"A convergência das mídias é mais do que apenas uma mudança
tecnológica. A convergência altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias,
mercados, gêneros e públicos. A convergência altera a lógica pela qual a indústria
midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento.
Lembrem-se disso: a convergência refere-se a um processo, não a um ponto final.
Não haverá uma caixa preta que controlará o fluxo midiático para dentro de nossas
casas. Graças à proliferação de canais e à portabilidade das novas tecnologias de
informática e telecomunicações, estamos entrando numa era em que haverá mídias
em todos os lugares. A convergência não é algo que vai acontecer um dia, quando
tivermos banda larga suficiente ou quando descobrirmos a configuração correta dos
aparelhos. Prontos ou não, já estamos vivendo numa cultura da convergência." (JENKINS, 2009a, p. 43)
“A convergência, como podemos ver, é tanto
um processo corporativo, de cima para baixo, quanto um processo de consumidor, de baixo
para cima. A convergência corporativa coexiste com a convergência alternativa.” (JENKINS,
2009a, p. 46).
A concepção de convergência das mídias, de Jenkins (2009a), como a confluência
dos movimentos corporativo e alternativo, pode ser associada à convivência das mídias com
funções massivas e pós-massivas. A noção de funções massivas e pós-massivas é de Lemos
e Lévy (2010).
“Por função massiva compreende-se um fluxo centralizado de informações com o
controle editorial do polo de emissão por grandes empresas em processo de competição,
financiadas pela publicidade” (LEMOS; LÉVY, 2010, p. 48).
Fonte: http://w3.ufsm.br/poscom/wp-content/uploads/2011/08/Mauricio-Dias-Souza-Disserta%C3%A7%C3%A3o-2009.pdf