SóProvas


ID
1106974
Banca
FCC
Órgão
AL-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Blogs e Colunistas

Sérgio Rodrigues

Sobre palavras

Nossa língua escrita e falada numa abordagem irreverente

02/02/2012

Consultório

'No aguardo', isso está certo?

“Parece que virou praga: de dez e-mails de trabalho que me chegam, sete ou oito terminam dizendo 'no aguardo de um retorno'! Ou outra frase parecida com esta, mas sempre incluindo a palavra 'aguardo'. Isso está certo? Que diabo de palavra é esse 'aguardo' que não é verbo? Gostaria de conhecer suas considerações a respeito."
(Virgílio Mendes Neto)

Virgílio tem razão: uma praga de “no aguardo" anda infestando nossa língua. Convém tomar cuidado, nem que seja por educação: antes de entrarmos nos aspectos propriamente linguísticos da questão, vale refletir por um minuto sobre o que há de rude numa fórmula de comunicação que poderia ser traduzida mais ou menos assim: “Estou aqui esperando, vê se responde logo!".

(Onde terá ido parar um clichê consagrado da polidez como “Agradeço antecipadamente sua resposta"? Resposta possível: foi aposentado compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder com hipocrisias. O que equivale a dizer que, sendo o meio a mensagem, como ensinou o teórico da comunicação Marshall McLuhan, a internet é casca-grossa por natureza. Será mesmo?)

Quanto à questão da existência, bem, o substantivo “aguardo" existe acima de qualquer dúvida. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não o reconhece, mas isso se explica: estamos diante de um regionalismo brasileiro, um termo que tem vigência restrita ao território nacional. Desde que foi dicionarizado pela primeira vez, por Cândido de Figueiredo, em 1899, não faltam lexicógrafos para lhe conferir “foros de cidade", como diria Machado de Assis. Trata-se de um vocábulo formado por derivação regressiva a partir do verbo aguardar. Tal processo, que já era comum no latim, é o mesmo por meio do qual, por exemplo, do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica.

Considerada a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo:
    a) incluindo-a.

    b)Agradeço-os antecipadamente.

    c) do verbo fabricar se extraiu-o.

    d) não os faltam.

    e)Gostaria de conhecê-las. CORRETA

  • Corrigindo o comentário da colega GRAZIELA GARCIA.

    Correção da alternativa "B" seria:   "Agradeço-a (sua resposta) antecipadamente."

  • Letra "a". Pronome apenas substitui pessoas.

  • Quarta vez que vejo a mesma questão, VAMOS PARAR DE REPETIR  QC

  •  O verbo será transitivo direto e indireto quando agradecer ao mesmo tempo pessoa e coisa: A menina agradeceu ao professor a nota.

    Use “lhe” para se referir à pessoa e “o, a, os, as” para coisa: Recebeu a medalha, então, agradeceu-a ao treinador.

  • Uso do pronome oblíquo átono:

    o, a, os, as (substituem termos SEM preposição

    variações:

    ---> lo, la, los, las ---> para palavras terminadas em R - S - Z

    ---> no, na, nos, nas ---> para palavras terminadas em M - til 


    lhe, lhes ( a ele, a ela) : substituem termos preposicionados. 

    obs: Assistir (ver) - aspirar e visar (desejar) ---> não aceitam "lhe" neste caso usar "a ele - a ela"



  • a) incluindo-a


    b) Agradeço-a. 


    c)extraiu-o.



    d) não os faltam (atrativo)


    e) correta. Conhecer - R, S, Z - "o" + L - conhecê-las

  • " se extraiu-lhe."  Giovanni Improtta???

    rsrs