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ID
116917
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D!

    Vírgulas proibidas:

     Entre sujeito e predicado ou entre predicado e sujeito

    Entre verbo e seu(s) complemento(s) (Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.)

  • Completando a explicação...
    Temos que lembrar que não se deve empregar a vírgula antes das conjunções "e, ou, nem" quando estas ligarem palavras ou mesmo orações de pequena extensão.

    Ex:  
    "Nem um nem outro lhe deve ficar obrigado." 

    Abraços e bom estudo!!!

  • d) Faça chuva ou faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue com ansiedade à prática de intensos exercícios físicos.

    Basicamente, basta apenas pronunciar devagar a frase, ver qual soa melhor na mente.

  •  A conjunção nem póde vir precedida de vírgula se estiver repetida na
    frase, por ênfase ou enumeração.
    Nem a mãe, nem o pai, nem o filho viajaram.
     Caso se queira dar ênfase a uma afirmação, ou introduzir uma pausa
    na frase, a conjunção ou pode vir precedida de vírgula.
    Você vai viajar, ou não?

  • GABARITO: D