SóProvas


ID
1163134
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca de negócio jurídico e de ato jurídico lícito e ilícito, julgue os itens seguintes

O dolo essencial torna o negócio jurídico nulo, enquanto o dolo acidental somente obriga o pagamento de indenização pelas perdas e danos

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    Espécie: São espécie de dolo: Positivo ou comissivo; Negativo ou omissivo; Essencial; Acidental; Dolo de terceiro; Dolo de Representante; dolo bonus; dolo malus; Dolo Bilateral ou recíproco; dolo positivo ou negativo.


    a) Dolo principal: é aquele determinante do negócio jurídico celebrado, isto é, a vítima do engano não teria concluído o negócio ou o celebraria em condições essencialmente diferentes, se não houvesse incidido o dolo do outro contratante. È assim, porque o dolo é um vício de consentimento, e, como tal, necessita ser fator determinante do ato voluntário de quem foi a sua vítima. Gera a anulação do negócio com efeitos ex nunc.

    b) Dolo acidental: é aquele em que as maquinações empreendidos não tem o poder de alterar o consentimento da vítima, que de qualquer maneira teria celebrado o negócio, apenas de maneira diversa, não gera a anulação do negócio, mas apenas a satisfação em perdas e danos.

    (...) Fonte: Âmbito Jurídico

  • Questão ERRADA. Art.146 c/c art.171, CC.

    Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

    Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

    II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.




  • De fato, o dolo acidental "somente obriga o pagamento de indenização pelas perdas e danos", tal qual asseverado na questão. Contudo, o dolo essencial não torna o negócio jurídico nulo e, sim, ANULÁVEL.

  • Dolo essencial é causa de anulabilidade do negócio jurídico, visto que sem a ação ou omissão dolosa, o negócio não haveria se concretizado. O Dolo essencial é causa determinante do negócio jurídico.Diferentemente, no dolo acidental, ou secundário, é cabível tão somente a possibilidade de se exigir perdas e danos, não há anulabilidade do negócio, posto que este haveria se concretizando, independente da ação ou omissão dolosa.

  • ITEM - ERRADO -  Sobre o tema, o professor Flávio Tartuce ( in Manual de Direito Civil. Volume Único. 2014. Páginas 451 e 452) aduz que:



    “O dolo pode ser conceituado como sendo o artifício ardiloso empregado para enganar alguém, com intuito de benefício próprio. O dolo é a arma do estelionatário, como diziam os antigos civilistas. De acordo com o art. 145 do CC, o negócio praticado com dolo é anulável, no caso de ser este a sua causa. Esse dolo, causa do negócio jurídico, é conceituado como dolo essencial, substancial ou principal (dolus causam). Em casos tais, uma das partes do negócio utiliza artifícios maliciosos, para levar a outra a praticar um ato que não praticaria normalmente, visando a obter vantagem, geralmente com vistas ao enriquecimento sem causa. De fato, não se pode confundir o dolo-vício do negócio jurídico com o dolo da responsabilidade civil. As diferenças constam no quadro a seguir:


    Dolo – Responsabilidade Civil

    Não está relacionado com um negócio jurídico, não gerando qualquer anulabilidade.
    Se eventualmente atingir um negócio, gera somente o dever de pagar perdas e danos, devendo ser tratado como dolo acidental (art. 146 do CC).

    Dolo – Vício do negócio



    Está relacionado com um negócio jurídico, sendo a única causa da sua celebração (dolo essencial).
    Sendo o dolo essencial ao ato, causará a sua anulabilidade, nos termos do art. 171, II, do CC, desde que proposta ação no prazo de 4 anos da celebração do negócio, pelo interessado (art. 178, II, do CC).

    Conforme consta do quadro, o dolo acidental, que não é causa para o negócio, não pode gerar a sua anulabilidade, mas somente a satisfação das perdas e danos a favor do prejudicado. De acordo com o art. 146 do CC, haverá dolo acidental quando o negócio seria praticado pela parte, embora de outro modo. Preferimos defini-lo como sendo aquele que não é causa do ato (dolus incidens). Assim, quando se tem o dolo acidental, o negócio seria celebrado de qualquer forma, presente ou não o artifício malicioso.” (Grifamos).

  • Por favor, só há que se falar em ANULAÇÃO no caso de absolutamente incapaz e nos casos de simulação?

    confere? alguém sabe.
  • Vejamos, o dolo absorve o erro.  Isto é, o dolo seria segundo dos defeitos do negócio jurídico. Consiste este na conduta positiva ou omissiva de alguém que, maliciosamente, induz outrem a praticar negócio jurídico que lhe é prejudicial e que certamente não seria praticado acaso o dolo inexistisse. Sendo o dolo comprovado pela parte que o alega.

    Erro acidental -> denominado de secundário ou acessório, não anulará o negócio jurídico, pois, a seu despeito, o negócio teria sido celebrado. Conservando o negócio jurídico, pois não ha de se falar em desrespeito à validade. 

    Erro essencial -> capaz de gerar a anulabilidade do negócio jurídico, deveria ou não ser escusável. Tendo o art. 138 como base.
    Sinopse para Concursos Públicos - Direito Civil - Parte geral
    GAB ERRADO

  • QUESTÃO ERRADA

    DOS VÍCIOS DO NJ (ERRO, DOLO, COAÇÃO, ESTADO DE PERIGO, LESÃO E FRAUDE CONTRA CREDORES) - TODOS ANULÁVEIS - O ÚNICO QUE SERÁ NULO SERÁ A SIMULAÇÃO.

    Erro - sujeito erra sozinho

    Dolo - sujeito é induzido ao erro

    Dolo Essencial x Dolo Acidental

    Essencial : incide sobre aspecto determinante do NJ. O NJ não teria sido celebrado se o outro contratante soubesse a verdade, pois é essencial para que o NJ ocorra. Será ANULÁVEL.

    Acidental: incide sobre aspecto secundário do NJ. O negócio teria sido celebrado ainda que o contratante soubesse a verdade. Ex. embrulho de presente que veio errado - o NJ não será anulado, mas haverá indenização.

  • Gabarito: ERRADA. 

    Art.146 c/c art.171, CC.

    Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

    Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

    II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

  • O dolo essencial torna o negócio jurídico nulo, enquanto o dolo acidental somente obriga o pagamento de indenização pelas perdas e danos 


    Código Civil:

    Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

    Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

    O dolo essencial torna o negócio jurídico anulável, enquanto que o dolo acidental somente obriga à satisfação das perdas e danos.

    O dolo essencial incide sobre os aspectos determinantes do negócio jurídico, ou seja, é essencial para que o negócio jurídico seja celebrado, pois se a outra parte tivesse conhecimento real (da verdade) o negócio jurídico não teria sido celebrado, de forma que pode ser anulado.

    Gabarito – ERRADO.



  • Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

    II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

  • O dolo essencial torna o negócio jurídico nulo, enquanto o dolo acidental somente obriga o pagamento de indenização pelas perdas e danos

  •  

    Dolos:

     

    -  Dolo essencial ou substancial    =      ANULÁVEL + perdas e danos. 

     

          - Dolo acidental =     SÓ   PERDAS E DANOS

     

    Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

     

     

    - O dolo pode ser por ação ou omissão

     

             - Dolo de terceiro = beneficiado sabia ou deveria saber = responderá. Caso contrário, o terceiro responde por perdas e danos.

     

            - Dolo recíproco =     NÃO há perdas e danos ( tu quoque). 

     

    Q563914

    Dada a existência de intima ligação entre o abuso de direito e a boa-fé objetiva, a lei estabelece a obrigação de reparação como sanção ao autor do ato abusivo.

     

  • "O dolo principal (dolus dans causam contratul) constitui vício do consentimento, capaz de anular o ato jurídico; o acidental (dolus accidens) não passa de um ato ilícito, que gera, para seu agente, uma obrigação de reparar o prejuízo causado à vítima" (SILVIO RODRIGUES, Direito Civil, 32ª ed., Saraiva, vol. 1, p.195).

  • O dolo essencial torna o negócio jurídico nulo, enquanto o dolo acidental somente obriga o pagamento de indenização pelas perdas e danos 


    Código Civil:

    Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

    Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

    O dolo essencial torna o negócio jurídico anulável, enquanto que o dolo acidental somente obriga à satisfação das perdas e danos. 

    O dolo essencial incide sobre os aspectos determinantes do negócio jurídico, ou seja, é essencial para que o negócio jurídico seja celebrado, pois se a outra parte tivesse conhecimento real (da verdade) o negócio jurídico não teria sido celebrado, de forma que pode ser anulado. 

    Gabarito – ERRADO.

  • O dolo essencial é apenas causa de anulabilidade do negócio jurídico. Já o dolo acidental somente obriga o pagamento das perdas e danos.

  • Gabarito: ERRADO

    BIZU

    HIPÓTESES DE ANULABILIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

    CLEIDE COMETEU FRAUDE CONTRA CREDORES

    C = Coação

    L = Lesão

    E = Erro

    I = Incapacidade Relativa

    D = Dolo

    E = Estado de Perigo

    OBS.: todas essas podem ser ANULADAS no prazo decadencial de 4 ANOS! (art. 178/CC)

  • Dolo: anulável.

    Gab: errado!

  • Renata Lima | Direção Concursos

    12/12/2019 às 16:15

    O dolo essencial é apenas causa de anulabilidade do negócio jurídico. Já o dolo acidental somente obriga o pagamento das perdas e danos