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ID
1187473
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A ética da fila

        SÃO PAULO - Escritórios da avenida Faria Lima, em São Paulo, estão contratando flanelinhas para estacionar os carros de seus profissionais nas ruas das imediações. O custo mensal fica bem abaixo do de um estacionamento regular. Imaginando que os guardadores não violem nenhuma lei nem regra de trânsito, utilizar seus serviços seria o equivalente de pagar alguém para ficar na fila em seu lugar. Isso é ético?
        Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes problemas nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa pelo menos duas pessoas mais felizes (quem evitou a espera e o sujeito que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem todo o mundo pensa assim.
        Michael Sandel, em “O que o Dinheiro Não Compra”, levanta bons argumentos contra a prática. Para o professor de Harvard, dublês de fila, ao forçar que o critério de distribuição de vagas deixe de ser a ordem de chegada para tornar-se monetário, acabam corrompendo as instituições.
        Diferentes bens são repartidos segundo diferentes regras. Num leilão, o que vale é o maior lance, mas no cinema prepondera a fila. Universidades tendem a oferecer vagas com base no mérito, já prontos-socorros ordenam tudo pela gravidade. O problema com o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por alguma fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o resultado final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais acentuadas.
        Não discordo do diagnóstico, mas vejo dificuldades. Para começar, os argumentos de Sandel também recomendam a proibição da prostituição e da barriga de aluguel, por exemplo, que me parecem atividades legítimas. Mais importante, para opor-se à destruição de valores ocasionada pela monetização, em muitos casos é preciso eleger um padrão universal a ser preservado, o que exige a criação de uma espécie de moral oficial - e isso é para lá de problemático.

                                                (Hélio Schwartsman, A ética da fila. Folha de S.Paulo, 28.04.2013)


Na passagem – … que me parecem atividades legítimas. –, o termo em destaque significa

Alternativas
Comentários
  • Gab.: (A)

    Pensei assim: vou comprar uma peça genuina, ou seja, legitima ou original.

  • Gabarito A

    Genuíno
    adj. Verdadeiro; que não sofreu alterações nem falsificações.
    Correto; diz-se da pessoa sincera: expressou-se de modo genuíno.
    Puro; cuja fórmula não foi alterada: composto genuíno.
    Correto; de sentido exato ou próprio: significado genuíno.

    _________________________________________________________________________


    Cansei de ler esse artigo no CPC e não sabia o significado de verossimilhança (kk)

    Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação.


    Verossímil
    adj.m e adj.f. Que aparenta ser verdadeiro: uma descrição verossímil.
    Que é admissível ou realizável por não se opor à verdade; que não repugna à verdade: história verossímil.
    Gram. Superlativo Abs. Sint. Verossimílimo.

  • Comentários.

    a) Genuína -  Sinônimos: original, legal, legítima......

     

    b) Verossímeis – Sinônimos: verdadeiro

     

    c) Contundente- Sinônimos: algo incisivo, caracteriza algo inquestionável;

     

    d) necessário – Sinônimo: essencial, indispensável;

     

    e) ilícitas: ilegal

     

    Gabarito: “A”

  • No contexto não caberia genuínas. 

  • Assertiva A

    legítimas. = genuínas.