Caso a tecnologia disponível determine que a quantidade de produção total que minimiza o custo médio seja menor que a quantidade total demandada correspondente ao ponto da curva da demanda em que o preço iguala o custo médio e essas quantidades sejam próximas uma da outra, será esperado que o mercado funcione de forma monopolista. (CERTO)
Para compreender a diferença entre as quantidades aludida acima, vejamos um exercício numérico.
Pressuposto (exemplo hipotético):
Ct = 44 – 10q + q^2
Cmg = -10 + 2q
Cme = 44q^-1 – 10 + q
Cme’ = -44q^-2 + 1
Otimização 1:
P = 50 – 4q
Rt = 50q – 4q^2
Rmg = 50 – 8q
Cmg = Rmg
-10 + 2q = 50 – 8q
10q = 60
q = 6, p = 26
L = p.q – Ct = 136 – 44 + 60 – 36 = 100 + 16 = 116
BEP concorrencial:
Cme(mín): Cme’ = 0
44q^-2 = 1
q = √44 = 6,63
p = 50 – 4(6,63) = $23,48
Monopólio no longo prazo
P = Cme
50 – 4q = 44q^-1 – 10 + q
60 – 5q = 44q^-1
60q – 5q^2 = 44
– 5q^2 + 60q = 44
∆ = 60^2 – 4(-5)(-44) = 3600 – 880 = 2720
q = (-b +/- √∆) / 2a = (-60 +/- 52,15) / -10 = 11,21
p = 50 – 4(11,21) = $5,16
Ou seja, preço no monopólio de longo prazo ($5,16) (quando não há lucro nem prejuízo) é menor do que o preço mínimo BEP concorrencial ($23,48)(quando também não há lucro nem prejuízo). Isso demonstra que estamos em frente a um mercado monopolizado, pois a curva de preços é negativamente inclinada nesse caso, o que reforça a característica de tal mercado. Para se concluir isso, não é necessário fazer todos os cálculos acima, basta seguir o enunciado (que já estipula essa condição, ao dizer que a quantidade de uma situação é menor do que a outra). Na verdade, basta se verificar que a demanda inversa (p) é negativamente inclinada: isso é o maior indício de monopólio, pois na concorrência perfeita o preço é constante e as firmas são price-taker.
GABARITO: certo
Bons estudos!