Ao estudar a sociedade segundo
as leis da natureza, tendo como modelo a biologia, a filosofia positivista a concebe como
uma ordem natural que não pode ser mudada e à qual os homens devem submeter‐se.
Da matriz positivista derivam as vertentes denominadas de funcionalismo,
estruturalismo e estrutural‐funcionalismo, assentadas na abordagem instrumental e
manipuladora da realidade. Essa forma de conhecimento do real fundamenta a chamada
“racionalidade formal‐abstrata” ou “razão instrumental”, que nega a dimensão dialética,
histórica e humana da práxis social. Ao renunciar a tais dimensões, as correntes
vinculadas ao racionalismo formal fortalecem o terreno do irracionalismo, ou seja, uma
visão fetichizada da realidade social (COUTINHO, 1972).
O conservadorismo católico que caracterizou os anos iniciais do Serviço Social brasileiro começa, especialmente a partir dos anos 40,
a ser tecnificado ao entrar em contato com o Serviço Social norteamericano e suas propostas de trabalho permeados pelo caráter
conservador da teoria social positivista.
Os fundamentos históricos e teóricometodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade. Maria Carmelita Yazbek