Tipo I, de contração lenta ou vermelhas, e isto devido à
densidade capilar e ao conteúdo em mioglobina.
Tipo II, de contração rápida ou fibras brancas, as quais se
subdividem na lIa, IIb, e IIc.
a)Fibras
tipo I, de contração lenta, vermelhas ou ST(slow twitch) São
fibras com menor diâmetro, com um maior fornecimento sanguíneo, quando expresso
em capilares por fibra, possuem muitas e grandes mitocôndrias e muitas enzimas
oxidativas. São por isso fibras com um metabolismo energético de predomínio
aeróbico, resultando uma grande produção de ATP, permitindo esforços
duradouros. Estas fibras predominam nos músculos dos atletas de endurance
ou resistência.
A enzima desidrogénase do succinato, que é uma enzima
típica do metabolismo aeróbico, encontra-se em quantidades elevadas e constitui
um marcador deste tipo de fibras. Têm uma grande atividade da NAD desidrogénase
e da citocromo oxídase.
b)Fibras
tipo II, de contração rápida, brancas ou FT(fast twitch) São
fibras brancas, de maior diâmetro, com predomínio de metabolismo energético de
tipo anaeróbico. Possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a este tipo de
metabolismo, como por exemplo a CPK (creatinofosfoquínase), necessária à
regeneração rápida de ATP a partir da fosfocreatina (CP). As quantidades das
enzirnas desidrogénase láctica (LDH) e fosfofrutoquínase (PFK) são também
elevadas. O músculo constituído por este tipo de fibras tem uma velocidade de
contração, uma velocidade de condução na membrana e uma tensão máxima maior do
que nas fibras do tipo I. Têm elevados níveis de atividade da ATPase
miofibrilar, o que revela grande velocidade na elaboração das interações
actina-miosina.
Fibras subtipo IIb: constituem o subtipo mais característico. São fibras de contração
rápida (fast twitch), nas quais o metabolismo anaeróbico é dominante, o
que origina uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. O
componente aeróbico é reduzido.
São fibras com um mau rendimento energético, que
acumulam muito ácido láctico e H +, são de contração rápida e facilmente
fatigáveis. Quando sujeitas a um treino de endurance, de características
aeróbicas, tendem a apresentar características mais semelhantes às do subtipo
lIa.
Fibras do subtipo lIa:
são também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico, mas já com
uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes
à fadiga do que as anteriores.
Fibras do subtipo IIc:
são fibras que se encontram no músculo em quantidades muito pequenas, cerca de
1% do total. Possuem predomínio do metabolismo anaeróbico e uma capacidade
oxidativa bastante superior à encontrada nos subtipos anteriores, o que as
coloca entre estas e as fibras tipo I, no que se refere à resistência à fadiga.