SóProvas


ID
1110670
Banca
FUMARC
Órgão
CBM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SEM DÚVIDAS?

Rosely Sayão

Um professor universitário na área da educação disse uma frase curta que pode nos fazer refletir muito: "A possibilidade de buscar qualquer informação no Google acabou com a dúvida.”.
Realmente, conviver com a dúvida tem sido cada vez mais difícil. Quanto mais se amplia o leque de escolhas em qualquer atividade da vida, menos dúvidas queremos ter. Queremos fazer a escolha certa, para a qual não restaria dúvida alguma. Não mais nos contentamos com a melhor escolha possível ou com uma escolha suficientemente boa. Difícil, senão impossível, viver dessa maneira, não é verdade?
Esse estilo de viver complica bastante a escolha do curso universitário, tarefa na qual muitos jovens que frequentam o ensino médio estão implicados. Criamos uma série de mitos em torno da escolha da profissão que os jovens devem fazer. "É uma escolha muito séria para ser feita nessa idade" ou "Eles não têm maturidade para escolher o que farão no resto da vida" são frases que expressam algumas de nossas ideias a esse respeito.
Esquecemos que nós fizemos tal escolha com essa mesma idade? E parece que não foi uma tarefa tão complicada como temos tentado fazer com que seja na atualidade. Será porque as escolhas eram mais restritas, será que não tínhamos tanto compromisso com o êxito, com a certeza? Como as escolhas eram feitas?
Muitas escolhas profissionais foram herdadas. Conhecemos a tradição de os filhos continuarem o trabalho dos pais. Conhecemos também pessoas que fizeram escolhas por oposição aos pais. Para muitos, a escolha de herança positiva ou negativa dos pais deu certo; para outros, não deu. Mas seria diferente se fosse outro o critério usado?
Outras escolhas eram feitas com base em razões subjetivas. Uma jornalista me disse que desde criança quis fazer jornalismo, talvez por influência paterna. Não, o pai dela não era jornalista e sim leitor voraz de jornal. Isso pode apontar para escolhas feitas por influências inconscientes para as quais encontramos razões objetivas mais tarde.
De qualquer maneira, a família do jovem era a maior fonte de influências, para o bem ou para o mal, na hora de tal decisão. Hoje, a escola influencia mais do que a família. É que, pouco a pouco, a família passou a entender que deveria dar mais liberdade aos filhos também na hora de ele fazer a escolha do vestibular. Mas, para que o jovem pudesse desfrutar de tal "liberdade", ele precisaria de um apoio. E quem daria tal apoio?
A escola, é claro. Difícil, hoje, encontrar uma instituição escolar que não ofereça um trabalho de orientação profissional. E há ofertas para todo o tipo de gosto ou anseio. Aliás, tal trabalho passou a ser mais um dos itens que os pais consideram na hora de escolher a escola para o filho.
Boa parte desses trabalhos parte de um princípio: o de que a oferta de informações, de mercado ou de conhecimentos técnicos ao alunado tem o potencial de resolver a questão da angústia do jovem no momento da escolha. Os altos índices de desistência e de troca de curso ainda no primeiro ano da universidade, no entanto, contradizem tal conceito.
Talvez seja necessário que famílias e escolas revejam a parte que lhes cabe nesse processo.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2013/09/1335977-sem-duvidas.shtml (Adaptado)


A posição do pronome oblíquo é facultativa em:

Alternativas
Comentários
  • alguem sabe explicar essa?

  • eu não, o gabarito é letra c, mas marquei a.

  • Também gostaria de explicação. Marquei A

  • Também gostaria muito de uma explicação. Pois marquei, assim como muitos, a letra A.

  • Entendi que na letra A a próclise é obrigatória por conter uma expressão negativa. "puxando" o pronome para a frente do verbo.

  • (argumentação resposta letra C )Verbo principal no infinitivo o pronome poderá vir antes ou depois da locução (verbo auxiliar + verbo principal) fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint75.php apesar de tudo eu havia marcado a D.

  • ABSURDO é a palavra certa para designar essa questão!!! 

    Há duas respostas possíveis: C ou D. 

    Em C, o pronome "nos" pode ficar antes do verbo auxiliar da locução verbal, atraído pelo "que" (que nos pode fazer) ou depois do verbo principal no infinitivo (que pode fazer-nos).

    Em D, não há palavra atrativa antes do verbo ("Uma jornalista" é apenas um sujeito explícito), logo o pronome "me" pode ficar também depois do verbo: "Uma jornalista disse-me que...".

    Por que a banca não anulou esta questão?!?! Simples: PORQUE ELA NÃO QUIS!!!

  • Fernando, posso estar enganado, mas creio que a letra "D" esteja incorreta por não possuir nenhuma regra daquelas que envolvem o emprego de ênclise que possa ser aplicada neste caso.

  • O erro da alternativa "A" é por que existe uma fator proclítico, a palavra "NÃO" vai atrair o pronome para antes do verbo, isso é obrigatório.

    Quanto a alternativa "D" acredito que erro seja pelo fato de "uma jornalista" ser indefinido, ou seja, não foi especificado a jornalista. Sendo assim, termos indefinidos também é um fator proclítico atraindo o pronome para entes do verbo.

    Assim, a alternativa "C" é a correta, segundo como alguns colegas já explicaram!

    Espero ter ajudado pessoal!


  • palavra de valor negativo é atrativo, pronome indefinido é atrativo, pronome relativo é atrativo, já a locução verbal tem 4 possibilidades de colocação do pronome oblíquo: próclise ao verbo auxiliar, desde que a locução não inicie o período; ênclise ao verbo auxiliar, desde que não haja um fator de próclise ou que o verbo auxiliar não esteja no futuro, que será mesóclise; ênclise ao verbo principal, neste caso só cabe se for verbo no infinitivo ou no gerúndio, não se aceita ênclise para verbo no particípio; o pronome oblíquo pode vir solto no meio da locução.


    Os homens se devem amar uns aos outros.

    Os homens devem-se amar uns aos outros.

    Os homens devem amar-se uns aos outros.

    Os homens devem se amar uns aos outros.


    assim que eu aprendi, fiquem com DEUS

  • Pessoal, quando se tem PRONOME PESSOAL antes do VERBO o Pronome Oblíquo Átono pode ficar ANTES ou DEPOIS do  VERBO!!!  E o que acontece na letra "C"                                                                                                                                                    C) “Um professor universitário na área da educação disse uma frase curta que pode nos fazer refletir muito: [...].”                                                                                                                                                                   

  • Quando houver preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome será facultativa.

    Por Exemplo:

    Nosso filho há de encontrar-se na escolha profissional.
    Nosso filho há de se encontrar na escolha profissional.

  • Gabarito: C

    Máximas da colocação pronominal:

    1 - Não se inicia período com pronome oblíquo átono: Me dá, me dá, me dá, me dá danoninho (errado). Dá-me (correto).

    2 - Não se adimite ênclise a um verbo no futuro. Ele sujeitaria-se a isso (errado). Ele se sujeitaria a isso (correto).

    3 - Toda ênclise a um vebo no infinitivo é correta, ainda que exista um fator de próclise. Filhos por que não tê-los? (correto). Filhos por que não os ter? (correto).


  • Gabarito: alternativa c)

    a)  “Não mais nos contentamos com a melhor escolha possível ou com uma escolha suficientemente boa.”

    Usamos a próclise nos seguintes casos:

    (1)Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

    -Nada me perturba.
    -Ninguém se mexeu.
    -De modo algum me afastarei daqui.
    - Ela nem se importou com meus problemas.

    b) “Talvez seja necessário que famílias e escolas revejam a parte que lhes cabe nesse processo.”

    (4)Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

    -Alguém me ligou? (indefinido)
    - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
    -Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

    c) “Um professor universitário na área da educação disse uma frase curta que pode nos fazer refletir muito: [...].”

    AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

    Infinitivo
    -Quero-lhe dizer o que aconteceu.
    -Quero dizer-lhe o que aconteceu.

    d) “Uma jornalista me disse que desde criança quis fazer jornalismo [...].”

    (4)Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

    -Alguém me ligou? (indefinido)
    - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
    -Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

    Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/

  • Questão poderia ser anulada, letra D o pronome também pode mudar de posição

    Um jornalista disse-me.

  • Marquei  letra A porque é a única que ao omitir o pronome nao deixa indefinido a quem se refere a oracao. 

  • Essa questão não foi anulada? A letra D também é opcional!

  • o ''disse-me '' ai nao pode por que deveria ser '' disse a mim ''