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ID
1168927
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à Rússia e às suas relações com os países europeus e com os EUA desde o final da Guerra Fria, julgue (C ou E) os itens a seguir.


Ao longo da última década, a Rússia tem enfrentado períodos de grande tensão com várias repúblicas que faziam parte da União Soviética, como é o caso da atual crise na Ucrânia, em que o governo russo percebe a busca de autonomia como ação incentivada por países ocidentais.

Alternativas
Comentários
  • Não vejo como países ocidentais e sim da União Europeia.

  • Questão  mal formulada.

    No final, fica bem confuso.

    E os paises no ocidente podem sim ser considerados já que quase todos integram a OTAN.

    Para os EUA não é bom negócio ter um pais entre Ucrânia e Rússia já que "desminaria" a fronteira do Sr. Putin.

  • Para entender o conflito, é preciso levar em conta que a Ucrânia é um país dividido tanto do ponto de vista étnico quanto cultural. A população do leste do país, perto da fronteira russa, tem maioria russa, é influenciada pela cultura russa, fala russo e tende a ser pró-Moscou. Já a população da região central e oeste é de origem ucraniana, fala ucraniano e, desde que o país se tornou independente em 1991 com o fim da União Soviética, quer fazer parte da União Europeia. A crise atual tomou corpo a partir de novembro de 2013, quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovich foi pressionado pela população da capital, Kiev, a priorizar relações comerciais com a União Europeia em detrimento de acordos com a Rússia. De etnia russa, Yanukovich preferiu fechar com Moscou, pedindo um empréstimo bilionário à potência europeia-asiática. Levantes populares começaram a tomar as ruas de Kiev, capital da Ucrânia, e foram reprimidos com mão de ferro pelo governante. A repressão acabou alimentando a revolta dos manifestantes, desencadeando violentos conflitos urbanos. Em fevereiro de 2014, Yanukovich foi expulso do país e forças pró-União Europeia assumiram o poder após se autoproclamarem os novos governantes. A população aprovou a troca e votou a favor da permanência do novo governo pró-Ocidente nas eleições realizadas em regime de urgência. Vladimir Putin não reconheceu a troca de governo, enquadrando-a como golpe de Estado. Ao mesmo tempo, milhares de soldados sem identificação começaram a tomar bases militares na península da Crimeia, no leste do país, para apoiar os insurgentes pró-Rússia. É claro que Putin nunca assumiu que as tropas não-identificadas eram russas, mas é consenso que os militares são enviados de Moscou. As tensões culminaram na anexação da Crimeia pela Rússia em março deste ano, após um referendo não reconhecido internacionalmente realizado na região, com vitória dos separatistas. Lembre-se que a Crimeia originalmente era parte da União Soviética, e foi transferida à Ucrânia há pouco mais de 50 anos por Nikita Khrushchev, sucessor de Stálin e ucraniano. Em resposta à anexação forçada da Crimeia em março de 2014, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram uma série de sanções a empresas e homens fortes do governo russo. No momento, as relações entre a Rússia e as potências do Ocidente estão totalmente fragilizadas pelo impasse. Depois que a Rússia anexou a Crimeia, outras regiões e cidades de maioria russa também manifestaram interesse em se separar da Ucrânia. Vale lembrar que a Urânia é o território de distribuição do gás natural que sai da Rússia para a União Europeia.