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ID
1216585
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Esse é o hino

De quatro em quatro anos, por ocasião das Copas do Mundo, milhões de pessoas pelo planeta afora têm a oportunidade de entrar em contato com uma das melhores realizações que o Brasil já foi capaz de pôr em pé - o Hino Nacional Brasileiro, tocado e transmitido globalmente antes do começo de cada jogo. É sempre um momento de sucesso garantido junto ao público. O time, no campo, pode ir melhor ou pior, mas o hino não falha nunca. Seus primeiros acordes já deixam claro para a plateia presente aos estádios que ela vai ouvir, nos instantes que se seguem, música de primeira qualidade no gênero; dali para frente as coisas só melhoram. Ao se executar a última nota, todos os que prestaram atenção ao que estavam ouvindo ficam com a impressão de ter recebido um brinde inesperado antes do jogo: em vez da monotonia habitual dos hinos nacionais, em geral áridas arrumações de movimentos marciais que têm como característica mais notável o fato de parecerem todas iguais umas às outras, o que se ouve é uma das melodias mais vibrantes, calorosas e inspiradas que se podem escutar numa cerimônia oficial. 

 
Não há momento sequer de tédio no Hino Nacional; tudo ali é energia, emoção, vigor. Com quase 200 anos de vida, a peça composta por Francisco Manuel da Silva em 1822 mantém intactas até hoje todas as qualidades que fizeram dela uma das composições mais bem-sucedidas na história da música brasileira. Escrita originalmente em homenagem à Independência, e oficializada como Hino Nacional Brasileiro após a proclamação da República, a obra de Francisco Manuel tem um longo histórico de aplausos. Louis Gottschalk, o grande compositor americano do século XIX, que morreu no Brasil em 1869 e tinha entre seus admiradores Chopin, Liszt e Berlioz, considerava-a um dos melhores momentos da criação musical de sua época; em sua homenagem, escreveu a celebrada Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro. [...]
 
Mas e a letra? Já se falou mal o suficiente da letra do Hino Nacional para que se ganhe alguma coisa insistindo no assunto. Sua linguagem, provavelmente, já era antiquada na época em que foi escrita, 101 anos atrás; é confusa, às vezes absurda, e muito pouca gente consegue decorá-la direito, mesmo porque muita pouca gente entende o que ela está dizendo. Mas isso não afeta a melodia nem embaraça o gênio de Francisco Manuel - que, por sinal, já estava morto quase meio século antes de colocarem palavras em sua música. Além do mais, a letra do Hino Nacional nunca causou prejuízo a ninguém - e, francamente, talvez nem seja pior que a média das letras presentes em hinos de outros países, em geral, obcecados por sangue, morte, canhões, tiranias e outros horrores. O mais prático, portanto, é deixar tudo como está, antes que venha a ideia de adotar uma nova letra através de concurso público. Com certeza, teríamos muita saudade, aí, do lábaro estrelado e dos raios fúlgidos.

Em relação aos recursos de linguagem utilizados, NÃO é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A

    "...a peça composta por Francisco Manuel da Silva em 1822 mantém intactas até hoje todas as qualidades" o termo destacado não denota circunstância de modo, já que nao é um adverbio e sim adjetivo.

    Lembrando que os adverbio (cirscunstÂncia e invariavel) de modo são palavras tais como: assim, bem, mal, devagar, melhor, e a maior parte das palvras formadas de um adjetivo mais com a terminação "mente"(levemente, calmamente etc.. )

    bons estudos (:


  • O TERMO INTACTAS ESTÁ LIGADO AO SUBSTANTIVO QUALIDADES PORTANTO ESSE TERMO NÃO PODE SER UM ADVÉRBIO. NA ORDEM DIRETA FICARIA: a peça composta por Francisco Manuel da Silva em 1822 mantém todas as qualidades intactas até hoje, NO CASO ESSE TERMO É PREDICATIVO DO OBJETO.


  • Na verdade, a questão de gabarito letra A, facilmente poderia ter sido identificada uma vez que  a circunstância de MODO aplica-se apenas aos advérbios. Fazendo uma breve recordação dos conceitos básicos destes, sabe-se que são modificadores de verbos, adjetivos e até ele mesmo, outro conceito é que os advérbios são invariáveis em gênero,número e grau, logo, "intactas"  só pela variação (está no plural) e por estar associada ao substantivo "qualidade" não pode ser considerado como advérbio. 

    Bons estudos!

  • Kkkk essa Babi sabe muito, fico bobo.

  • Entendi a explicação. Só uma dúvida : Nunca não é advérbio de tempo? 

    Bons estudos
  • Diego,

    Alguns gramáticos consideram o nunca como advérbio de tempo, outros como advérbio de negação e ainda tem aquele que o considera como negação e tempo!

    Por isso, ao analisar a questão devemos verificar que a alternativa "a" é a errada sem dúvida alguma, até mesmo porque advérbio não varia, mas se não existisse outra opção "mais errada" poderíamos marcar a c.

  • NUNCA, assim como JAMAIS, são advérbios de valor temporal e não de negação, como afirma a questão.

  • NUNCA, assim como JAMAIS, são advérbios de valor temporal e de negação!!!!!!

  • NUNCA e JAMAIS é de tempo e negação depende do contexto da oração, portanto podem classifica-los como essas duas formas de advérbio