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ID
1193566
Banca
VUNESP
Órgão
FUNDUNESP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 06.

Mágicas e exatas

Ruy Castro

     Conheço gente que trocou de profissão, de ideologia política, de nacionalidade, mas continuou firme na preferência quanto ao clube de futebol. E houve outro quesito que, em certa época, disputou com o futebol essa fidelidade carnívora - quando tivemos de trocar a máquina de escrever pelo computador.
      Foi em meados dos anos 80. Éramos felizes com nossas Remingtons e Olivettis, até que uma pressão vinda de todos os lados começou a nos empurrar para o computador doméstico. Muitos resistimos à novidade, como quem defende a bandeira do seu clube. No meu caso, fiquei firme até 1988, quando dois amigos me confessaram sua conversão àquele aparelho silencioso, que permitia reescrever e mover frases e parágrafos sem o cansativo recurso de bater xis, cobrir de tinta e fazer a emenda à mão ou à máquina.
      Por causa deles, aderi. Afinal, pensei, estava apenas trocando uma máquina de escrever por outra. E quer saber? Nunca me arrependi. Acho até que a geringonça me salvou a vida, permitindo-me produzir com metade do esforço e o dobro da velocidade. Minha Remington foi para um armário, onde está até hoje, há anos sem a esmola de um olhar.
      Um livro enviado por uma amiga, no entanto, me fez repensar o caso: o delicioso “Retratos Parisienses”, com entrevistas e perfis de escritores e pintores franceses por Rubem Braga. Logo nas primeiras páginas, reproduz-se um original de Rubem - uma página datilografada, sobre seu encontro com Jean-Paul Sartre, estupidamente bem escrita e quase sem emendas.
      Era possível escrever à máquina, de primeira, sem erros e já com as palavras mágicas e exatas. Bastava ser Rubem Braga.
(Folha de S.Paulo. 18.03.2013. Adaptado)

Releia o seguinte trecho do penúltimo parágrafo.

Um livro enviado por uma amiga, no entanto, me fez repensar o caso: o delicioso “Retratos Parisienses”, com entrevistas e perfis de escritores e pintores franceses por Rubem Braga.

Considerando as regras de uso de pontuação, pode-se afirmar que os dois-pontos (:), no contexto do trecho, foram empregados para introduzir

Alternativas
Comentários
  • O dois pontos devem ser utilizados para:

    a) indicar a introdução de uma fala;

    b) introduzir um aposto ou uma oração subordinada substantiva apositiva;

    c) introduzir um exemplo ou observação.

    Obs.: Aposto é o termo de natureza substantiva que repete algo já designado com fins de algum tipo de esclarecimento

    LETRA: B

  • NO CASO DA E: só seria uma resposta se houvesse uma pergunta anteriormente.... 

  • Assertiva b

    pode-se afirmar que os dois-pontos (:)

    um esclarecimento, uma explicação para algo que foi dito anteriormente.

  • O dois pontos devem ser utilizados para:

    a) indicar a introdução de uma fala;

    b) introduzir um aposto ou uma oração subordinada substantiva apositiva;

    c) introduzir um exemplo ou observação.

    Obs.: Aposto é o termo de natureza substantiva que repete algo já designado com fins de algum tipo de esclarecimento

    LETRA: B