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ID
1152097
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  1. Uma epidemia silenciosa
    No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia e a tendência é de crescimento entre jovens
    Mônica Tarantino


    A morte do músico Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35), ex-baixista da banda Charlie Brown Jr, registrada pela polícia como suicídio, abriu espaço para o tema nas primeiras páginas dos jornais, no noticiário da tevê, nas redes sociais. 
O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da mobilização e das providências urgentes que o tema suscita. Suicídio é um problema de saúde pública a ser encarado como tal. 
    No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a tendência é de crescimento dessas mortes entre os jovens, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos últimos vinte anos, o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros com idades de 15 a 29 anos, tornando-se a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida produtiva no País (acidentes e homicídios precedem). No mundo, cerca de um milhão de pessoas morrem anualmente por essa causa. A OMS estima que haverá 1,5 milhão de vidas perdidas por suicídio em 2020, representando 2,4% de todas as mortes. 
    Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio está caindo em consequência de um amplo programa de tratamento de depressão. Ações semelhantes protegem vidas nos Estados Unidos. Um dos focos desses programas é diagnosticar precocemente doenças mentais. De acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras drogas. 
    No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do suicídio, com o agravo da passagem do tempo e do aumento populacional. Em 2006, o governo formou um grupo de estudos para traçar as diretrizes de um plano nacional de prevenção do suicídio, prometido para este ano. O que temos até então é um manual destinado a profissionais da saúde. O nome do documento é Prevenção do Suicídio - Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. 
    Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. “Nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas que precisam de ajuda dependem da visibilidade”, disse-me o psiquiatra Humberto Corrêa para um artigo sobre suicídio publicado pela corajosa revista Planeta (Suicídio aumenta no Brasil, mas isso poderia ser evitado, edição 421, Outubro de 2007). “Uma das nossas tarefas é convencer donas de casa, pais, educadores, jornalistas, publicitários, líderes comunitários e formadores de opinião de que o debate sobre o suicídio não é uma questão moral ou religiosa, mas um assunto de saúde pública e que pode ser prevenido. Aceitar essa ideia é o primeiro passo para poupar milhares de vidas”, alertava o especialista. 
    Penso nos casos ocorridos no meu círculo de relações e de que nunca esqueci. No primeiro ano da escola de jornalismo, um colega de sala, Zé Luiz, se matou bebendo querosene. Tinha 18 anos, era inteligente, crítico, um tanto irônico. Há alguns anos, o filho adolescente de um amigo pulou pela janela, deixando-o perplexo por nunca ter visto qualquer sinal de que isso poderia acontecer. Também se matou, aos 20 anos, a filha de uma jornalista e socióloga com quem trabalhei. A história virou filme pelas mãos de sua irmã Petra Costa. Lançado em 2012, “Elena” é um mergulho profundo nas memórias, sentimentos e questionamentos, enfim, em toda complexidade e perpetuidade do suicídio de uma pessoa amada. Mais recentemente, me admiro com a coragem de uma amiga próxima em busca do equilíbrio após o suicídio inesperado do companheiro. Sim, prevenir o suicídio é um assunto que interessa. Danem-se os tabus.

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/324253_UMA+EPIDEMIA+SILENCIOSA. (Adaptado)

Em “O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da mobilização...”, a expressão destacada estabelece relação semântica de

Alternativas
Comentários
  • Conjunção coordenativa adversativa; Conjunção que exprime oposição, são elas:

    Contudo

    entretanto

    nada obstante

    não obstante

    no entanto

    porém

    todavia.


    Quero deixar um extra, pois contudo, todavia, entretanto, no entanto as vezes são usadas também como advérbio em reforço a ideia de oposição.


    espero ter ajudado.


    Gabarito da questão: D 


    BONS ESTUDOS!!!

  • Gabarito. D. 

    ideia de adversidade

    são conjunções adversativas: Mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda sim etc. 

  • o que pode confundir nesta questão é a palavra contraste que significa adversidade.

    Significado de Contraste:

    Oposição entre coisas ou pessoas, uma das quais faz sobressair a outra: o contraste entre a sombra e a luz.

  • Gabarito letra D.

    O termo entretanto  trata-se de uma conjunção adversativa e esse tipo de conjunção indica essencialmente uma ideia de adversidade, oposição, contraste, ressalva, quebra de expectativa, compensação, restrição. 

    Além de "entretanto", também são conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia,no entanto, não  obstante, só que, senão, agora, antes, ainda assim.

  • Contraste = Conjunção Adversativas. Nesse caso entretanto na expressão refere-se a uma oposição.

  • Letra D, contraste. O que também pode ser entendido como valor adversativo. 

  • Alternativa D.

    A expressão em destaque indica contraste, uma vez que "entretanto" é uma conjunção adversativa. É o caso também das seguintes conjunções: contudo; porém; e todavia.

  • ADVERSATIVA 

    Ideia de contraste/oposição/compensação

     

    - mas

    - porém

    - todavia

    - contudo

    - ENTRETANTO 

    - no entanto

    - E

     

    Exemplo: Renata ama Leonardo  casou com André.

    É um corno. Ops! É um contraste

     

    GAB. D