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ID
1168855
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos países da América do Sul e de suas políticas externas e suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os próximos itens.


Ao longo da última década do século passado, a Argentina reforçou, no plano da política externa, sua relação preferencial com os EUA e aprofundou, na área econômica, o processo de integração com o Brasil, no âmbito do MERCOSUL, de modo que pôde enfrentar as turbulências do final da década e inaugurar o século XXI com estabilidade política interna e integração na América do Sul.

Alternativas
Comentários
  • Perón preconizou o ideário continental como sendo uma solução para articular a unidade econômica latino-americana.  Este ideário propunha uma união com os países sul-americanos cujo objetivo era romper com a política tradicional de indiferença para com a América Latina praticada pelos Estados Unidos. De acordo com essa proposta, os conflitos geopolíticos deveriam ceder lugar à prática da cooperação com os países vizinhos. O modelo justicialista de política externa esteve presente nos governos de Juan Perón, nos governos de Carlos Menem, no governo provisório de Eduardo Duhalde e no governo de Néstor Kirchner. Durante as gestões de Menem o Brasil ocupou um lugar secundário na política externa da Argentina que elegeu os Estados Unidos como seu principal aliado. As aspirações do governo argentino de transformar-se em interlocutor regional frente aos Estados Unidos provocaram um afastamento entre o Brasil e a Argentina causando muitas vezes alguns constrangimentos. Havia por parte do governo Menem a convicção de que a aliança especial com os Estados Unidos também teria como propósito impor limites às pretensões brasileiras de atuar como liderança na região. A relação especial com os Estados Unidos serviria, portanto, como contrapeso para tais pretensões, revelando assim, que ainda permanecia nesse governo a ideia do Brasil como um país rival e que deve ser contido. Duhalde assumiu a presidência provisória do país, após a renúncia de De la Rúa em dezembro de 2001, com o intuito de diferenciar-se mais do governo de Carlos Menem e suas políticas de alinhamento com os Estados Unidos do que de seu opositor de partido que o havia precedido. A crise econômica do país e a necessidade de superação tiveram diretamente relacionada com os acordos com o FMI, mais do que a relação biliteral com os Estados Unidos.Duhalde se posicionou contra os Estados Unidos, em especial, em duas situações.O exemplo mais evidente do pragmatismo de Duhalde foi o apoio em 2002 à resolução que condenava Cuba por violações dos direitos humanos em resposta às pressões dos Estados Unidos. No entanto, pouco depois do acordo de 2003 com o FMI e com a economia mostrando alguns sinais de recuperação, Duhalde decidiu abandonar a postura de condenação a Cuba nas Nações Unidas.Outra situação relacionada com a autonomia que mostra um distanciamento de seu governo com o de Menem foi a posição a respeito da invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003. Duhalde se posicionou contra a ação militar de Bush. Kirchner em 2003 trouxe algumas mudanças significativas. Tais mudanças resultam da percepção da sociedade e do próprio governo sobre o fracasso da política externa do governo Menem baseada na relação especial com os Estados Unidos e com os organismos financeiros internacionais (FMI e Banco Mundial). Para o governo Kirchner as relações com o Brasil foram priorizadas sendo utilizadas como instrumento de poder nas negociações comerciais internacionais.
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  • ERRADO

    Argentina começa o século XXI com grave crise econômica.

    - Fracasso do alinhamento com os EUA (Gov. Menem);

    - Grande dívida Externa.

    Argentina declara moratória em 2001 e dá o maior calote da História, de US$ 102 bi.

    Após uma década de estabilidade e aparente prosperidade alcançadas com o câmbio artificialmente fixo, a Argentina declarou moratória em 23 de dezembro de 2001.

    https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/argentina-declara-moratoria-em-2001-da-maior-calote-da-historia-de-us-102-bi-12921340

  • Gabarito Errado

    Ao longo da última década do século passado, a Argentina reforçou, no plano da política externa, sua relação preferencial com os EUA e aprofundou, na área econômica, o processo de integração com o Brasil, no âmbito do MERCOSUL, de modo que pôde enfrentar as turbulências do final da década e inaugurar o século XXI com estabilidade política interna e integração na América do Sul.

    O que está destacado em vermelho é o erro da afirmação. A relação com o EUA no governo Menem ficou muito abalada. Processo de integração com o Brasil não é direto, mas sim o acordo no âmbito do MERCOSUL. Acontece que os dois maiores integrantes são Argentina e Brasil, mas não é correto afirmar que a integração se dá com o Brasil, mas sim com o MERCOSUL como um bloco.