- ID
- 1251406
- Banca
- FGV
- Órgão
- AL-MT
- Ano
- 2013
- Provas
-
- FGV - 2013 - AL-MT - Administrador
- FGV - 2013 - AL-MT - Almoxarife
- FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Administração de Rede de Segurança
- FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Banco de Dados
- FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Organização, Sistema e Métodos
- FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Programador
- FGV - 2013 - AL-MT - Arquiteto
- FGV - 2013 - AL-MT - Assistente Social
- FGV - 2013 - AL-MT - Contador
- FGV - 2013 - AL-MT - Economista
- FGV - 2013 - AL-MT - Editor de Textos
- FGV - 2013 - AL-MT - Enfermeiro
- FGV - 2013 - AL-MT - Engenheiro Civil
- FGV - 2013 - AL-MT - Fisioterapeuta
- FGV - 2013 - AL-MT - Jornalista
- FGV - 2013 - AL-MT - Professor - Língua Inglesa
- FGV - 2013 - AL-MT - Professor - Língua Portuguesa
- FGV - 2013 - AL-MT - Psicólogo
- FGV - 2013 - AL-MT - Publicitário
- FGV - 2013 - AL-MT - Radialista
- FGV - 2013 - AL-MT - Técnico Legislativo - Nível Superior
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Fora de foco
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
O título dado ao texto – fora de foco – refere-se