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ID
1151899
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPU
Ano
2013
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

            No lapso das duas últimas décadas, a fecunda literatura profissional, no âmbito da renovação crítica do serviço social, voltada aos fundamentos do serviço social tratou, sob diferentes ângulos, a natureza particular da profissão na divisão social e técnica do trabalho.

                                                                                 Marilda Vilela Iamamoto. O serviço Social na Cena Contemporânea. In. Programa de Capacitação em Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília, UnB/CEFSS, 2009, p. 37.

Considerando o tema abordado pelo fragmento de texto acima,  julgue o   item  que se segue.


A tese da correlação de forças propõe o paradigma das relações interpessoais como eixo central da intervenção profissional, cujo ponto de partida é a situação-problema.

Alternativas
Comentários
  • situação-problema.

  • Questão errada. Relações interpessoais não é eixo central da intervenção profissional na Contemporanedade. 

  • A questão está relacionada ao pensamento de Netto, que trata da Perspectiva Modernizadora, como vertente do Movimento de Reconceituação. Tal perspectiva vai de encontro à abordagem funcionalista, estruturalista na mediação do desenvolvimento social e enfrentamento da marginalidade, onde  os recursos são buscados nos processos de relacionamentos interpessoais.

  • A tese da correlação de forças situa a a ação profissional como mediadora da relação de classes, atuando na esfera da disputa de hegemonia entre classe dominante e dominada.

  • Conforme Marilda V. Iamamoto (Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2014) a tese da correlação de forças, a qual busca apreender o Serviço Social e o exercício profissional, foi elaborada por Vicente de Paula Faleiros e compreende como eixo central da intervenção profissional do assistente social as relações de poder. Deste modo,entende-se nessa tese que o profissional de Serviço Social, no interior das instituições, deveria buscar alterar a correlação de forças vigente, contribuindo assim para o fortalecimento das camadas proletárias. Assim, esses profissionais deveriam tecer estratégias para que as classes subalternas pudessem se inserir em locais antes ocupados somente pela classe dominante. Esta tese possui crítica de outros autores também pelo fato de articular e utiliza distintas matrizes teóricas e pensamentos.


    RESPOSTA: ERRADO
  •  É uma tese de Faleiros. Na verdade o erro está na palavra "propõe".  O "paradigma das relações interpessoais como eixo central da intervenção profissional, cujo ponto de partida é a situação-problema" é a forma como Faleiros analisa a prática do Serviço Social das origens até a reconceituação. A tese da correlação de forças e outras teses são tratados por Marilda Iamamoto no livro "Serviço Social em tempo de capital fetiche"

  • Cometarios da Professora

    Conforme Marilda V. Iamamoto (Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2014) a tese da correlação de forças, a qual busca apreender o Serviço Social e o exercício profissional, foi elaborada por Vicente de Paula Faleiros e compreende como eixo central da intervenção profissional do assistente social as relações de poder. Deste modo,entende-se nessa tese que o profissional de Serviço Social, no interior das instituições, deveria buscar alterar a correlação de forças vigente, contribuindo assim para o fortalecimento das camadas proletárias. Assim, esses profissionais deveriam tecer estratégias para que as classes subalternas pudessem se inserir em locais antes ocupados somente pela classe dominante. Esta tese possui crítica de outros autores também pelo fato de articular e utiliza distintas matrizes teóricas e pensamentos.


    RESPOSTA: ERRADO

  • "O desenvolvimento da autonomia do sujeito implica a apropriação, pela consciência, da necessidade que est inscrita na história e pelo descobrimento e uso de sua própria força no contexto que as possibilidades e necessidades se inscrevem. (...) é um processo de negação da tutela e da subalternidade pela mediação da afirmação da própria palavra e da construção da ecisões sobre seu próprio destino". (FALEIROS, 2007, . 62.)

    "Conforme o paradigma da correlação de forças, o objeto de intervenção profissional são as relações de forças, de poder e saber para a conquista, pelas classes subalternas, de lugares, recursos, normas e espaços ocupados e sados pelas classes dominantes. (FALEIROS, 198 , pág. 136)." O paradigma da correlação de forças põe se como estratégia de intervenção profissional e desafio diante da hegemonia do modo de produção capitalista, de maneira que o "cliente" não pode ser considerado isolado e sim parte do conjunto das relações sociais.