Foram
nas atividades e análise de grupos que Pichón desenvolveu os conceitos de
verticalidade e horizontalidade. O primeiro se trata da história pessoal de
cada integrante, história essa que faz parte da determinação dos fenômenos no
campo grupal, por horizontalidade entende-se como a dimensão grupal atual,
elementos que caracterizam o grupo.
A
intersecção entre a verticalidade e a horizontalidade dá origem aos diferentes
papéis que o indivíduo assume no grupo. Os papéis se formam de acordo com a
representação que cada um tem de si mesmo que responde as expectativas que os
outros têm de nós. Constata-se a manifestação de vários papéis no campo grupal,
destacando-se o papel do porta-voz, bode expiatório, líder
e sabotador.
Porta-voz: é aquele que expressa as ansiedades do grupo, ele é
o emergente que denuncia a ansiedade predominante no grupo a qual está
impedindo a tarefa;
Bode
expiatório: é aquele que expressa
a ansiedade do grupo, mas diferente do porta-voz, sua opinião não é aceita pela
grupo, de modo que este não se identifica com a questão levantada gerando uma
segregação no grupo, pode-se dizer dele como depositário de todas as
dificuldades do grupo e culpado de cada um de seus fracassos;
Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de
acordo com os tipos de liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a
concepção de líder ser muito singular e flutuante. O grupo corre o risco de
ficar dependente e agir somente de acordo com o líder e não como grupo;
Sabotador: é aquele que conspira para a evolução e conclusão da
tarefa podendo levar a segregação do grupo;
No
início do grupo, os papéis tendem a ser fixos, até que se configure a situação
de lideranças funcionais.