SóProvas


ID
1120966
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STF
Ano
2013
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

A compreensão do que gera interesse é um dos principais focos das teorias da comunicação. Com base nesses sistemas de relevância, julgue os itens seguintes.

O agendamento midiático, nos moldes da denominada agenda setting, é um sistema de relevância por demais autônomo para levar em conta tentativas de coagendamento por parte de atores externos às redações

Alternativas
Comentários
  • Questão errada

    O Agenda setting, fala que somos influenciados a pensar e falar o que a mídia nos diz, influenciando a opnião dos cidadãos. 
  • Os temas da agenda midiática seria uma imposição no nível hierárquico da tematização. A ação dos meios ocorre como alteradora da estrutura cognitiva das pessoas por meio do agendamento, não como formadores de opinião, mas, na colocação de temas e assuntos na sociedade.

    Ou seja, não são tentativas de "coagendamento", mas sim uma imposição. Ressaltando que não encontrei o termo 'coagendamento' em nenhum material.

  • O coagendamento de que se trata é relativo aos formadores de opinião que influenciam, em certa medida, os próprios jornalistas e, estes, por suas vez, ao grande público. Já vi uma questão dessa falando sobre coagendamento dos grandes meios pela comunicação comunitária, que ocorre numa "esfera paralela" á da grande mídia. Questão correta. 

  • Na minha opinião, o erro está em dizer que a agenda setting é um sistema totalmente autônomo, que não se deixa influenciar (ou coagendar) pelas tentativas de agentes externos às redações. Acredito que grupos políticos, por exemplo, são atores externos capazes de "coagendar".

  • Gabarito: E

    Na hipótese da agenda setting existem 5 tipos de agendamento:
    - Individual (intrapessoal)
    - Interpessoal
    - Da mídia
    - Pública
    - Institucional

    Como pode ser observado se leva em conta fatores externos à redação

  • A partir das conclusões dos estudos de Maxwell McCombs e Donald Shaw (1972), novas pesquisas foram realizadas e geraram resultados que mostraram interações mais amplas no processo de agendamento.

    Na análise de uma eleição na Dinamarca, Karen Siune e Ole Borre (1975) perceberam que a exploração de temas políticos neste período dependia das interações entre votantes, líderes partidários e meios de comunicação de massa.

    As relações interpessoais facilitadas por ambientes informacionais, como a internet, por exemplo, permitem a obtenção de informações sem dependência direta da mídia. Nestas interações, onde há grande circulação de informações, demandas podem surgir em relação à abordagem de determinados temas pelos media.

    Passa-se então a ser considerado nestes estudos a influência do público no agendamento de assuntos abordados pelos media, ou seja manifestações de agendamento reverso ou contra agendamento.

    Desta forma, os fluxos de influências que antes seriam unidirecionais, ou seja:

    media => público

    Agora podem também se configurar como:

    público => media

    Tais novas vertentes de pesquisa não anulam os primeiros resultados sobre o agendamento, mas mostram uma multiplicidade de interação no processo de influência de assuntos agendados.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Agendamento

  • errada

    O agendamento é bastante mais do que a clássica asserção de que as notícias nos dizem sobre o que é que devemos pensar. As notícias dizem-nos também como devemos pensar sobre o que pensamos. Tanto a selecção de objectos para atrair a atenção como a selecção de enquadramentos para pensar sobre esses objectos são tarefas poderosas do agendamento (McCOMBS; SHAW, 2000b, p.131).

    A hipótese do agenda setting não defende que a imprensa pretende persuadir.

    A hipótese do agenda setting é um tipo de efeito social da mídia que compreende a seleção, disposição e incidência de notícias sobre os temas que o público falará e discutirá.