Letra A
A teoria ERG é uma teoria contemporânea e pode ser considerada uma revisão da Teoria das Necessidades de Abraham Maslow. Numa reacção à famosa Hierarquia de Necessidades de Maslow, Alderfer
condensou as cinco necessidades humanas de Maslow em apenas três
categorias: Existência, Relação e Crescimento (growth em inglês). Nesta teoria podemos encontrar três categorias de necessidades:
Necessidades de Existência: incluem todos os
desejos materiais e fisiológicos (ex. comida, água, ar, segurança, sexo,
etc.). Corresponde aos primeiros dois níveis de Maslow;
Necessidades de Relação: referem-se à motivação que
as pessoas têm para manter relações interpessoais (envolvimento com
família, amigos, colegas de trabalho e patrões). Esta categoria tem as
mesmas características das necessidades sociais de Maslow (terceiro e
quarto níveis da pirâmide de Maslow);
Necessidades de Crescimento: refere-se ao desejo
intrínseco de desenvolvimento pessoal, às necessidades de estima e
auto-realização (desejo de ser criativo, produtivo e completar tarefas
importantes). Corresponde ao quinto nível (topo da pirâmide) de Maslow.
Seguindo a mesma linha de raciocínio de Maslow, no fim da década de 1960, Alderfer (1969) redefiniu as cinco necessidades hierarquizadas e agrupou-as em três (ERC): existência (E), que inclui as necessidades fisiológicas e de segurança, relacionamento (R), que reúne as necessidades sociais e de estima, e crescimento (C), que equivale à necessidade de autorrealização. A partir dessa concepção, Alderfer (1969) afirmou que a motivação da conduta humana não obedeceria a um sentido apenas progressivo, mas também regressivo, ou seja, descendente. A frustração encontrada na satisfação de necessidades mais elevadas ou abstratas poderia fazer a pessoa regredir ao nível anterior (necessidades mais concretas) em que tenha conseguido bons resultados (Muchinsky, 1994). Alderfer também chamou atenção para o fato de que duas necessidades podem conjuntamente estar influenciando a orientação da ação da pessoa, o que enfraqueceria a tese de que haveria uma hierarquia de necessidades.
Zanelli, 2014, p. 177