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ID
1240096
Banca
FGV
Órgão
AL-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em outubro de 2013, o Ministério Público do Estado X ajuizou Ação de Improbidade em face de Fulano de Tal, ocupante exclusivamente de cargo em comissão, que exerceu o cargo de Diretor de Administração e Finanças da Secretaria de Estado de Cultura entre janeiro de 2002 e dezembro de 2006, e que, desde então, não exerce qualquer função pública.
É imputada ao réu a operação de um sofisticado sistema de desvio de verbas daquele órgão, conduta enquadrada como ato de improbidade que causou prejuízo ao Erário, estimado em mais de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
Diante do caso descrito, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Os atos de improbidade que causam prejuízo ao erário podem ser praticado a título de dolo ou culpa. Logo, é dispensável, no caso da questão, a demonstração do dolo do agente. Ademais, a ação prescreve em 5 anos, a contar do término do mandato/cargo/função exercido pelo agente, ressalvado o ressarcimento, que é imprescritível, pelo texto da CF (art. 37, parágrafo quinto).

  • O erro da E se dá pelo seguinte: a ação de improbidade não pode ser direcionada contra o ex agente público, pois já prescreveu o prazo (5 anos), não porque o vínculo com a Administração Pública se encerrou. Ainda que não exista mais o vínculo com a Adm. Pública, a mesma tem o prazo prescricional de 5 anos para imputar ação civil pública contra o ex agente público causador da improbidade.

  • Lei 8.429 (Improbidade Administrativa)

    Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

    I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

  •  

     

    O DOLO/CULPA SÃO NECESSARIOS OU NÃO?

    VIDE QUESTÃO Q433052 ABAIXO:

    No  que  concerne  ao  ato  de  improbidade  administrativa  que  causa prejuízo ao erário, assinale a afirmativa correta. 

     a) Não há a necessidade de comprovação de dolo ou culpa para  a responsabilização do servidor. 

     b) Apenas  haverá  responsabilização  do  servidor  quando  restar  provado o dolo, não bastando a comprovação da culpa. 

     c) o dolo ou a culpa são necessários para a responsabilização do  servidor. CORRETA

     d) O  prejuízo  ao  erário  decorrente  de  omissão  culposa  não  possibilita  a  responsabilização  por  ato  de  improbidade  administrativa. 

     e) O prejuízo ao erário, sem que haja enriquecimento ilícito, não  tem  o  condão  de  caracterizar-se  como  ato  de  improbidade  administrativa. 

     

    NÃO FAZ SENTIDO O GABARITO DA QUESTÃO Q413363 SE CONSIDERARMOS A QUESTÃO CITADA ACIMA. ALGUEM AJUDA AI. AFINAL, O DOLO E A CULPA SÃO NECESSARIOS OU NÃO?

  • tenho mesma indagação do Marcello Pereira.

  •  Gabarito: b) A caracterização do ato de improbidade imputado ao agente público independe da configuração do dolo, mas a ação proposta já se encontra prescrita, ressalvada a perspectiva de ressarcimento do erário.

    Comentário: "Independe da configuração do dolo" porque também se admite a modalidade culposa. Diferente do que ocorre nos casos de enquiquecimento ilícito e atos que atentam contra princípios, os quais só admitem a modalidade dolosa.

    Lembre-se (DCD):

    DOLO - enquiquecimento ilícito

    CULPA / DOLO - Dano ao erário

    DOLO - Atos que atentam contra princípios

  • Marcelo vc mesmo ja respondeu pela questão correta .

    Ele diz dolo OU culpa.

    (independe de dolo) ou (independe de culpa) por que pode ter um ou outro para configurar o prejuízo. Mas o prejuizo ao erário é o unico que abarca a culpa. A questão coloca essa frase talvez para que voce estivesse ligado nessa exceção. 

    -modalidade cuposa é aquela realizados mediante negligência, imprudência ou imperícia

    Ou seja, o aente não tem a intenção de causar qualquer dano ao erário, contudo acaba por trazer prejuízos aos cofres públicos pela inobservância dos trâmites legais.

  • GABARITO LETRA B 

     

    LEI Nº 8429/1992 (DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS NOS CASOS DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXERCÍCIO DE MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)  

     

    ARTIGO 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:

     

    I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

  • Questão desatualizada.

    Agora exige-se dolo.

  • LEI 14230 -

    Altera a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que dispõe sobre improbidade administrativa.

    Art 10  Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente:

     Art 23 A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência.

  • Questão desatualizada! Todos os atos de improbidade exigem dolo específico após as alterações da Lei 14.230/21