SóProvas


ID
1096096
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Pensando livremente sobre o livre arbítrio 

                                                                                                Marcelo Gleiser

      Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria ou não?
      A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras, o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
      Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade, são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
      A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
      Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o início do processo mental que leva a ela.
      Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
      Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana. 

                        http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.


Apresenta a mesma regra de acentuação da palavra filósofos a expressão

Alternativas
Comentários
  • Toda proparoxítona é acentuada.

  • Filósofo é uma palavra proparoxitona e toda proparoxitona é acentuada.

    a) alguém = oxítona terminada em EM

    b) magnética = proparoxítona

    c) decisões = oxítona terminada em E seguida de "s"

    d) açúcar = paroxítona terminada em R

    e) ilusão = oxítona terminada em O

     

     

  • B. Todas proparoxítonas são acentuadas.

  • Galera,

     Todos os comentários estão com a resposta correta, mas só um bizu, ~(til) não é acentuo gráfico, e sim um sinal nasalizado. 

  • alguém - oxítona terminada em EM.

    magnética - proparoxítona

    decisões-  oxítona terminada em E(S)

    açúcar - paroxítona terminada em R

    ilusão - oxítona terminada em O.


    Regra: acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E e O, seguidos ou não de S e EM, ENS.

    Regra: acentua-se as paroxítonas terminadas em I, U, R, DITONGO, PS, X, L, N, IS, US, Ã, ÃS, ÃOS, UM, UNS.

  • A PALAVRA: MAG- NÉ-TI-CA É PROPAROXÍTONA.

  • obrigada pelo esclarecimento.

  • Proparoxítonas . Letra b

  • filósofos - Palavra Proparoxítona, toda palavra proparoxítona é acentuada. 

    única palavra proparoxítona é: Letra B, Magnética
  • magnética porque é proparóxitiona 

  • Letra B

    Regra das proparoxítonas. 

  • Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.

  • GABARITO LETRA B

     

    Fi - ló - so - fo (PROPAROXÍTONAS)

    Mag - né - ti - ca ( PROPAROXÍTONAS)

     

    Todas as proparoxítonas são acentuadas.

     

    Segue o link dos meus resumos.

     

    https://drive.google.com/file/d/0B007fXT7tjXfUlVnTUFnekpjZFU/view?usp=sharing

     

    ____________________________________________________________

    O que nós queremos? Passar no concurso.

    E quando queremos? É irrelevante.