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ID
121723
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade mobiliza a ciência e a filosofia desde a Antiguidade. Na Grécia, Hipócrates, o pai da medicina, descreveu quatro tipos de personalidade, de acordo com a presença de determinadas substâncias no organismo. No Renascimento e na era moderna, o debate se deu principalmente em torno do grau de responsabilidade que a natureza e o ambiente teriam na formação da personalidade. Por todo o século XX, muitos pensadores se agarraram à tese de que o ser humano é produto apenas do ambiente. Com frequência, esse posicionamento era uma reação à série de barbaridades cometidas nos Estados Unidos e em vários países da Europa com o intuito de promover limpezas étnicas - e evitar que ciganos, homossexuais ou quaisquer "indesejados" transmitissem seus genes aos seus descendentes. O apogeu dessa barbárie, evidentemente, ocorreu na Alemanha nazista.

A descoberta da estrutura do DNA, em 1953, e o mapeamento completo do genoma humano, em 2003, abriram um campo de exploração sem precedentes para entender as origens biológicas da personalidade. Hoje se sabe que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. Além disso, as descobertas mais recentes nesse campo mostram que a influência dos hábitos e do estilo de vida de cada um na ação dos genes é maior do que se pensava. Pessoas com genes associados à depressão têm mais probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida. Do mesmo modo, indivíduos com dificuldade no metabolismo do álcool não vão se tornar automaticamente abstêmios.

Devido à descoberta do gene do otimismo - uma variação do gene responsável pelo transporte da serotonina, neurotransmissor associado a sensações como o bem-estar e a felicidade -, a geneticista Mayana Zatz afirma: é possível que, de agora em diante, tenhamos de ser mais tolerantes com quem teima em ver apenas o lado negativo do mundo. Afinal, essa atitude, em parte, está nos genes.


(Adaptado de Leandro Beguoci. Veja, 6 de maio de 2009, p. 132-134)

A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade ... (início do texto)

A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na expressão:

Alternativas
Comentários
  • Alguém me ajuda nessa questão? Não entendi...
  • Também tive problemas com essa questão. Transcrevo abaixo a explicação dada por um professor que me respondeu por e-mail  sobre essa dúvida:
    "A questão trata de regência nominal. As alternativas A, B,C, E trazem complementos nominais. Logo, há regência nominal. Exemplo para entender melhor: estou ciente de minha comepetência (ciente é adjetivo, logo, um nome. E quem está ciente está ciente DE algo.)
    Já a letra D traz um adjunto adnominal. A preposição DE não foi enviada por nenhum nome, logo, não houve regência nominal. O objetivo da preposição é de indicar posse. Eis a resposta da questão."

    Espero ter ajudado. =)
  • Uma dica muito boa para essa questão é que o complemento nominal pode ser transformado em voz passiva. Teste isso nas alternativas e vc perceberá que apenas a letra D não aceita a voz passiva !!

  • Veja que na expressão A busca por explicações há um substantivo (BUSCA) que exige complemento, que é POR EXPLICAÇÕES. Veja que o complemento está precedido da preposição POR, no caso.

    Isso ocorre em todas as alternativas.

    A) na formação da personalidade.   B) produto apenas do ambiente.   C) uma reação à série de barbaridades.   E) a influência dos hábitos e do estilo de vida.   Todas elas têm igual estrutura de regênca nominal, ou seja, um substantivo (em vermelho) exigindo um complemento) em azul. Todos os nomes em vermelho têm sentido incompleto, devendo ser complementados pelos nomes em azul.   Então veja agora a alternativa D) - em vários países da europa. PAÍSES é palavra de sentido completo, portanto não exige nada. DA EUROPA é dispensável. 
  • Prezados,

    Sempre tive dificuldades de diferenciar os Adjuntos Adnominals dos Complementos, e acredito que não seja exclusividade minha.
    Dentre várias regras e macetas que sigo, o que melhor se encaixou para mim, nesta questão, foi perguntar ao complemento que tipo de preposição ele precisa, já que os complementos são sempre preposicionados. Vejamos:

    a) na formação da personalidade.
    na formação do que? ou de que?

    b)produto apenas do ambiente
    produto apenas do que?

    c) um reação à série de barbaridades
    uma reação a que?

    d) em vários países da Europa
    ** note que aqui o sentido se completa na expressão "em vários países" , não preciso perguntar nada a países, pois ele por si só já completa o sentido.
    "da Europa" expande o sentido de países (e repido: que já está completo)

    e)
    a influência dos hábitos e do estilo de vida.
    a influência do que?


    ** Existe outras formas de se diferenciar, se é paciente ou não, se é alvo ou oriem, se completa adverbio ou adjetivo, substantivo concreto ou não...
    mas essa é uma das formas que com treino torna-se mais um artifício para a formação do convenciomento.

    Abraços!