- ID
- 1143862
- Banca
- FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
- Órgão
- AGEHAB
- Ano
- 2010
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
TEXTO A
O discurso foi excelente. Direto, sem ser raso. Técnico, sem ser chato. Sensível, sem ser piegas. No horário nobre da quarta-feira passada, o presidente Barack Obama falou durante 47 minutos em sessão conjunta do Congresso com o objetivo de virar o jogo a favor de sua proposta de reforma do sistema de saúde.
Depois de promovê-la a prioridade número 1 de sua agenda doméstica, e vê-la ser estraçalhada nas inúmeras reuniões que deputados e senadores fizeram com eleitores no recesso parlamentar de agosto, Obama está sendo convidado a descer do palanque para ser apresentado à realidade.
E a realidade é o avesso de sua utopia: a maioria, exatamente 51% na última pesquisa, é contra a reforma da saúde.
Traduzindo: os americanos não querem um sistema público de saúde para competir com as empresas privadas e não gostam da ideia de o governo administrar o sistema atual para evitar abusos das seguradoras.
Por trás disso, há uma mensagem cujas raízes remotam à história do país: a maioria dos americanos desconfia da honestidade, dos propósitos e da competência dos governos - qualquer governo. Na superfície, o debate sobre a saúde nos Estados Unidos provoca divergências técnicas.
Na proposta de Obama, todos os americanos serão obrigados a ter plano de saúde.
Mas qual o leque mínimo dos benefícios? Obama promete que o governo vai subsidiar quem não puder comprar um plano. Mas de quanto será o subsídio? Obama disse, pela primeira vez, que o custo da reforma em dez anos será, no máximo, de 900 bilhões de dólares e o grosso do dinheiro virá da redução do desperdício e das fraudes.
Mas de onde saiu o cálculo do que escorre pelo ralo do desperdício e das fraudes? Encerrado o discurso de Obama, a atenção da imprensa e dos políticos foi concentrada nessas dúvidas.
Depois de promovê-la a prioridade número 1 de sua agenda doméstica, e vê-la ser estraçalhada nas inúmeras reuniões que deputados e senadores fizeram com eleitores no recesso parlamentar de agosto, Obama está sendo convidado a descer do palanque para ser apresentado à realidade.
E a realidade é o avesso de sua utopia: a maioria, exatamente 51% na última pesquisa, é contra a reforma da saúde.
Traduzindo: os americanos não querem um sistema público de saúde para competir com as empresas privadas e não gostam da ideia de o governo administrar o sistema atual para evitar abusos das seguradoras.
Por trás disso, há uma mensagem cujas raízes remotam à história do país: a maioria dos americanos desconfia da honestidade, dos propósitos e da competência dos governos - qualquer governo. Na superfície, o debate sobre a saúde nos Estados Unidos provoca divergências técnicas.
Na proposta de Obama, todos os americanos serão obrigados a ter plano de saúde.
Mas qual o leque mínimo dos benefícios? Obama promete que o governo vai subsidiar quem não puder comprar um plano. Mas de quanto será o subsídio? Obama disse, pela primeira vez, que o custo da reforma em dez anos será, no máximo, de 900 bilhões de dólares e o grosso do dinheiro virá da redução do desperdício e das fraudes.
Mas de onde saiu o cálculo do que escorre pelo ralo do desperdício e das fraudes? Encerrado o discurso de Obama, a atenção da imprensa e dos políticos foi concentrada nessas dúvidas.
Com base no texto, julgue as inferências propostas nos itens abaixo.
I. O desenvolvimento do texto indica que seu autor, André Petry, possivelmente procura afirmar um ponto de vista a partir dos implícitos do discurso do presidente, conforme se pode deduzir pela leitura do primeiro parágrafo.
II. O autor do artigo manifesta simpatia pela forma discursiva apresentada pelo presidente Obama naquela quarta-feira no Congresso.
III. O artigo de Petry faz um cotejo na passagem “E a realidade é o avesso de sua utopia...”
Apresenta sustentação contextual: