SóProvas


ID
1142917
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       A GRATIDÃO


     Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo
tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de
gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará,
ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis
extrair a moral da história.
    Uma brasileira, sobrevivente de um campo de extermínio
nazista, contou que, por duas vezes, esteve numa fila que a
encaminhava para a câmara de gás. E que, nas duas vezes, o
mesmo soldado alemão a retirou da fila.
  Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França.
Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que
não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. 
Contrariando o ditador,  Aristides salvou dez mil judeus de uma
morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária. 
Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até o fim da
vida. Diz um provérbio judeu que “quem salva uma vida salva a
humanidade". Em sinal de gratidão, há vinte árvores plantadas
em sua memória no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. E
Aristides recebeu dos israelenses o título de “Justo entre as
Nações", o que equivale a uma canonização católica.
      Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a
câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro
dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido
para suas casas. Já estava muito debilitado pela baixa
temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com
vida. Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da
câmara, se isso não fazia parte de sua rotina de trabalho? Ele
explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, vejo centenas de
empregados que entram e saem, todos os dias, e esse é o único
funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair.
Hoje ele me disse “bom dia" ao chegar. E não percebi que se
despedisse de mim. Imaginei que poderia lhe ter acontecido algo. 
Por isso o procurei e o encontrei.
     Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas,
algo indissociável da relação humana, mas talvez ande arredada
dos nossos cotidianos, dos nossos gestos. E se começássemos
cada dia dando gracias a la vida, como faria a Violeta?           
                                                                           (José Pacheco, Dicionário de valores)


“Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária".

Desse segmento do texto, o elemento de coesão identificado erradamente é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B


    O elemento de COESÃO identificado ERRADAMENTE é:

    O PAÍS/ hiperônimo de Portugal; 

    Não. O termo "o país" refere-se ao vocábulo França.


    ;  ]


  • O que é hiperônimo?

    É uma palavra que apresenta um significado mais abrangente do que o hipônimo (vocabulário de sentido mais específico).

    No caso estaria correto se país se referisse a França. Assim, país seria hiperônimo de França, mas a questão colocou Portugal. 

    Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/hiponimos-hiperonimos.htm


  • Eu acertei por acaso essa questão mas ela é absurda. Em qual mundo que os nazistas invadiram Portugal na segunda guerra? No mundo de plantas psicotrópicas da FGV!

  • Sarah Carvalho, o texto fala que os nazistas invadiram a França, e isso realmente aconteceu. O que diz no texto é que o cônsul (representante;diplomata) de Portugal, estava lá quando isso ocorreu.

    Espero ter ajudado.

     

  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (A) está correta, tendo em vista que houve apenas uma redução do termo retomado. No lugar de todo o nome

    “Aristides de Sousa Mendes”, houve a retomada apenas do primeiro nome.

     

    A alternativa (B) é a errada, pois “o país” é realmente um hiperônimo, porém refere-se apenas à França e não a Portugal.

     

    A alternativa (C) está correta, pois “Salazar” era conhecido como ditador. Assim, realmente houve a retomada do substantivo

    “Salazar”, por meio de sua característica: “ditador”.

     

    A alternativa (D) está correta, pois o pronome possessivo “sua” realmente retoma “Aristides de Sousa Mendes”.

     

    A alternativa (E) está correta, pois “atitude humanitária” realmente faz referência à ação de salvar judeus da morte.

     

     

     

     

    Gabarito: B

     

     

    Prof. Décio Terror

     

  • @Sarah Souza a questão não diz que houve invasão dos nazistas em Portugal. O que o texto fala é que Aristides foi cônsul de Portugal NA FRANÇA. Ele exercia sua função na França...

    No meu ponto de vista, a questão traz um erro sutil na alternativa A, pois esta não faz referência ao nome original trazido pelo texto que está escrito com S e não com Z.

    (Aristides de SouZa Mendes - ALTERNATIVA A / Aristides de Sousa Mendes - NO TEXTO). 

    Contudo, o erro na alternativa B é considerado "maior". Mas, acredito que caberia recurso...

  • LETRA B.

    b) Errado. "o país" é hiperônimo de França (Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França). A palavra país é hiperônimo de todos os nomes de países do mundo.

    Questão comentada pela Profª. Tereza Cavalcanti

  • Letra B

    a. Retoma Aristides de Souza Mendes por uma parte desse nome.

    b. “País” é uma palavra de significação ampla (hiperônimo), a partir da especificação dele, há um hipônimo. Mas não é hiperônimo de Portugal, pois Aristides foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas invadiram o país, ele estava na França, representando Portugal. Então, a referência específica é à França, não a Portugal. Por conseguinte, o hiperônimo “país” retoma o hipônimo “França”.

    c. Salazar ordenou, ele é o ditador.

    d. “Sua” refere-se à atitude humanitária de Aristides de Souza Mendes.

    e. A atitude humanitária é o ato de salvar dez mil judeus de uma morte certa.