Boa tarde,
Em português, o verbo concorda com o sujeito da oração, como todos sabemos. Ocorre, porém, que há casos em que essa regra se flexibiliza, dando espaço à concordância atrativa, feita com o termo mais próximo, não com o núcleo do sujeito.
Isso ocorre, por exemplo, quando o sujeito é composto de uma expressão partitiva (a maioria de, grande parte de) seguida de um termo no plural. Em situações desse tipo, valem as duas formas de fazer concordância. A tendência, na maior parte das vezes, é privilegiar a concordância gramatical (com o núcleo):
“A maioria dos restaurantes utiliza cartazes informativos”, “A maioria dos clientes paga a conta com cartão de crédito” etc.
Isso não impede, porém, o uso do verbo no plural, em concordância com o termo mais próximo:
“A maioria dos restaurantes utilizam cartazes informativos”, “A maioria dosclientes pagam a conta com cartão de crédito” etc.
Esta última não é a concordância mais recomendada na maioria dos casos. É, porém, bastante adequada nas situações em que aparece um verbo de ligação seguido de predicativo no plural. Compare as frases seguintes:
1. A maior parte dos homens ficou satisfeita. (concordância gramatical)
2. A maior parte dos homens ficaram satisfeitos. (concordância atrativa)
Letra A
HUhuhuu, Fé na missão, aprendi não trocar ideia com a questão e saquei logo de cara...
Quando o sujeito é representado por um “coletivo geral” ou “coletivo partitivo”, seguido de “complemento restritivo do plural” [“uma parte de”, “a metade de”, “o grosso de”, “um grande número de”, “uma porção de”, “a maioria de”, etc.], pode o verbo vir no SINGULAR ou no PLURAL.