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ID
107632
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duzentos anos atrás, apenas 3% da população mundial viviam em cidades. Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% ? ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. Em algum momento deste ano, de acordo com estimativas das Nações Unidas, pela primeira vez na história o número de pessoas que vivem em áreas urbanas ultrapassará o de moradores do campo. Segundo o mesmo estudo, nas próximas décadas, praticamente todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades, nas quais viverão sete em cada dez pessoas em 2050. A população rural ainda deve aumentar nos próximos dez anos, antes de entrar em declínio gradativo.

O que move a humanidade em direção à vida de colméia? Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. Sua primeira função foi de local de proteção, de armazenagem de alimentos e de entreposto de trocas. A segurança urbana permitiu o desenvolvimento do trabalho especializado, que liberou as pessoas para se engajarem em atividades como as artes, a ciência, a religião e a inovação tecnológica. A lei é a essência da vida urbana desde os tempos babilônicos. Primeiro, porque as cidades são centros de comércio e essa atividade exige regulamentos. Segundo, porque elas atraem diferentes tipos de moradores, que precisam viver juntos e dependem de normas comuns de comportamento.

O lugar que melhor sintetiza a urbanização em escala global é a megalópole. Esse é o nome que se dá aos aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes. Um em cada 25 habitantes do planeta vive em uma das dezenove megalópoles existentes. Seus moradores desfrutam uma vasta gama de serviços especializados, comércio disponível noite e dia,
programas culturais para todos os gostos, infinitas alternativas de lazer - mas o trânsito pode ser tão congestionado que se torna difícil usufruir as ofertas, ou a preocupação com a segurança é tal que obriga os pais a criar os filhos sob um controle extenuante. Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes.

(Adaptado de Thomaz Favero. Veja. 16 de abril de 2008, p.111)

... que vivem em áreas urbanas ... (1o parágrafo)

O mesmo tipo de regência que caracteriza o verbo grifado acima está na oração:

Alternativas
Comentários
  • viver e ocorrer -> verbos intransitivos.
  • Caro Charles, por favor, permita-me corrigir seu comentário.Viver, no sentido de morar em, habitar, residir; é transitivo indireto;Ocorrer, no sentido de dar-se (algum fato); acontecer, suceder; pode ser transitivo indireto ou intransitivo. No exemplo dado na questão ele é transitivo indireto .Depender também é transitivo indireto, porém rege uma preposição diferente da dos verbos anteriores! Esse é o "x" da questão:1. Quem vive, vivem EM algum lugar2. O que ocorre, ocorre EM algum lugar (na acepção empregada na frase)3. Quem depende, depende DE alguma coisa/alguémUm abraço e bons estudos!;)
  • Caro Paulo, por favor, permita-me corrigir seu comentário (hehehe).

    Tanto o verbo viver qto ocorrer, usados na questão, são intransitivos, seguidos de adjunto adverbial de lugar.

    Veja:
    http://www.dicio.com.br/viver/
    http://www.dicio.com.br/ocorrer/

  • quem depende, depende de alguma coisa.

    Qual o erro se quem vive, vive em algum lugar.

    nas cidades é eu acho que é advérbio de lugar.

  • O verbo “vivem” é intransitivo, por isso “em áreas urbanas” é o adjunto adverbial de lugar.
    A) “ultrapassará” é transitivo direto e “o” é o objeto direto.
    B) “ocorrerá” é intransitivo e “nas cidades” é adjunto adverbial de lugar.
    C) “atraem” é transitivo direto e “diferentes tipos de moradores” é objeto direto.
    D) “dependem” é transitivo indireto e “de normas comuns de comportamento” é objeto indireto.
    E) “criar” é transitivo direto e “os filhos” é objeto direto.
    Letra B
    Fonte: Prof. Décio Terror-Ponto dos Concursos
    Bons estudos