SóProvas


ID
1195933
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.

Liberdade minha, liberdade tua
     Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro". Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões inteiramente egoístas.

    Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?

     Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.

                                                                                                                          (Valdeci Aguirra, inédito)




O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para preencher corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • alguém dá uma luz?

  • Tentarei acender uma luz kkkkk 

    Gabarito (C)

    Em qual dessas alternativas o vebo deverá ficar no plural.?

    a)...... (costumar) seguir os nossos atos de indisciplina a invocação das sábias palavras daquela velha frase.

    Sujeito: a invocação (singular), portanto o verbo "costumar" fica no singular. (costuma)

     b) Entre os adolescentes não ...... (ser) de hábito respeitar os limites da liberdade individual.

    Sujeito: Respeitar os limites. O núcleo do sujeito é o verbo "respeitar", que tá no infinitivo, portanto verbo "ser" fica no singular (é)

     c) A ninguém da classe ...... (deixar) de tocar, naquela época, seus alertas contra o nosso anarquismo. 

    Sujeito: seus alertas... (plural), portanto o verbo deixar tb vai (deixavam) ALTERNATIVA CORRETA

     d) Nas aulas em que ...... (caber) invocá-las, a professora repetia as palavras daquele velho ditado. 

    Sujeito: O próprio verbo caber.  Ficando a oração na ordem direta da seguinte forma: a professora repetia as palavras daquele velho ditado, nas aulas em que Cabia invocá-las. Assim, verbo no singular (cabia)

     e) Um desafio que aos homens sempre se .... (impor), em razão dos seus impulsos egoístas, está em respeitar o espaço alheio.

    Sujeito: Um desafio (singular), portanto verbo (impor) tb. (impôs).