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ID
1127638
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Os indivíduos frequentemente cometem equívocos na tomada de decisão, causados por vieses cognitivos. Analise-se o seguinte exemplo: a maioria dos meninos de quinze anos de uma comunidade carioca se esforça para ser um jogador de futebol profissional, porque acredita que terá o sucesso do Neymar, e a maioria das meninas da mesma idade decide ser modelo inspirada na carreira de Gisele Bündchen.
Esses dois grupos decidem embasados no viés

Alternativas
Comentários
  • Bazerman apresenta três grupos gerais da heurística da decisão: da disponibilidade, da representatividade e da ancoragem e ajuste. 


    A heurística da disponibilidade  - nesse tipo de heurística, o tomador de decisão recorre às lembranças que estão disponíveis em sua memória com maior intensidade e que se relacionam com o problema apresentado.

    Heurística da Representatividade  - ocorre em situações de julgamento em que um evento passa a ser incluído em uma determinada categoria, formulada com base na quantidade de acontecimentos semelhantes ocorridos anteriormente. Com isso, o profissional acaba por estabelecer modelos mentais de referência, atrelando-os a casos que venham a surgir na sua atividade profissional e que tenham similaridade com esse padrão já existente em sua memória, ignorando em muitos casos outras evidências que indicam outro caminho a ser seguido na tomada daquela decisão específica.

    Heurística da Ancoragem e do Ajuste - pode ser definida como avaliações partindo de uma base inicial, que pode ser chamada de “âncora”, fazendo-se ajustes até produzir uma decisão final

  • Vieses cognitivos são as tendências de pensar de certas maneiras que podem levar a desvios sistemáticos de lógica e a decisões irracionais, frequentemente estudadas em psicologia e economia comportamental.

    Embora a realidade desses preconceitos seja confirmada pela pesquisa replicável, muitas vezes há controvérsias sobre como classificar esses vieses ou como explicá-los. Alguns deles são consequências de nossas regras de processamento de informações (ou seja, atalhos mentais), chamados de heurística, que o cérebro usa para produzir decisões ou julgamentos. Tais efeitos são chamados tendências cognitivas. Os vieses tem uma variedade de formas e podem ser vistos como viés cognitivo ("frios"), tais como ruído mental, ou viés cognitivos motivacionais ("quentes"), tal como quando as decisões são distorcidas por crenças e desejos. Ambos os efeitos podem estar presentes ao mesmo tempo.

    Efeito de ambiguidade — tendência de evitar opções nas quais a falta de informações faz com que a probabilidade pareça "desconhecida".

    Ancoragem ou focalismo — tendência a confiar demais, ou "ancorar-se", em uma referência do passado ou em uma parte da informação na hora de tomar decisões.

    Tendência de confirmação — tendência do observador de procurar ou interpretar informações de forma que estas confirmem pré-concepções próprias.

    Viés atencional — tendência de prestar atenção a estímulos emocionais dominantes em seu ambiente e negligenciar dados relevantes ao fazer julgamentos de correlação ou associação.

    Heurística de disponibilidade — tendência no qual as pessoas predizem a frequência de um evento, baseando-se no quão fácil conseguem lembrar de um exemplo.

    Cascata de disponibilidade — um processo de auto-reforço no qual uma crença coletiva ganha mais e mais plausibilidade por meio da crescente repetição no discurso público (ou "repita algo mil vezes e ele torna-se verdadeiro").

    Backfire effect — quando as pessoas reagem refutando evidências pelo fortalecimento em suas crenças.

    Efeito adesão — a tendência de fazer (ou acreditar) em coisas porque muitas outras pessoas fazem (ou acreditam) na mesma coisa.

    Falácia da probabilidade de base — a tendência de basear julgamentos em especificidades, ignorando informações estatísticas gerais.

    Viés da crença — efeito onde a avaliação da consistência lógica do argumento é influenciado pela credibilidade da conclusão.

    Viés do ponto cego — a tendência de ver-se menos enviesado que outras pessoas ou identificar mais viéses cognitivos nos outros que em si próprio.

    Viés pró-escolha — a tendência de lembrar que suas decisões foram melhores do que elas realmente foram.

    Ilusão de agrupamentos — a tendência de pensar que eventos aleatórios que ocorrem em aglomerados não são eventos realmente aleatórios.

    Viés de confirmação — é uma tendência das pessoas preferirem informações que confirmem suas crenças ou hipóteses, independentemente de serem ou não verdadeiras.

    ...

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_vieses_cognitivos

     

  •  Ajudem os não assinantes :D

    Gabarito: "D" 

  • Os principais vieses cognitivos são:

    - da ancoragem (no qual uma informação inicial serve de base para uma avaliação posterior);

    - o da representatividade (no qual uma figura conhecida "encarna" as características avaliadas/desejadas);

    - o da disponibilidade (no qual quanto mais visível for um evento, mais frequente nós julgamos que eles sejam).


    Assim, o único viés associável com a questão é o de representatividade.


    GABARITO: D.

     

    Prof. Carlos Xavier

  • GABARITO: LETRA D

    Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 171-175),

    Erros e vieses mais comuns na tomada de decisão

    • Excesso de confiança
    • Ancoragem: tendência de ancorar o julgamento em uma informação inicial, o que dificulta o ajuste diante de informações posteriores.
    • Evidência confirmadora: tendência a buscar informações que corroborem escolhas anteriores e descartar as que contestem julgamentos prévios.
    • Viés de disponibilidade: tendência de julgar as coisas com base nas informações mais facilmente disponíveis.
    • Escalada do comprometimento: apego a uma decisão anterior, a despeito de informações negativas.
    • Erro de aleatoriedade: tendência individual de acreditar que se pode prever o resultado de eventos aleatórios.
    • Aversão ao risco: tendência a preferir um ganho certo de uma quantidade moderada a um resultado mais arriscado, mesmo que este tenha uma compensação mais alta.
    • Viés da compreensão tardia: tendência a achar que sabíamos antecipadamente o resultado de um evento depois de ele ter ocorrido.

    FONTE: ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.