Os espaços sócio-ocupacionais do assistente social pretende caracterizar o
assistente social enquanto trabalhador assalariado e portador de um projeto profissional
enraizado no processo histórico e apoiado em valores radicalmente humanos e tratar
alguns dos determinantes históricos e forças sociais que explicam as metamorfoses dos
espaços ocupacionais em que inserem os assistentes sociais na atualidade (Iamamoto).
A
mercantilização da força de trabalho, pressuposto do estatuto assalariado, subordina esse
trabalho de qualidade particular aos ditames do trabalho abstrato e o impregna dos dilemas
da alienação, impondo condicionantes socialmente objetivos à autonomia do assistente
social na condução do trabalho e à integral implementação do projeto profissional. (Iamamoto).
Vive-se uma tensão entre a defesa dos direitos sociais universais e a
mercantilização e refilantropização do atendimento às necessidades sociais, com claras
implicações nas condições e relações de trabalho do assistente social (OLIVEIRA; SALLES,
1998; BRAVO, 1996; PEREIRA, 1998).
A questão está errada, quando descreve: "não apresentam consequências para as condições e relações de trabalho do assistente social". Existem sim consequências para as condições e relações de trabalho do A.S, uma vez que vai na contramão do Projeto Ético Político da profissão, numa perspectiva de ruptura como o conservadorismo.