SóProvas


ID
1096099
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Pensando livremente sobre o livre arbítrio 

                                                                                                Marcelo Gleiser

      Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria ou não?
      A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras, o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
      Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade, são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
      A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
      Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o início do processo mental que leva a ela.
      Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
      Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana. 

                        http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.


“Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar de forma bem diferente sobre a questão.”
A expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo sintático-semântico, por

Alternativas
Comentários
  • Exemplo de Conjunção Subordinada Causal:

    visto que; já que; porquanto; porque

    a) concessiva.
    b) conformativa
    d) concessiva
    e) proporcional.


    Bons estudos!

  •  Causal> porque, como, visto que, já que, uma vez que, dado que, pois que

    explicativa > porque, que, pois, porquanto

  • O como também pode ser :
    Comparativa;
    Aditiva: como = e;
    Conformativa: como = conforme;
    Causal: como (no começo da frase) = Visto que

  • a) Apesar de - conj.concessiva (embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante, entretanto );

    b) Como - pode ser (conformativa; explicativa; causal e comparativa );

    c) Porquanto - conj. causal ou explicativa ( porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que);

    d) Embora- conj.concessiva

    e) À medida que - conj.porporcional ( à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)).


  • Show de bola os comentários, mas pena que não tem gabarito. Estou sem acesso as respostas por isso a exposição do gabarito ajudaria e tanto....

  • Eliane, o gabarito é a letra C.

  • Gabarito. C.

    já que é conjunção concessiva logo pode ser substituída por porquanto.

  • Porquanto ela pode ser explicativa na oração coordenada ou causal na oração subordinada, como na frase ocorre uma relação ela é subordinada.

    Só substituir por 'visto que'.
    Não confundir com o 'conquanto' que é concessiva!!!
  • Porque, porquanto, pois, como, pois que, dado que, visto que, visto como, já que, uma vez que, na medida em que, sendo que. --- Essas são as conjunções causais.

  • JÁ QUE= Conjunção Causal

    Pode ser substituido por: visto que, uma vez que, PORQUANTO, visto como.

    LETRA C 

  • Se tivesse so o ''como'' como conjunção causal , seria errado de qq jeito ne? A aocp vai fazer certo e errado agora.. caso ele pedisse pra trocar , como a cespe pede , estaria errada ne? -.-

  • JÁ QUE= Conjunção Causal

    Pode ser substituido por:        visto que, , visto como.,uma vez que, PORQUANTO

     

    JÁ QUE= Conjunção Causal

    Pode ser substituido por:        visto que, , visto como.,uma vez que, PORQUANTO

     

     

    JÁ QUE= Conjunção Causal

    Pode ser substituido por:        visto que, , visto como.,uma vez que, PORQUANTO

     

     

    JÁ QUE= Conjunção Causal

    Pode ser substituido por:        visto que, , visto como.,uma vez que, PORQUANTO

    JÁ QUE= Conjunção Causal

    Pode ser substituido por:        visto que, , visto como.,uma vez que, PORQUANTO

     

  • CONJUNÇÕES CAUSAIS

     

    uma vez que, visto que, porque, já que, como (no início), sendo que, na medida em que, porquanto, pois, dado que

  • Sinceramente viu..... Acho mais fácil passar num concurso do que aprender Língua Portuguesa. Eu heinnnn!