SóProvas


ID
1190812
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Texto: A melhor resposta à dor

        As cidades constituem-se como o maior artefato da cultura. E, justamente, se opõem à natureza. Qualquer condição urbana é um intervento sobre as condições naturais, o que desequilibra o status quo.
        O convívio é algo necessariamente conflituoso, tenso, perigoso. E, como não temos o controle sobre a natureza, precisamos trabalhar com o imponderável e revesti-lo de cuidados compatíveis com as possibilidades do universo em convivência.
        A ocupação das margens de rios é um modelo convencional na produção urbana. Todas as culturas o fizeram. Muitas cidades já sofreram com enchentes - e mesmo assim se mantiveram no mesmo lugar. É que razões mais determinantes foram escolhidas.
        Também a ocupação de encostas e de morros é outro modelo universal. Mas há encostas firmes, há encostas frágeis. Há encostas que rompem sem ação antrópica e outras onde é a ação do homem que causa a derrubada.
        No entanto, as cidades vitoriosas foram aquelas que souberam ajustar suas razões às da natureza. Mas, para o fazerem, planejaram, escolheram, construíram sistemas próprios, capazes de alcançar um patamar de confiança e conforto em que pudessem superar as incertezas do meio.
        O Rio de Janeiro é uma cidade que tem aprendido. Das tragédias da década de 60, emergiu o serviço de geotecnia extremamente bem-sucedido da GeoRio. Nesses 40 anos, a cidade tem investido poderosamente na contenção de encostas e na eliminação de risco.
        O Rio também tem investido na proteção a famílias em risco. É claro que não é simples, considerando-se que a falta de política habitacional é uma realidade no nosso país. Mas é considerável o esforço do município no reassentamento de famílias, pelo menos desde a década de 90, através do programa Morar Sem Risco.
        O monitoramento das condições meteorológicas é outro trabalho importante que obviamente não previne as chuvas, mas pode ser útil na prevenção do dano. Monitorar e informar, alertar as famílias em risco, é tarefa complexa, de grande exigência tecnológica, que hoje já pode ser feita com bom resultado.
        Agora, ante a dor, a melhor resposta será a busca da cooperação.


(Sérgio Magalhães - O Globo, 16/01/2011- disponível em: http://www.cidadeinteira.blogspot.com/ - fragmento)

“O Rio de Janeiro é uma cidade que tem aprendido." (6º parágrafo)

A forma verbal em destaque encontra-se no pretérito perfeito composto do indicativo, tempo que retrata o processo verbal como fato que se consuma e se repete ou prossegue com regularidade. O verbo NÃO está flexionado nesse tempo em:

Alternativas
Comentários
  • D - TEMOS cuidado = Presente do subjuntivo.

    As outras de fato retratam o pretérito perfeito.

  • marquei C - errei

    A - TEM ESTUDADO - ele tem (presente do indicativo + particípio) = pret. perf. composto

    B - TÊM SIDO - elas têm sido (presente do indicativo + particípio) = pret. perf. composto

    C - TEMOS OBSERVADO - nós temos observado (presente do indicativo + particípio) = pret. perf. composto

    Ultimamente

    D - TEMOS CUIDADO - nós temos cuidado (presente do indicativo + particípio) = pret. perf. composto

    infelizmente nem sempre

    Pelos verbos não achei o erro, contudo analisando as frases acredito que seria pelo contexto.

    modo indicativo - evento real, não hipotético

    modo subjuntivo - evento hipotético, possível e duvidoso

  • "Infelizmente nem sempre temos cuidado com o meio ambiente."

    No contexto acima, cuidado não é verbo; mas, um substantivo. Veja que o meio ambiente exerce função de complemento nominal. Não se pode analisar cuidado como verbo porque o verbo cuidar rege preposição de, por exemplo: cuido do meio ambiente.