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ID
1259665
Banca
ACAFE
Órgão
PC-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Texto 1

       Uma das questões sociais que mais afligem os dias de hoje é a da incapacidade de controlar o uso de drogas ilícitas, e, mais ainda, os baldados esforços para dar um fim, ou minimamente reduzir a níveis socialmente aceitáveis o sinistro sistema criminal que faz essas drogas circularem por todo o mundo, com uma logística de uma eficiência impressionante. É muito comum se dizer que o mercado ilegal das drogas é, atualmente, um dos mais vastos setores da economia mundial; todavia, é apenas uma fatia do sistema de operação da indústria do crime organizado, que funciona em vários setores, utilizando-se de redes e mecanismos semelhantes, para terem aparência de operações limpas e legais. Como os diferentes setores econômicos, mormente os ilegais, se movimentam tanto no mercado formal como no informal e constroem setores legais e ilegais, claro está que facilmente conectam instituições governamentais ao comércio de drogas, penetrando este último nos setores legais da sociedade. Esses setores frequentemente exercem suas atividades na economia formal, mas auferem uma parte considerável de seus lucros a partir das operações do tráfico de drogas e de outros tráficos. Tais atividades são diversificadas uma vez que se concretizam junto com outras ações criminosas, tais como o roubo de determinados bens utilizáveis como moeda de troca na aquisição das drogas. Essas atividades também seguem as redes financeiras para a lavagem do dinheiro oriundo de uma variada gama de atividades ilegais, como a corrupção governamental, o contrabando, o tráfico de armas etc. Isso é muito evidente quando se lança um olhar mais acurado nos negócios realizados pelas redes de bancos, nas companhias que operam no mercado imobiliário, ou nas empresas de transporte, as quais fornecem serviços para os negócios ilegais e as principais ligações para a lavagem do dinheiro sujo. Mas isso não é um mercado aberto a todos. Muito pelo contrário, mesmo aqueles que sempre agiram na ilicitude só serão admitidos em tais segmentos altamente lucrativos se tiverem o beneplácito daqueles cujo status nessas redes criminosas seja o mais elevado. Assim, numa situação de pouco crescimento econômico, um número maior de pessoas pode ser atraída à arriscada indústria do crime e passar a organizar as suas operações de modo a obstruir as ações policiais e o processo judicial, dando vazo ao jogo sujo e necessariamente violento das atividades contra e fora da lei.

                    TEMPONE, Victor. Disponível em: http://pontonulonotempo.blogspot.com.br/2012/08/trafico-de- drogas-e-violencia-urbana.html. Acesso em 21/05/2014. Fragmento adaptado.


Assinale a alternativa que substitui convenientemente os elementos destacados em negrito, respeitadas as eventuais mudanças na forma verbal.

A cobradora devolveu os cheques aos clientes.
Se for preciso, vamos convocar outros dois atletas.
O chefe perdoa aos funcionários os pequenos deslizes.
Enviaram a eles três pacotes de sanduíches.
• Faz dias que não vejo minha irmã; sair cedo.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Gab: B

    O pronome "lhe" sempre exerce a função de objeto indireto, por essa razão será utilizado depois de um verbo transito indireto (que exige preposição)

    Já os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.

    Ainda, quando o verbo transitivo direto termina com z, s ou r, o pronome assume a forma lo, los, la, las

  • 1) Palavra terminadas em: R, S, Z -> lo, la, los, las. Ex: Ajudar ao próximo = Ajudá-lo; Querer o dinheiro = Querê-lo; Fez a tarefa = Fê-la; Contamos o segredo = Contamô-lo;

    2) Palavra terminada em: ÃO, ÕE, M -> no, na, nos, nas. Ex: Capturaram o bandido = Capturaram-no; Compõe a canção = Compõe-na


    Anotações Professor Pablo Jamilk.

  • • Faz dias que não vejo minha irmã sair cedo. 
     

    Não pode ser "Faz dias que não vejo-a sair cedo", pois o "não" atrai o pronome oblíquo átono para perto:

    O correto seria "Faz dias que não a vejo...

     

    questão anulável.

  • QUESTÃO DEVERIA TER SIDO ANULADA. NÃO TEM GABARITO.


    • A cobradora devolveu os cheques aos clientes.  - [A cobradora devolveu-os aos clientes]
    • Se for preciso, vamos convocar outros dois atletas. - [ Se for preciso, vamos convocá-los.]
    • O chefe perdoa aos funcionários os pequenos deslizes. - [O chefe perdoa-lhes os pequenos deslizes.]
    • Enviaram a eles três pacotes de sanduíches. - [Enviaram-lhes três pacotes de sanduíches] --> Perceba que neste item o correto seria o pronome lhes, pois para ficar correto usar o pronome "nos" a frase inicial da questão teria que ser: Enviaram a nós (e não a eles) três pacotes de sanduíches. Assim, não há gabarito para a questão, pois não tem nenhuma alternativa que traga: os, los, lhes, lhes, a. 
    • Faz dias que não vejo minha irmã; sair cedo. [Faz dias que não a vejo] 

    Willian Majewski, o que você abordou no seu comentário está correto, mas não anularia a questão porque o enunciado diz: Assinale a alternativa que substitui convenientemente os elementos destacados em negrito, respeitadas as eventuais mudanças na forma verbal.  Creio que eles utilizariam esta última parte do enunciado para se justificar.

    De qualquer forma, a menos errada seria a alternativa B.

     

    Espero ter ajudado.

  • A cobradora devolveu os cheques aos clientes. (VTDI: quem devolve, devolve alguma coisa - objeto direto (substituido por "os") - para alguém - obj, indireto (pode ser substituido por LHE);


    Se for preciso, vamos convocar outros dois atletas. (palavras terminadas em R, S, ou Z; podem ser substituídas por " lo, los, la, las"; portanto, sendo o correto: "convocá-los"


    O chefe perdoa aos funcionários os pequenos deslizes. (VTDI: quem perdoa, perdoa "de alguma coisa" - obj. direto (substituído por "os") - a alguém - obj. indireto (podendo ser substituído por LHES).

    Gab. B.

     

     

  • o NOS pode ser 3 coisas, até onde eu sei: pode ser EM + O (preposição +artigo), pode ser NOS como pronome atono da 1ª pessoa do plural (NOS), além de ser o pronome atono O, com a adaptação para NO, em razão do verbo terminar em M