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ID
1106059
Banca
FCC
Órgão
TJ-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Por mais de três séculos, do início da colonização ao ocaso do Império, a economia do Brasil foi sustentada pelos escravos. Os negros vindos da África trabalharam nas lavouras de cana-de-açúcar e café e nas minas de ouro e diamante. O tráfico negreiro, por si só, era um dos setores mais dinâmicos da economia. Os historiadores estimam que 4 milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil. Desse total, 1 milhão entrou no país pelo Valongo, um cais construído no Rio de Janeiro em 1758 especialmente para receber navios negreiros. Os escravos eram expostos e vendidos em lojas espalhadas pela vizinhança.
O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831, quan- do foi proibida a importação de escravos. Logo foi apagado. Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de D. Pedro II, Teresa Cristina. Mais tarde, a República aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos desapareceu como se nunca tivesse existido.
Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. Na varredura do subsolo, exigida pela lei, para impedir que relíquias enterradas sejam perdidas, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. As ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a Praça Mauá.
O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Antes de sua abertura os navios negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quinze, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da Colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas sem mercadoria humana.

(Ricardo Westin. Veja, 17 de agosto de 2011, p. 126-128, com adaptações)


Com as alterações propostas entre parênteses para o segmento grifado nas frases abaixo, o verbo que poderá permanecer corretamente empregado no singular está em:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A  VERBO CONCORDA COM 1 MILHÃO.

  • A de DADO.

  • O verbo concorda com o numeral, nesse caso o numero 1.

  • GABARITO "A"


    Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.



    Exemplos:


    -> 25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.

    -> 85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.

    -> 1% do eleitorado aceita a mudança.

    - 1% dos alunos faltaram à prova.

  • SUJEITO FORMADO POR NUMERAL PERCENTUAL

    1. O verbo concorda com o numeral ou com o termo a que se refere a porcentagem:

    Ex. 1 milhão de escravos entrou...  ou 1 milhão de escravos entraram

    2. O verbo concordará com o numeral, se este aparecer com determinantes:

    Ex. Os 87% da produção de arroz foram vendidos;

    Ex.2 Aqueles 30% de lucro desapareceram.

  • GABARITO A


    Uma dúvida comum a muita gente: a concordância com percentuais.


    Por exemplo: 40% da população apoia ou apoiam as medidas?

    Para saber a resposta, é preciso conhecer as regras de concordância com números percentuais:

    1. Quando um número percentual é sujeito e está no plural (a partir de 2%), o verbo concorda com ele, fica também no plural: “30% dos moradores votaram contra a proposta”.

    Admite-se, porém, a concordância no singular se o substantivo posposto ao número estiver no singular: “30% da população votou (ou votaram) contra a proposta”.

    2. Quando ao número não se segue nenhum substantivo, a concordância é feita obrigatoriamente com o percentual: “30% votaram contra”.

    Atenção! Quando o número for inferior a 2%, o verbo fica no singular, mesmo que o número venha acompanhado de nome plural:

    “1,97% dos clientes ganha acima de 30 salários mínimos”;

    “1% dos proprietários rurais, no Brasil, controla 48% do nosso território”;

    “Só 0,3% das empresas está habilitado a exportar”.


    bons estudos

  • Quando o sujeito abranger numeral e especificador, o verbo pode concordar no singular ou preferencialmente no plural:

    Um milhão de dólares FOI GASTO ou FORAM GASTOS no projeto”.

    Fonte: http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/aula-de-revisao-concordancia-verbal.html