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" O fetiche da prática, fortemente impregnado na estrutura da sociedade, se apossou dos assistentes sociais, insuflando-lhe um sentido de urgência e uma prontidão para a ação que roubavam qualquer possibilidade de reflexão crítica" ( Martinelli, 2003)
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Segundo Maria Lúcia Martinelli (Serviço Social: identidade e alienação. 8ª edição. Cortez: São Paulo, 2007) o capitalismo definiu a prática e atribuiu ao Serviço Social uma identidade. Assim, o Serviço Social em sua gênese, conforme a autora, teve sua prática voltada para a reprodução das relações sociais capitalistas, sem que esses profissionais (os assistente sociais) realizassem uma análise crítica da prática que exerciam. A questão social era vista por aqueles profissionais como desconectada das relações econômicas, sociais e políticas, entendida como problemas e desvios relacionados ao caráter, a moral e individuais que poderiam e deveriam ser tratados. Nesse sentido, a assertiva acima é verdadeira pois a identidade atribuída ao Serviço Social pelo capitalismo definiu a sua prática, orientando-a para o atendimento de "problemáticas individuais", controle da classe trabalhadora e outras questões que pudessem ser entraves para a expansão do capital. A ausência de referencial crítico também contribuiu para a prática irrefletida e não desvendamento das relações sociais capitalistas, que se manifestavam de forma fetichizadas.
RESPOSTA: CERTO
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Gabarito CERTO
O distanciamento das relações sociais, foi definidor da prática do Serviço Social, em seu cenário inicial. Com ações meramente emergenciais, voltadas para a adaptação do individuo ao meio, a categoria não percebia a relação contraditória existente entre o capital e o trabalho. Daí tal nomenclatura de fetichismo atribuído por Iamamoto e recuperado por Martinelli. Perfeita questão.
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A ausência de referencial crítico também contribuiu para a prática irrefletida e não desvendamento das relações sociais capitalistas, que se manifestavam de forma fetichizadas.
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"Num verdadeiro fetichismo, a identidade atribuída é que é fixada como identidade da profissão, abrindo amplos espaços para a produção de um percurso alienado, alienante e alienador da prática profissional. Assim, esta acaba por expressar e reproduzir a face do capitalismo, transformando-se em um de seus instrumentos de reprodução das relaçoes sociais capitalistas." (Maria Lúcia Martinelli, Serviço Social: Identidade e alienação). Portanto, CORRETA a questão.
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Identidade atribuída:repressão,controle e dominação da classe trabalhadora;
Segundo Maria Lúcia Martinelli (Serviço Social: identidade e alienação. 8ª edição. Cortez: São Paulo, 2007) o capitalismo definiu a prática e atribuiu ao Serviço Social uma identidade. Assim, o Serviço Social em sua gênese, conforme a autora, teve sua prática voltada para a reprodução das relações sociais capitalistas, sem que esses profissionais (os assistente sociais) realizassem uma análise crítica da prática que exerciam. A questão social era vista por aqueles profissionais como desconectada das relações econômicas, sociais e políticas, entendida como problemas e desvios relacionados ao caráter, a moral e individuais que poderiam e deveriam ser tratados. Nesse sentido, a assertiva acima é verdadeira pois a identidade atribuída ao Serviço Social pelo capitalismo definiu a sua prática, orientando-a para o atendimento de "problemáticas individuais", controle da classe trabalhadora e outras questões que pudessem ser entraves para a expansão do capital. A ausência de referencial crítico também contribuiu para a prática irrefletida e não desvendamento das relações sociais capitalistas, que se manifestavam de forma fetichizadas.