Ao discutir instrumentalidade no Serviço Social, Guerra (2005, p. 25-26) destaca três tendências no interior da profissão, sendo que a
primeira diz respeito aos profissionais que supervalorizam a prática secundarizando as teorias ao campo de abstrações. Esta perspectiva
profissional possibilita “(...) a repetibilidade da prática autoriza a formulação de procedimentos, válidos para situações análogas, que são
transformados em modelos de intervenção” (GUERRA, 2005, p.24). Quanto à segunda tendência, a autora denomina de “camisa de força”
(id. ibid, p.24), esclarecendo que alguns profissionais pautam sua prática numa teoria que “(...) aparece como expressão mais formalizada e
completa da realidade. (...). O valor da teoria, neste caso, consiste em construir um quadro explicativo do objeto que contemple um conjunto
de técnicas e instrumentos de valor operacional” (Id, ibid, p.24). A terceira tendência é assumida pelos profissionais que se aproximam da
realidade utilizando o recurso das teorias, bem como fundamentam sua prática através das teorias. Apesar de considerar a terceira tendência
a mais coerente, a autora afirma que existem dificuldades, uma vez que esta tendência “(...) também reclama a ausência de indicativos teórico-
práticos que possibilitem romper com o ranço conservador.