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Os Assistentes Sociais contribuíam para a difusão da alienação, sendo que estavam também envolvidos pelas ideologias da época e, deste modo, agiam inconscientemente a favor da classe dominante em detrimento dos dominados.
Então, por detrás da profissão predominava um forte caráter de fundo ideológico.
O Serviço Social desenvolvia uma identidade de dominação, alienação política e social, econômica e cultural. Sendo que é importante destacar que a profissão do Serviço Social avançou em seu processo de institucionalização.
Os Assistentes Sociais, porém, respondiam aos engendramentos formulados pela classe dominante, dos capitalistas, na medida em que atendia mais aos burgueses do que mesmo aos proletários. A profissão, portanto, caminhava na marcha oposta (contrária) aos anseios e lutas dos trabalhadores.
A identidade atribuída ao Serviço Social (...) era uma síntese de funções econômicas e ideológicas, que levava a produção de uma prática que se expressava (...) como mecanismo de reprodução das relações sociais (...) uma estratégia para garantir a expansão do capital”(MARTINELLI, 2007, p. 124).
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A identidade atribuída do Serviço Social pelo capitalismo e
[...] chancelada pela Igreja Católica [...] descaracterizava sua função essencial enquanto resposta ao conjunto de problemas que se instauravam como subprodutos do capitalismo, transformando-se em mero apêndice da função econômica, em estratégia de domínio de classe. (p. 126)
Dessa maneira, Martinelli (2007) trouxe-nos como contribuição o fato de que uma identidade profissional pode estar submetida aos caprichos de uma ordem alienante, ocultando em seu discurso de mudança as estratégias de controle social. Ao atuar a serviço de um controle social favorecedor da reificação de seus agentes e das pessoas às quais destina suas ações, essa identidade caracteriza-se como identidade atribuída. Isso significa dizer que uma prática de assistência social pode estar submetida à função econômica (burguesia, Estado, Igreja), "substituindo o educativo pelo assistencial e transformando a crítica em resignação, em passiva aceitação" (p. 158).
A ideia de identidade atribuída (Martinelli, 2007), que leva a uma prática cuja finalidade é a de manter o controle hegemônico sobre a população menos privilegiada.
O Estado e a burguesia atribuíram ao Serviço Social uma identidade que, síntese de funções econômicas e ideológicas, levava a uma prática de reprodução das relações sociais de produção capitalista, além de fortalecer a ilusão de que o Estado "nutria um paternal interesse pelo cidadão" (p. 126).
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A tese da identidade e alienação no Serviço Social foi proposta por Maria Lúcia Martinelli na obra Serviço Social: identidade e alienação (editora Cortez: São Paulo: 1989) e possui algumas críticas de outros autores, principalmente, pelo fato de possuir grande influência da perspectiva hegeliana. Segundo nos esclarece Marilda V. Iamamoto (Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2014), essa tese aponta que o Serviço Social possuía em sua origem uma identidade própria, a qual foi corrompida pela sociedade burguesa, quando esta última coopta para si essa profissão, alienando a sua identidade. Assim, a identidade e a consciência daqueles profissionais, dadas e influenciadas pelo capitalismo, contribuíam para a ordem vigente, disseminando a ideologia dominante, impedindo a profissão de realizar sua real "missão". Para essa tese, segundo Iamamoto (2014), era possível a profissão romper com essa identidade alienada através da tomada de consciência de seus profissionais. Observa-se, então, que essa tese além de desconsiderar a historicidade da profissão, acreditava que é a consciência que determina vida, e não o contrário: a vida que define a consciência, conforme propõe a perspectiva marxista.
RESPOSTA: ERRADO
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Não entendi o erro da questão... identidade e consciência eram pensadas como abstrações sim... por que não?? =/
abstração
substantivo feminino1.
fil operação intelectual em que um objeto de reflexão é isolado de fatores que comumente lhe estão relacionados na realidade.
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também não entendi o erro..
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Mesmo com a explicação da professora, não compreendi a questão.
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A identidade atribuída ao serviço social não se fundamenta no entendimento de viés determinista. Ao contrário, essa identidade (...) é uma categoria política e sócio-histórica que se constrói na trama das relações sociais, no espaço social mais amplo da luta de classes e das contradições que a engendram e são por ela engendradas (MARTINELLI, 1989. p. 7).
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Abstração (do latimabstractio) é uma operação intelectual que consiste em isolar, por exemplo num conceito, um elemento à exclusão de outros, do qual então se faz abstração. Por exemplo, abstraindo uma bola de futebol de couro, por uma bola de futebol, retemos apenas a informação enxuta das propriedades e comportamentos da palavra.
Eu penso que o erro está no entendimento que o não devem ser pensadas como abstrações por causa do significado da palavra ABSTRAÇÃO.
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A concepção de identidade atribuída ao serviço social fundamenta-se no entendimento¸ de viés determinista (até aquir certo, pois a fundamentação teórica do Serviço Social, no seu surgimento, é o neotomismo), de que identidade e consciência devem ser pensadas como abstrações. (Nessa segunda parte foi onde encontrei o erro da questão. A consciência pode ser pensada como abstração, mas identidade não, pois esta é determinista. A própria questão fala isso no enunciado. Então há uma contradição nesse quesito (identidade))
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Gabarito: ERRADA.
Segundo Maria Lúcia Martinelli, " identidade e consciencia social não podem ser pensadas, portanto, a distância da realidade social, como abstrações ou generalidades ou como categorias isoladas; é preciso pensá-las dialeticamente, como categorias plenas de movimento e de historicidade"...
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Deixaria em branco mesmo após tantas explicações...
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Identidade atribuída, esta é a identidade que ocorre dos circuitos externos às profissões, distanciada do processo histórico, esvaziada de substancialidade política. Esta identidade produz uma categoria subalternizada, que não possui o reconhecimento profissional e social, com isso há uma fragilização da ação profissional, gerando profissionais despolitizados que se submetem a outras profissões. Gerando uma indeterminação quanto à posição da profissão na divisão social do trabalho, tendo por conseqüência a ausência de visibilidade. As práticas dos profissionais passam a se de pequeno alcance, dissociadas da realidade social. Portanto gerando uma categoria profissional subalternizada, incapaz de expressar o modo de ser da profissão.
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Marcaria como errada.
O determinismo não combina com a visão dialética. A identidade e a consciência estão relacionadas, influenciadas pelo modo de ser do capitalismo, podendo causar a alienação concreta do profissional, cooptando-o. Não existe determinação.
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Arthur, explica essa questão. kkkkkk
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ERRADA..
DE ACORDO COM A MARTINELLI NÃO TEM VIÉS DETERMINISTA
“A identidade atribuída ao serviço social não se fundamenta no entendimento de viés determinista. Ao contrário, essa identidade (...) é uma categoria política e sócio-histórica que se constrói na trama das relações sociais, no espaço social mais amplo da luta de classes e das contradições que a engendram e são por ela engendradas (MARTINELLI, 1989. p. 7).”
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O QUE FALA O VIÉS DETERMINISTA?
VIÉS DETERMINISTA-- define que todos os fatos que acontecem no presente são determinados por causas anteriores, ou seja, tudo aquilo que acontece ao homem ou no mundo é determinado por acontecimentos passados e que podem ser de caráter natural ou sobrenatural.
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SERVIÇO SOCIAL tem a perspectiva histórico-crítica,ou seja,ela se situa na reprodução das relações sociais.
Bons estudos..
Fonte;Nilza Ciciliati