SóProvas


ID
1110673
Banca
FUMARC
Órgão
CBM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SEM DÚVIDAS?

Rosely Sayão

Um professor universitário na área da educação disse uma frase curta que pode nos fazer refletir muito: "A possibilidade de buscar qualquer informação no Google acabou com a dúvida.”.
Realmente, conviver com a dúvida tem sido cada vez mais difícil. Quanto mais se amplia o leque de escolhas em qualquer atividade da vida, menos dúvidas queremos ter. Queremos fazer a escolha certa, para a qual não restaria dúvida alguma. Não mais nos contentamos com a melhor escolha possível ou com uma escolha suficientemente boa. Difícil, senão impossível, viver dessa maneira, não é verdade?
Esse estilo de viver complica bastante a escolha do curso universitário, tarefa na qual muitos jovens que frequentam o ensino médio estão implicados. Criamos uma série de mitos em torno da escolha da profissão que os jovens devem fazer. "É uma escolha muito séria para ser feita nessa idade" ou "Eles não têm maturidade para escolher o que farão no resto da vida" são frases que expressam algumas de nossas ideias a esse respeito.
Esquecemos que nós fizemos tal escolha com essa mesma idade? E parece que não foi uma tarefa tão complicada como temos tentado fazer com que seja na atualidade. Será porque as escolhas eram mais restritas, será que não tínhamos tanto compromisso com o êxito, com a certeza? Como as escolhas eram feitas?
Muitas escolhas profissionais foram herdadas. Conhecemos a tradição de os filhos continuarem o trabalho dos pais. Conhecemos também pessoas que fizeram escolhas por oposição aos pais. Para muitos, a escolha de herança positiva ou negativa dos pais deu certo; para outros, não deu. Mas seria diferente se fosse outro o critério usado?
Outras escolhas eram feitas com base em razões subjetivas. Uma jornalista me disse que desde criança quis fazer jornalismo, talvez por influência paterna. Não, o pai dela não era jornalista e sim leitor voraz de jornal. Isso pode apontar para escolhas feitas por influências inconscientes para as quais encontramos razões objetivas mais tarde.
De qualquer maneira, a família do jovem era a maior fonte de influências, para o bem ou para o mal, na hora de tal decisão. Hoje, a escola influencia mais do que a família. É que, pouco a pouco, a família passou a entender que deveria dar mais liberdade aos filhos também na hora de ele fazer a escolha do vestibular. Mas, para que o jovem pudesse desfrutar de tal "liberdade", ele precisaria de um apoio. E quem daria tal apoio?
A escola, é claro. Difícil, hoje, encontrar uma instituição escolar que não ofereça um trabalho de orientação profissional. E há ofertas para todo o tipo de gosto ou anseio. Aliás, tal trabalho passou a ser mais um dos itens que os pais consideram na hora de escolher a escola para o filho.
Boa parte desses trabalhos parte de um princípio: o de que a oferta de informações, de mercado ou de conhecimentos técnicos ao alunado tem o potencial de resolver a questão da angústia do jovem no momento da escolha. Os altos índices de desistência e de troca de curso ainda no primeiro ano da universidade, no entanto, contradizem tal conceito.
Talvez seja necessário que famílias e escolas revejam a parte que lhes cabe nesse processo.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2013/09/1335977-sem-duvidas.shtml (Adaptado)


Em “E quem daria tal apoio?”, o termo destacado é um pronome

Alternativas
Comentários
  • Tal / Semelhante são pronomes demonstrativos quando podem ser substituídos por outros demonstrativos.

    Ex:

    .....tal assunto...

    .....esse assunto......

  • Tal/Semelhante: são pronomes demonstrativos quando equivalem a este, esse, aquele (e flexões)

    Ex: Tal episódio já me aconteceu (= esse)

    E quem daria tal apoio (=esse, este, aquele)

  • O(S), A(S), TAL(IS), SEMELHANTE(S), também podem ser PRONOMES DEMONSTRATIVOS caso sejam equivalentes a ESTE(A)(S), ESSE (A)(S), AQUELE(A)(S) OU AQUILO.


    Portanto, gabarito LETRA "A"

  • Não sabia dessa, recorri à gramática de Luiz Antonio Sacconi. Está correto.


    Vivendo e aprendendo. 

  • a) demonstrativo.



    Pronomes demonstrativos são os que indicam o lugar, a posição ou a identidade dos seres, relativamente às pessoas do discurso. Exemplos:



    Estes rapazes são os mesmos que vieram ontem.


    Os próprios sábios podem enganar-se.


    Não digas tal.


    Tais crimes não podem ficar impunes.


    Não faças semelhantes coisas.


    Ninguém sabe o que ele resolveu. [o = aquilo]


    São poucos os que sabem isto. [os = aqueles]



    Fonte: CEGALLA.

  • A) Pronome demostrativo: é o pronome cabueta (apontam para algo no espaço, no tempo ,ou no texto).

    Ex: Este(a), esse(a), isto, isso, aquele, aquela, aquilo.

    o/a (quando podem ser permutados pelos citados acima), tal (e seus semelhantes), mesmo e próprio (quando modificam um pronome pessoal do caso reto). Ex: Eu mesmo... / Ele próprio...

    B) Pronomes Indefinidos: Sentido vago. Ex: alguém, algum, todo, nada, certo.

    C) Pronome Interrogativo: pergunta direta (?) ou indireta ( ). Ex: Quem gosta de sintaxe???

    D) Pronomes relativos: estabelecer conexão (conectar o substantivo ao verbo, substitui o pronome ou o substantivo).

    Ex: Que (o qual), o qual (pessoas/coisas), quem (para se referir a pessoas e não pode ser interrogativo), quanto (tudo), onde (lugar/em que), cujo (sentido possessivo).

  • E quem daria esse apoio? Se conseguiu substituir pqe é pronome demostrativo. 

  • O pronome ta , quando anteposto ao um nome, tem valor demostrativo

    LETRA A