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"A profissionalização do Serviço Social pressupõe a expansão da produção e de relações sociais capitalistas, impulsionadas pela industrialização e urbanização, que trazem, no seu verso, a questão social". Iamamoto (2008)
O Serviço Social emerge sob a lógica da reprodução das relações sociais, em um dado momento de desenvolvimento do capitalismo, em sua fase monopólica, que conduz a elevada contradição entre a socialização da produção e a apropriação privada, assim o SSo surge para atender os interesses da classe dominante no atendimento das demandas da classe trabalhadora.
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"O Serviço Social é uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho como sendo especializada. Atua no enfrentamento das expressões da "questão social", oriundas da relação capital/trabalho, que refletem o conjunto das desigualdades sociais engendradas pelo processo de produção e exploração capitalista. Na extensa bibliografia sobre a gênese e o desenvolvimento do Serviço Social no Brasil é sabido que o marco de histórico para a efetivação da ruptura entre protoformas e profissão se deu no contexto do capitalismo dos monopólios.4 Em meio a esse processo, o crescimento das mobilizações e consolidação das organizações dos trabalhadores, exigia uma resposta do poder estatal." (SANTOS 2010)
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É na passagem no capitalismo concorrencial para o monopolista que surgem as condições históricas para a constituição do Serviço Social. Isso se deve ao fato de que o Estado no capitalismo monopolista passa a assumir novas funções para além da repressão da classe trabalhadora, tornando-se responsável também pela reprodução social desta classe. Nesse novo contexto passa a ser necessária a intervenção, por meio de políticas sociais executadas por profissionais especializados, para responder as expressões da questão social. Vale lembrar que a questão social, que já se apresentava de forma acentuada, passa a ser reconhecida pelo Estado após a entrada no cenário político da classe trabalhadora, o que poderia colocar em xeque o desenvolvimento capitalista. Desse modo, tornou-se necessário que o Estado respondesse as reivindicações dessa classe, de modo a evitar confrontos e minimizar os conflitos, preservando a classe dominante. Assim, o Estado historicamente é o maior empregador de assistentes sociais, abrindo para esses um amplo mercado nacional de trabalho, principalmente, devido a radicalização das expressões da questão social e ampliação das políticas sociais, lócus privilegiado de trabalho dessa categoria. Inicialmente, o assistente social é demandado pelo Estado para executar tais política, sendo caracterizado como um executor terminal de políticas sociais.
RESPOSTA: C
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Errada I - A constituição da profissão decorreu da racionalização e da profissionalização da filantropia e da assistência.
II - Foi somente no trânsito do capitalismo concorrencial para o monopolista que se gestaram as condições históricas para a profissão.
III - A legitimidade profissional decorreu do espaço sócio-ocupacional garantido pelo Estado burguês no enfrentamento da questão social.
Errada IV - A profissão foi demandada, em sua emergência, para ações de formulação e execução de políticas sociais. (apenas execução, tanto é que o Netto falar sobre executores terminais de políticas sociais)
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Resposta letra "C"
I - A constituição da profissão decorreu da racionalização e da profissionalização da filantropia e da assistência.
ERRADO! Netto (2011:69) faz uma crítica acerca dessa tese e a denomina de “racionalização da assistência”.
II - Foi somente no trânsito do capitalismo concorrencial para o monopolista que se gestaram as condições históricas para a profissão.
CORRETO! A inserção do assistente social na “divisão sócio técnica do trabalho”, Netto (2011: pg 73).
III - A legitimidade profissional decorreu do espaço sócio-ocupacional garantido pelo Estado burguês no enfrentamento da questão social.
CORRETO! Enfrentamento esse “tipificado nas políticas sociais”, Netto (2011:74).
IV - A profissão foi demandada, em sua emergência, para ações de formulação e execução de políticas sociais.
ERRADO! Nas palavras de Netto (2011:74) - o ponto em que diversos vulnerabilizados pelas sequelas e refrações da questão social recebem a direta e imediata resposta articulada nas políticas setoriais. Neste âmbito está posto o mercado de trabalho para o assistente social: ele é investido como um dos “agentes executores das políticas sociais”.
Ver: Netto,J.P . Capitalismo Monopolista e Serviço Social.
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PROFISSIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL segundo Netto (1992, p. 69-70) “NÃO se relaciona decisivamente à ‘evolução da ajuda’, à ‘racionalização da filantropia’ nem à ‘organização da caridade’; vincula-se à dinâmica da ordem monopólica .
http://ajudaestudanteuniversitario.blogspot.com.br/2012/12/trabalho-cientifico-uma-ajuda-vc.html
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a formulação de políticas sociais pelos assistentes sociais é espaço de atuação recente haja vista que Netto já disse que eram conhecidos apenas como executores....a questão colocou para confundir
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I- Visão positivista da profissão! A qual não observa as mudanças históricas nas sociedade; F
II- V
III- V
IV- Antes o profissional de Serv. Social era um mero executor de políticas. Por meio do M. Reconceituação se começa a pensar como a profissão pode ir além e incorpora, em sua 3a fase, mudanças significativas no agir profissional. F
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De inicio nao existe formulaçao, somente execuçao de politicas sociais. eramos executores terminais de politicas publicas... a formulaçao nos deu la na renovaçao do s, social
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Autor: Victória Sabatine, Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social , de Serviço Social
É na passagem no capitalismo concorrencial para o monopolista que surgem as condições históricas para a constituição do Serviço Social. Isso se deve ao fato de que o Estado no capitalismo monopolista passa a assumir novas funções para além da repressão da classe trabalhadora, tornando-se responsável também pela reprodução social desta classe. Nesse novo contexto passa a ser necessária a intervenção, por meio de políticas sociais executadas por profissionais especializados, para responder as expressões da questão social. Vale lembrar que a questão social, que já se apresentava de forma acentuada, passa a ser reconhecida pelo Estado após a entrada no cenário político da classe trabalhadora, o que poderia colocar em xeque o desenvolvimento capitalista. Desse modo, tornou-se necessário que o Estado respondesse as reivindicações dessa classe, de modo a evitar confrontos e minimizar os conflitos, preservando a classe dominante. Assim, o Estado historicamente é o maior empregador de assistentes sociais, abrindo para esses um amplo mercado nacional de trabalho, principalmente, devido a radicalização das expressões da questão social e ampliação das políticas sociais, lócus privilegiado de trabalho dessa categoria. Inicialmente, o assistente social é demandado pelo Estado para executar tais política, sendo caracterizado como um executor terminal de políticas sociais.
RESPOSTA: C