sf.
      2  Dominação política e econômica de um povo sobre outros: "...a política americana de busca de hegemonia em áreas estratégicas..." (, IstoÉ, 23.04.2003)
      3  Fig.  Superioridade ou predomínio incontestável; PREPONDERÂNCIA; SUPREMACIA: A hegemonia do Brasil na Copa do Mundo.

     [F.: Do gr. hegemonía, pelo fr. hégémonie.]

ID
20206
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se à
crônica abaixo.
Facultativo
Estatuto dos Funcionários, artigo 240: "O dia 28 de
outubro será consagrado ao Servidor Público" (com
maiúsculas).
Então é feriado, raciocina o escriturário que, justamente,
tem um "programa" na pauta para essas emergências. Não,
responde-lhe o Governo, que tem o programa de trabalhar; é
consagrado, mas não é feriado.
É, não é, e o dia se passou na dureza, sem ponto
facultativo. Saberão os groenlandeses o que seja ponto
facultativo? (Os brasileiros sabem) É descanso obrigatório no
duro. João Brandão, o de alma virginal, não entendia assim, e lá
um dia em que o Departamento Meteorológico anunciava: "céu
azul, praia, ponto facultativo", não lhe apetecendo a casa nem
as atividades lúdicas, deliberou usar de sua "faculdade" de
assinar o ponto no Instituto Nacional da Goiaba, que, como é do
domínio público, estuda as causas da inexistência dessa
matéria-prima na composição das goiabadas.
Encontrou cerradas as grandes portas de bronze, ouro e
pórfiro
(*), e nenhum sinal de vida nos arredores. (...) Tentou
forçar as portas, mas as portas mantiveram-se surdas e nada
facultativas.
(...) João decidiu-se a penetrar no edifício,
galgando-lhe a fachada e utilizando a vidraça que os serventes
sempre deixam aberta. E começava a fazê-lo com a teimosia
calma dos Brandões quando um vigia brotou da grama e puxouo
pela perna.
- Desce daí, moço. Então não está vendo que é dia de
descansar?
(...) Então não sabe o que quer dizer facultativo?
João pensava saber, mas nesse momento teve a
intuição de que o verdadeiro sentido das palavras não está no
dicionário; está na vida, no uso que delas fazemos. Pensou na
Constituição e nos milhares de leis que declaram obrigatórias
milhares de coisas, e essas coisas, na prática, são facultativas
ou inexistentes. Retirou-se, digno, e foi decifrar palavras
cruzadas.
(*) Pórfiro = tipo de rocha; pedra cristalina.
(Carlos Drummond de Andrade, Obra completa. Rio de
Janeiro: Aguilar, 1967, pp. 758-759)

A relação sintática entre os dois segmentos de Tentou forçar as portas, / mas as portas mantiveram-se surdas é a mesma que se verifica entre estes segmentos:

Alternativas
Comentários
  • Segundo a resposta oferecida, a afirmativa correta seria a letra D. Entretanto, o que temos no período a ser tomado como exemplo a ser seguido trata-se de uma relação de oposição, de contraste, o que confirmaria a opção E. Quanto à resposta dada como certa, o que se tem na verdade é uma oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo, isto é, o segundo segmento do período completa o sentido de uma nome, "disposição", contido na oração principal.
  • Concordo que a correta deve ser a letra E
  • Também havia marcado a letra E, o problema é que no caso de uma prova real teríamos de entrar com recurso, na espera, incerta, de que o mesmo seria acatado.
  • tbm errei, marquei E e não consigo entender pq D
  • A alternativa correta, no meu modo de entender, é a "e" e não a "d" do gabarito, porque a coordenação é adversativa apenas naquela opção dentre todas as outras.

  •  Tb entendo a assertiva E como correta.

  • Como todos os colegas abaixo tb considero a letra E como correta, nao consigo entender pq a alternativa D foi dada como certa.

  • Concordo plenamente com os comentários dos caros colegas, também não entendo o porquê da questão certa ser a D, visto que a única questão na qual o sentido é de oposição é a E.

    Bons estudos a todos!!!
  • Também concordo com todos. Marquei letra E.
  • A resposta seria a letra E se a relação fosse semântica.
  • EU TAMBÉM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • Eu também marquei a "e"   :(
  • Alternativa E

    Tentou forçar as portas, / mas as portas mantiveram-se surdas  (frase do enunciado), oração coordenada sindetica, observo tambem elementos de um periodo composto por coordenação, ou seja, a conjução adversativa, então na minha opinião a mais adequada seria E,
    Alguem poderia explicar pq D?

    Bons estudos
  • Tentou forçar as portas, / mas as portas mantiveram-se surdas  O SEGMENTO DA UMA NOÇÃO DE ADVERSIDADE  PELO EMPREGO DA CONJUNÇÃO ADVERSATIVA "MAS" (MAS, PORÉM, CONTUDO, ENTRETANTO, TODAVIA)

    Nós pretendíamos visitá-lo, / porém ele se mostrou distante. É A ÚNICA OPÇÃO QUE POSSUI IDÉIA SEMELHANTE DE ADVERSIDADE EX: PORÉM ELE..., MAS ELE..., ENTRETANTO ELE...

    LETRA E
  • Galera, tenho certeza que o erro foi da banca organizadora ou então desse site que vive colocando respostas contrárias. Concordo plenamente com vocês. Alternativa "E" correta, pois as duas conjunções são adversativas.
  • Alternativa E é mais acertada
    Na minha opnião, oração coordenativa sindentica.

    Bons Estudos
  • Nos segmentos apresentados no enunciado da questão, unidos pela conjunção "mas", há mesma relação sintática que se verifica nos segmentos da alternativa E, representada pela conjunção "porém". Para comprovar isso, inverta essas conjunções nos dois casos e observe que não há alteração do sentido das orações. Logo a relação sintática é a mesma.

    Gabarito correto: letra E portanto:
  • Resumindo, 100 % concordam que a correta é a alternativa E

    Bons estudos
  • Também errei a questão.

    Mas acredito que esteja correta, pensando melhor, pois na frase dada, tem-se uma relação de coordenação, e parece que somente a letre E repete tal fato.

    Corrijam-me caso tenha me equivocado.
  • Estou pasma com essa questão!!
    Não tem como ser a letra D!! Alguém tem algum argumento convincente??

    O gabarito que a FCC deu realmente é a letra D. 
    Essa questão na prova é a de número 09.
  • Não vou mudar tudo que aprendi até aqui porque a banca deu esse gabaritio!
    mesmo que ela peça relação sintática e não semântica, entendo que só a
    letra "e" seja possível!
  • Que coisa! Primeira questão que vejo UNÂNIMIDADE nos comentários.
    De fato, não há muito o que dizer. A única alternativa que demonstra um contraste, uma oposição, adversão, tal qual emanada do enunciado é a alternativa E.
    Não obstante, notem que o comando da questão diz respeito à "RELAÇÃO SINTÁTICA" entre os segmentos, e não a semântica.
    Quiçá com MUITA FORÇAÇÃO DE BARRA E MUITO ENTORPECENTE NA MENTE poder-se-ia dizer que há uma relação semântica de oposição entre "disposição" e "trabalhar num feriado", mas aí o examinador estaria exigindo uma conduta completamente ilegal do candidato: realizar a prova munido de maconha, heroína, crack, oxi ou outra substância química psicotrópica.
  • Comentário
    No gabarito da prova original, a banca colocou equivocadamente a alternativa correta como a
    D
    . Foi realmente um erro da banca, pois sabemos que a relação existente entre “
    mas as portas mantiveram-se surdas”
    e “ Tentou forçar as portas”
    é de coordenação adversativa. A única construção com esse valor é a alternativa (E), pois é clara a
    relação de adversidade mostrada pela conjunção “porém”.
    Outra coisa importante: a questão pediu a relação sintática.
    Essa relação é coordenada (não necessitaríamos saber o valor semântico de adversidade).
    O único período composto por coordenação, como o da questão, é o da alternativa (E).
    Todos os outros são compostos por subordinação.Assim, entenda: mudamos o gabarito da banca FCC, a qual continuou
    considerando como correta a alternativa D.
    Isso pode ter ocorrido por falta de recurso contra a questão, ou recursos mal formulados que foram indeferidos.
    Mas nós, que estamos estudando, não podemos simplesmente aceitar esta como a resposta correta, não é?
    Gabarito
    :
    E
     
    FONTE:PROFESSOR  DÉCIO TERROR (PONTO DOS CONCURSOS)
     
  • Olá, amigos!
    Certamente o gabarito etá errado. Procurei a prova no PCI, mas não achei. Então, acho que vale detalhar a questão:

    identificar a relação sintática da oração apresentada: PERÍODO COMPOSTO POR COORDENDAÇÃO. ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA + ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA Analisar as alternativas: letra a - oração subordinada  adverbial causal introduzida pela conjunção porque. NÃO CONFUNDIR COM A COORDENADA EXPLICATIVA. Naquela, eu tenho que ter efeito e causa.
     letra b- oração subordinada adjetiva restritiva
    letra c- oração subordinada adjetiva restritiva
    letra d- oração subordinada substantiva  completiva nominal
    letra e oraçao coordenada adversativa

  • Esse comentário vai para a galera, que como eu, quase rasgou a gramática ao ver o gabarito, já solicitei a alteração do gabarito e peço ajuda aos demais colegas para também fazerem, já tem alguns dias que solicitei a alteração, mas ainda está na condição de pendente:

    "Houve alteração do gabarito pela banca organizadora, vide link http://www.centraldeconcursos.com.br/docs/gabarito/BB-Questoes_Atribuidas_SP_site.pdf .No site do QC há o arquivo dizendo que houve a alteração, mas o arquivo não abre".
  • Orações Adversativas: TO M E NO CO PO

    TOdavia Mas Entretanto NO entanto COntudo POrém


ID
20224
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 17 referem-se ao
texto abaixo.
Após a I Guerra Mundial, os europeus passaram a olhar
de maneira diferente para si mesmos e sua civilização. Parecia
que na ciência e na tecnologia haviam desencadeado forças
que não podiam controlar, e a crença na estabilidade e
segurança da civilização européia revelou-se uma ilusão.
Também ilusória era a expectativa de que a razão baniria as
marcas remanescentes de escuridão, ignorância e injustiça, e
anunciaria uma era de progresso incessante. Os intelectuais
europeus sentiam que estavam vivendo num "mundo falido".
Numa era de extrema brutalidade e irracionalidade ativa, os
valores da velha Europa pareciam irrecuperáveis. "Todas as
grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas
para esta geração". As fissuras que se discerniam na civilização
européia antes de 1914 haviam se tornado maiores e mais
profundas. É evidente que havia também os otimistas
? aqueles
que encontraram motivo para esperança na Sociedade das
Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na
melhoria das condições econômicas em meados da década de
1920. Entretanto, a Grande Depressão e o triunfo do
totalitarismo intensificaram os sentimentos de dúvida e
desilusão.
(Adaptado de PERRY, Marvin, Civilização ocidental: uma
história concisa. Trad. Waltensir Dutra/ Silvana Vieira. 2ed., São
Paulo: Martins Fontes, 1999, p.588.)

"Todas as grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas para esta geração".

Considerada a frase acima, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • As aspas podem ser usadas em citações de frase.

    Logo, a alternativa a) esta correta.

    As aspas isolam a frase atribuída a D.H. Lawrence.
  • o que me deixou na dúvida da letra A foi a palavra: ISOLAM.

    NO MEU VER: as aspas FAZ REFERÊNCIA a frase atribuída a D.H.Lawrence (assim ficaria correta a letra A).

    ela está errada, pois as aspas tem a função de fazer referência, marcar citação, evidenciar o estrangeirismo, mencionar o neologismo, citar o arcaismo, colocar  realce e ênfase. No texto, propriamente dito, as aspas faz uma citação do que o autor diz, e não ISOLA o que ele fala.
    vai entender a FCC, instituição do além...socorro!

    se alguém puder ajudar com alguma explicação de convencimento, serei grata!


    ISOLAR:  (tirando do lado de outro), Pôr só, Pôr incomunicável; impedir a transmissão, Afastar-se da convivência.
  • Olá.

    Em outra quetão da FCC 2012 é errado aspas isolarem a ideia principal.

    Vai entender...

ID
20227
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 17 referem-se ao
texto abaixo.
Após a I Guerra Mundial, os europeus passaram a olhar
de maneira diferente para si mesmos e sua civilização. Parecia
que na ciência e na tecnologia haviam desencadeado forças
que não podiam controlar, e a crença na estabilidade e
segurança da civilização européia revelou-se uma ilusão.
Também ilusória era a expectativa de que a razão baniria as
marcas remanescentes de escuridão, ignorância e injustiça, e
anunciaria uma era de progresso incessante. Os intelectuais
europeus sentiam que estavam vivendo num "mundo falido".
Numa era de extrema brutalidade e irracionalidade ativa, os
valores da velha Europa pareciam irrecuperáveis. "Todas as
grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas
para esta geração". As fissuras que se discerniam na civilização
européia antes de 1914 haviam se tornado maiores e mais
profundas. É evidente que havia também os otimistas
? aqueles
que encontraram motivo para esperança na Sociedade das
Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na
melhoria das condições econômicas em meados da década de
1920. Entretanto, a Grande Depressão e o triunfo do
totalitarismo intensificaram os sentimentos de dúvida e
desilusão.
(Adaptado de PERRY, Marvin, Civilização ocidental: uma
história concisa. Trad. Waltensir Dutra/ Silvana Vieira. 2ed., São
Paulo: Martins Fontes, 1999, p.588.)

É evidente que havia também os otimistas - aqueles que encontraram motivo para esperança na Sociedade das Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na melhoria das condições econômicas em meados da década de 1920.

Considerada a frase acima, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • B) Está correta, como elemento de coesão, trata-se "os otimistas" de termo síntese do que se fala na explicação.D) O pronome relativo "cujo" só pode ser usado entre substantivos.E) O sujeito (que é que havia? os otimistas) não pode ser separado do verbo por vírgula.

  • Galera,

    Como o Travessao também pode ser substituido pela vírgula nesse caso aqui o travesso tem sentido de explicativo

    É evidente que havia também os otimistas - aqueles....

    Aqueles quem? os otimistas

    bons estudos



  • Acredito que a alternativa e) trata-se de um sujeito oracional. Que é Evidente? que havia também os otimistas.

ID
20425
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto
abaixo.

     "O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
     "O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
     De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée"
? résdo-
chão, rodapé
?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")

(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)

No texto,

Alternativas
Comentários
  • Que absurdo é esse nessa questão!?!?!.......
    Lamentavel a FCC...mais vamo la ! se MOLDAR para APROVAR !
  • Na letra B, a expressão "ou seja" é émpregada com o objetivo de explicar o sentido da expressão "de início", referindo-se, por isso, a" começos do séculos XIX". Não há intenção de anular o valor da expressão anterior.

    Na letra C, os dois pontos não introduzem a citação de distintos espaços associados ao folhetim, o texto afirma: "le feuilleton"
    designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée"
    ? résdo-chão, rodapé.


    Na letra D, o autor empregou a expressão "na verdade" para dizer que, apesar de no Brasil, o folhetim se aproximar bastante da crônica, a palavra folhetim, na verdade, tem vários significados, daí a necessidade de buscar as raízes da palavra na França.

    Na letra E, o autor se refere as palavras de Napoleão para demonstrar a forte censura existente na época de surgimento do folhetim, isto é, no começo do século XIX; e não para sugerir que Napoleão fosse tema constante dos folhetins.

ID
20683
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 14

1 Os bancos médios alcançaram um de seus
melhores anos em 2006. A rigor, essas instituições não
optaram por nenhuma profunda ou surpreendente mudança
4 de foco estratégico. Bem ao contrário, elas apenas voltaram
a atuar essencialmente como bancos: no ano passado a
carteira de crédito dessas casas bancárias cresceu 39,2%,
7 enquanto a carteira dos dez maiores bancos do país
aumentou 26,2%, ambos com referência a 2005.
É apressado asseverar que essa expansão do
10 segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos
bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito
13 esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos
estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os
bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os preços
16 mais altos em outras 21. O tamanho do banco não determina
o empenho na cobrança de tarifas. O principal motivo da
fraca aceleração da concorrência do sistema bancário é a
19 permanência dos altos spreads, a diferença entre o que o
banco paga ao captar e o que cobra ao emprestar, que não se
altera muito, entre instituições grandes ou médias.
22 Vale notar, também, que os bons resultados dos
bancos médios brasileiros atraíram grandes instituições do
setor bancário internacional interessadas em participação
25 segmentada em forma de parceria. O Sistema Financeiro
Nacional só tem a ganhar com esse tipo de integração. Dessa
forma, o cenário, no médio prazo, é de acelerado movimento
28 de fusões entre bancos médios, processo que já começou.
Será um novo capítulo da história bancária do país.


Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007.

A relação semântico-sintática entre o período que termina em "parceria" (L25) e o que começa com "O Sistema Financeiro" seria corretamente explicitada por meio da conjunção Entretanto.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO, pois a conjunção ENTRETANTO traria uma idéia de oposição, o que não é cabível nos trechos em análise.

  • Eentretanto oposição.

    Caberia Portanto conclusão.

  • A conjunção supracitada remete uma ideia de adversidade (entretanto, todavia, porém...), tornando, dessa maneira, a relação semântico-sintática inapropriada, visto que, o que tornaria adequada seria uma conjunção conclusiva, tais como: por isso, logo, por conseguinte, consequentemente...


    Bons estudos!

  • ENTRETANTO--ADVERSIDADE---PARCERIA ??? ERRADO, NÃO FUI NEM PRO TEXTO.

  • R: ERRADO. Para manter a relação semântico-sintática os períodos deveriam ser ligados por uma conjunção conclusiva e não uma conjunção adversativa.

  • errei por entender que a participação dos bancos internacionais poderia ser negativa

  • A relação semântico-sintática entre o período que termina em "parceria" (L25) e o que começa com "O Sistema Financeiro" seria corretamente explicitada por meio de uma das conjunções Logo; pois (posposto ao verbo); portanto; assim; então; por isso; por conseguinte; por consequência; consequentemente; de modo que; desse modo; destarte.

  • A conjunção ENTRETANTO é ADVERSATIVA. O correto seria incluir uma conclusão conclusiva.

  • nacionalista errou a questão

  • nao há contradição na frase

  • Li umas 10x pra ver se não tinha nenhuma pegadinha!


ID
20707
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 15 a 24

1 Não foi por falta de aviso. Desde 2004, a
Aeronáutica vem advertindo dos riscos do desinvestimento
no controle do tráfego aéreo. Ao apresentar suas propostas
4 orçamentárias de 2004, 2005 e 2006, o Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou, por escrito,
que a não liberação integral dos recursos pedidos levaria
7 à situação vivida agora no país. Mesmo assim, as verbas
foram cortadas ano após ano pelo governo, em dois
momentos: primeiro no orçamento, depois na liberação
10 efetiva do dinheiro.
As advertências do DECEA foram feitas à
Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do
13 Planejamento, na oportunidade em que foram solicitadas
verbas para “operação, manutenção, desenvolvimento e
modernização do Sistema de Controle do Espaço Aéreo
16 Brasileiro (SISCEAB)”. Elas são citadas em relatório do
Tribunal de Contas da União (TCU).

O Estado de S.Paulo, 25/3/2007, p. C6 (com adaptações).

Com referência às estruturas e às idéias do texto, bem como a aspectos associados aos temas nele tratados, julgue os próximos itens.

A palavra "desinvestimento" (L2), neologismo criado com base nas possibilidades da língua, está sendo empregada no sentido de diminuição, limitação de investimentos.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA

    Trechos do texto como "a não liberação integral dos recursos pedidos" e "as verbas foram cortadas ano após ano" corroboram com a assertiva no sentido de que não houve o devido investimento (desinvestimento).

ID
21142
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Famílias e escolas deveriam educar os alunos para
lidar com perdas. Afinal, morrem não só pessoas, mas
também sonhos, projetos, possibilidades. A mídia deveria
4 dar destaque a pessoas altruístas. Contudo, como esperar
que se enfatize a solidariedade em um mundo regido pela
competitividade? Como falar de modéstia em tempos de
7 exibicionismo? Como valorizar a partilha, se tudo gira em
torno da lógica da acumulação?
As drogas não se transformaram na peste do século
10 só por culpa do narcotráfico. Elas são uma quimérica tábua
de salvação nessa sociedade que relativiza todos os valores
e carnavaliza até a tragédia humana. Não se culpe,
13 indagando onde você errou, como professor ou pai.
Pergunte-se pelos valores da sociedade em que vive. E o que
faz para mudá-los.

Frei Betto. Educação e fascínio da fama. In:
Correio Braziliense, 21/8/2003, p. 19 (com adaptações).

A respeito do texto acima e do quadro característico da
civilização contemporânea, julgue os itens subseqüentes.

P A palavra "perdas" (R.2) está empregada no texto como um conceito genérico, podendo representar morte de pessoas, morte de sonhos, morte de projetos e morte de possibilidades.

Alternativas
Comentários
  • O próprio texto responde essa questão em seu primeiro parágrafo, gabarito CORRETO



    Texto:



    "Famílias e escolas deveriam educar os alunos para lidar com perdas. Afinal, morrem não só pessoas, mas também sonhos, projetos, possibilidades"


ID
21151
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Pai do Consenso de Washington, o economista
John Williamson afirmou que não há mais como se falar em
desenvolvimento sustentado sem considerar o
4 desenvolvimento social. “A agenda mudou e o social ganhou
relevância”, afirmou. Para ele, a preocupação social não
significa assistencialismo. “Os governos terão de criar as
7 condições para que os mais pobres possam melhorar de vida
com esforço próprio”, assinalou. Ele reconheceu que o
resultado das políticas implementadas pelos países da
10 América Latina com base no Consenso de Washington foi
decepcionante. Para Williamson, as reformas realizadas
foram insuficientes, porque acabaram ideologizadas.

Correio Braziliense, 29/8/2003, p. 8 (com adaptações).

Acerca do texto acima e de aspectos diversos relacionados ao
tema por ele enfocado, julgue os itens que se seguem.

P Pela estrutura sintática em que aparece, a segunda ocorrência da palavra "social" na linha 4 tem valor de substantivo.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta. "A agenda mudou e o social ganhou....". A palavra "social" possui função morfológica de substantivo com significado de bem-estar das massas, especialmente as menos favorecidas.

    Fonte: Dicionário Houaiss.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Qualquer classe gramatical antecedida por artigo, pronome demonstrativo, pronome indefinido ou pronome possessivo vira substantivo: o amar, um amanhã, nosso sentir, um não sei quê, o sim, o não, algum talvez, este falar, um abrir-se, o querer, aquele claro-escuro.

    A agenda mudou e o social  ganhou relevância

    Resposta Certa. 


    Abraços a Todos!


ID
22429
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto IX – questões 27 e 28


Ano internacional da água:
alerta para crise sem precedentes

1 O Programa Mundial para a Avaliação dos Recursos de Água Doce, uma colaboração entre 23 agências das Nações
Unidas, apresentou seu Relatório Mundial de Desenvolvimento da Água durante o 3.º Fórum Mundial da Água, realizado em
Kyoto, Japão.
4 O informe mundial sobre a água adverte os governos sobre a “inércia política”, que só agrava a situação, marcada pela
permanente redução dos mananciais do planeta, pelo alto grau de poluição e pelo aquecimento global. De acordo com o
documento, o agravamento da escassez de água dificultará o combate à fome no mundo, comprometendo a meta mundial de
7 erradicar a fome até 2050. Atualmente, 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815 milhões sofrem de desnutrição.
Com o agravamento da falta de água, esses números tendem a piorar.
O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento de água, feito pela ONU, está contido
10 no estudo coordenado pela UNESCO e apresenta dois cenários sobre escassez. No primeiro, são 2 bilhões de pessoas sem água
em 48 países. No segundo, mais pessimista, são 7 bilhões em 60 nações. Em 2050, a população mundial estimada será de
9,3 bilhões de pessoas.
Notícias UNESCO, 2003, p. 6-7 (com adaptações).

Julgue os itens abaixo, relativos ao texto IX.

Pelos sentidos textuais, os vocábulos "países" e "nações", ambos na linha 11, estão empregados como sinônimos e, por isso, admitem ser livremente trocados um pelo outro.

Alternativas
Comentários
  • Certo! Ambos estão empregados como sinônimos:

    País: s.m. Região; nação.

    Nação: s.f. Comunidade humana, fixada em sua maioria num mesmo território.

  • País - Região; nação

    Nação - Comunidade humana, fixada num mesmo território

     

    Resposta CORRETA

    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.

  • Troco um pelo outro, não peço volta. :)


ID
22615
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - questões 1 e 2

1 O ano de 2001 caracterizou-se por grandes desafios
para a economia brasileira, que levaram a mudanças
substanciais na formação de expectativas quanto ao
4 desempenho das principais variáveis econômicas. No início,
configurou-se um cenário promissor, com perspectivas de
crescimento real da economia brasileira oscilando entre
7 4% e 5%. A deterioração desse cenário ocorreu pela
combinação de fatores internos e externos, que desviaram
consideravelmente o crescimento real do produto interno
10 bruto (PIB) para 2,25%, até setembro de 2001, comparado
com igual período do ano anterior. No cenário interno, o
aumento da taxa SELIC no final de 2001 e o racionamento
13 energético contribuíram para a desaceleração da economia.
No cenário internacional, o agravamento da crise argentina
e o desaquecimento econômico dos Estados Unidos da
16 América (EUA), principalmente após os atentados
terroristas de 11 de setembro, aumentaram as preocupações
quanto ao contágio das tensões externas sobre a economia
19 nacional. Apesar dessas adversidades, o ano de 2001
terminou com reversão parcial do pessimismo instaurado
na economia brasileira. As políticas fiscal e monetária
22 contribuíram para fortalecer os fundamentos econômicos,
limitando os impactos inflacionários da depreciação
cambial.

Relatório do Banco do Brasil S.A. In: Correio Braziliense (com adaptações).

Com base no texto I, julgue os itens que se seguem.

A palavra "deterioração" (l.7) está associada a uma alteração positiva.

Alternativas
Comentários
  • Deterioração, do verbo deteriorar, é a ação de estragar, danificar.

    Deteriorar:

    v.t. Pôr em mau estado; danificar; estragar; arruinar.

    V.pr. Danificar-se, estragar-se, apodrecer.

    Logo, o texto está se referindo à uma mudança negativa no cenário da economia.

  • Deteriorar - Estragar,Danificar,Arruinar

    Resposta ERRADA

     

    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.

  • Questão ERRADA

    Deteriorar - Tornar pior, estragar, arruinar, danificar

    Bons Estudos !!
    Pedro.
  • Belos coments =]

    Valeu!

  • Somando aos comentários anteriores  

    No trecho "um cenário promissor, com perspectivas de crescimento real da economia brasileira oscilando entre 4% e 5%" demonstra um crescimento esperado que não foi obtido, visto que houve uma "deterioraçãodeste cenário, ou seja, o termo foi empregado de forma negativa, uma vez que o crescimento obtido foi de apenas 2,25%.

  • GABARITO: ERRADO

    → A deterioração desse cenário ocorreu pela combinação de fatores internos e externos [...]

    → algo negativo e, além disso, está ligado ao substantivo "cenário", o cenário é deteriorado (complemento nominal, valor passivo); A palavra "deterioração" (l.7) está associada a uma alteração positiva (incorreto, somente pelo sentido, que é antônimo), logo a resposta é ERRADO.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
23215
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Caixa
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 11.

Gastar um pouquinho a mais durante o mês e logo ver
sua conta ficar no vermelho. Isso que parecia apenas um
problema de adultos ou pais de famílias está também atingindo os
mais jovens.
Diante desse contexto, é fundamental, segundo vários
educadores, que a família ensine a criança, desde pequena, a saber
lidar com dinheiro e a se envolver com o controle dos gastos.
Uma criança que cresça sem essa formação será um adulto menos
consciente e terá grandes chances de se tornar um jovem
endividado.
Para o jovem que está começando sua vida financeira e
profissional, um plano de gastos é útil por excelência, a fim de
controlar, de forma equilibrada, o que entra e o que sai. Para isso,
é recomendável:
a) anotar todas as despesas que são feitas mensalmente,
analisando o resultado de acordo com o que costuma receber;
b) comprar, preferencialmente, à vista;
c) ao receber, estabelecer um dízimo, ou seja, guardar 10% do
valor líquido

 A partir das idéias e das estruturas presentes no texto, julgue os itens a seguir.

No trecho "Gastar um pouquinho a mais durante o mês e logo ver sua conta ficar no vermelho.", o vocábulo "durante" expressa uma circunstância de continuidade, de permanência.

Alternativas
Comentários
  • R: Certo
    O objetivo da expressão é indicar uma duração de tempo para a ação de gastar, exatamente o que está expresso na proposição.
    1. O vocábulo expressa nada mais que um tempo, um prazo.
    2. que permanece no tempo; duradouro, estável
    3. constante, frequente, continuado.

    Não concordo com a resposta mas...

  • permanência. quebrou


ID
23239
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Caixa
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 11.

Gastar um pouquinho a mais durante o mês e logo ver
sua conta ficar no vermelho. Isso que parecia apenas um
problema de adultos ou pais de famílias está também atingindo os
mais jovens.
Diante desse contexto, é fundamental, segundo vários
educadores, que a família ensine a criança, desde pequena, a saber
lidar com dinheiro e a se envolver com o controle dos gastos.
Uma criança que cresça sem essa formação será um adulto menos
consciente e terá grandes chances de se tornar um jovem
endividado.
Para o jovem que está começando sua vida financeira e
profissional, um plano de gastos é útil por excelência, a fim de
controlar, de forma equilibrada, o que entra e o que sai. Para isso,
é recomendável:
a) anotar todas as despesas que são feitas mensalmente,
analisando o resultado de acordo com o que costuma receber;
b) comprar, preferencialmente, à vista;
c) ao receber, estabelecer um dízimo, ou seja, guardar 10% do
valor líquido

Tomando por base as construções sintáticas utilizadas no texto, julgue os itens que se seguem com referência à pontuação.

O trecho "anotar todas as despesas que são feitas" estaria igualmente correto se reescrito da seguinte forma: anotar toda despesa que é feita.

Alternativas
Comentários
  • Nesse caso, o uso do singular introduzido pelo pronome indefinido "toda" mantém a generalização, também conseguida através do plural.  
  • toda e todo, não seguido de artigo dá ideia de qualquer/todas/todos
    caso fosse seguido de artigo daria ideia de inteiro/completo
  • questão CORRETA! o todo da ideia geral.

  • Apenas ouve a troca do plural para o singular 



  • falou apenas de correção, e não falou de sentido, por isso esta correta.

  • TODAS (plural): obrigatório o artigo

    Ex.: Todas as despesas

    Errado: Todas despesas

    TODA (singular): artigo não é obrigatório, mas sua presença afeta o sentido

    Ex.: Toda a despesa (está falando de 1 despesa)

    Ex.: Toda despesa (sentido generalizado)


ID
24850
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1  Uma sociedade democrática vive de suas clivagens,
    que têm como fundamento o respeito ao pluralismo político.
    Cada partido tem o direito de fazer suas próprias propostas,
4  procurando mostrar para a opinião pública a sua viabilidade,
    a sua pertinência e a sua importância. Ela se alimenta,
    também, dos consensos que consegue estabelecer sobre
7  algumas grandes questões nacionais, as que possibilitam
    precisamente que o país adote uma rota de crescimento
    econômico, desenvolvimento social e pleno respeito à
10 liberdade.

Idem, ibidem.

Em relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Uma sociedade democrática vive de suas "clivagens". Ao ler o texto, infere-se que está falando de suas diferenças.
  • clivagem = separação, diferenciação
  • Acho que é justamento o contrário, clivagens com sentido de divisões.
  • Clivagens: Separações, diferenciação.a) "Uma sociedade democrática vive de suas clivagens, que têm como fundamento o respeito ao pluralismo político."Como saber se o "têm" concorda com sociedade ou clivagens? Observar que sociedade é singular, e clivagens é plural, e "têm" está no plural, então está concordando com clivagens.
  • Separar elementos de mesma função gramatical??Seria função sintática, mas ok.


ID
24853
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1   Como seus antecessores Adam Smith, Karl Marx e
     John Maynard Keynes, o norte-americano Milton Friedman
     foi um dos mais influentes economistas de todos os tempos.
4   Recebeu a John Bates Clark Medal (1951) e o Prêmio Nobel
     de Economia (1976), as duas mais importantes condecorações
     acadêmicas concedidas por significativa contribuição ao
 7  conhecimento científico.
     Em seu clássico A Metodologia da Ciência
       Econômica
(1953), tornou clara a diferença entre ciência
 10 econômica e economia política. A primeira seria formada por
      hipóteses empiricamente refutáveis, enquanto a segunda, por
      prescrições baseadas em juízos de valor.

Paulo Guedes. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens subseqüentes.

I Pelos sentidos do texto, Adam Smith, Karl Marx e John Maynard Keynes foram contemporâneos de Milton Friedman.
II O texto informa que Keynes recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1976.
III Friedman esclareceu a diferença entre ciência econômica e economia política.
IV O emprego da vírgula após "segunda" (l.11) justifica-se pela elipse da repetição da expressão "seria formada" (l.10).

 A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal!

    ÍTEM I [ERRADA] pois o próprio texto já inicia dizendo: "Como seus antecessores" Adam Smith, Karl Marx e
    John Maynard Keynes ..." e não diz "contemporâneos".

    NO TEXTO DADO OCORREU UMA INVERSÃO NO ENUNCIADO, ENTÃO NA FORMA DIRETA SERIA: O norte-americano Milton Friedman foi um dos mais influentes economistas de todos os tempos como seus antecessores Adam Smith, Karl Marx e John Maynard Keynes.

    Os economistas citados são antecessores de Milton Friedman.

    ÍTEM II [ERRADA] "Recebeu a John Bates Clark Medal (1951) e o Prêmio Nobel de Economia (1976),..."
    DANDO SEGUIMENTO AO ENUNCIADO DO TEXTO NA FORMA DIRETA DA ORAÇÃO DO PARÁGRAFO ANTERIOR, CONSTATA-SE QUE O texto se refere claramente a Milton Friedman

    ÍTEM III [CORRETO] pois "Em seu clássico A Metodologia da Ciência Econômica (1953), tornou clara a diferença entre ciência econômica e economia política".
    APÓS OS DOIS PARÁGRAFOS ANTERIORES NOTA-SE CLARAMENTE QUE SE REFERE A Milton Friedman.

    ÍTEM IV [CORRETO] pois Em seu clássico A Metodologia da Ciência Econômica (1953), tornou clara a diferença entre ciência econômica e economia política.
    É SÓ SUBSTITUIR OS TERMOS IMPLÍCITOS, "ciência econômica", "economia política" e "seria formada", ASSIM:
    A primeira [ciência econômica] seria formada por hipóteses empiricamente refutáveis, enquanto a segunda[economia política]seria formada por prescrições baseadas em juízos de valor.

    PORTANTO, COMO SE OBSERVA, APENAS OS ITENS III e IV ESTÃO CORRETOS.

    ESPERO TER AJUDADO!
    ABRAÇO A TODOS!
  • cai nessa por falta de interpretacao rsrs

  • CONTEMPORÂNEO = TEMPO ATUAL

  • Fui desatento nessa questão.

  • Paulo Guedes ae
  • QC precisamos de comentários escritos e objetivos de professores em todas as questões .

  • I. ta errado por que eles não são contemporâneos ao Milton Friedman, e sim, seus antecessores.

    II. ta errado por que quem recebeu o prêmio foi o Milton Friedman.


ID
24862
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas opções abaixo, em que os trechos constituem um texto, assinale a opção que apresenta erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  • letra b

    "Na equipe, iam o arquiteto Luís Saia"

    "câmara fotográfica"

    Nunca vi uma câmara fotográfica, mas já vi uma CÂMERA.

    E ainda faltou o acento do "iam"

    Mesmo assim a resposta certa é a D??
    Não encontrei erro nenhum na letra D =/
  • Rapaz, concordo parcialmente com o seu comentário, no que vc fala da vírgula.

    Mas se tratando de erro gramatical, acho que o erro de concordância da letra D é um erro "gramatical" especificamente. Seria correto se fosse "coletou e organizou todo o material" na alternativa D.
  • O erro está em "Mas Oneyda Alvarenga .... , coletaram ..."

    "...coletaram..." não concorda com "Oneyda ... ex-aluna de Mario"
  • CAMARA FOTOGRÁFICA foi o fim e aind colocaram a D como errada... Aff!
  • Toda câmera fotográfica é fundamentalmente uma câmara.

    Mas ao meu ver a letra C e D não estam corretas! A C fica estranha até mesmo se retirarmos a parte entre vírgulas: Na equipe munidos de... não se compara a nada!
    E a D é gritante o erro de concordância!
  • Ratificando o que o amigo abaixo falou, segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss Câmara é, em uma de suas acepções, "qualquer aparelho ou dispositivo constituído basicamente de uma espécie de caixa ou compartimento fechado, ou quase fechado, com uma abertura pela qual raios luminosos provenientes de objetos exteriores são captados (e, muitas vezes, devidamente refratados e refletidos), de modo a formarem ou serem utilizados para produzir uma imagem ao incidirem sobre anteparo ou superfície esp. preparada", ou seja, o que se lê na letra B é realmente o que se é... uma CÂMARA FOTOGRÁFICA.
  • Prezado Jonathan Galvão, o signo Câmara existe. Porque uma fotografia é produzida dentro de uma CÂMARA escura. O problemas somos nós que dizemos errado, mas é certo dizer câmara, por causa desse conceito.

    Grande abraço..
  • Particularmente concordo com o Wesley: O erro da letra "D" está exatamente no uso do termo "coletaram" que é um coletivo, sendo que neste caso deveria ter sido usado em primeira pessoa para que haja concordância com o substantivo "Oneyda Alvarenga". Sem falar na vírgula que deveria ter sido usada após "mas" no início da frase:
    (Mas, Oneyda Alvarenga, diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo, e ex-aluna de Mário, "coletou e organizou" todo o material.)
    comentem... abraços
  • De acordo com o dicionário, câmara significa, dentre outras coisas aparelho óptico, ou seja, correta a alternativa realmente.
  • temos que ter cuidado com o que parece óbvio por ser usual. As bancas exploram esse tipo de coisa.Além das fundamentações exaustivas e procedentes sobre o significado de câmara, coincidendemente, ontem e durante aula de português, o professor havia esclarecido que câmara e câmera são formas sinônimas.O erro está na letra D (concordância verbal).
  • d) Dois erros: "Mas, Oneyda Alvarenga, ..." - faltou a vírgula após "mas".E a concordância, o correto é "coletou e organizou", para concordar com o sujeito Oneyda Alvarenga, conforme explicado pelos colegas abaixo.Recomendado também que se retire a vírgula no trecho "diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo, e ex-aluna de Mário".
  • Se a alternativa B está correta ,então estou estudando grego.
  • Oi Gente, peço licença  para postar uma dúvida sobre o site.
    Estou fazendo a prova do TSE e vi que essa e outras questões vieram repetidas. Vocês têm se deparado com isso quando resolvem provas por aqui? Detalhe, estou resolvendo pelo link: questões online, desconfio que deve ser isso...

    Sobre essa questão também errei, por ter ido com toda certeza marcar Câmara!!!  Aprendi mais uma!

    Bons estudos

  • nem eu tb encontrei esse erro
  • Na verdade, para mim o que deixou dúvida na letra b foi no final da frase.

    "...filmadora, discos e muitas fichas e cadernetas para anotação." essa repetição de "e" seria correto?

  • Olá, pessoal!

    Ao meu ver os erros da letra D são: "A Missão chegou ao fim antes do previsto. Com o Estado Novo, por questões políticas, Mário foi afastado da direção do Departamento. Mas Oneyda Alvarenga, diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo,(1) e ex-aluna de Mário, coletaram e organizaram (2) todo o material. 

    (1) Não existe essa vírgula por dois motivos:  1º, "diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo e ex-aluna de Mário" já está entre vírgulas porque está isolando um aposto (explicação de quem é Oneyda Alvarenga). 2º, Aquele "e" está encerrando a enumeração, pois ela é DIRETORA E EX-ALUNA, mas ela poderia ser, por exemplo, Diretora, prefessora E ex-aluna. Ou seja, esse "e" encerra a enumeração, por isso não pode haver a vírgula.

    (2) Erro na concordância verbal, porque o sujeito é Oneyda Alvarenga, desta forma, o correto seria "Oneyda Alvarenga coletou e organizou todo material."

    Gente, tentei ser o mais clara possível, mas é difícil explicar isso escrevendo!

  • Mas Oneyda Alvarenga, diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo,(1) e ex-aluna de Mário, coletaram e organizaram (2) todo o material. 

    Coletou e organizou! 

  • GABARITO LETRA D.

     

     

    Além disso em:

    A Missão chegou ao fim antes do previsto. Com o Estado Novo, por questões políticas, Mário foi afastado da direção do Departamento. Mas Oneyda Alvarenga, diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo, e ex-aluna de Mário, coletaram e organizaram todo o material. Errado note que tem uma vígula separando os sujeitos dos verbos.

  • d) A Missão chegou ao fim antes do previsto. Com o Estado Novo, por questões políticas, Mário foi afastado da direção do Departamento. Mas Oneyda Alvarenga, diretora da Discoteca Pública Municipal de São Paulo, e ex-aluna de Mário, coletaram [coletou] e organizaram [organizou] todo o material. 

  • Amigos a concordância verbal estaria preservada se ao invés de "iam" estivesse escrito "ia"?

    Na equipe, ia o arquiteto Luís Saia, o maestro Martin...?

  • Sobre o suposto erro da Letra B)

    Tirei da revista Veja:

    Em outras palavras: “câmara” é a forma clássica, lusitanamente correta, válida para todas as acepções da palavra, enquanto “câmera” é  um brasileirismo influenciado pelo inglês camera e que tem o sentido especializado de aparelho ótico (para tirar fotografias ou captar imagens em movimento no cinema ou na TV).

  • "câmara fotográfica" rsrsrsrsrsrsrsrs

  • “Câmara” é a forma clássica, lusitanamente correta, válida para todas as acepções da palavra, enquanto “câmera” é só um brasileirismo influenciado pelo inglês camera e que tem o sentido especializado de aparelho ótico (para tirar fotografias ou captar imagens em movimento no cinema ou na TV).

  • Carol V o verbo ir tem que concordar com os sujeitos que estão no plural
  • sabia que a letra d estava errada pq está no plural sobre oneyda, mas e essa Câmara fotográfica? aprendi câmera, Câmara, conheço a de vereadores....
  • Gente pesquisei e vi que as duas formas são corretas, Câmara e câmera fotográfica, Câmara é a forma clássica lusitanamente correta e a câmera é brasileirismo, mas a duas estão corretas.... coisas da cespe
  • Gente, tendo em vista que o texto obviamente é alguma adaptação de algo escrito na década de 20 ou 30 (vide contexto histórico), certos tipos de grafias eram usuais na época. A respeito da palavra "CÂMARA", achei esse texto:

    As duas formas são empregadas no português brasileiro, Mario. A maioria dos nossos dicionários faz como o Caldas Aulete que você consultou: registra ambas, com ‘câmera’ remetendo a ‘câmara’. Isso não quer dizer que uma das formas esteja errada e sim que ambas são admitidas, com a segunda (“câmara”) ocupando, segundo os lexicógrafos, posição preferencial. 

    Em outras palavras: “câmara” é a forma clássica, lusitanamente correta, válida para todas as acepções da palavra, enquanto “câmera” é só um brasileirismo influenciado pelo inglês camera e que tem o sentido especializado de aparelho ótico (para tirar fotografias ou captar imagens em movimento no cinema ou na TV). Tudo bem. Ocorre que, na acepção que está em jogo aqui, a forma “câmera” é hoje mais corrente no Brasil do que “câmara”. E quando, numa metonímia, a palavra designa o profissional – “o câmera” – o que opera a câmera, a versão com e chega a ser exclusiva ou quase isso. Nunca vi um deles ser chamado de “o câmara”. 

    Agora a respeito da opção D, tem um erro crasso de concordância verbal.

    ;

    Essa não valeu errar hein? Boa sorte!

    No CESPE todo buraco é trincheira e quando a questão tá fácil demais,

    pode ter certeza que ta errada. :)

  • Ok. Mas e a vírgula separando a conjunção na A?


ID
25180
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o fragmento de texto apresenta erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  • ... de um trabalho de sistematização das experiências anteriores de gestão, que COMEÇOU a ser DELINEADO em 2005.
  • O diretor-geral do TSE salientou a importância de um trabalho de sistematização das experiências anteriores de gestão, que começaram (começou) a ser delineados (delineado) em 2005. "É um trabalho que enobrece o serviço público", segundo ele.

     

  • Na minha humilde visão, além do erro crasso de grafia, apontado pelos colegas, no item A, encontra-se outro erro na separação do sujeito "Athayde Fontoura Filho" do predicado "fez a palestra de lançamento..." por uma vírgula.

    Se eu estiver equivocado, peço que me corrijam

    Espero ter contribuído
  • Está separado por vírgulas por se tratar de aposto.
  • No item B não deveria ser "de serviços e de compras"?

  • "...experiências...delineadas...". 

  • Marcio Mendezs, tbm pensei a mesma coisa. Por se tratar de paralelismo?

  • "...experiências...delineadas...". 

  • O que foram delineadas? As experiências....


ID
25192
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Uma antiga preocupação dos legisladores do
passado era a de assegurar o direito dos povos de manter
“os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em
troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão
de seu poder. Era de tal forma o respeito a essa autonomia
7 relativa que, em certo momento do regime cruel de
Tibério, as eleições chegaram a ser suspensas em Roma,
mas se mantiveram nas províncias.
10 Muitos defendem o federalismo, quando se
encontram na oposição, mas dele se esquecem quando
chegam ao governo. Os municípios, manietados pela falta
13 de recursos próprios, reclamam pela ajuda dos governos
dos estados e da União, quando deveriam articular-se em
busca de seus direitos de tributação direta e de autonomia
16 política.

Idem, ibidem.

No que diz respeito aos sentidos e a aspectos gramaticais do
texto acima, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Manietar é atar pelas mãos, prender, amarrar e subjugar. Os mnicípios não estão mobilizados e sim imobilizados.
  • COMENTÁRIOO adjetivo “manietados” significa: de mãos amarradas,tolhido de fazer algo, imobilizado. Possui, pois, significado contrário(antônimo) ao do adjetivo mobilizados: pôr-se em ação para uma tarefa,movimentar-se.
  • Não vi erro gramatical na letra C

  • Manietados: Que foi privado de sua liberdade, ou que as mãos foram presas


ID
25861
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-PA
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O plural da palavra eleição é formado pela mesma regra que rege a formação do plural de

Alternativas
Comentários
  • Na palavra eleição só pode ir para o plural desta forma ( ELEIÇÕES- TERMINADAS , e se verificarmos as outras veremos que algumas palavras sao formadas por OES E AES.
    ABRAÇOS E SUCESSO
    saroberio@hotmail.com
  • ACRECIMO DE (ÕES).ELEIÇÕESLADRÕESREUNIÕESLIÇÕES
  • ELEIÇÕES

    A - Capitões, Sacristães, Tabeliães
    B - Pães, Espertalhões, Pobretões
    C - Cidadãos, Fogões, Anciões
    D - Mãos, Corrimãos, Irmãos
    E - Ladrões, Reuniões, Lições = igual ao plural de eleição

    Bons Estudos !!!
    Pedro.

  • lembrando que para "Ancião", aceitam-se as três formas: ões, ães, ãos.

    e "Sacristão" pode ser: ãos ou ães.
  • Plural de capitão é capitães!

  • Corrimão também admite duas formas:

    corrimãos e corrimões

  • Cuidado Pedro Silva.

    .

    Capitão

    Feminino: capitã ou capitoa. Plural: capitães.

    .
    "capitães", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/capit%C3%A3es [consultado em 05-01-2018].

  • Atenção:

    Ancião pode ser pluralizado corretamente de três maneiras: Anciãos, anciães, anciões.

  • Ainda bem que o CESPE deu uma parada com esse tipo de questão 

  • ELEIÇÕES

    A- CAPITÃES, SACRISTÃES, TABELIÃES;

    B- PÃES, ESPERTALHÕES, POBRETÕES;

    C- CIDADÃOS, FOGÕES, ANCIÃOS (ANCIÕES, ANCIÃES);

    D- MÃOS, CORRIMÃOS (CORRIMÕES), IRMÃOS;

    E - LADRÕES, REUNIÕES, LIÇÕES;

    (CUNHA, Celso & CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro: Lexikon, 7ª ed, 2017. Pgs. 195-197)

  • Plural de capitão = Capitães

  • .CIDADÕES

    .CIDADÕES

    .CIDADÕES

    .CIDADÕES

  • ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    REUNIÃO admite REUNIÕES e REUNIÃOS

  • Gabarito letra E.

    Veja que Eleições combina com ladrão=ladrões, logo você já sabe que está correto e nas eleições acontece bastante reuniões, aonde cada cagada dos políticos o povo aprende grandes lições.

  • Só pegando o comentario do amigo Pedro Henrique e fazer uma observação:

    Na duvida façam a pronuncia das palavras em voz alta. Dessa forma vc vai conseguir entender melhor.

    ELEIÇÕES

    A - Capitões, Sacristães, Tabeliães

    B - Pães, Espertalhões, Pobretões

    C - Cidadãos, Fogões, Anciões

    D - Mãos, Corrimãos, Irmãos

    E - Ladrões, Reuniões, Lições = igual ao plural de eleição


ID
26137
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões 1 e 2

1     O Tribunal de Justiça do Estado de Roraima,
juntamente com a base aérea de Boa Vista, inaugura
o espaço denominado Centro Sócio-Cultural Santos
4 Dumont, que vai funcionar na antiga sede do
Sindicato dos Servidores do Judiciário.
       A casa tem objetivo de incentivar a cultura,
7 projetos, mostras de talentos, exposições de arte, bem
como oferecer cursos nas mais diversas áreas. O local
atenderá tanto servidores do Poder Judiciário,
10 militares do Exército e Aeronáutica domiciliados na
capital, como seus dependentes e membros da
comunidade.
13   Um importante projeto a ser executado é o de
inclusão digital, no qual militares e servidores do
Judiciário em situação de vulnerabilidade
16 socioeconômica terão acesso a computadores e
Internet onde poderão fazer pesquisas de cunho
educativo e receber capacitação de informática básica.

Internet: (com adaptações).

O texto apresentará erro gramatical, caso se substitua

Alternativas
Comentários
  • O cujo exige 3 condições:
    1) ter antecedente e consequente diferentes;
    2) existir equivalência com da qual, do qual, das quais e dos quais;
    3) ter idéia de posse.
  • Seria certa a letra D se ao invés de "em cujo" fosse "em que". Resposta errada letra D
  • Cujo - pronome relativo possessivo e equivale a : do qual, da qual(s).

    Em que = onde = no qual(s), na qual(s)

  • não troque seu CUJO por nada


ID
26440
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas questões de 1 a 3, as opções, na ordem em que estão
apresentadas, são partes sucessivas de textos.

Assinale a opção gramaticalmente correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Não cabe o sinal de crase antes da palavra "operar";

    b)...que todos os atos processuais SEJAM PRATICADOS em meio eletrônico;

    c)À utilização

    Correta: letra "D"
  • Eu acho que o erro na letra C é o verbo representar, alguém concorda comigo?
  • Não José Antonio, o erro no item c é erro de crase.. A informatização desses processos, aliada à utilização de outras ferramentas eletrônicas de comunicação com a Receita Federal e o Banco Central, representará um enorme avanço na arrecadação judicial da dívida ativa da União.
  • O erro da crase na letra A é que não ocorre a mesma antes de verbo, pois não admite artigo definido feminino - mesmo quando substantivado, recebe o artigo masculino e não feminino.

  • a) Começa ( À ) operar o processo eletrônico ...

    ERRO DE ACENTUAÇÃO: Não ocorre crase anes de verbo (verbo repele artigo).

    b)(...) que todos os atos processuais ( SEJA PRATICADO ) em meio eletrônico (...)

    ERRO DE CONCORDÂNCIA: ... que todos os ATOS PROCESSUAIS  ( SEJAM PRATICADOS ) em meio eletrônico...

    c) (...) aliada a utilização de outras ferramentas eletrônicas de comunicação com a Receita Federal e o Banco Central, representará (...)

    ERRO DE CONCORDÂNCIA: (...) representarão (...)

  • GABARITO D 

     

    a)  Começa à operar (a operar) o processo eletrônico de execução fiscal da justiça federal, inicialmente no âmbito da 1.ª - que abrange o Distrito Federal (DF) e outros 13 estados - e 3.ª Regiões - São Paulo e Mato Grosso do Sul.

     

     

     b) Os sistemas da justiça federal serão integrados ao sistema de ajuizamento e acompanhamento processual da Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, o que irá possibilitar que todos os atos processuais seja praticado (sejam praticados) em meio eletrônico.

     

     

     c) A informatização desses processos, aliada a utilização (aliada à utilização) de outras ferramentas eletrônicas de comunicação com a Receita Federal e o Banco Central, representará um enorme avanço na arrecadação judicial da dívida ativa da União.

     

     

    d) A cobrança judicial de tributos federais não pagos na esfera administrativa é feita na justiça federal, por intermédio de processos de execução fiscal movidos pela União ou por suas entidades.   CERTO 

  • A cobrança judicial de tributos federais não pagos na esfera administrativa é feita na justiça federal, por intermédio de processos de execução fiscal movidos pela União ou por suas entidades. ( Gramaticalmente correta)


ID
26476
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões de 18 a 20

1   Temos, no Brasil, uma sociedade com salutar
     mobilidade e, embora reclame urgente modernização, uma
     legislação trabalhista protetora do trabalhador. Há liberdade
4   de imprensa e de organização partidária e sindical. Não é o
     caso, evidentemente, de se renunciar a qualquer desses
     valores em nome do crescimento econômico. O grande
7   desafio, então, é combinar democracia, Estado provedor e
     economia competitiva. Os países nórdicos conseguiram essa
     combinação. Claro que a receita deles não pode ser
10 simplesmente repetida aqui. Mas também não se pode
    descartar, na partida, essa alternativa como se fosse
    absolutamente inviável.


Fábio Ulhoa Coelho. Correio Braziliense, 22/11/06 (com adaptações).

Assinale a opção em que a proposta de substituição para o termo "embora" (l.2) provoca truncamento sintático no período.

Alternativas
Comentários
  • "Embora" é uma conjunção de valor concessivo, isso quer dizer que uma oração introduzida por "embora", atrelada a uma outra oração principal, traduz uma idéia de permissividade diante de uma fato contrário. Traduzindo: em um período composto por subordinação em que há a presença de conjunção concessiva (embora, ainda que, posto que, apesar de, a despeito de , conquanto) a oração principal expressa um fato desfavorável que na oração subordinada não é impedido de acontecer. Ex: Vou lhe dar mais uma chance, embora ele não mereça.
  • No iten "a" a locução tem valor condicionante e não concessivo!
  • LOCUCOES CONCESSIVAS: SE BEM QUE , CONQUANTO,POR MAIS QUE,POR MENOS QIE,POSTO QUE,MESMO QUANDO,AINDA QUE
    LOCUCOES CONDICIONAIS: CONTANTO QUE,DESDE QUE,SALVO SE ,EXCETO SE ,SEM QUE,A NAO SER QUE ,A MENOS QUE
  • Vamos comecar do inicio?

    Que diabos e' truncamento sintatico?

    Truncamento sintático é um erro de construção sintática.Por ex.:Ultilizar oração adverbial e não utilizar a oração principal no mesmo período

    Logo, o que o examinador quer saber e', qual das construcoes causa erro de sintaxe. EM MIUDOS, ESTA QUERENDO SABER QUAL DAS OPCOES NAO E' UMA CONJUNCAO CONCESSIVA.

    embora  conjuncao concessiva

    a) contanto que
    conjuncao condicional => olha o erro de construcao aqui! OPCAO COM ERRO

    b) conquanto
    conjuncao concessiva => ok, nao provoca erro de construcao

    c) se bem que
    conjuncao concessiva => ok, nao provoca erro de construcao

    d) ainda que
    conjuncao concessiva => ok, nao provoca erro de construcao

    RESPOSTA LETRA A

    BONS ESTUDOS
     
  • Gabarito, A

    Embora -> conjunção concessiva.

    Contanto que -> conjunção condicional.

  • A Proposta de substituição do termo "embora" (l.2) provocaria truncamento sintático no período caso fosse trocada por contanto que.


ID
26761
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

O futuro da humanidade

          Tudo indica que há um aquecimento progressivo do planeta
e que esse fenômeno é causado pelo homem. Nossos
filhos e netos já conhecerão seus efeitos devastadores: a
subida do nível do mar ameaçará nossas costas, e o desequilíbrio
climático comprometerá os recursos básicos - em
muitos lugares, faltará água e faltará comida.
          Os humanos (sobretudo na modernidade) prosperaram
num projeto de exploração e domínio da natureza cujo custo é
hoje cobrado. Para corrigir esse projeto, atenuar suas conseqüências
e sobreviver, deveríamos agir coletivamente. Ora,
acontece que nossa espécie parece incapaz de ações coletivas.
À primeira vista, isso é paradoxal.
          Progressivamente, ao longo dos séculos, chegamos a
perceber qualquer homem como semelhante, por diferente de
nós que ele seja. Infelizmente, reconhecer a espécie como
grupo ao qual pertencemos (sentir solidariedade com todos os
humanos) não implica que sejamos capazes de uma ação
coletiva. Na base de nossa cultura está a idéia de que nosso
destino individual é mais importante do que o destino dos
grupos dos quais fazemos parte. Nosso individualismo, aliás, é
a condição de nossa solidariedade: os outros são nossos
semelhantes porque conseguimos enxergá-los como indivíduos,
deixando de lado as diferenças entre os grupos aos quais cada
um pertence. Provavelmente, trata-se de uma conseqüência do
fundo cristão da cultura ocidental moderna: somos todos
irmãos, mas a salvação (que é o que importa) decide-se um por
um. Em suma: agir contra o interesse do indivíduo, mesmo que
para o interesse do grupo, não é do nosso feitio.
          Resumo: hoje, nossa espécie precisa agir coletivamente,
mas a própria cultura que, até agora, sustentou seu caminho
torna esse tipo de ação difícil ou impossível.
          Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso
impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez
saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da
comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 8/02/07)

Considerando-se o contexto, há equivalência de sentido apenas entre os seguintes elementos:

Alternativas
Comentários
  • Essa foi pra não zerar rsrsrsrsrs é tanto que a galera nem comentou.... :)


ID
27700
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A INTERNET NÃO É RINGUE

          Você já discutiu relação por e-mail? Não discuta.
     O correio eletrônico é uma arma de destruição de massa
     (cerebral) em caso de conflito. Quer discutir? Quer
     quebrar o pau, dizer tudo o que sente, mandar ver, detonar a
 5  outra parte? Faça isso a sós, em ambiente fechado. [...]
          Brigar por e-mail é muito perigoso. Existe pelo
     menos um par de boas razões para isso. A primeira é que
     você não está na frente da pessoa. Ela não é "humana" a
     distância, ela é a soma de todos os defeitos. A segunda
 10 razão é que você mesmo também perde a dimensão de
     sua própria humanidade. Pelo e-mail as emoções ficam
     no freezer e a cabeça, no microondas. Ao vivo, um olhar
     ou um sorriso fazem toda a diferença. No e-mail todo
     mundo localiza "risos", mas ninguém descreve "choro".
15        Eu sei disso, porque cometi esse erro. Várias
     vezes. Nunca mais cometerei, espero. [...] Um tiroteio
     de mensagens escritas tende à catástrofe. Quando você
     fala na cara, as palavras ficam no ar e na memória e uma
     hora acabam sumindo de ambos. "Eu não me lembro de ter
20  dito isso" é um bom argumento para esfriar as tensões.
     Palavras escritas ficam. Podem ser relidas muitas vezes.
          Ao vivo, você agüenta berros [...]. Responde no
     mesmo tom rasteiro. E segue em frente. Por e-mail, cada
     frase ofensiva tende a ser encarada como um desafio para
25 que a outra parte escolha a arma mais poderosa destinada
     ao ponto mais fraco do "adversário". Essa resposta letal
     gera uma contra-resposta capaz de abalar os alicerces
     do edifício, o que exigirá uma contra-contra-resposta
     surpreendente e devastadora. Assim funciona o ser
30  humano, seja com mensagens, seja com bombas nucleares.
          Ao vivo, um pode sentir a fraqueza do outro e eventualmente
     ter o nobre gesto de poupar aquelas trilhas
     de sofrimento e rancor. Ao vivo, o coração comanda. Por
     e-mail é o cérebro que dá as cartas. [...]
35       E tem o fator fermentação. Você recebe um e-mail
     hostil. Passa horas intermináveis imaginando qual será a
     terrível, destrutiva resposta que vai dar. Seu cérebro ferve
     com os verbos contundentes e adjetivos cruéis que serão
     usados no reply. Aí você escreve, e reescreve, e reescreve
40 de novo, e a cada nova versão seu texto está mais
     colérico, e horas se passam de refinamento bélico do
     texto até que você decida apertar o botão do Juízo Final,
     no caso o Enviar. Começam então as dolorosas horas de
     espera pela resposta à sua artilharia pesada. É uma
45 angústia saber que você agora é o alvo, imaginar que
     armas serão usadas. E dependendo do estado de deterioração
     das relações, você poderá enlouquecer a ponto
     de imaginar a resposta que vai dar à mensagem que
     ainda nem chegou.
50      É por isso que eu aconselho, especialmente aos
     mais jovens: se for para mandar mensagens de amizade,
     se é para elogiar, se é para declarar amor, use e abuse
     dos meios digitais. E-mail, messenger, chat, scraps, o
     que aparecer. Mas se for para brigar, brigue pessoalmente.
55  A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja
     definitivo. Aí é só abrir uma nova mensagem e deixar o
     veneno seguir o cursor.

     MARQUEZI, Dagomir, Revista Info Exame, jan. 2006. (adaptado)

A mesma relação entre os atos descritos pelo autor por meio das expressões "resposta" (l. 26) , "contra-resposta" (l. 27) e "contra- contra- resposta" (l. 28), apresentadas no texto, é encontrada em:

Alternativas
Comentários
  • Criei um grupo para quem quer ser aprovado em concursos rapidamente

    Aqui um ajuda o outro de graça e material de varios cursos bem selecionados

     

    Link do grupo (CopieCOLE) ---->  https://www.facebook.com/groups/ConcurseirosReciprocos/

  • O que é falado sobre o assunto, o que é contestado a respeito, e a resposta mediante a contestação . DITO, RÉPLICA E TREPLICA

ID
27709
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A INTERNET NÃO É RINGUE

          Você já discutiu relação por e-mail? Não discuta.
     O correio eletrônico é uma arma de destruição de massa
     (cerebral) em caso de conflito. Quer discutir? Quer
     quebrar o pau, dizer tudo o que sente, mandar ver, detonar a
 5  outra parte? Faça isso a sós, em ambiente fechado. [...]
          Brigar por e-mail é muito perigoso. Existe pelo
     menos um par de boas razões para isso. A primeira é que
     você não está na frente da pessoa. Ela não é "humana" a
     distância, ela é a soma de todos os defeitos. A segunda
 10 razão é que você mesmo também perde a dimensão de
     sua própria humanidade. Pelo e-mail as emoções ficam
     no freezer e a cabeça, no microondas. Ao vivo, um olhar
     ou um sorriso fazem toda a diferença. No e-mail todo
     mundo localiza "risos", mas ninguém descreve "choro".
15        Eu sei disso, porque cometi esse erro. Várias
     vezes. Nunca mais cometerei, espero. [...] Um tiroteio
     de mensagens escritas tende à catástrofe. Quando você
     fala na cara, as palavras ficam no ar e na memória e uma
     hora acabam sumindo de ambos. "Eu não me lembro de ter
20  dito isso" é um bom argumento para esfriar as tensões.
     Palavras escritas ficam. Podem ser relidas muitas vezes.
          Ao vivo, você agüenta berros [...]. Responde no
     mesmo tom rasteiro. E segue em frente. Por e-mail, cada
     frase ofensiva tende a ser encarada como um desafio para
25 que a outra parte escolha a arma mais poderosa destinada
     ao ponto mais fraco do "adversário". Essa resposta letal
     gera uma contra-resposta capaz de abalar os alicerces
     do edifício, o que exigirá uma contra-contra-resposta
     surpreendente e devastadora. Assim funciona o ser
30  humano, seja com mensagens, seja com bombas nucleares.
          Ao vivo, um pode sentir a fraqueza do outro e eventualmente
     ter o nobre gesto de poupar aquelas trilhas
     de sofrimento e rancor. Ao vivo, o coração comanda. Por
     e-mail é o cérebro que dá as cartas. [...]
35       E tem o fator fermentação. Você recebe um e-mail
     hostil. Passa horas intermináveis imaginando qual será a
     terrível, destrutiva resposta que vai dar. Seu cérebro ferve
     com os verbos contundentes e adjetivos cruéis que serão
     usados no reply. Aí você escreve, e reescreve, e reescreve
40 de novo, e a cada nova versão seu texto está mais
     colérico, e horas se passam de refinamento bélico do
     texto até que você decida apertar o botão do Juízo Final,
     no caso o Enviar. Começam então as dolorosas horas de
     espera pela resposta à sua artilharia pesada. É uma
45 angústia saber que você agora é o alvo, imaginar que
     armas serão usadas. E dependendo do estado de deterioração
     das relações, você poderá enlouquecer a ponto
     de imaginar a resposta que vai dar à mensagem que
     ainda nem chegou.
50      É por isso que eu aconselho, especialmente aos
     mais jovens: se for para mandar mensagens de amizade,
     se é para elogiar, se é para declarar amor, use e abuse
     dos meios digitais. E-mail, messenger, chat, scraps, o
     que aparecer. Mas se for para brigar, brigue pessoalmente.
55  A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja
     definitivo. Aí é só abrir uma nova mensagem e deixar o
     veneno seguir o cursor.

     MARQUEZI, Dagomir, Revista Info Exame, jan. 2006. (adaptado)

"A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja definitivo." (l. 55-56) Assinale a opção que apresenta o conectivo que substitui a expressão em destaque, mantendo a mesma sintaxe e semântica.

Alternativas
Comentários
  • A questão é lógica, a única viável.
  • Embora, por menos que, posto que, se bem que são conjunções Concessivas.

     

    restando apenas a letra A. A menos que conjunção Condicional.

  • A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja definitivo."

    A FRASE DA CLARA IDEIA DE CONDICAO.
    A MENOS QUE VOCE QUEIRA O ROMPIMENTO DEFINITIVO

    São conjunções condicionais: se, salvo se, senão, caso, desde que, exceto se, contanto que, a menos que, sem que, uma vez que, sempre que.

    EMBORA=> CONJUNCAO ADVERSATIVA

    POR MENOS QUE=> CONJUNCAO CONCSSIVACONCESSIVA

    POSTO QUE = VISTO QUE => CONJUNCAO CAUSAL

    SE BEM QUE => CONJUNCAO CONCESSIVA

    RESPOSTA CERTA LETRA A


  • CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser que, exceto se...

  • Criei um grupo para quem quer ser aprovado em concursos rapidamente

    Aqui um ajuda o outro de graça e material de varios cursos bem selecionados

     

    Link do grupo (CopieCOLE) ---->  https://www.facebook.com/groups/ConcurseirosReciprocos/


ID
27943
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SABIÁ GANHA STATUS DE AVE NACIONAL

          O sabiá sempre foi o pássaro escolhido por poetas
     e compositores brasileiros para representar o país.
     Já ganhou versos de alguns dos maiores artistas nacionais:
     de Gonçalves Dias, em sua "Canção do exílio", a
5   Tom Jobim e Chico Buarque, em "Sabiá", passando por
     Luiz Gonzaga, na canção também chamada "Sabiá".
     Tamanho currículo capacitou o passarinho de peito
     alaranjado a ser considerado a ave nacional do Brasil,
     desbancando uma concorrente de peso: a ararajuba,
10 com suas vistosas penas verdes e amarelas.
          Um decreto assinado pelo Presidente da República
     confirmou que o Dia da Ave é 5 de outubro e informou que
     "o centro de interesse para as festividades desse dia será
     o sabiá, como símbolo representativo da fauna ornitológica
15  brasileira e considerado popularmente Ave Nacional do
     Brasil."
          - A ave nacional de um país não pode ser escolhida
     em razão da cor da bandeira - afirma o ornitólogo
     Johan Dalgas Frisch, presidente da ONG Associação de
20  Preservação da Vida Selvagem e um dos maiores cabos
     eleitorais do passarinho. - Ela representa o folclore, a
     música, a poesia, a alma do povo. E não existe qualquer
     música com ararajuba, poesia alguma.
     Dalgas Frisch lembra ainda que, se a ararajuba
25  fosse indicada ave nacional, correria o risco de ser
     extinta:
          - Uma ararajuba vale hoje cerca de US$ 5 mil
     entre os traficantes de animais. Se fosse ave nacional,
     passaria a valer uns US$ 50 mil. Acabaria sendo extinta
30  e não representaria o espírito poético e folclórico da
     nação.
          O Brasil, com 1.667 espécies de aves, era um dos
     poucos países a não ter ave nacional. A águia de cabeça
     branca, nos Estados Unidos, simboliza a união de todos
35  os estados. Já o robim, na Grã-Bretanha, foi escolhido
     por ter inspirado William Shakespeare. Na Argentina, a
     ave nacional é o hornero (joão-de-barro), que representa
     o gaúcho dos pampas.
          A campanha de Frisch para que o sabiá se tornasse
40  ave nacional tem mais de 35 anos. Remonta ao tempo
     em que o então presidente Costa e Silva assinou um
     decreto criando o Dia da Ave.
          - Foram anos de luta, mas ganhamos a batalha e
     ainda salvamos a ararajuba - comemora.

          O Globo, 23 nov. 2002 (com adaptações)

Indique V ( verdadeiro) ou F (falso) sobre o significado da expressão "fauna ornitológica" (l. 14).

( ) Expressa o conjunto de animais voadores.
( ) Inclui o conjunto de pássaros.
( ) Diz respeito aos animais da floresta.

A seqüência correta é:

Alternativas
Comentários
  • Ornitologia: Parte da zoologia que estuda aves.

    Ornitológico: Adjetivo


  • GAB D-

    F- NEM TODO ANIMAL VOADOR É PÁSSARO- MORCEGO

    V

    F- TÁ FALANDO DE PÁSSARO,NÃO SÓ OS DAS FLORESTAS


ID
28075
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

Assinale a passagem em que predomina o uso da linguagem informal.

Alternativas
Comentários
  • A expressão "batendo pino" é bem informal ou coloquial. Muito usada quando se refere a motores de carros com defeito ou prestes a fundir. Abs,
  • "bater pino" já diz por si.
  • Eu acho que o que torna a alternativa B mais informal é a questão da colocação pronomial.
  • Para quem teve dúvidas sobre o "Sequer" junto:

     

    “Sequer”

    É um advérbio e podemos pensar nele como o “ao menos”. Geralmente usamos em frases negativas ou que dão um sentido negativo.

    Exemplos:

    Estamos sem água nas represas e não há possibilidades sequer de chuvas.

    Estou doente e sequer tenho um remédio para tomar.

    Como é possível esperar que a humanidade ouça conselhos, se nem sequer ouve as advertências.

    “Se quer”

    É apresentada pela conjunção “se” e do verbo “querer”. Podemos substituí-lo por “se desejar”, geralmente usado em frases condicionais.

    Exemplos:

    Se quer passar em concurso, estude muito.

    Se quer a verdade, ainda estou sofrendo.

     

    [Fonte: http://blog.vanessasueroz.com.br/sequer-e-se-quer/]


ID
28078
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

ERRO no significado atribuído à palavra:

Alternativas
Comentários
  • peremptório






    do Lat. peremptoriu


    adj.,
    que perime;

    decisivo;

    terminante;

    categórico.

    fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx
  • O estudo de Direito me ajudou nessa!!! Lembrei dos "prazos peremptórios" hehe... o/
  • D - Peremptoriamente: categoricamente.

  • Peremptoriamente: assegurar, contestar


ID
28333
Banca
CESGRANRIO
Órgão
DNPM
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO NAVEGAR EM ALTO MAR

A família Schürmann ficou conhecida no Brasil pelas
viagens que fez pelo mundo a bordo de seu veleiro. Como
um de seus membros, posso dizer que vivemos
incontáveis aventuras, mas descobrimos que o nosso
projeto ia além da busca por novas culturas e desafios.
Percebemos que diariamente vivíamos a realidade – e
até mesmo o sonho – de muitos empresários. Aprendemos
na prática o que empresas e executivos procuram
aprimorar no seu dia-a-dia, como, por exemplo, reagir em
situações adversas, enfrentar desafios e transformá-los
em oportunidades, tomar decisões para administrar um
empreendimento com sucesso e conviver em equipe.
Em nossas palestras, procuramos destacar que o
barco a vela é uma excelente ferramenta para fazer uma
analogia com as empresas. Nós vivemos durante 20 anos
dentro de um veleiro de 44 metros quadrados. Para que
tudo desse certo nessas condições, foi preciso um bom
planejamento, uma tripulação unida e perseverança para
enfrentar as mais inesperadas situações. As empresas
passam por problemas similares. Veja alguns deles:
• Quando nos deparávamos com um mar tempestuoso,
procurávamos enfrentá-lo com firmeza. A
análise das condições meteorológicas através de
mecanismos de informações, como satélite, barômetro
e formações de nuvens nos ajudava a prever
a dimensão da situação. Com esses dados em
mãos, tudo ficava mais fácil e previsível. Tínhamos
também uma tripulação bem treinada. Numa empresa
é a mesma coisa. Você precisa utilizar os
recursos tecnológicos e intelectuais disponíveis para
cada uma das situações. E, para se sentir seguro,
não há nada melhor do que promover treinamentos
periódicos e sistemáticos.
• Sempre que estamos no mar, temos de ajustar
constantemente a embarcação, regular as velas,
revisar os materiais e preparar a tripulação. É importante
administrar riscos em situações de pressão
e tomar decisões rápidas nos momentos difíceis.
[...]
• Os ventos fortes sempre forçam o velejador a fazer
mudanças de rumo, mas ele nunca esquece que o
objetivo precisa ser alcançado. Tem de encontrar
soluções e fazer o barco se mover com rapidez e
segurança na tempestade. Para isso, deve contar
com uma tripulação unida, em que cada um cumpre
bem o seu papel.
Para que tudo siga o planejado, é preciso investir em
comunicação. Em um veleiro oceânico, assim como nas
empresas, a comunicação é fator crítico para o sucesso.
Essas são algumas das lições preciosas que aprendemos
em alto-mar. Acredite sempre em dias melhores.
Nem mesmo quando perdemos os nossos mastros em
meio a uma tempestade na Nova Zelândia e ficamos dias
à deriva deixamos de acreditar. O segredo foi estarmos
preparados para superar momentos difíceis e tensos como
aquele.
SCHÜRMANN, Heloisa, Revista Você S/A, Ago. 2004.

As palavras previsível (l. 27), periódicos (l. 33) e sistemáticos (l. 33) podem ser adequadamente substituídas, no texto, por :

Alternativas
Comentários
  • pre·vi·sí·vel
    adjetivo de dois gêneros

    1. Que é visível com antecipação.

    2. Que pode ser previsto. ≠ IMPREVISÍVEL

     

    pe·ri·ó·di·co
    adjetivo

    1. Relativo a período.

    2. Que sucede ou aparece com intervalos regulares. ≠ APERIÓDICO

    3. [Matemática]  Diz-se da .fração decimal em que todos os algarismos ou parte deles se reproduzem sempre da mesma ordem indefinidamente.

    4. [Botânica]  Diz-se da planta ou parte da planta que manifesta certos .fenômenos a horas fixas e determinadas.

    substantivo masculino

    5. Impresso, folha ou gazeta que se publica em dias certos.
     

    sis·te·má·ti·co
    adjetivo

    1. Pertencente ou relativo a um sistema. = .SISTÊMICO

    2. Que segue um sistema (ex.: método sistemático).

    3. Que é metódico ou ordenado. = METICULOSO, ORGANIZADO

    4. Que é constante, contínuo ou persistente.

    5. Relativo à sistemática.

     


     Dicionário Priberam da Língua Portuguesa


ID
28495
Banca
CESGRANRIO
Órgão
DECEA
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II
A nuvem como guia

          Quando eu era criança, morava na Penha. Em
     minha casa, havia quintal. Deitado na grama, eu via
     estrelas, cometas, asteróides: via até a ponta das
     barbas brancas de Deus. Em dia de lua cheia, via até
5     seu sorriso, encimando o bigode branco. As estrelas
     eram tantas que pareciam confetes e lantejoulas, em noite
     de terça-feira gorda. Brilhavam forte, com brilho que hoje
     já não se vê: a luz foi soterrada no céu sombrio pela
     poluição galopante, estufa onde nos esturricaremos todos
10     como torresmos, sem remissão, se os países poluentes
     continuarem sua obra sufocante.
          Na Praia das Morenas, no fim da minha rua,
     tropeçando em siris e caranguejos - naquele tempo
     havia até água-viva na Baía de Guanabara; hoje, nem
15     morta! - eu via barcos de pescadores e peixes
     contorcionistas, mordendo as redes, como borboletas em
     teias de aranha - que ainda existiam naqueles tempos,
     aranhas e borboletas.
          Criança, eu pensava: como seria possível aos
20     pescadores velejar tão longe da areia, perder-se da
     nossa vista, perder-se no mar onde só havia vento em
     ritmos tonitruantes, onde as ondas eram todas iguais,
     sem traços distintivos, feitas da mesma água e mesma
     espuma e, encharcados de tempestades, encontrar o
25     caminho de volta?
          Meu pai explicava: os pescadores olhavam as
     estrelas, guias seguras, honestas, que indicavam o
     caminho de suas choupanas, na praia. Eu olhava o céu
     e via que as estrelas se moviam, e me afligia: talvez
30     enganassem os pescadores. Meu pai esclarecia: os
     pescadores haviam aprendido os movimentos estelares,
     e as estrelas tinham hábitos inabaláveis, confiáveis, eram
     sérias, seguiam sempre os mesmos caminhos seguros.
    
BOAL, Augusto. (adaptado).

As expressões que apresentam equivalência de sentido são:

Alternativas
Comentários
  • Alguém saberia explicar essa questão?
    Desde já, obrigada!!
  • A letra "E" possui frases com mesmo significado, deferente das demais frases. Ex.: seguras=cofiáveis.

    Bom estudo a todos!

  • É, esquisitinha essa questão.
  • GABARITO: letra E

     

    "guias seguras, honestas" (l. 27) e "...hábitos inabaláveis, confiáveis," (l. 32)

     

    Ambas as expressões se referem à palavra estrelas no texto.

     

    Na linha 26:

    (...) os pescadores olhavam as estrelas, guias seguras, honestas, que indicavam o caminho de suas choupanas, na praia. (...)

     

    Na linha 32:

    (...) e as estrelas tinham hábitos inabaláveis, confiáveis, eram sérias, seguiam sempre os mesmos caminhos seguros.


ID
37711
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.

Liberdade minha, liberdade tua
     Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro". Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões inteiramente egoístas.

    Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?

     Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.

                                                                                                                          (Valdeci Aguirra, inédito)




Está clara e correta esta nova redação de uma frase do texto:

Alternativas
Comentários
  • Significado de Tergiversação:s.f. Ato ou efeito de tergiversar; hesitação, vacilação; dubiedade, evasiva.Sinônimos de Tergiversação:Tergiversação: escapatória, evasiva, evasão, fuga e subterfúgioDefinição de Tergiversação:Classe gramatical de tergiversação: Substantivo femininoSeparação das sílabas de tergiversação: ter-gi-ver-sa-çãoPlural de tergiversação: tergiversaçõesFrase na imprensa com tergiversação"Para a deputada Stela Farias (PT), que presidirá a comissão, o governo quer constituir uma "tropa de choque" na CPI e não tem interesse na investigação dos fatos. Ela disse que as críticas de Wenzel à ação são "pura tergiversação" e que no processo há falas de vários agentes políticos referindo-se a Yeda."
  • Comentário objetivo:

    a) Ela atribuía o sentido da velha frase ao propósito de refrear nossos atos de fraglante FLAGRANTE indisciplina.

    b) Ao ouvir aquela frase, DE que nunca mais me esqueci, soava-me a um só tempo tão justa quanto antipática. OBS: Além desse erro, a frase encontra-se mal estruturada, perdendo sua coesão.

    c) O que essa frase me causa espécie está na pressuposição de haver nela uma justa distribuição dos espaços de liberdade. OBS: A frase encontra-se mal estruturada, perdendo sua coesão.

    d) Afirmo, sem tergiversar: custa-me crer que disponhamos todos dos mesmos meios para preservar nossa liberdade. PERFEITA!

    e) Com vistas ao controle de nossos ímpetos, ela se propunha A debelar-se contra o nosso insipiente anarquismo.

  • a)Ela atribuía o sentido da velha frase ao propósito de refrear nossos atos de fraglante  flagrante indisciplina.

    b)Ao ouvir aquela frase, de que nunca mais me esqueci, soava-me a um só tempo tão justa quanto antipática. (nunca mais me esqueci de alguma coisa)

    c) O que essa frase me causa espécie está na pressuposição de haver nela uma justa distribuição dos espaços de liberdade. (sem sentido a redação da frase)

    d) Com vistas ao controle de nossos ímpetos, ela se propunha a debelar-se contra o nosso insipiente anarquismo. (ela se propunha a alguma coisa)

  • Na verdade, a alternativa C não está mal estruturada, a correção a ser feita é a seguinte:
     
    O que NESSA frase me causa espécie está na pressuposição de haver nela uma justa distribuição dos espaços de liberdade. 
  • LETRA D
    Discordo do colega acima quanto a letra e. O verbo "porpor" possui as duas transitividades. Acredito que o erro esteja no uso do verbo "debelar", que não é pronominal - usado inapropriadamente, talvez por semelhança com o verbo "rebelar". Segundo o Aulete Digital, "debelar" é:
    "1  Vencer numa guerra ou luta com armas, derrotar; impor sua vontade ou autoridade sobre (alguém) pelo uso da força, dominar; conter, reprimir (ação de opositor): Os policiais debelaram a rebelião. 
     2
      Pôr fim a (algo ruim) (tb. Fig.); EXTINGUIR: debelar fogo: debelar doença: "...arrimando o firme pensar, debelava a tristeza e aflição de ideias." (João Guimarães Rosa, Estas estórias): "Assim, debelariam os médicos as moléstias regionais..." (Cecília Meireles, Crônicas de educação 1)".
    E segundo o Houaiss 3.0:
    "1 vencer em luta armada; derrotar, sujeitar Ex.: os aliados debelaram o inimigo   2 (Derivação: por metáfora.) anular ação ou efeito de (algo considerado maléfico); extinguir, reprimir, suplantar Exs.: d. uma doença, uma crise, uma quadrilha; d. um sistema econômico".
  • InCipiente = IniCiante

    InSipiente = Ignorante

  • Trocar flagrante por "fraglante" é sacanagem. 

  • Gente, a letra D não faz sentido algum... 

  • a)Ela atribuía o sentido da velha frase ao propósito de refrear nossos atos de fraglante indisciplina. FLAGRANTE

     b)Ao ouvir aquela frase, que nunca mais me esqueci, soava-me a um só tempo tão justa quanto antipática. VTI +DE

     c)O que essa frase me causa espécie está na pressuposição de haver nela uma justa distribuição dos espaços de liberdade.

     d)Afirmo, sem tergiversar: custa-me crer que disponhamos todos dos mesmos meios para preservar nossa liberdade.

     e)Com vistas ao controle de nossos ímpetos, ela se propunha debelar-se contra o nosso insipiente anarquismo. VTI+ A

  • InCipiente = IniCiante

    InSipiente = Ignorante


ID
37720
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.

Liberdade minha, liberdade tua
     Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro". Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões inteiramente egoístas.

    Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?

     Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.

                                                                                                                          (Valdeci Aguirra, inédito)




É preciso corrigir, por incoerente, a redação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • a) A menos que se considere a realidade prática, nos ideais buscamos projetar os valores que a aperfeiçoam.
  • Comentário objetivo:

    A alternativa incorreta (incoerente) é a alternativa A, que deveria ser escrita da seguinte forma:

    a) A menos que se considere a realidade prática, nos ideais buscamos projetar os valores que a OS (ideais) aperfeiçoariam.

  • discordo do amigo...

    a) a menos que se considere a realidade prática, nos ideais BUSCAREMOS projetar os valores que a aperfeiçoarim.

    o "a" está correto, se refere a "realidade prática"
  • A) A menos que se considerasse (pretérito imperfeito do subjuntivo) a realidade prática, nos ideais buscamos projetar os valores que a aperfeiçoariam (futuro do pretérito). 



    Obs: nesse caso, deve-se atentar para a correlação dos tempos verbais.  



    Bons estudos!
  • FCC te amo

  • Apesar de haver 3 comentários dados como mais úteis do que o de João Filho (até este momento), o correto é o dele.

  • Letra A

    A menos que se considere a realidade prática, nos ideais buscamos projetar os valores que A APERFEIÇOE.

  • É preciso corrigir, por incoerente, a redação da seguinte frase:


ID
37723
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.

Liberdade minha, liberdade tua
     Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro". Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões inteiramente egoístas.

    Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?

     Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.

                                                                                                                          (Valdeci Aguirra, inédito)




Atente para as frases abaixo.

I. Todos queremos defender nossa liberdade, tornar-lhe imune a qualquer restrição, proclamar-lhe aos quatro ventos.

II. Sim, o egoísmo é uma inclinação natural, mas acatar-lhe é curvar-se a um instinto primitivo; cumpre, a todo custo, restringi-lo a violência.

III. As palavras daquela frase ressoaram fortemente em nossa consciência arrogante, abalaram-na, retiraram-lhe o falso triunfalismo.

Está plenamente adequado o emprego de pronomes em

Alternativas
Comentários
  • I. Todos queremos defender nossa liberdade, tornar-lhe imune a qualquer restrição, proclamar-lhe aos quatro ventos. (ERRADA) correção: TORNA-LAII. Sim, o egoísmo é uma inclinação natural, mas acatar-lhe é curvar-se a um instinto primitivo; cumpre, a todo custo, restringi-lo a violência. (ERRADA) correção: ACATA-LOIII. As palavras daquela frase ressoaram fortemente em nossa consciência arrogante, abalaram-na, retiraram-lhe o falso triunfalismo. (CORRETO)
  • I. Todos queremos defender nossa liberdade, tornar-lhe imune a qualquer restrição, proclamar-lhe aos quatro ventos. (ERRADA).    Os verbos são transitivos diretos e não admitem o pronome "lhe" - o correto é torná-la e  proclamá-la.

    II.Sim, o egoísmo é uma inclinação natural, mas acatar-lhe é curvar-se aum instinto primitivo; cumpre, a todo custo, restringi-lo a violência. (ERRADA)   O verbo é transitivo direto e não admite o pronome "lhe"- o correto é acatá-lo.

    III.As palavras daquela frase ressoaram fortemente em nossa consciênciaarrogante, abalaram-na, retiraram-lhe o falso triunfalismo. (CORRETA)
  • Comentário objetivo:

    I. Todos queremos defender nossa liberdade, tornar-lhe TORNÁ-LO imune a qualquer restrição, proclamar-lhe PROCAMÁ-LO aos quatro ventos.

    II. Sim, o egoísmo é uma inclinação natural, mas acatar-lhe ACATÁ-LO é curvar-se a um instinto primitivo; cumpre, a todo custo, restringi-lo a violência.

    III. As palavras daquela frase ressoaram fortemente em nossa consciência arrogante, abalaram-na, retiraram-lhe o falso triunfalismo. CORRETA.

  • Para mim, a C também está incorreta.
    Pois quem retira, retira algo DE alguém. O pronome lhe substitui a preposição A e não DE.
    O correto, para mim, seria: As palavras daquela frase ressoaram fortemente em nossa consciência arrogante, abalaram-na, dela retiraram o falso triunfalismo.

    E aí, o que acham?
  • Na frase: "Sim, o egoísmo é uma inclinação natural, mas acatar-lhe é curvar-se a um instinto primitivo; cumpre, a todo custo, restringi-lo a violência.", o termo LO não deveria ser substituído por "LHE" (restringir a violência do egoísmo)?

  • Daniel,
    o A que antecede violência não se trata de artigo, mas sim de uma preposição.

    Quem restringe, restringe alguém A algo.
    Caso existisse um artigo ocorreria crase.

    espero ter ajudadoooo!!!! 

ID
37750
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A  questão,  baseiam-se no texto apresentado abaixo. 

                                                Acerca de Montaigne 

     Montaigne, o influente filósofo francês do século XVI, foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento, foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo ardente e a vontade. Seu conservadorismo aproxima-se, sob certos aspectos, do que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. 
     Na concepção política de Montaigne, o indivíduo deve ser deixado livre dentro do quadro das leis, e a autoridade do Estado deve ser a mais leve possível. Para o filósofo, o melhor governo será o que menos se fizer sentir; assegurará a ordem pública sem invadir a vida privada e sem pretender orientar os espíritos. Montaigne não escolheu as instituições sob as quais viveu, mas resolveu respeitá-las, a elas obedecendo fielmente, como achava correto num bom cidadão e súdito leal. Que não lhe pedissem mais do que o exigido pelo equilíbrio da razão e pela clareza da consciência. 

                                                                  (Adaptado da introdução aos Ensaios, de Montaigne. Trad.
                                                                       de Sergio Milliet. S. Paulo: Abril, Os Pensadores, 1972.) 

Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • creio que o erro da alternativa ``e`` seja a colocacao pronominal, pois a regra diz que, quando usamos o pronome pessoal reto ou o sujeito expresso, a próclise é obrigatória.

    assim temos:

    e) Montaigne (sujeito expresso) pronuncia-se se pronuncia contra as restrições, quando as mesmas ocorrem na vida privada, com exigências contrárias à razão de sua consciência.

  • Homer, acho que voce está equivocado.
    Pronomes pessoais e de tratamento não são atrativos, porém ACEITAM (e não exigem) a próclise quando forem sujeito expresso. (sujeito expresso, ao contrário do que foi exposto por você, não exige próclise, apenas a aceita)

    Exemplo "clássico"

    Ele casou-se (não atrai o pronome)
    Ele se casou (mas como é sujeito expresso na oração, aceita a próclise)


    Perguntaram a um profressor se o correto era "ele se casou" ou "ele casou-se", e resposta foi:
    "Tanto faz, de qualquer forma ele se lascou-se"
    :P
  • GABARITO D. O aspecto liberal do pensamento de Montaigne revela-se, sobretudo, quando defende a esfera individual e os valores da vida privada.
  • acredito que os erros sejam os seguintes:
    a) encontraM-se
    b) admitiA
    c) viGentes
    d) CORRETO
    e) "as mesmas" não pode ser utilizada

    fundamentação da letra "e":
    segundo RODRIGO BEZERRA: "é condenável o emprego dos demonstrativos "mesmo(s), mesma(s)"em função substantiva. Tal fato se dá, porque não são próprias de tais pronomes funções como 'sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc.' "
    lembrando que pronome substantivo é aquele usado para substituir o pronome, enquanto que o pronome adjetivo é aquele usado apenas para acompanhar o nome. na letra "e" a expressão "as mesmas" substitui "restrições", o que faz com que seja um pronome substantivo. como dito acima, nesses casos não se deve usar o pronome "mesmo(s), mesma(s)".
  • Alguém me tira uma dúvida por obséquio. 

    • d) O aspecto liberal do pensamento de Montaigne revela-se, sobretudo, quando defende a esfera individual e os valores da vida privada.
    A vírgula não afasta pronome? Por que o correto não seria se revela ao invés de revela-se?

  • Caro Guilherme,


    acerca do uso da vírgula na opção "d": o uso da vírgula vai ser permitido em termos explicativos, conclusivos, enfáticos, retificativos.

  • Letra E:  Montaigne pronuncia-se contra as restrições, quando as mesmas ocorrem na vida privada, com exigências contrárias à razão de sua consciência.

    Via  de  regra,  a  oração  subordinada  adverbial,  quando posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente.

  • A) Como sugere o autor do texto, encontra-se em Montaigne raízes de um pensamento liberal, vindo a se constituir propriamente no século XIX.

    ENCONTRAM-SE = PA = CONCORDA COM O OBJETO RAÍZES

    Não sei se estou certa, mas não entedi esse EM

     b) Ainda quando não admitisse interferência do Estado na vida privada, de modo algo paradoxal, Montaigne obedecia lealmente a essas leis. ADMITIA

     c)Se Montaigne não foi responsável pelas instituições vijentes, por outro lado também as acatava, como súdito bom e fiel que prezava ser. VIGENTES LEMBREI DE VIGOR

     d)O aspecto liberal do pensamento de Montaigne revela-se, sobretudo, quando defende a esfera individual e os valores da vida privada.

     e)Montaigne pronuncia-se contra as restrições, quando as mesmas ocorrem na vida privada, com exigências contrárias à razão de sua consciência. NAÕ PODE ISSO

  • A letra e) está errada, pois não se deve usar a palavra "mesmo" como pronome pessoal.

     

     

    melhor construção seria dispensar "AS MESMAS" ou substituir a expressão por ELAS:

     

    Montaigne pronuncia-se contra as restrições, quando ocorrem na vida privada, com exigências contrárias à razão de sua consciência.

     

    Montaigne pronuncia-se contra as restrições, quando elas ocorrem na vida privada, com exigências contrárias à razão de sua consciência.

     

     

     

  • SOBRE O ERRO DA LETRA ''E'':

    As expressões ''os mesmos'' e ''os próprios'' podem atuar como pronomes de REFORÇO, jamais como pessoais.

    Ex: Ela mesma/própria fez o bolo.

    Ex: Eles mesmos/próprios comandaram o protesto.

    Observem que, como o próprio nome sugere, eles têm a função de dar ênfase à ideia e, por conseguinte, são DESCARTÁVEIS da estrutura.

    No entanto, em ''Montaigne pronuncia-se contra as restrições, quando AS MESMAS ocorrem (...)'', ''as mesmas'', ao SUBSTITUIR ''restrições'', funciona como pronome pessoal, o que é condenado pela norma-padrão da língua portuguesa. 

    O mais adequado para a correção gramatical seria, pois, ''Montaigne pronuncia-se contra as restrições, quando ELAS ocorrem na vida privada, com exigências contrárias à razão de sua consciência''.

  • Na letra e "as mesmas" não pode ser usado pra retomar algo dito anteriormente, erro muito cometido por todos nós por sinal


ID
44305
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o segmento do texto inteiramente correto quanto às normas da língua escrita formal.

Alternativas
Comentários
    •  a) O termo "quarteirização" designa um método de resolução de problemas de que a modernidade trouxe e muitas empresas ainda não se deram conta.
    •  b) Essa estratégia possibilita aos empresários de se dedicarem apenas ao seu negócio, sua atividade-fim, deixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de uma empresa especializada.
    •  c) Um exemplo para se entender a quarteirização e como ela funciona está na Rodoviária Tietê, na cidade de São Paulo, pertencente à prefeitura. Como essa não dispõe do conhecimento necessário para administrar a rodoviária, contrata uma empresa que subcontratará outras para o serviço de segurança, alimentação, limpeza etc. CORRETA
    •  d) A quarteirização é o próximo estágio da terceirização, uma estratégia de otimização dos mercados produtores que buscam um quarto elemento da cadeia produtiva (PARA) os parceiros prestadores de serviços nas áreas que não são primordiais à sua atividade.
    •  e) A quarteirização advem (ADVÉM)da utilização das empresas já terceirizados, dos serviços profissionais e qualificados de uma quarta empresa, que desenvolverá serviços à empresa prestadora, ajudando-lhe e garantindo melhor desempenho na prestação de serviços do cliente final.
  • O comentario do colega nao esta de todo ruim nao.....vou apenas procurar melhorar a explicacao

    a) O termo "quarteirização" designa um método de resolução de problemas de que a modernidade trouxe e muitas empresas ainda não se deram conta.

    ao inves do de que o correto seria  os quais ou mesmo  que


    •  b) Essa estratégia possibilita aos empresários de se dedicarem apenas ao seu negócio, sua atividade-fim, deixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de uma empresa especializada.
    • Nao justifica-se uso da preposicao de riscada pel oamigo. nao tem nem nexo a opcao B
    •  c) Um exemplo para se entender a quarteirização e como ela funciona está na Rodoviária Tietê, na cidade de São Paulo, pertencente à prefeitura. Como essa não dispõe do conhecimento necessário para administrar a rodoviária, contrata uma empresa que subcontratará outras para o serviço de segurança, alimentação, limpeza etc. CORRETA
    •  d) A quarteirização é o próximo estágio da terceirização, uma estratégia de otimização dos mercados produtores que buscam um quarto elemento da cadeia produtiva(aqui entra uma virgula pois esta especificando o quarto elemento da cadeia produtiva) os parceiros prestadores de serviços nas áreas que não são primordiais à sua atividade.
    • fica assim:
    • A quarteirização é o próximo estágio da terceirização, uma estratégia de otimização dos mercados produtores que buscam um quarto elemento da cadeia produtiva ,  os parceiros de serviços nas áreas que não são primordiais à sua atividade.
    •  e) A quarteirização advem (ADVÉM)da utilização das empresas já terceirizados, dos serviços profissionais e qualificados de uma quarta empresa, que desenvolverá serviços à empresa prestadora, ajudando-lhe e garantindo melhor desempenho na prestação de serviços do cliente final.
    • Aqui esta certa a observacao do amigo. Advem escreve-se com acento ate' o final desse ano ainda.
    • Eu so' fico pasmo com esse pessoal que coloca ruim no comentario e nao diz porque fez isso... Se pode fazer melhor vamos colocar o conhecimento a mostra gente. Assim todo mundo se ajuda.
    • "Quem desdenha quer comprar"
    Espero ter melhorado o comentario
    bons estudos
  • Verdade Leoandro, e esses comentários ajudam tanto que algumas pessoas nem imaginam.
    Bons estudos a todos!
  • Só não soou bem aos meus ouvidos o seguinte trecho da letra c) Como essa não dispõe do conhecimento necessário para administrar a rodoviária, contrata uma empresa que subcontratará... Se o termo for correto,  é ao menos inusitado. Não seria "esta"?
  • Acertei. Marquei a c). Porém acho que tem um errinho na alternativa. Deveria haver um "e" depois de limpeza ou uma vírgula.


ID
67117
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o trecho do texto de Emir Sader (A nova toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana) foi transcrito com correção gramatical.

Alternativas
Comentários
  • Para mim, na parte "É no confronto com aqueles" da letra A há um erro pois deveria ser aquele.
  • a) Errada ! Atualmente, as alternativas de CONTRAPOSIÇÃO À HEGEMONIA enfrentam os dois pilares centrais do sistema dominante: o modelo neoliberal e a hegemonia imperial estadunidense. É no confronto com aqueles que se tem de medir o processo de construção de "outro mundo possível", para se analisar seus avanços, revezes, obstáculos e perspectivas. b) Errada ! De certa maneira, pode-se resumir os eixos que articulam o poder atual no mundo A PARTIR de três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e o da palavra. O primeiro reflete a política de militarização dos confl itos, em que os Estados Unidos acreditam dispor de superioridade inquestionável. c) Correta ! O segundo retrata a política neoliberal de mercantilização de todas as relações sociais e dos recursos naturais, que tem buscado produzir um mundo em que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra e cuja utopia são os grandes centros de compras. d) Errada ! O terceiro trata-se do monopólio da mídia privada no processo - profundamente seletivo e antidemocrático - de formação da opinião pública. Palco inicial da implantação do modelo neoliberal e sua vítima privilegiada, a América Latina passa por uma espécie de ressaca do neoliberalismo, com governos que rompem com o modelo e com outros que buscam readequações que LHES permitam não sucumbir com ele. e) Errada ! A região tem-se mostrado REFRATÁRIA À POLÍTICA de guerra infinita promovida pelos Estados Unidos. Internamente, a Colômbia, epicentro regional da política estadunidense, permanece isolada. No entanto, em seu conjunto, a América Latina produziu espaços de autonomia relativa no tocante a hegemonia econômica e política dos Estados Unidos, o que a torna o elo mais frágil da cadeia neoliberal no século XXI.
  • a contraposição à hegemonia

    b a partir

    c refratária à

    d que lhes

  • d) O terceiro TRATA-SE do monopólio... (errado)

        O terceiro TRATA do monopólio (Certo)

     

    "se" é indice de indeterminaçao do sujeito. Neste caso, o sujeito está expresso " o terceiro"


ID
68461
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo compõem parte de um texto adaptado do
editorial de Valor Econômico de 3/10/2007. Julgue-os quanto a
aspectos gramaticais.

Ao longo da última década, o Brasil alcançou uma formidável conquista na direção da universalização do ensino básico, segundo os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Alternativas
Comentários
  • Alguem encontrou o erro dessa questão? Para mim está tudo ok!
  • Pessoal, não quero entrar na questão dos "domicílios", mas o erro que eu achei no texto foi de concordância.Segundo os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios DIVULGADOS pelo Instituto...Também me pergunto: O que a vírgula faz depois de "Domicílios"??Pois o que são DIVULGADOS são os NÚMEROS.
  • Não há nada de errado com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.Poderia ser amostra de domicílios, de gafanhotos, de cabritos ou de qualquer outra coisa que se quisesse "identificar dados de uma parte, representando esta, um todo". Para quem não conhece, esta é a famosa PNAD. Sugiro fazer uma busca no google e se informar.O erro é de concordância, conforme já apontado pelos colegas.
  •  O erro da questão dar-se no primeiro período.

     Depois da palavra conquista(primeiro período do texto)caberia uma vírgula separando o termo (...),na direção da universalização do ensino básico,(...)que é o aposto da palavra conquista.

  • Amigos, vou tentar ajudar novamente ok?

    Ao longo da última década, o Brasil alcançou uma formidável conquista na direção da universalização do ensino básico, segundo os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    O erro ai foi porque a pesquisa que foi divulgada e nao o Insituto Brasileiro de Pesquisas

    vejam bem: Procurem o sujeito de divulgar, perguntem ao verbo

    quem foi divulgado?
    O instituto de pesquisas

    ou

    quem foi divulgada?
    A pesquisa.

    Portanto verbo concorda com o nucleo do seu sujeito. Pesquisa

    Ao longo da última década, o Brasil alcançou uma formidável conquista na direção da universalização do ensino básico, segundo os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    Saudacoes

    e BOns Estudos
     

  • ...Segundo os números da pesquisa nacional por amostras de domicílios divulgados pelo IBGE.
    O sujeito nao pode ser pesquisa, uma vez que não existe sujeito preposicionado.
    O erro é de concordância e vírgula indevida.
    =D Bons estudos!

  • Ao longo da última década, o Brasil alcançou uma formidável conquista na direção da universalização do ensino básico, segundo os números (núcleo do sujeito) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (não pode ser núcleo do sujeito pois está preposicionado) , (vírgula: não se separa sujeito e verbo) divulgado (deve concordar com o núcleo do sujeito: "números") pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.



    "... segundo os números da PNAD divulgados pelo IBGE." (CORRETO)

  • Ao longo da última década, o Brasil alcançou uma formidável conquista na direção da universalização do ensino básico, segundo os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

     

    quem alcançou uma formidável conquista na direção da universalização do ensino básico o Brasil

    o que foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticaos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

  • Divulgado refere-se aos números, logo deveria está no plural

    E quando eu me refiro a pesquisa ocorre erro no gênero.

  • Ai você acerta a questão e vem pros comentários e vê que apesar de ter acertado não tem nada a ver com o que você pensou... XD

    Preciso resolver mais questões de português apesar de estar acertando kkk


ID
68464
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo compõem parte de um texto adaptado do
editorial de Valor Econômico de 3/10/2007. Julgue-os quanto a
aspectos gramaticais.

Os números apresentados pelo IBGE, no entanto, mostram a outra face da moeda, além do louvável fato de que o país, hoje, consegue manter no ensino fundamental 97,6% da população na faixa etária de 7 a 14 anos.

Alternativas
Comentários
  • errei achando que havia crase "de 7 a 14 anos". não há:CRASE: PROMOÇÃO DE SEGUNDA À SEXTA ou DE SEGUNDA A SEXTA? Só há crase na correlação “de... a...” quando a preposição “de” aparece combinada com artigo, como em “da 1.ª à 4.ª série”. De outra forma, nada de crase.Como reforço, leia as frases abaixo, que deixam claro quando há ou não crase em “de... a...”."Leio de cinco a dez páginas por dia." (= de ... a ..., SEM CRASE)"O aumento será de 2% a 5%." (= de ... a ..., SEM CRASE)"Leia da página 5 à 10." (= da ... à ..., COM CRASE)"Ficou conosco de janeiro a dezembro." (= de ... a ..., SEM CRASE)"Ficou conosco do meio-dia à meia-noite." (= do ... à ..., COM CRASE)"O congresso vai de cinco a quinze de janeiro." (= de ... a ..., SEM CRASE)"O torneio vai da próxima segunda à sexta-feira." (= da ... à ..., COM CRASE)“Promoção de segunda a sexta-feira.” (= de... a..., SEM CRASE)http://portuguesnarede.blogspot.com/2008/02/crase-2-promoo-de-segunda-sexta-ou-de.html
  • Ótima colocação Kely.


ID
68467
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo compõem parte de um texto adaptado do
editorial de Valor Econômico de 3/10/2007. Julgue-os quanto a
aspectos gramaticais.

Os números do IBGE refletem, também o preço pago por essa universalização, que foi o comprometimento da qualidade do ensino ao longo da década passada e a grande deficiência das políticas dirigidas aos jovens de 15 anos ou mais.

Alternativas
Comentários
  • colegas,Creio que a palavra 'também' deveria estar entre vírgulas.Corrijam-me, por favor, caso não o seja.:)
  • Crix, "também" deveria estar entre vírgulas ou sem vírgula alguma. Nesse caso é opcional. Entretanto, caso use a primeira vírgula, a segunda é obrigatória.Os números do IBGE refletem, também, o preço pago por essa universalização...OUOs números do IBGE refletem também o preço pago por essa universalização...
  • Os números do IBGE refletem, também o preço pago por essa universalização, que foi o comprometimento da qualidade do ensino ao longo da década passada e a grande deficiência das políticas dirigidas aos jovens de 15 anos ou mais.


    Acredito que o erro foi a separação do complemento verbal.
    Não poderia haver a vírgula depois de reletem.
    Acredito 

  • Amigos Vou tentar ajudar ok?

    Os números do IBGE refletem, também o preço pago por essa universalização

    1.5 – NÃO SEPARE O VERBO DE SEUS COMPLEMENTOS
    Alguns verbos pedem complementos para que seu significado fique completo.

    Se esse complemento se ligar ao verbo diretamente, sem uso da preposição, será chamado de objeto direto. Caso o verbo exija o uso da preposição para se ligar ao complemento, esse complemento será chamado de objeto indireto.

    O complemento não deve ser separado por vírgula do verbo porque completa seu sentido:
    Joana vendeu sua casa.

    Verbo: vendeu - Complemento Verbal: sua casa

     Assim estariam corretas esss duas modalidades:

    Os números do IBGE refletem também o preço pago por essa universalização

    ou

    Os números do IBGE refletem ,também , o preço pago por essa universalização

    Pois ai no segundo caso a funcao sintatica de "tambem" mudaria para aposto explciativo, nesse caso sendo nao so' permitdo como obrigatorio o uso da virgula para destaca-lo.

    http://cesinha27a.wordpress.com/2011/05/15/saiba-quando-evitar-a-virgula/

    Espero que tenha ajudado

    e bons estudos
  • Os números do IBGE refletem, também o preço pago por essa universalização ( , ) erro 1 que foi o comprometimento da qualidade do ensino ( , ) ao longo da década passada ( , ) erro 2 e a grande deficiência das políticas dirigidas aos jovens de 15 anos ou mais.

  • houve um truncamento sintático no final do período, além da falta de vírgula.

  • Também ou está entre vírgulas ou não tem vírgulas, não existe "meio termo" - "1 vírgula só"

  •  esse "tambem" derruba tudo logo de cara

  • NÃO há obrigatoriedade de isolamento da palavra também entre vírgulas , porém não pode-se separar verbo do seu complemento como foi feito na assertiva

  • UM ERRO CLASSICO DE PONTUAÇÃO


ID
68470
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo compõem parte de um texto adaptado do
editorial de Valor Econômico de 3/10/2007. Julgue-os quanto a
aspectos gramaticais.

Uma radical mudança na qualidade das práticas ligadas ao ensino tornam-se fundamentais, não apenas para suprir uma demanda por mão-de-obra qualificada cada vez maior. Como política pública, ela deve ter como objetivo uma maior eqüedade de oportunidades entre brasileiros, seja eles pobres e ricos.

Alternativas
Comentários
  • O correto seria "Uma radical mudança ... TORNA-SE fundamental..."
  • Complementando...1. A grafia correta é EQUIDADE;2. Como política pública, ela deve ter como objetivo uma maior EQUIDADE de oportunidades entre brasileiros, SEJAM eles pobres e ricos. :)
  • Também há erro em: "Como política pública, ela deve ter como objetivo uma maior eqüedade de oportunidades entre brasileiros, SEJA ELES pobres e ricos."O correto seria: SEJAM ELES pobres e ricos
  • Todos os colegas citaram um erro visto. Eu vou citar mais um que acredito ser o último. Na últma linha, depois de " seja eles ", que o colega anterior já nos mostrou qual seria a forma certa, existe a expressão " pobres e ricos ". Bom, eu entendo que o certo não seria pobres E ricos e sim pobres OU ricos. A questão que nos dizer que não importa se uma pessoa é rica OU pobre, tem que se dá igual oportunidades a todas; ou seja, tem que se dá igual opoortunidade a todos os brasileiros, não importando se ele é rico OUUUUUUUU pobre. Como cada um citou um erro, temos agora todos os erros expostos para esclarecer que passou despercebido.
  • Ops.. "...para esclarecer quem passou despercebido".
  • O verbo concorda com o núcleo do sujeito.

    SUJEITO: Uma radical mudança na qualidade das práticas ligadas ao ensino.

    NÚCLEO: radical

  • Já começou mal:

    Uma radical mudança na qualidade das práticas ligadas ao ensino tornam-se fundamentais....


ID
68743
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminescência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
e dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade. (4º parágrafo)

A oração grifada acima denota, considerando-se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • Denota consequencia:o fato de milhoes de toneladas de sedimentos serem jogadas no rio, tem como consequencia sua inviabilidade de navegabilidade.
  • Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

    Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, = É O FATO (A CAUSA)

    inviabilizando sua navegabilidade. = É A CONSEQUÊNCIA DO FATO.

  • causa ---> milhões de toneladas de sedimentos no rio


    consequência ---> inviabilizando sua navegação

  • O fato de: Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio.

    Fez com que: inviabilizando sua navegabilidade.

    Gab: Letra C


ID
68755
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminescência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
e dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa permanente. (2º parágrafo)

Considere o emprego do verbo viver nas frases seguintes:

I. O vaqueiro sempre viveu da colheita de grãos e da criação de gado.

II. Muitas famílias viviam vida folgada ali, em meio à natureza.

III. Naquela comunidade, os avós viviam com filhos e netos na mesma casa. Está

correta a construção em

Alternativas
Comentários
  • Todas as assertivas da presente questão estão corretamente redigidas.

ID
72160
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem
horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório
por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante
timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório
apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com
os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser
notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo
psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o
analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele
acha que se sentir inferior é doença.

Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são
apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é
mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de
chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre
sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para
disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico.
Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha* existe um
tímido tentando se esconder, e dentro de cada tímido existe um
exibido gritando: "Não me olhem! Não me olhem!", só para
chamar a atenção.

O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando
entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para
sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é
dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no
lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma
noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio
destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode
fazer para embaraçá-lo.


* Atriz de TV muito extrovertida, identificada pela maquiagem e roupas
extravagantes.

(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

Na frase Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros (...), o segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido e a correção, por:

Alternativas
Comentários
  • Não obstante e apesar de são conjunções concessivas.Observe que nas concessivas parece que existe uma reclamação.
  • " Duas resposta possíveis, as conjunções NÃO OBSTANTE e CONQUANTO têm o mesmo valor de concessão."
  • Alguém sabe dizer se essa questão foi anulada, e se não foi qual o motivo? Pois a conjunção CONQUANTO também possui valor consessivo... foi a que marquei.
  • Eu também marquei a letra E. Mas, segundo o Prof. Décio Terror "Deve-se entender que “apesar de” transmite valor adverbial concessivo. Assim, eliminam-se as alternativas (A), pois “tendo em vista” transmite causa; (C), pois “em razão da” também transmite a ideia de causa.
    Além disso, exclui-se a alternativa (D), pois “inclusive” é palavra denotativa de inclusão, adição; portanto não cabe no contexto. Sobraram as alternativas (B) e (E), ambas com valor concessivo. Porém, deve-se observar que a conjunção “conquantoexige verbo, por iniciar obrigatoriamente uma oração; mas, na alternativa (E), há apenas o substantivo “timidez”. Portanto, a correta é a alternativa (B), pois a expressão “não obstante” pode iniciar um adjunto adverbial de concessão (não obstante a timidez), como o previsto neste contexto".
    Bons estudos

  • esse tipo de questao me deixa doidinha. e facil descartar as letras "a, c e d". agora adivinhar o porque da letra b e complicado kkkkkkk a explicacao do colega me deu uma luz. vou testar esse raciocinio em outras questoes!!!
  • Nas orações coordenativas os conectores são independentes. Ou seja, eles podem estar espalhados na oração (início, meio ou fim). Ademais, podem vim depois de vírgula, de ponto e vírgula e de ponto final. Isso não acontece com as orações subordinadas.

    Logo, os conectores das orações coordenadas podem se deslocar dentro da oração, pois são independentes da primeira oração. Veja:

    O Brasil é um país rico. Contudo o povo passa fome.

    O Brasil é um país rico, o povo, porém, passa fome.

    O Brasil é um país rico. O povo passa fome, não obstante.

    Resumo: nas orações coordenadas o conector pode se deslocar dentro da oração; o verbo estará, em regra, no modo indicativo; a oração coordenada é independente da oração principal.

    Nas orações subordinadas os conectores são dependentes (subordinativos). Ou seja, só podem vir no início da segunda oração. Ademais, só podem vir depois de vírgula. Além disso, as orações subordinadas pedem verbos no subjuntivo.

    Obs: os conectores das orações subordinadas estão proibidos de circularem pela oração. Esses só podem vir depois de vírgulas. Por quê? Caso viesse depois de ponto final, por exemplo, não seria oração subordinada e sim oração coordenada. Obs: ponto final encerra uma oração.

    Ex.: O Brasil é um país rico, ainda que o povo passe fome.

    Outra regra importante é a regra dos conectivos subordinativos antecedendo um verbo. Ou seja, o conectivo subordinativo pede verbo de imediato ou logo depois. Isso não acontece com os conectivos das coordenadas, pois eles podem aparecer em qualquer lugar da oração.

    Ex.: Eles continuaram fazendo os exercícios, NÃO OBSTANTE/CONQUANTO estivessem muito fatigados.

    O conectivo NÃO OBSTANTE pode ser adversativo (independente) e concessivo (dependente).

    "Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros (...),:

    Fazendo a alteração por conquanto não haveria verbo, o que prejudicaria a oração. Por isso da resposta letra "b". Vale lembrar que não obstante pode ter valor adversativo.

  • eu fiz a mesma coisa.


ID
72883
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A tribo que mais cresce entre nós

A nova tribo dos micreiros* cresceu tanto que talvez já não
seja apenas mais uma tribo, mas uma nação, embora a
linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam ao seu
objeto de culto sejam quase de uma seita. São adoradores que
têm com o computador uma relação semelhante à do homem
primitivo com o totem e o fogo. Passam horas sentados, com o
olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas,
trocando não só o dia pela noite, como o mundo pela realidade
virtual.

Sua linguagem lembra a dos funkeiros** em quantidade de
importações vocabulares adulteradas, porém é mais ágil e rica,
talvez a mais rápida das tribos urbanas modernas. Dança quem
não souber o que é BBS, modem, interface, configuração,
acessar e assim por diante. Alguns termos são neologismos e,
outros, recriações semânticas de velhos significados, como
janela, sistema, ícone, maximizar.
No começo da informatização das redações de jornal,
houve um divertido mal-entendido quando uma jovem repórter
disse pela primeira vez: "Eu abortei!". Ela acabava de rejeitar
não um filho, mas uma matéria. Hoje, ninguém mais associa
essa palavra ao ato pecaminoso. Aborta-se tão impune e
freqüentemente quanto se acessa.
Nada mais tem forma e sim "formatação". Foi-se o tempo
em que "fazer um programa" era uma aventura amorosa. O
"vírus" que apavora os micreiros não é o HIV, mas uma
intromissão indevida no "sistema", outra palavra cujo sentido
atual nada tem a ver com os significados anteriores. A geração
de 68 lutou para derrubar o sistema; hoje o sistema cai a toda
hora.

Alguns velhos homens de letras olham com preconceito
essa tribo, como se ela fosse composta apenas de jovens, e
ainda por cima iletrados. É um engano, porque há entre os
micreiros respeitáveis senhoras e brilhantes intelectuais. Falar
mal do computador é tão inútil e reacionário quanto foi quebrar
máquinas no começo da primeira Revolução Industrial. Ele veio
para ficar, como se diz, e seu sucesso é avassalador. Basta ver
o entusiasmo das adesões.

(Zuenir Ventura, Crônicas de um fim de século)

* micreiros = usuários de microcomputador.
** funkeiros = criadores ou entusiastas da música funk.

Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras da frase:

Alternativas
Comentários
  • As correções são:a) perniciososb) incorporação-induzc) corretad) vocabulárioe) apocalipse-pesquisador
  • a) É costume discriminar-se os jovens, e a razão maior está em serem jovens, e não em alguns de seus hábitos que fossem em si mesmos PERNICIOSOS. b) A INCORPORAÇÃO de um novo léxico é uma das conseqUências de todo amplo avanço tecnológico, já que este INDUZ à criação ou recriação de palavras para nomear novos referentes. c) CORRETA. d) Os MAL-entendidos são fatais quando ainda não se tem destreza numa nova linguagem, quando ainda não se está familiarizado com um novo VOCABULÁRIO. e) Muita gente letrada e idosa aderiu ao uso do computador, considerando-o não um sinal do APOCALIPSE, mas uma ferramenta revolucionária na execução de tarefas, um instrumento útil para qualquer PESQUISADOR.
  • Somente organizando os comentários anteriores e atualizando a resposta conforme Novo Acordo Ortográfico.

    Gabarito: Assertiva c)

    a) É costume discriminar-se os jovens, e a razão maior está em serem jovens, e não em alguns de seus hábitos que fossem em si mesmos (pernisciosos) perniciosos.
    b) A (encorporação) incorporação de um novo léxico é uma das (conseqüências) consequências de todo amplo avanço tecnológico, já que este (indus) induz à criação ou recriação de palavras para nomear novos referentes.
    c) Um pequeno glossário, capaz de elucidar a nova terminologia da informática, contribui muito para afastar os percalços do caminho dos usuários iniciantes, aturdidos com tanta novidade.
    d) Os (maus-entendidos) mal-entendidos são fatais quando ainda não se tem destreza numa nova linguagem, quando ainda não se está familiarizado com um novo (vocabulario) vocabulário.
    e) Muita gente letrada e idosa aderiu ao uso do computador, considerando-o não um sinal do (apocalípse) apocalipse, mas uma ferramenta revolucionária na execução de tarefas, um instrumento útil para qualquer (pesquizador) pesquisador.

  • Letra D: Mal-entendidos seria um advérbio, portanto:

    3) Verbo / Advérbio / Interjeição:  
    São  elementos  invariáveis,  portanto,  quando  formarem  um  substantivo
    composto, continuarão invariáveis.
    pica-pau = pica-paus  beija-flor = beija-flores
    alto-falante = alto-falantes  abaixo-assinado = abaixo-assinados
    salve-rainha = salve-rainhas  ave-maria = ave-marias


ID
72901
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Carta aberta à assembléia geral das Nações Unidas*

Os representantes de 55 governos, reunidos na segunda
Assembléia Geral das Nações Unidas, terão sem dúvida
consciência do fato de que, durante os dois últimos anos -
desde a vitória sobre as potências do Eixo - não se fez nenhum
progresso sensível rumo à prevenção da guerra, nem rumo ao
entendimento em campos específicos, como o controle da
energia atômica e a cooperação econômica na reconstrução de
áreas devastadas pela guerra.

A ONU não pode ser responsabilizada por esses
malogros. Nenhuma organização internacional pode ser mais
forte do que os poderes constitucionais que lhe são conferidos,
ou do que os membros que a compõem desejam que seja. Na
verdade, as Nações Unidas são uma instituição extremamente
importante e útil, contanto que os povos e governos do mundo
se dêem conta de que a ONU nada mais é que um sistema de
transição para a meta final, que é o estabelecimento de um
poder supranacional, investido de poderes legislativos e
executivos suficientes para manter a paz. O impasse atual
reside na inexistência de uma autoridade supranacional
suficiente e confiável. Assim, os líderes responsáveis de todos
os governos são obrigados a agir na presunção de uma guerra
eventual. Cada passo motivado por essa presunção contribui
para aumentar o medo e a desconfiança gerais, apressando a
catástrofe final. Por maiores que sejam os armamentos
nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum
país, nem garantem a manutenção da paz.

* Trecho de carta escrita em 1947

(Albert Einstein, Escritos da maturidade.)

Por maiores que sejam os armamentos nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum país, nem garantem a manutenção da paz.

Alterando-se os tempos das formas verbais sublinhadas, mantém-se uma adequada articulação temporal na seguinte seqüência:

Alternativas
Comentários
  • pretérito imperfeito do subjuntivo se combina com futuro do pretérito
  • Comentário objetivo:

    a) fossem - gerariam - garantiriam

    b) venham a ser - gerarão - garantirão

    c) tenham sido - geraram - garantiram

    d) fossem - gerariam - garantiriam

    e) venham a ser -
    gerarão - garantirão
  • A - Pretérito Imperfeito do Subjuntivo- Futuro do Pretérito- Futuro do Pretérito

  • DICA: Toda vez que uma oração possuir conjugação -RIA a outra, obrigatoriamente, deverá conter -SSE e vice-versa.


ID
74245
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leis para indigentes morais

Acaba de chegar a Massachussets um grupo de
adolescentes sudaneses que viajaram diretamente da Idade da
Pedra, ou quase, para a América do século XXI. São cinco mil
refugiados, que estão sendo distribuídos pelos EUA. Para
muitos, a viagem de avião é a primeira experiência em um
transporte motorizado.

Qual será o maior estranhamento para esses
jovens? A neve e a calefação? Os celulares? A Internet? (...)
O susto virá da quantidade de leis formais
detalhadas e explícitas que regram a vida americana, enquanto
a vida da tribo era regrada por poucas normas quase sempre
implícitas - ou seja, pela confiança de todos numa moral
comum tácita.

Nossas leis tornam-se cada vez mais detalhadas,
pois há a idéia de que um código exaustivo garantiria o
funcionamento de uma comunidade justa. De fato, essa
proliferação revela a angústia de uma cultura insegura de suas
opções morais. Por sermos indigentes morais, compilamos uma
casuística da qual esperamos que diga exatamente o que fazer
em cada circunstância. O dito legalismo da sociedade
americana, tão freqüentemente denunciado, é apenas o sinal
dessa indigência.

A tentativa de animar uma comunidade por uma
lengalenga de leis testemunha a fraqueza do vínculo social. Não
podemos confiar numa inspiração moral compartilhada, por isso
inventamos regras para ter, ao menos, muitas obrigações
comuns.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo: Publifolha,
2004, pp. 66/68)

No contexto da frase O dito legalismo da sociedade americana, tão freqüentemente denunciado, é apenas o sinal dessa indigência, os termos sublinhados têm, respectivamente, o sentido de

Alternativas
Comentários
  • No contexto da frase O dito legalismo da sociedade americana, tão freqüentemente denunciado, é apenas o sinal dessa indigência, os termos sublinhados têm, respectivamente, o sentido deDitoadj. Que se disse; mencionado, referido.S.m. Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disseSinônimos de DitoDito: adágio, anexim, apotegma, declarado, ditado, enunciado, máxima, proferido, pronunciado, provérbio e rifãoDenunciadov.t. Apontar alguém como autor de crime; delatar. / Oferecer (o promotor) a denúncia. / Anular, romper, participar o termo de (falando-se de tratados internacionais). / Indicar, revelar.Sinônimos de DenunciadoDenunciado: acusado, criminado, culpado, indiciado e réuIndigências.f. Penúria, pobreza extrema: morrer na indigência.Os indigentes em geral: socorrer a indigência.Fig. Falta ou carência de qualidades morais ou intelectuais: indigência de espírito.Sinônimos de IndigênciaIndigência: carência, miséria, penúria, pobreza, privação e tanga
  • Dito = chamado

    Denunciado = acusado

    Indigência = penúria

    Correta : b = chamado - acusado - penúria, BONS ESTUDOS !!!!

  • Dito - chamado, mencionado

    Denunciado - Acusar, acusado

    Indigência - Penúria

     

    Resposta Letra B

    Bons Estudos Pessoal !!

     

    Paulo.


ID
74260
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leis para indigentes morais

Acaba de chegar a Massachussets um grupo de
adolescentes sudaneses que viajaram diretamente da Idade da
Pedra, ou quase, para a América do século XXI. São cinco mil
refugiados, que estão sendo distribuídos pelos EUA. Para
muitos, a viagem de avião é a primeira experiência em um
transporte motorizado.

Qual será o maior estranhamento para esses
jovens? A neve e a calefação? Os celulares? A Internet? (...)
O susto virá da quantidade de leis formais
detalhadas e explícitas que regram a vida americana, enquanto
a vida da tribo era regrada por poucas normas quase sempre
implícitas - ou seja, pela confiança de todos numa moral
comum tácita.

Nossas leis tornam-se cada vez mais detalhadas,
pois há a idéia de que um código exaustivo garantiria o
funcionamento de uma comunidade justa. De fato, essa
proliferação revela a angústia de uma cultura insegura de suas
opções morais. Por sermos indigentes morais, compilamos uma
casuística da qual esperamos que diga exatamente o que fazer
em cada circunstância. O dito legalismo da sociedade
americana, tão freqüentemente denunciado, é apenas o sinal
dessa indigência.

A tentativa de animar uma comunidade por uma
lengalenga de leis testemunha a fraqueza do vínculo social. Não
podemos confiar numa inspiração moral compartilhada, por isso
inventamos regras para ter, ao menos, muitas obrigações
comuns.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo: Publifolha,
2004, pp. 66/68)

Essa proliferação de leis revela a angústia de uma cultura insegura de suas opções morais.

Caso se substitua, na frase acima, o termo insegura por

Alternativas

ID
74443
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A economia vai devorar o planeta?

Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades
humanas sobre a natureza é real. A salvação do planeta
passaria necessariamente pelo fim do crescimento de
economias e populações, além da adoção de uma economia
ecológica ? com a reforma dos sistemas de produção de
alimentos, materiais e energia. Uma economia ambientalmente
sustentável seria movida por fontes renováveis de energia:
eólica, solar e geotérmica. A eletricidade eólica seria usada para
produzir hidrogênio. As estruturas atuais de gasodutos fariam o
transporte do gás que moveria a frota de automóveis. Nesse
sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em
grande parte as atividades extrativistas.

Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários
mundiais precisariam ser reformulados, de modo a oferecer
subsídios à reciclagem e à geração de energia limpa e
renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de
combustível fóssil.

No entanto, sem estacionar a população mundial,
nenhuma mudança terá realmente efeito. Mais pessoas
requerem mais comida, mais água, mais espaço, bens, serviços
e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o
crescimento da população mundial não é tão simples. O
tamanho das famílias, em muitos países, está ligado à maneira
como os casais encaram o sexo e a virilidade.
O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais
tornam a adoção da ecoeconomia uma tarefa gigantesca e
muito distante de ser realizada. O aumento da temperatura
global, a superpopulação e a contaminação dos ecossistemas
mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os
efeitos que eles criam, com medidas de alcance global.
Pequenas substituições e correções de rumo em alguns setores
não constituem uma solução. Com 6 bilhões de pessoas no
mundo, até metas mais óbvias, como deter o nível de
desflorestamento, parecem distantes.


(Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de
2004, p. 69)

A salvação do planeta passaria necessariamente pelo fim do crescimento de economias e populações, além da adoção de uma economia ecológica ... (início do texto)

A única substituição do segmento grifado na frase acima que compromete seu sentido original é:

Alternativas
Comentários
  • Todas as subsituições dão sentido de Adição. Só a Letra B que da idéia de exclusão.

  • Incorreta B. (ideia de exclusão, adversidade).
    As conjunções, com exceção da letra B, são consideradas orações coordenadas sindéticas aditiva - ideia de soma, adição. Principais conjunções: e, nem, mas também, senão tmbém, mas ainda, etc. 

ID
74653
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Está adequado o emprego da expressão sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  • Correta: b - modificar (retificar) o voto para passar a acompanhar a decisão; -> na letra "e" o certo seria retificar; a banca reviu, ou seja, alterou o voto;
  • Para mim a letra C também está correta.c) Em vista da notoriedade de seu mau caráter, ninguém se surpreendeu quando assumiu a responsabilidade pela trapaça que havia feito.Oras, se todos sabiam que ele era um mau caráter, não há por que se espantarem quando ele assumiu a trapaça.
  • A questão não quer apenas correção gramatical, mas também coesão e coerência na frase. Vejamos:

    a) "...partilhamos do mesmo julgamento, logo: teus argumentos SOMAM-SE aos meus".

    b) Não haverá como mantê-lo em nosso partido a menos que você passe a acompanhar-nos em nossa decisão, MUDANDO (retificando) seu voto. (correta)

    c) Em vista (...) de seu mau caráter, ninguém se surpreendeu quando NÃO assumiu a responsabilidade pela trapaça...”.

    d) Ele se mostra INTOLERANTE (INtransigente) apenas nos casos em que não lhe convém arredar pé da posição que esteja defendendo com o habitual denodo.

    e) A unanimidade na aprovação só foi alcançada porque a bancada de oposição reviu seu voto, MUDANDO (retificando) a decisão do líder, renitente adversário do projeto.
     

     

  • PORQUE A LETRA C ESTÁ ERRADA????????
  • a letra c) nao é coerente, pois o que todos esperavam era que ele (o mau carater) negasse a responsabilidade pela trapaça, assim seria normal as pessoas nao se surpreenderem, mas o que acontece é que ninguem se surpreende por algo inesperado: que ele, o mau carater, assumisse a responsabilidade pela trapaça.


ID
75001
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) atingiu sua
maioridade plena em março de 2009, já que sua vigência se
iniciou 180 dias após sua promulgação, em 11 de setembro de
1990. Primeiro regulamento específico do mercado de consumo
no Direito brasileiro, o CDC é um documento normativo
inovador pois, além de patrocinar uma mudança de paradigma
nas relações de consumo, cujo campo de atuação é bastante
amplo, serviu de inspiração para muitos países na construção
de suas leis.

A cada ano, diferentemente do que se imaginava no
início, vê-se que tanto os consumidores quanto as empresas
estão mais conscientes e seletivos em relação aos seus direitos
e deveres. Isso se deve ao crescimento e ao fortalecimento dos
órgãos públicos de defesa do consumidor, das entidades civis
de defesa, além da adoção de estratégias das empresas para
aprimorar seu canal de comunicação com a clientela.

Devemos comemorar a maioridade do Código ao
constatar que a sociedade brasileira conta com mecanismos
jurídicos adequados para a defesa de seus direitos. No entanto,
ainda há muito o que fazer para que se tenha um mercado de
consumo de qualidade, justo e equilibrado.

No século XXI é prioritária a necessidade de manter o
diálogo aberto entre todos os atores desse mercado, como a
principal ferramenta para a construção de práticas jurídicas
sociais e responsáveis, levando-se em conta a transparência e
os princípios éticos. As empresas devem ver no consumidor um
parceiro e aliado, e jamais tratá-lo como adversário, pois ele é
fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer
fornecedor. É importante também que o consumidor desenvolva
a consciência de seu papel e de sua importância para a
economia nacional. Para tanto, deve valorizar empresas
preocupadas com questões relativas à responsabilidade social e
ao desenvolvimento sustentável.


Mas só isso não basta, ele deve estar atento para suas
reais demandas e possibilidades, para o desperdício e o
desequilíbrio de seu orçamento doméstico. Ou seja, precisa
mudar seus hábitos de consumo, como, por exemplo,
economizar água e energia elétrica, separar o lixo para
reciclagem e também evitar compromissos com que não
consiga, posteriormente, arcar. Em outras palavras, o
consumidor consciente é aquele que leva em conta não só suas
necessidades pessoais ao consumir, mas o impacto que essa
ação possa trazer ao meio ambiente e ao bem-estar social.

(Maria Stella Gregori. O Estado de S. Paulo, B2 Economia, 6
de junho de 2009, com adaptações)

... ao constatar que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos adequados para a defesa de seus direitos. (3º parágrafo) A oração grifada acima denota no período noção de

Alternativas
Comentários
  • Uma dica para reconhecer a noçao de temporalidade na frase:- A expressão "Ao + verbo no infinitivo", sempre trará relaçao temporal.
  • Completando o raciocínio da colega, Supomos que um fato ocorrerá "...ao constatar ISSO".Tal coisa acontece QUANDO? QUANDO se constata isso.Ideia de tempo expressa.
  • AO CONSTATAR = NO MOMENTO QUE CONSTATOU

  • Observação importante: em algumas orações reduzidas, a forma nominal do verbo - notadamente o infinitivo - aparece antecedida de uma preposição. Esta combinação "preposição + forma nominal" estabelece relações semânticas bem lógicas. Logo, fica fácil identificar de que tipo de oração se trata. 

    Preposição POR + verbo no infinitivo: oração reduzida causal (indica a causa)

    Preposição PARA + verbo no infinitivo: oração reduzida final (indica a finalidade)

    Preposição A + verbo no infinitivo: oração condicional (indica condição, hipótese)

    Contração AO + verbo no infinitivo: oração reduzida temporal (indica o tempo)
  • Ao constatar = quando constatar, portanto ideia de tempo.
  • Q633808  Q408636

     

    CARGA SEMÂNTICA DO INFINITIVO:

     

     

    Ao + infinitivo = TEMPO

     

     

    por + infinitivo = CAUSA 

     

     

    para + infinitivo = FINALIDADE

     

     

    A + inifinitivo = CONDIÇÃO

     

     

    apesar de + infinitivo: CONCESSÃO 

     

     

     

     

     

     

     

    Q817672    Q789032    Q233884

     

     

     

    MACETES para desenvolver as orações reduzidas:

     

    1º coloque o conector (que)

     

    2º conjugue o verbo

     

     

    1 - Insira a conjunção integrante (que/se) ou pronome relativo.

     

    2 - Conjugue o verbo. 

     

     

     

     

     

     

    Q689294    Q25545

     

     

    As orações REDUZIDAS têm as seguintes características:

     

     

    - apresentam o verbo numa das formas nominais

     

    Gerúndio =  NDO     levando

     

    Particípio =  DO       caracterizada

     

     Infinitivo  = R

     

     

    - nunca são iniciadas por conjunções  (no caso das substantivas ou adverbiais) nem por pronomes relativos (no caso das adjetivas)

     

    - normalmente podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses conectivos

     

    - podem ser iniciadas por preposição ou locução prepositiva.

     

    FONTE: GRAMÁTICA DO PESTANA.

     

     

     

     

     

     

    Ex: Estudando muito, passarei num concurso (oração reduzida de gerúndio) 

     

    Desenvolvendo: Se estudar muito, passarei num concurso (oração subordinada adverbial condicional) 

     

     

     

     

     


     

     

  • quando ? Ao constatar ....

  • Conforme o professor Alexandre Soares -Alfacon-, AO+INFINITIVO = TEMPORALIDADE. É possível notar que é perfeitamente cabível à substituição pelas conjunções temporais ''QUANDO' ''NO MOMENTO''.


ID
75202
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A amizade

Uma amizade verdadeira possui tão grandes vantagens
que mal posso descrevê-las. Para começar, em que pode
consistir uma "vida vivível" que não encontre descanso na
afeição partilhada com um amigo? Que há de mais agradável
que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo?
De que seria feita a graça tão intensa de nossos sucessos, sem
um ser para se alegrar com eles tanto quanto nós? E em
relação a nossos reveses, seriam mais difíceis de suportar sem
essa pessoa, para quem eles são ainda mais penosos que para
nós mesmos.

Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram
só existem em função de uma única forma de utilização: as
riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as
honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles
se obter satisfação; a saúde, para não termos de padecer a dor
e podermos contar com os recursos de nosso corpo.
Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades.
Em qualquer direção a que a gente se volte, ela está lá,
prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna,
jamais embaraçosa. Por isso, como diz o ditado, "nem a água nem
o fogo nos são mais prestimosos que a amizade". E aqui não se
trata da amizade comum ou medíocre (que, no entanto,
proporciona alguma satisfação e utilidade), mas da verdadeira, da
perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais
maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque
comunicados e partilhados, seus golpes mais duros.

(Adaptado de Cícero, filósofo e jurista romano)

Atente para as seguintes afirmações:

I. A expressão nossos reveses (1º parágrafo) é empregada com sentido equivalente ao de golpes mais duros (3º parágrafo).

II. Em vez de podermos contar (2º parágrafo), o emprego da forma pudermos contar seria mais adequado à construção da frase.

III. Os termos comunicados e partilhados (3º parágrafo) referem-se ao termo anterior favores.

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. A expressão nossos reveses (1º parágrafo) é empregada com sentido equivalente ao de golpes mais duros (3º parágrafo).Em ambos os casos está se referindo às dificuldades da vida.II. Em vez de podermos contar (2º parágrafo), o emprego da forma pudermos contar seria mais adequado à construção da frase.Diferença entre podermos e pudermos:A primeira pertence ao Infinitivo Pessoal e usa-se sobretudo com preposições como para ou de, por exemplo em frases do tipo: "Para poderem escrever bem, devem ler muito!" ou "O fato de podermos sair mais cedo não obriga a que o façamos."A segunda corresponde ao Futuro do Subjuntivo e usa-se com as conjunções se e quando, em orações subordinadas condicionais ou temporais, como nestas frases: "Se puderem, leiam este livro durante as férias", ou "Quando pudermos, iremos ter contigo."Para as distinguir, convém notar que a diferença não é apenas visível, é também audível: nas flexões que se grafam com u (as do Futuro do Subjuntivo), o som do e é sempre aberto ("é"). Se o som do e, pelo contrário, for semi-fechado ("ê"), é garantido que a forma em causa se escreve com o.III. Os termos comunicados e partilhados (3º parágrafo) referem-se ao termo anterior favores.Ambos referem-se a "golpes mais duros".Pois a amizade torna mais maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porquecomunicados e partilhados, seus golpes mais duros.Os golpes mais duros da vida, por serem comunicados e partilhados, se tornam mais leves.
  • I. A expressão nossos reveses (1º parágrafo) é empregada com sentido equivalente ao de golpes mais duros (3º parágrafo). (CORRETO)II. Em vez de podermos contar (2º parágrafo), o emprego da forma pudermos contar seria mais adequado à construção da frase. (ERRADO)III. Os termos comunicados e partilhados (3º parágrafo) referem-se ao termo anterior favores. (ERRADO)Alternativa correta letra "A".
  • A frase I está correta, pois os reveses são entendidos como problemas, desgostos na vida. Podemos entender a palavra golpes também com esse mesmo sentido.

     

     

    A frase II está errada porque “podermos” está na forma nominal infinitiva, haja vista que se encontra em oração subordinada adverbial de finalidade reduzida (a preposição “para” introduz essa construção); já o verbo pudermos seria o futuro do subjuntivo e não caberia nesse contexto.

     

     

     

    Para entender que a frase III está errada, deve-se reescrever um fragmento da última frase na ordem direta: a amizade torna (...) mais leves seus golpes mais duros, porque comunicados e partilhados. Então são os golpes mais duros comunicados e partilhados, e não os favores. Portanto, a correta é a alternativa (A).

     

     

    Gabarito: A

     

    Prof Décio Terror


ID
75223
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A amizade

Uma amizade verdadeira possui tão grandes vantagens
que mal posso descrevê-las. Para começar, em que pode
consistir uma "vida vivível" que não encontre descanso na
afeição partilhada com um amigo? Que há de mais agradável
que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo?
De que seria feita a graça tão intensa de nossos sucessos, sem
um ser para se alegrar com eles tanto quanto nós? E em
relação a nossos reveses, seriam mais difíceis de suportar sem
essa pessoa, para quem eles são ainda mais penosos que para
nós mesmos.

Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram
só existem em função de uma única forma de utilização: as
riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as
honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles
se obter satisfação; a saúde, para não termos de padecer a dor
e podermos contar com os recursos de nosso corpo.
Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades.
Em qualquer direção a que a gente se volte, ela está lá,
prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna,
jamais embaraçosa. Por isso, como diz o ditado, "nem a água nem
o fogo nos são mais prestimosos que a amizade". E aqui não se
trata da amizade comum ou medíocre (que, no entanto,
proporciona alguma satisfação e utilidade), mas da verdadeira, da
perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais
maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque
comunicados e partilhados, seus golpes mais duros.

(Adaptado de Cícero, filósofo e jurista romano)

Pensador conseqüente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana.

O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por:

Alternativas
Comentários
  • Pensador conseqüente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana. Se alterarmos a ordem da frase ficará assim:A Cícero interessavam os valores essenciais da conduta humana e não lhe importavam as questões secundárias, por que ele era um pensador consequente.a) Conquanto fosse. Valor concessivob) Muito embora sendo. Valor concessivoc) Ainda quando fosse. Valor concessivod) Por ter sido. valor de Causae) Mesmo que tenha sido. Valor concessivoe) Mesmo que tenha sido. Valor concessivo
  • Pensador conseqüente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana. O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por: d) Por ter sido.
  • Resolvi a questão de um modo simples, usando a lógica.

    Percebi que os verbos estão no pretérito: "importavam" e "interessavam-lhe", logo, a única alternativa que está no pretérito é a D. Bons estudos a todos
  • a) Conquanto fosse. (Valor de concessão)

    b) Muito embora sendo. (Valor de concessão)

    c) Ainda quando fosse. ( Valor de concessão)

    d) Por ter sido. (correta)

    e) Mesmo que tenha sido. (Valor de concessão)  (V(999(ccccVAVAAAGVYTV(999iijjhghhh(ooopppppppppbggggg

  • A expressão “Pensador consequente” transmite valor de causa; por isso a alternativa correta é a D, pois a preposição “Por” também traduz o valor semântico de causa. Notem que todas as outras conjunções (“Conquanto”, ”Muito embora”, “Ainda quando”, “Mesmo que”) transmitem valor adverbial concessivo.
    Bons estudos


ID
75331
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável
e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram
acessórios de esportistas e, em casa, muita gente nem pensa
em tomar o líquido que sai da torneira - compra água em garrafas
ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo
de água mineral cresceu 145% - e passou a ocupar um
lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas.

O foco não está exatamente na água, mas na embalagem.
A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria
das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade
de gases, agravando o efeito estufa. Ao serem descartadas,
elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado.
Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas
de conscientização para esclarecer que, nas cidades em
que a água canalizada é bem tratada, o líquido que sai das torneiras
em nada se diferencia da água em garrafas. As campanhas
têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral
com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.

Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação
e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de
barris de petróleo em 2006. Esses processos produziram
2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases
do efeito estufa, poluição equivalente à de 455.000 carros rodando
normalmente durante um ano. O dano é multiplicado por
três quando se consideram as emissões provocadas por transporte
e refrigeração das garrafas.

O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens
de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas.
Como demoram pelo menos cem anos para degradar,
elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça
exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os
recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam
rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a
dengue. A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente
que, nas regiões nas quais não é recomendável consumir
água diretamente da torneira, quem tem poder aquisitivo
para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de
segurança. De acordo com relatório da ONU divulgado recentemente,
170 crianças morrem por hora no planeta devido a
doenças decorrentes do consumo de água imprópria.

(Adaptado de Rafael Corrêa e Vanessa Vieira. Veja. 28 de
novembro de 2007, p. 104-105)

... é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. (último parágrafo)

O segmento grifado acima denota, no período,

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me ajudar a entender a lógica dessa questão ? Marquei a letra " D " e errei. Meu raciocinio foi : ao serem descartadas de forma errada denota condição do problema das garrafas .Denotar: indicar, mostrar e significar
  • eu pensei assim "é o espaço que elas ocupam QUANDO são descartadas" (ao serem descartadas dá idéia de tempo = NO MOMENTO EM QUE SÃO DESCARTADAS..)logo,resposta a) tempo
  • Cara ANDREIA GONZAGA,O termo condição apresentado na opção "d" não se refere a uma "estado" ou "situação" da alguma coisa (ex: a casa está em péssimas condições portanto precisa de uma reforma.), mas sim a uma "circunstância sem a qual um evento não ocorre"Deste modo, é interessante pensar que as garrafas ocupam espaço mesmo antes delas serem descartadas (o demonstra que "ao serem descartas" não é uma condição), mas isso apenas se torna uma problema QUANDO elas são descartas (a partir deste momento) logo o segmento denota tempo.
  • esse tipo de questão é realmente meio subjetiva. eu marquei C conclusão. não poderia ser ..""ocupam assim que forem descartadas..."meio estranha...
  • Calma galera! É chata mesma, tentem fazer substituições com conjunções ou conectivos.Aí vem outra parte chata, lembrar o que a conjunção representa.Não é certeza, mas sempre quando vejo o a expressão "ao" eu consigo trocar por "quando"-conjunção temporal.Até aqui deu certo, tire sua dúvida com um professor.
  • Pessoal. A questão é simples. Vejam:


    O problema (comprovado e imediato) causado pelas embalagens de água é o espaço que elas ocupam.

     

    ... espaço que elas ocupam ao serem descartadas (= quando forem descartadas = no momento em que forem descartadas = na hora ou no tempo em que forem descartadas)

    OU SEJA, "ao serem descartada denota TEMPO.

    Letra A.

  • LETRA  A 

    BASTA INVERTER A FRASE NESSE TIPO DE QUESTÃO . 


    AO SEREM DESCARTADAS , É O ESPAÇO QUE ELAS OCUPAM ......

    QUANDO SÃO DESCARTADAS , É O ESPAÇO QUE ELAS OCUPAM ....

    NO TEMPO EM QUE SÃO DESCARTADAS , É O ESPAÇO QUE ELAS OCUPAM 
  • ao serem descartadas é uma oração subordinada adverbial temporal
    o "ao" funciona como uma conjunção que estabelece a ligação da oração da principal oração com essa que está sendo subordinada
    algumas pessoas conseguem resolver esse tipo de questão somente pela lógica conforme alguns colegas já explicaram acima
    para quem tem dificuldade, vale a pena estudar como identificar os tipos de orações e ver exemplos das conjunções utilizadas em cada

    Sugestão:
    http://www.gramaticaonline.com.br/texto/941/Ora%C3%A7%C3%B5es_subordinadas_adverbiais
  • "é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas." Neste caso, temos uma oração subordina adverbial tempora Reduzida de infinitivo, porque o representante deste tempo é o fragmento "Ao" que exprime idéia de tempo

  • Dica: AO + INFINITIVO sempre denota tempo

  • Sentidos das orações (macete)

    .

    .

    PARA + INFINITIVO = FINALIDADE - ex.: Para não persistirem os sintomas, tomou o remédio / “...na Antártida,para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.”

    .

    .

    POR (causa) + INFINITIVO = CAUSA ex.: Por persistirem os sintomas, procurou o médico.

    .

    .

    A + INFINITIVO = CONDIÇÃO ex.: A persistir os sintomas, procure um médico.

    .

    .

    AO + INFINITIVO = TEMPO ex.: Ao jogar futebol, ponha suas chuteiras vermelhas. = Quando jogar futebol...

  •  A + Infinitivo=  representa condição equivale ao "SE"

    AO + Infinitivo = representa tempo equivale ao "QUANDO" caso da questão. verbo SER no infinitivo (serem) GAB:A

    POR + infinitivo = representa causa equivale ao "PORQUE"

    PARA + infinitivo = representa finalidade equivale ao " PARA QUE"

  • DESCOMPLICA:

     

    Q633808  Q408636     Q24998

     

     

    CARGA SEMÂNTICA DO INFINITIVO:

     

     

    Ao + infinitivo = TEMPO

     

     

    por + infinitivo = CAUSA 

     

     

    para + infinitivo = FINALIDADE

     

     

    A + inifinitivo = CONDIÇÃO

     

     

    apesar de + infinitivo: CONCESSÃO 

     

     

     

     

     

     

     

    Q817672    Q789032    Q233884

     

     

     

    MACETES para desenvolver as orações reduzidas:

     

    1º coloque o conector (que)

     

    2º conjugue o verbo

     

     

    1 - Insira a conjunção integrante (que/se) ou pronome relativo.

     

    2 - Conjugue o verbo. 

     

     

     

     

     

     

    Q689294    Q25545

     

     

    As orações REDUZIDAS têm as seguintes características:

     

     

    - apresentam o verbo numa das formas nominais

     

    Gerúndio =  NDO     levando

     

    Particípio =  DO       caracterizada

     

     Infinitivo  = R

     

     

    - nunca são iniciadas por conjunções  (no caso das substantivas ou adverbiais) nem por pronomes relativos (no caso das adjetivas)

     

    - normalmente podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses conectivos

     

    - podem ser iniciadas por preposição ou locução prepositiva.

     

    FONTE: GRAMÁTICA DO PESTANA.

     

     

     

     

     

     

    Ex: Estudando muito, passarei num concurso (oração reduzida de gerúndio) 

     

    Desenvolvendo: Se estudar muito, passarei num concurso (oração subordinada adverbial condicional) 

     

     

     

     

     

  • (...) ao serem descartadas.

    (...) quando são descartadas.

    (...) depois que são descartadas.

    CONJUNÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL

  • Pelo que notei as bancas adoram perguntar sobre a reduzida temporal


ID
75361
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Brasil é um dos países mais preparados para responder
aos desafios da crise gerada pela alta de preços dos
alimentos. A agricultura brasileira pode produzir mais e atender
à demanda crescente de comida, devida principalmente à
expansão econômica de grandes países emergentes e à
incorporação de grandes massas de consumidores.

A nova situação dos preços tem efeitos dramáticos nos
países pobres e mais dependentes da importação de alimentos.
Os problemas causados por esse encarecimento podem
equivaler à perda de sete anos de programas de redução da
pobreza, segundo o presidente do Banco Mundial. Também o
diretor-gerente do FMI está preocupado com o risco de se
perder boa parte do esforço de resgate dos mais pobres.

Ainda não se pode, a rigor, falar em escassez de
comida. As cotações não dependem somente das quantidades
de fato comercializadas, mas também dos estoques, que
diminuíram depois de episódios de seca em algumas áreas
produtoras, especialmente na Austrália. Outro fator importante,
quanto à oferta, foi o aumento do uso do milho nos EUA para a
produção de etanol. Quanto à procura, o grande fator tem sido o
aumento da renda de milhões de trabalhadores na Ásia.

Ganhos maiores também resultam em novos hábitos,
como um maior consumo de carne. Assim, a procura de
alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um
desafio para os produtores e também para os plantadores de
soja e de cereais usados na fabricação de rações. Os
problemas no momento resultam essencialmente do aumento
muito veloz dos preços. Boa parte da população africana e das
áreas mais pobres da Ásia não ganha o suficiente para suportar
um grande aumento de gastos com alimentação.

No lado oposto estão os países com maior capacidade
de produzir alimentos. Enquanto muitos países importadores
enfrentam o agravamento das condições sociais e perdas na
balança comercial, os exportadores têm obtido ganhos comerciais
significativos. Não estão livres das pressões inflacionárias
originadas no mercado internacional, mas têm melhores condições
para se ajustar às novas conjunturas. O Brasil é um
desses países.

Há muito espaço para maiores investimentos na produção
agrícola. Para o Brasil, trata-se de aperfeiçoar políticas que
têm dado certo. Mas será preciso, também, contribuir para que
os países pobres, especialmente os da África, possam explorar
sua potencialidade agrícola. O Brasil tem uma respeitável
experiência na área da pesquisa agropecuária e pode partilhá-la
com outros países.

(O Estado de S. Paulo, A3, 12 de abril de 2008, com adaptações)

Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações. (4º parágrafo)

Está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Temos apenas duas oraçoes..."cresceu e criou"
  • Letra A) Duas orações coordenadas e uma subordinada.

    A procura de alimentos de origem animal cresceu naquele país (oração coordenada)

    A procura de alimentos de origem animal criou (oração coordenada e oração principal) um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações (oração subordinada substantiva objetiva direta).

  • Não entendi, não tem nenhuma conjunção subordinativa, como sabem que é subordinada??? Se alguém puder me ajudar.
  • Eu entendi da seguinte forma:
    "Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações. (4º parágrafo)"

    Trata-se de um período composto por três orações. CORRETO. São elas:
    1) A procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países
    2) A procura de alimentos de origem animal criou um desafio para os produtores

    Essa segunda oração é sindética aditiva por se ligar por coordenação à primeira pela conjunção (conectivo) "e".

    3) A procura de alimentos de origem animal criou um desafio para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações.

    Essa terceira oração é coordenada somente com a segunda oração. Coordenada sindética por ser esta introduzida pela conjunção aditiva "também".

    O erro está na afirmação de que são coordenada entre si. A segunda com relação à primeira sim. A terceira somente com relação à segunda.

    Por favor, corrijam-me se eu estiver errada.

    Bons estudos! 
  • Pessoal, nem sempre uma oração subordinada vem precedida de conjunção subordinativa ou pronome relativo.

    Na questão, verifica-se que o verbo "usados" está no particípio, o que nos leva a desenvolver a oração a que ele pertence:

    "...que se usam na fabricação de rações."

    Ou seja, não há três orações coordenadas, e sim duas coordenadas e uma "subordinada adjetiva restritiva".
  • d) A oração: "cereais usados na fabricação de rações"  tem sentido equivalente a "que se usam na fabricação de rações". 

    A oração sublinhada consiste numa Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Reduzida de Particípio.
    Vejamos: cereais QUE (=os quais) se usam na fabricação de rações.
    Com efeito, se vc considerar CORRETA  a assertiva "d", a alternativa "a" fatalmente restará PREJUDICADA, haja vista que sustenta a existência de três orações coordenadas, quando, sem dúvida, apenas duas são coordenadas.

    Bons estudos!
  • A alternativa A é clara, para mim, que está incorreta,no entanto nao consigo me convencer que a C está certa:

    c) A expressão naqueles países refere-se aos grandes países emergentes, citados no 
    1º parágrafo.

    É difícil não relaciona "naqueles países" com os países Asiáticos:   
    Quanto à procura, o grande fator tem sido o aumento da renda de milhões de trabalhadores na Ásia.
    Ganhos maiores também resultam em novos hábitoscomo um maior consumo de carne. Assim, a procura de
    alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de
    soja e de cereais usados na fabricação de rações.

    Se o meu ponto de vista está incorreto a frase onde aparece a expressao "naqueles países" é no mínimo ambígua. 

  • NOssa.. achei completamente diferente, por favor, me corrijam!!! Vejam:


    1º ORAÇÃO COORDENADA:

    CONJ CONCLUSIVA)Assim, a procura de alimentos de origem animal

    (VERBO)cresceu naquelespaíses



    2º ORAÇÃO COORDENADA:

    (CONJ ADITIVA)e  (VERBO)criou um desafiopara os produtores



    3º ORAÇÃO COORDENADA:

    (CONJADITIVA)e também paraos plantadores de

    soja e de cereais (VERBO PARTICIPIO)usados na fabricação de rações.




    - Portanto, se são 3 verbos, são 3 orações.

    - Se tem sentido completo cada uma, serão Coordenadas.



  • Até agora não entendi a letra "A". Também me confundi com a letra "E". Se alguém puder ajudar...

  • Meninas, a letra A está incorreta porque não são 3 orações coordenadas e sim 4.

    Assim, / a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países (1 - oração coordenada assindética pois não possui conjunção) / e criou um desafio para os produtores ( 2 - oração coordenada sindética aditiva, apresenta conjunção e) / e também para os plantadores de soja (3 - oração coordenada sindética aditiva, apresenta conjunção e - aqui o verbo criou está subentendido) / e de cereais usados na fabricação de rações (4 - oração coordenada sindética aditiva, apresenta conjunção e - remete ao termo plantadores de soja e de cereais.

    No caso da Letra E está correta porque tanto o substantivo procura quanto fabricação exigem complementos: procura de alimentos de origem animal e fabricação de rações. Como esses complementos referem-se a nomes e não a verbos, são considerados (dentre outras observações), complementos nominais. Espero ter ajudado. 

    Bons estudos e vamos que vamos.
  • Gabarito letra A 

    Só para complementar a respeito do Complemento Nominal presente na letra E

    Características do Complemento Nominal:

    - Somente a substantivos abstratos

    - Acompanha preposiçao

    - Nunca indica posse

    - Será SEMPRE paciente, ou seja,

    Além de ''procura'' e ''fabricação'' serem abstratos, observa-se que as expressões indicam a ideia de voz passiva.

    A procura de alimentos (passiva) - Alimentos procurados (ativa)

    Fabricação de rações (passiva) - Rações fabricadas (ativa) 

  • Eu acho que aprendi esse assunto errado, pois até onde eu sei, neste caso, não há um sujeito em comum para os verbos cresceu e criou (ao menos sintaticamente). Vejamos a frase:

    "[...] a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países /e criou um desafio para os produtores [...]"


    O sujeito do verbo "cresceu" é "a procura", ao passo que o sujeito do verbo "criou" é desinencial, pois não estamos mais falando da mesma oração, e sim de uma outra. Na primeira o sujeito é simples; Na segunda, oculto. Sendo assim, entendo que a alternativa estaria errada, justamente porque não há sujeito em comum, mas distintos (enfatizo: pelo menos sintaticamente, pois semanticamente, de fato, o sujeito seria o mesmo). 

  • Livia, a oração subordinativa da questão está reduzida. As orações reduzidas não possuem conjunção. Para identificá-las você tem que ver se o verbo apresentado está na forma de INFINITIVO, GERUNDIO ou PARTICÍPIO. (formas nominais do verbo)
    Na questão: Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores           de soja e de cereais (sujeito) usados (verbo no particípio) na fabricação de rações.              Se fossemos desenvolver a oração fica assim: que ( acrescenta-se a conjunção) se usam na fabricação de rações. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
    Outros exemplos:                                                                                                                                                                                   1) Forma desenvolvida: João saiu, assim que Moisés chegou.( aqui tem conjunção)Forma reduzida: João saiu ao chegar Moisés. (aqui está reduzida) e o verbo está no INFINITIVO                                                                                                                                                                            2) Forma reduzida: Ouvimos uma criança chorando na praça. verbo no GERÚNDIOForma Desenvolvida: ouvimos uma criança que chorava na praça.

  • Pessoal .

    Ficou bastante claro que o periodo e composto de 4 orações e não 3, porém ainda nao esta bem claro a classificação da última oração 

    também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações. 

    Percebe-se que esta na forma reduzida. 

    Camila classificou como oração subordinada substantiva objetiva direta, mas discordo pois toda oração substantiva pode ser substituida por ISSO!

    Fernanda classificou como oração coordenada sindética aditiva, apresenta conjunção e - remete ao termo plantadores de soja e de cereais. Também discordo dela pois o e nao e uma conjunção que liga as orações alem da oração remeter a soja e cereais e não a seus produtores.

    Eu classifico como oração subordinada adjetiva restritiva .... usados na fabricação de rações. 

    Restringe  soja e do cereal aos apenas usados na fabricação de ração

    alguem diverge?


  • QUE CONFUSÃO!   "A procura" não é verbo!!!!!!!!!

             

    1- A PROCURA DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL CRESCEU NAQUELES PAÍSES... E....
    2- ...A PROCURA DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL CRIOU UM DESAFIO PARA OS PRODUTORES E TAMBÉM PARA OS PLANTADORES DE SOJA E DE CEREAIS...

    3 - ...(estes/que são) USADOS NA FABRICAÇÃO DE RAÇÕES = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva!!!!!!!

  • Não são quatro orações coordenadas. São duas coordenadas e uma reduzida de particípio.

    Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu (1ª) naqueles países e criou (2ª) um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações.

    No trecho "desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais" o e ligam termos (e não orações) para os produtores e para os plantadores de soja e de cereais. 

    A terceira oração é reduzida de particípio (usados na fabricação de rações).

    Fonte: comentário do Fernando Pestana no livro A gramática para concursos públicos.

    Há também quem considera que  "para os produtores" e "para os plantadores de soja e de cereais" são complementos nominais exigido pelo substantivo "Desafio".

     

     

  • or. coordenada sindetica aditiva  (e, nem ,nao só ... mas tambem , mais ainda , etc)

  • Português é a máteria que mais tenho dificuldade. Confesso que só consegui acertar por exclusão.

    Fico só observando comentários com termos técnicos que dá vontade de chorar. Somos concurseiros temos que aprender a fazer provas ( sejamos mais objetivos, a melhor forma de aprender é na simplicidade da explicação) ao invés de tentar fingir ser doutor em letras.

  • - Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países (oração coordenada assindética - oração inicial) 

    - e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais (oração coordenada sindética aditiva).

    - usados na fabricação de rações. (Oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio).

  • Muito bom Eduardo Drullis, explicação simples, objetiva e muito boa

  • Obrigada aos colegas que explicaram o porquê de a nº 1 estar incorreta. No entanto, perdi muito tempo em entender porque a questão 3 está correta. Inclusive achei bem pertinente a dúvida do Fernando Moreira. Somos induzidos a responder que a questão também está errada. Porém, peco por tentar associar o 4º com o 3º parágrago. A Ásia é continente e não país. E ainda, se a relação se desse com o 3º parágrafo, deveríamos considerar que "naqueles países" refere-se à orção "o aumento da renda de milhões de trabalhadores na Ásia", o que não faz sentido, até porque temos que considerar que o texto refere que há países asiáticos pobres. Espero ter ajudado a alguém, pois aprendi depois de muito tempo que concurseiros devem se ajudar e não são adversários nem quando costumam parecer. Abraço a todos.

    FOCO E PERSISTÊNCIA

     

  • Ainda quanto à letra A, segue o comentário do professor Fernando Pestana, que certamente é mais confiável (ou no mínimo menos desconfiável) que qualquer um de nós:

    "Há três orações, mas só duas estão coordenadas entre si (as ligadas pelo primeiro e). Veja:

    Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações.

    O segundo e o terceiro e ligam termos, num paralelismo sintático perfeito, e não orações
    para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais.

    A última oração é reduzida de particípio
    usados na fabricação de rações."

  • Assim, tem verbo? Não!!! Achamos o erro!!!

  • Questão malandra com essa Or Reduzida de Infinitivo.


ID
75478
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre Ética

A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em
três acepções. Numa, faz-se referência a teorias que têm como
objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, como entende
Adolfo Sanchez Vasquez, "a teoria que pretende explicar a
natureza, fundamentos e condições da moral, relacionando-a
com necessidades sociais humanas." Teríamos, assim, nessa
acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser
estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se
propõe a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxílio
de outras ciências, ser capaz de explicar valorações comportamentais.
Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma
categoria filosófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se
constituiria em núcleo especulativo e reflexivo sobre a complexa
fenomenologia da moral na convivência humana. A Ética, como
parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos
da moral na busca de explicação dos fatos morais.

Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como
objeto descritível de uma Ciência, tampouco como fenômeno
especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela
aplicação de regras morais no comportamento social, o que se
pode resumir como qualificação do comportamento do homem
como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a
colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os
valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria
assim a moral em realização, pelo reconhecimento do outro
como ser de direito, especialmente de dignidade. Como se vê, a
compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria metodologicamente
dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim,
objetivamente, de um agir, de um comportamento conseqüencial,
capaz de tornar possível e correta a convivência.


(Adaptado do site Doutrina Jus Navigandi)

Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso:

Alternativas
Comentários
  • (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) Errada Conexãos.f. Ligação de uma coisa com outra; união.Nexo, relação de dependência.Inclusãos.f. Ação ou efeito de incluir.Estado de uma coisa incluída.Matemática Propriedade de um conjunto A cujos elementos fazem parte de outro conjunto B. (Diz-se que A está incluso em B.) b) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) Errada Balizamentos.m. O mesmo que balizagem. (Balizagem s.f. Ação de pôr baliza; marcação.)Arremates.m. Ato ou efeito de arrematar. c) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situação. (provisório) Errada Situaçãos.f. Maneira como um objeto está colocado; posição.Disposição recíproca das partes de um todo.Geografia Posição geográfica de uma cidade em relação à sua região: a situação da cidade favorecia o desenvolvimento do comércio.Fig. Estado, condição de uma pessoa, de uma coisa: atravessa uma situação crítica.Conjuntura, circunstância: a situação política desestimula qualquer tentativa de renovação.Posição de um indivíduo em relação à sua profissão: situação funcional do servidor.Momento da ação de um drama ou narrativa: situação dramática.Estado financeiro: a situação da empresa é bastante precária.Bras. (CE) Pequena fazenda para criação de gado.Provisórioadj. Transitório, passageiro; interino, temporário.Feito por provisão.d) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda) CorretaTampoucoadv. Também não.Aindaadv. Até agora, até então: ainda não chegou; ainda não tinha chegado.De novo, mais uma vez: ainda quero tentar.Ao menos, pelo menos: se ainda ele compreendesse!...Em algum tempo, no futuro: ainda hei de vê-lo casado.loc. adv. Ainda agora, há pouco tempo.Ainda assim, mesmo assim.loc. conj. Ainda quando, ainda que, mesmo que, embora, posto que.Mas ainda, senão que ainda: mas também, senão também (como segundo term
  • Tampouco, conjunção aditiva (=nem, ainda)

  • Tampouco é advérbio de negação equivalente a: também não, muito menos, nem, sequer, também não.


ID
75499
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O homem moral e o moralizador

Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria
dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral
são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se
impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador
quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue
respeitar.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se
soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não
precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é
possível e compreensível que um homem moral tenha um
espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar
um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre
o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as
normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais,
por exemplo) não são regradas por uma moral comum, nem
pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares,
mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas
morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os
outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que
todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se agüentam.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)

Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em:

Alternativas
Comentários
  • s.m. Lógica Proposição que se deduz imediatamente de outra já conhecida.Conseqüência necessária e evidente.Um corolário (do latim tardio corollar?um) é uma decorrência imediata de um teorema.Fonte: http://www.dicio.com.br/corolario/
  • Corolário s.m. Lógica Proposição que se deduz imediatamente de outra já conhecida. Conseqüência necessária e evidente.
  • Esse é o significado do contexto: "Situação que ocorre a partir de outras; resultado"


ID
75517
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fim de feira

Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as
barracas, começam a chegar os que querem pagar pouco pelo
que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça
estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperança.
Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está pelo
chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas,
a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os
fregueses compradores. Há uns que se aventuram até mesmo
nas cercanias da barraca de pescados, onde pode haver
alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou uma ponta de
cação obviamente desprezada.

Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas:
oferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora.
Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos
refugos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados.
Agem para salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio
mesmo do comércio. Parecem temer que a fome seja debelada
sem que alguém pague por isso. E não admitem ser acusados
de egoístas: somos comerciantes, não assistentes sociais,
alegam.

Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da
limpeza e os funcionários da prefeitura varrem e lavam tudo,
entre risos e gritos. O trânsito é liberado, os carros atravancam
a rua e, não fosse o persistente cheiro de peixe, a ninguém
ocorreria que ali houve uma feira, freqüentada por tão diversas
espécies de seres humanos.
(Joel Rubinato, inédito)

Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de construção do texto: no contexto do

Alternativas
Comentários
  • alguem se desafia a explicar pq a letra A nao é o gabarito ??????????????????????????
  • a) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a expressão verbal querem pagar.

    "Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça estragar. (...)"

    Lendo com atenção, percebemos que o autor simplesmente omitiu a ocorrência de "os que querem pagar" para que não ficasse repetitivo. Assim:

    "(...)começam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas// ou mesmo os que não querem pagar nada, pelo que ameaça estragar. (...)"

    Por isso a assertiva afirma que a expressão faz subentender o que já havia sido dito antes.

ID
75739
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abstrações

"Deus não joga dados com o Universo", disse Einstein,
para nos assegurar que existe um plano por trás de,
literalmente, tudo, e que o comportamento da matéria é lógico e
previsível. A física quântica depois revelou que a matéria é mais
maluca do que Einstein pensava e que o acaso rege o Universo
mais do que gostaríamos de imaginar. Mas fiquemos com a
palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não está
aí para Ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo. Já os
semideuses que controlam o capital especulativo do planeta
Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países
com um lance de dados, ou uma ordem de seus computadores,
em segundos.

Às vezes eles têm uma cara, e até opiniões, mas quase
sempre são operadores anônimos, todos com 28 anos, e um
poder sobre as nossas vidas que o Deus de Einstein invejaria.
Deus, afinal, é sempre o ponto supremo de uma cosmogonia
organizada, não importa qual seja a religião. Todas as igrejas
têm metafísicas antigas e hierarquizadas. Todos os deuses
podem tudo, mas dentro das expectativas e das tradições de
seus respectivos credos. Até a onipotência tem limites.

A metafísica dos operadores das bolsas de valores, dos
deuses de 28 anos, é inédita. Não tem passado nem
convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital
desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio
dinheiro. Como o dinheiro já era a representação da
representação de um valor aleatório, o capital transformado em
impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada - e é
ela que rege as nossas economias e, portanto, as nossas vidas.
E quem pensava ter liberado o mundo de um ideal inútil, o de
sociedades regidas por abstrações como igualdade e
solidariedade, se vê prisioneiro do invisível, de um sopro que
ninguém controla, da maior abstração de todas.

(Adaptado de Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado está empregado com o sentido dos elementos destacados entre parênteses em:

Alternativas
Comentários
  • resp: E

    a) relativamente = proporcionalmente
    b) já não está no sentido de tempo, por isso nao cabe "por hora" e nem "agora mesmo"
    c) destarte = assim sendo, dessa forma, assim
    por conseguinte = por consequencia
    d) adveniente = que advém
  • Gostaria de entender o erro da letra C? Alguém pode me explicar, por favor?
  • Retificando a ''michelli'', o correto é POR ORA!

    Confundir POR ORA com POR HORA seria um erro banal!


    Exemplo: Por ora, o mundo começa a perceber os efeitos da crise.
                    A prima de vida difícil cobra cem reais por hora.
  • Thiago,

    acho q a letra C está c/sentido de conclusão, e ñ de consequencia (destarte).

    Se inverter, acho q fica mais fácil de visualizar: Afinal, Deus é sempre....

    Significado de Afinal

    adv. Enfim, finalmente.
    Afinal de contas, em conclusão.

    Bons estudos! Não desanimem!


ID
77614
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A amizade

Uma amizade verdadeira possui tão grandes vantagens
que mal posso descrevê-las. Para começar, em que pode
consistir uma "vida vivível" que não encontre descanso na
afeição partilhada com um amigo? Que há de mais agradável
que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo?
De que seria feita a graça tão intensa de nossos sucessos, sem
um ser para se alegrar com eles tanto quanto nós? E em
relação a nossos reveses, seriam mais difíceis de suportar sem
essa pessoa, para quem eles são ainda mais penosos que para
nós mesmos.

Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram
só existem em função de uma única forma de utilização: as
riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as
honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles
se obter satisfação; a saúde, para não termos de padecer a dor
e podermos contar com os recursos de nosso corpo.

Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades.
Em qualquer direção a que a gente se volte, ela está lá,
prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna,
jamais embaraçosa. Por isso, como diz o ditado, "nem a água nem
o fogo nos são mais prestimosos que a amizade". E aqui não se
trata da amizade comum ou medíocre (que, no entanto,
proporciona alguma satisfação e utilidade), mas da verdadeira, da
perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais
maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque
comunicados e partilhados, seus golpes mais duros.

(Adaptado de Cícero, filósofo e jurista romano)

É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei. A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • ...que você possa(está no presente do subjuntivo)- que eu possa- que tu possas- que ele(você)possa...confie nela (está no imperativo afirmativo)- confia tu- confie vocênão o decepcionarei( não decepcionarei a você)não te decepcionarei ( não decepcionarei a ti)
  • Único comentário que foi direito ao artigo.

    Obrigada.

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